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Apostilas Petrobras/glossario_petrobras.pdf Curso Técnico de Petróleo da UFPR Site: www.tecnicodepetroleo.ufpr.br 1 Glossário Petrobras Curso Técnico de Petróleo da UFPR Site: www.tecnicodepetroleo.ufpr.br 2 GLOSSÁRIO – PETROBRÁS Ácido: Composto químico que, em solução em água, libera íons hidrogênio (H+). Aerofotogrametria: Método de obtenção de informações topográficas através de fotografias aéreas. Alçaponamento: Ver trapa. Álcool: Qualquer composto orgânico que contenha, pelo menos, uma hidroxila (íon OH-) ligada diretamente a um átomo de carbono. Álcool etílico: Etanol. Derivado do etano, composto por dois átomos de carbono, cinco átomos de hidrogênio e um íon OH. C2H5OH. Álcool etílico anidro carburante (AEAC): Comumente chamado de álcool anidro. Utilizado em mistura com a gasolina, com o objetivo de aumentar o poder antidetonante em motores de Ciclo Otto. A quantidade de água encontrada no álcool anidro deve ser ínfima, daí seu nome (anidro = sem água). Álcool etílico hidratado carburante (AEHC): Comumente chamado de álcool hidratado. Utilizado no Brasil como combustível em motores de Ciclo Otto. Também utilizado para fins industriais. Contém pequeno percentual de água. Álcool metílico: Metanol. Derivado do metano. Composto por um átomo de carbono, três de hidrogênio e um íon OH- (CH3OH). Ararajuba: Ave psitaciforme de coloração predominantemente amarela, com penas verdes nas pontas das asas. Encontrada nos Estados do Pará e Maranhão. Também conhecida como guaruba, aiurujuba, guarajuba, marajuba e tanajuba. Árvore de natal: Conjunto de válvulas que controla a pressão e vazão de um poço. Árvore de natal molhada: Conjunto de válvulas, colocado sobre o solo oceânico, que controla a pressão e vazão de um poço submarino. Asfalto ou Betume: Mistura de hidrocarbonetos obtida como resíduo de destilação do óleo bruto e usada principalmente na pavimentação de estradas. Barril: unidade de volume equivalente a 158,98 litros. Barril de óleo equivalente: Unidade utilizada para permitir comparar (converter), em equivalência térmica, um volume de gás natural com um volume de óleo. Benzeno: Líquido incolor, volátil, com cheiro característico, cuja molécula tem uma estrutura cíclica típica (C6H6). Usado como solvente e como matéria-prima para obtenção de diversos outros produtos. Betume: Ver asfalto. Betume natural: Porção do petróleo encontrada no estado sólido ou semi-sólido, nas condições de reservatório. Usado no passado para impermeabilização de esquifes, cisternas, embarcações. Também utilizado para iluminação noturna em tochas, no antigo Egito. Butano: Hidrocarboneto saturado com quatro átomos de carbono e dez átomos de hidrogênio (C4H10). É gasoso, incolor e possui cheiro característico. Empregado como combustível doméstico e como iluminante. Também utilizado como fonte de calor industrial em caldeiras, fornalhas e secadores. Cabotagem: Navegação realizada próxima à costa, podendo utilizar acidentes geográficos, como cabos (daí seu nome), como pontos de referência. Campo de gás: Área geográfica, na superfície, correspondente à projeção de reservatórios de gás. Campo de óleo: Área geográfica, na superfície, correspondente à projeção de reservatórios de óleo. Carburante: Produto químico cuja combustão permite obter energia mecânica em motores térmicos. Catalisador: Substância que, por sua presença, modifica a velocidade de uma reação química, sem se alterar no processo. Curso Técnico de Petróleo da UFPR Site: www.tecnicodepetroleo.ufpr.br 3 Cavalo de pau: Unidade de bombeio utilizada em poços terrestres, assim designada por sua semelhança com um cavalo de pau. Chumbo tetraetila: Aditivo utilizado para aumentar o poder antidetonante da gasolina. Por ser altamente poluente e cancerígeno, tem sido substituído por outros aditivos. Brasil e Japão foram os primeiros países do mundo a eliminar totalmente o chumbo tetraetila da gasolina. Claros: Ver derivados