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CASO 3

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Plano de Aula: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL I - CCJ0019
Título
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
3
Tema
 
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Objetivos
Compreender categorias e conceitos fundamentais ao fenômeno jurídico-político;
Interpretar as normas constitucionais;
Aplicar o raciocínio jurídico-político, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica, elementos
essenciais à construção do perfil do profissional do Direito.
Estrutura do Conteúdo
 
1. Interpretação da norma constitucional
1.1. Interpretação e hermenêutica
2. Métodos clássicos
2.1. Gramatical
2.2. Lógico
2.3. Sistemático
2.4. Histórico-evolutivo
3. Princípios ou métodos condicionantes da interpretação constitucional
3.1. Unidade
3.2. Concordância Prática
3.3. Efeito Integrador
3.4. Correção Funcional
3.5. Interpretação Conforme a Constituição
3.6. Coloquialidade
3.7. Máxima Efetividade
3.8. Proporcionalidade
Princípios de Interpretação Constitucional
Importante ressaltar no aspecto das normas constitucionais os princípios de interpretação das normas apontados pelos teóricos
dos Direito Constitucional.
1) Princípio da unidade – ao interpretar a Constituição devemos levar em conta que ela é um todo coerente e coeso, devendo o
intérprete procurar harmonizar todas as suas normas de forma a não estabelecer contradições;
2) Princípio da supremacia constitucional - o intérprete deve levar em conta que a Constituição está no topo do ordenamento
jurídico e é o fundamento de validade de todas as outras normas, sendo assim nenhuma lei pode contrariá-la, formal ou
materialmente, sob pena de ser considerada inconstitucional;
3) Princípio da máxima efetividade – a Constituição não estabelece normas supérfluas, todo intérprete deve buscar o máximo
dos efeitos da Constituição;
4) Princípio da harmonização – uma vez que todas as normas constitucionais estão no mesmo patamar hierárquico e devem
ter máxima efetividade, ao interpretar a Constituição devemos buscar harmonizar antinomias aparentes de forma proporcional;
5) Princípio do efeito integrador – a Constituição deve ser interpretada de forma a estabelecer critérios e soluções que
reforcem o seu papel de principal norma nas relações sociais;
6) Princípio da força normativa da Constituição – a Constituição deve ser interpretada da maneira mais efetiva e atual possível
quando diante de um caso concreto, ou seja, a norma quando aplicada deve solucionar o problema real;
7) Princípio do conteúdo implícito – o interprete deve atentar que a Constituição estabelece comandos que não estão
expressos explicitamente em seu texto, mas sim na coerência interna de seus objetivos e fundamentos;
8) Princípio da conformidade funcional – o intérprete não pode contrariar a distribuição explícita da repartição de funções
estatais estabelecidas pelo Constituinte;
9) Princípio da imperatividade das normas constitucionais – uma vez que todas as normas constitucionais emanam da
vontade popular e são normas cogentes ou imperativas, o intérprete deve sempre lhes dar a maior extensão possível;
10) Princípio da simetria – princípio de interpretação federativo que busca adequar entre os entes os institutos da Constituição
Federal às Constituições e institutos jurídicos dos Estados-Membros. Por exemplo, cabe ao Presidente da República a iniciativa
de leis para o aumento do efetivo das forças armadas, caberá por simetria ao Governador os projetos de lei para aumento do
efetivo da Polícia Militar, por exemplo: art. 61 da CRFB/88;
11) Princípio da presunção de constitucionalidade das normas infraconstitucionais – o intérprete deve dar às normas
hierarquicamente inferiores à Constituição uma interpretação que as coadune com a Lei Maior, visto que foram fruto de um
processo legislativo que, em tese, procurou adequá-las aos comandos constitucionais.
Aplicação Prática Teórica
C
Caso 1- Tema: Interpretação Constitucional
Ronaldo, militar do exército, estava matriculado no Curso de Direito numa Universidade Particular de
Pernambuco, quando foi transferido ex officio da Unidade sediada em Boa Viagem para a Unidade localizada no
Município do Rio de Janeiro. 
Por conta do seu deslocamento e da necessidade de dar continuidade aos estudos na Cidade do Rio de Janeiro,
o militar solicitou à Sub-reitoria de Graduação da UERJ, transferência do curso de Direito da referida
Universidade Particular para o mesmo curso na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com base na Lei n°
9.536/97.
O pedido do militar foi indeferido pela Sub-reitora da UERJ, com fulcro no ato normativo interno desta
Universidade (Deliberação n° 28/2000), o qual regula esta matéria, uma vez que a Universidade de origem do
militar era uma instituição de ensino superior particular.
O militar impetra mandado de segurança alegando, em sua defesa, os seguintes argumentos:
I - que o seu direito está amparado pelo parágrafo único do artigo 49 da Lei Federal n° 9536/97 – dispositivo este
que regulamenta o parágrafo único da Lei Federal n° 9.394/96 (estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional);
II - que a norma restritiva do art. 99 da Lei 8.112/90 (entidades congêneres) não se aplica aos militares;
III - que o ato normativo n° 28/2000, no qual o sub-reitor se baseou para indeferir o pedido de transferência, “tem
vício de ilegalidade a negativa de matrícula”, pois contraria o conteúdo da Lei nº 9536/97, uma vez que a Lei
federal não exige o caráter congênere entre instituições de ensino;
Diante da situação acima descrita, questiona-se: qual a interpretação constitucional mais adequada para a
solução deste conflito?
Caso 2- Tema: Princípio da razoabilidade
O Estado do Tocantins publicou edital no Diário Oficial do Estado de concurso público para o preenchimento de
vagas para o cargo de policial. Uma das provas é a realização de testes físicos e um dos testes exige que os
candidatos façam a seguinte atividade: “Flexões abdominais: consiste em o candidato executar exercícios
abdominais, por flexão de braços, deitado em decúbito ventral, em um maior número de repetições dentro de
suas possibilidade, no período de um minuto, obedecendo à tabela de pontuação abaixo: ...”
Em função da redação incoerente do texto desse teste, o Estado publicou uma errata do edital no mesmo órgão
oficial de imprensa, duas semanas antes de iniciarem as provas, com a seguinte redação: “Flexões abdominais:
consiste em o candidato executar exercícios abdominais, por flexão de tronco, em decúbito dorsal em um maior
número de repetições tocando os cotovelos nos joelhos ou coxas, no período de um minuto.”
Como os candidatos já haviam se inscrito na prova no momento da percepção do equívoco da referida redação,
muitos deles se consideraram surpreendidos, no dia da realização desse teste físico, pois não tomaram
conhecimento da errata do edital.
Alguns desses, que não conseguiram passar na prova de esforço físico, ingressaram com mandado de
segurança com a alegação de que esse teste deve ser desconsiderado como critério de aprovação, pois foi
incluído após as inscrições, apenas duas semanas antes do começo das provas e porque não foi publicado num
jornal de grande circulação para que todos tivessem a chance de tomar conhecimento da modificação. Assim,
alegam que houve ofensa ao princípio da razoabilidade.
A quem assiste razão no caso? Dê os fundamentos jurídicos cabíveis (fundamentos normativos,
jurisprudenciais e doutrinários).
	Plano de Aula: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
	DIREITO CONSTITUCIONAL I - CCJ0019

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