claros. Ciclo termodinâmico utilizado em motores, no qual a explosão se dá espontaneamente, em função das elevadas pressões alcançadas. O combustível utilizado nesses motores é chamado óleo diesel. Ciclo Otto: Ciclo termodinâmico utilizado em motores, no qual a explosão se dá a partir da ocorrência de uma centelha. Utiliza como combustível gasolina, alcool ou sua mistura. Conjunto de operações que possibilita a colocação de um poço de óleo ou gás em produção. Condensado: Hidrocarboneto leve que, nas condições de reservatório, se encontra no estado gasoso, tornando-se líquido à temperatura ambiente. Coqueamento: Processo para obtenção de coque. Produto sólido, negro e brilhante, obtido por craqueamento de resíduos pesados, essencialmente constituído por carbono (90 a 95%), e que queima sem deixar cinzas. Bom combustível para metalurgia e indústria de cerâmica. Craqueamento: Transformação por ruptura (cracking, quebra) de moléculas grandes em moléculas menores. Utilizado para transformar óleos pesados, de pequeno valor, em derivados de petróleo mais leves, como GLP e nafta, produtos de maior valor. Craqueamento a vapor: Craqueamento realizado em presença de vapor d'água. Craqueamento catalítico: Craqueamento realizado com a presença de catalisadores. Crosta terrestre: Litosfera. Parte externa consolidada da Terra. Cru reduzido: Mistura de hidrocarbonetos pesados. É a fração mais pesada do petróleo, obtida no processo de destilação atmosférica. Derivados claros: Designação genérica de alguns derivados de petróleo, entre os quais a gasolina, o querosene e o diesel. Possuem coloração clara, daí sua classificação. São líquidos e pouco viscosos. Derivados escuros: Designação genérica de alguns derivados de petróleo, entre os quais o óleo combustível e o asfalto. Possuem coloração escura e alta viscosidade. Desparafinação: Processo que objetiva a retirada de parafinas. Destilação: Separação de misturas em várias frações por vaporização, seguida de condensação. Destilação a vácuo: Destilação que se realiza numa coluna de fracionamento a uma pressão inferior à pressão atmosférica. Diesel: Ver óleo diesel. Diesel metropolitano: Combustível automotivo com especificações mais rigorosas quanto ao teor de enxofre (menor quantidade de enxofre), para uso no transporte urbano. A menor quantidade de enxofre objetiva reduzir a poluição nas cidades. Dióxido de carbono: CO2 - Gás carbônico. Gás incolor e inodoro. Escuros: Ver derivados escuros. Estação de bombeamento: Conjunto de equipamentos destinados a transmitir energia mecânica ao fluido (petróleo ou derivados) para permitir seu deslocamento ao longo dos dutos. Estrato: Camada de terreno. FCC: Abreviatura de Fluid Catalitic Cracking (Craqueamento Catalítico Fluido) - Processo de craqueamento no qual o catalisador se apresenta na forma de pequenas partículas sólidas, formando um leito fluido. Fluido: Designação comum a líquidos e gases. Fluxo bifásico: Fluxo simultâneo de dois fluidos em estados físicos diferentes. Por exemplo: petróleo (líquido) e gás natural (gasoso). Folhelho: Rocha argilosa folheada e impermeável. Curso Técnico de Petróleo da UFPR Site: www.tecnicodepetroleo.ufpr.br 4 Folhelho betuminoso: Folhelho impregnado com betume. Xisto. Fóssil: Vestígio ou resto petrificado ou endurecido de seres vivos que habitaram a Terra antes do holoceno e que se conservaram sem perder as características essenciais. Fossilização: Conjunto de processos naturais que permitem a conservação dos restos ou vestígios de fósseis. Fração: Parte de um todo. Um dos hidrocarbonetos ou mistura de hidrocarbonetos que compõem o petróleo. Fracionamento: Separação das partes que compõem uma mistura. Separação dos derivados que compõem o petróleo. Gás: Um derivado de petróleo é denominado gás quando, nas condições de pressão e temperatura da superfície, se apresenta em estado gasoso. Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): Mistura de hidrocarbonetos leves, gasosos, predominantemente propano e butano. São armazenados no estado líquido através da elevação da pressão ou da redução da temperatura. Gás natural: Mistura de hidrocarbonetos leves, gasosos (metano e etano, principalmente), obtida da extração de jazidas. Utilizado como combustível industrial, doméstico e automotivo. Gasoduto: Conduto que permite o transporte de grandes quantidades de gás a grandes distâncias. Gasóleo: Derivado de petróleo, mais pesado do que a nafta e mais leve que o óleo combustível, obtido no processo de destilação. Utilizado como matéria-prima de processos secundários (craqueamento), para obtenção de GLP e gasolina. Dentro de certos limites, pode ser utilizado como óleo diesel ou como diluente para óleos combustíveis. Gasolina: Mistura de hidrocarbonetos, que destila entre 30º C e 150º C. Constitui a parte mais volátil do petróleo bruto. Utilizada em motores de Ciclo Otto. Gasolina natural: Mistura de hidrocarbonetos leves, com algumas características da gasolina, obtidos a partir do gás natural. Geofísica: Ciência que estuda os fenômenos físicos que afetam a Terra. Física terrestre. Geologia: Ciência que estuda a origem, formação e sucessivas transformações do globo terrestre. Hidrogênio: Elemento químico de número atômico 1, gasoso, incolor. Hidrocarboneto: Composto químico constituído apenas por átomos de carbono e hidrogênio. Hidrocarboneto aromático: Aquele que possui, em sua molécula, pelo menos um anel de benzeno. Hidrogenação: Processo de transformação de um composto não-saturado em composto saturado, pela introdução de átomos de hidrogênio. Holding: Empresa central que controla um conjunto de outras empresas. Hulha: Carvão mineral, carvão de pedra. Índice de octano (octanagem): Indicador da capacidade de um produto resistir a altas pressões sem que ocorra explosão espontânea. Inodoro: Que não tem cheiro. Íon: Átomo com excesso ou falta de elétrons, acarretando, respectivamente, carga negativa ou positiva. Isomerização: Processo de transformação de uma substância em um isômero desta. Isômero: Composto cuja molécula contém as mesmas espécies e o mesmo número de átomos que outra, mas difere dessa outra em sua estrutura molecular. Jazida: Depósito natural de uma ou mais substâncias úteis. Jaqueta: Estrutura de suporte de uma plataforma fixa. Laboratório: Local destinado ao estudo experimental de qualquer ramo da ciência, ou à aplicação dos conhecimentos científicos com objetivo prático, como análises de produtos para verificação de seus componentes e características. Curso Técnico de Petróleo da UFPR Site: www.tecnicodepetroleo.ufpr.br 5 Lama de perfuração: Mistura de diversos componentes utilizada durante a perfuração de um poço de petróleo, com o objetivo de manter a pressão superior ao das formações atravessadas e evitar que as paredes do poço desmoronem. Lâmina d'água: Distância entre a superfície da água e o fundo do mar. Lastro: Tudo que se coloca no porão de um navio para lhe dar estabilidade. No caso de petroleiros, é utilizada a própria água do mar. Lubrificação: Ato ou efeito de lubrificar, colocar lubrificante. Lubrificante: Substância colocada entre duas superfícies, com o objetivo de reduzir o atrito e o desgaste. Metano: Hidrocarboneto gasoso incolor cuja molécula é constituída por um átomo de carbono e quatro de hidrogênio (CH4). Metanol (CH3OH): Álcool metílico. Monobóia: Bóia onde se ancoram navios em alto-mar. Monóxido de carbono (CO): Gás incolor e inodoro, altamente tóxico. Produzido na queima incompleta de combustíveis. Nafta: Fração de destilação do petróleo, constituída por hidrocarbonetos de baixo ponto de ebulição. Utilizada como matéria-prima na indústria petroquímica, fornecendo, através de craqueamento, uma grande variedade de produtos. Navio-cisterna: Navio utilizado para armazenamento da produção de petróleo. Navio mineropetroleiro: Navio destinado ao transporte de minério e petróleo. Navio-petroleiro: Navio destinado ao transporte de petróleo e derivados. Navio-sonda: Navio dotado de equipamentos que permitem a perfuração ou a completação de um poço submarino. Navio-tanque: Ver petroleiro. Octanagem: Ver índice de octano. Óleo: Porção do petróleo existente na fase líquida nas condições originais de reservatório, que permanece líquida nas condições de pressão e temperatura de superfície. Óleo combustível: Mistura de hidrocarbonetos utilizados em grande variedade de equipamentos industriais destinados à geração de energia ou calor. É largamente usado nas indústrias para aquecimento de caldeiras, fornos, fornalhas. Óleo diesel: Mistura de hidrocarbonetos que tem amplo emprego como combustível em motores a explosão (ciclo diesel), em caminhões, ônibus, tratores, equipamentos pesados para construção, navios, locomotivas, motores estacionários. É também usado como fonte de calor. Oleoduto: Sistema constituído de tubulações e estações de bombeamento, destinado a conduzir petróleo ou seus derivados líquidos. Paleontologia: Ciência que estuda animais e vegetais fósseis. Ponto de ebulição: Temperatura em que, sob pressão constante, um líquido está em equilíbrio com bolhas de vapor. Paleozoologia: Ramo da Paleontologia que estuda os animais fósseis. Parafina: Mistura incolor de hidrocarbonetos saturados sólidos, extraída do petróleo, utilizada na indústria de velas, papéis, lonas, baterias, pilhas, laticínios, frigoríficos e de determinados produtos químicos. Em química, utilizado como designação genérica dos hidrocarbonetos saturados. Petróleo: Mistura constituída predominantemente de hidrocarbonetos, que ocorre na natureza nos estados sólido, líquido e gasoso. Petróleo aromático: Petróleo com elevada composição de hidrocarbonetos aromáticos. Petróleo bruto: Petróleo no estado em que se apresenta na natureza, sem ter sofrido processamento. Petróleo naftênico: Petróleo com elevada composição de hidrocarbonetos naftênicos. Petróleo parafínico: Petróleo com elevada composição de hidrocarbonetos parafínicos. Curso Técnico de Petróleo da UFPR Site: www.tecnicodepetroleo.ufpr.br 6 Petroquímica: Indústria dos produtos químicos derivados do petróleo. Plataforma auto-elevável: Plataforma marítima com três ou mais pernas de tamanho variável, que pode ser posicionada em locais de diferentes profundidades, apoiando as pernas no fundo do mar, elevando-se acima da superfície marítima. Plataforma continental: Zona imersa que declina suavemente, a começar da praia até o talude continental. Plataforma fixa: Plataforma montada sobre estrutura fixa (jaqueta), que se apóia no fundo do mar. Plataforma semi-submersível: Pataforma marítima com flutuadores, sem apoio no solo submarino. Poço surgente: Poço no qual o petróleo sobe à superfície espontaneamente, em função da pressão existente no reservatório. Propano: Hidrocarboneto saturado com três atomos de carbono e oito de hidrogênio (C3H8). É gasoso, incolor e possui cheiro característico. Empregado como combustível doméstico e como iluminante. Também utilizado como fonte de calor industrial em caldeiras, fornalhas e secadores. Propaneiro: Navio destinado ao transporte de derivados de petróleo gasosos. Prospecção: Método ou técnica empregada para localizar e calcular o valor econômico de jazidas minerais. Quadro de bóias: Conjunto de bóias para amarração de um navio. Querosene de aviação - (QAV): Derivado de petróleo utilizado como combustível em turbinas de aviões a jato. Também conhecido como querojato. Querosene iluminante: Derivado de petróleo utilizado como fonte de luz. Também usado como combustível doméstico. Química: Ciência que estuda a estrutura das substâncias e suas transformações. Refinação: Conjunto de processos destinados a transformar o petróleo bruto em produtos adaptados às necessidades dos consumidores. Reserva: Volume de petróleo que ainda poderá ser obtido como resultado da produção de um reservatório. Reservatório: Rocha permeável e porosa onde está armazenado o petróleo. Resíduo: Fração mais pesada que resta após a retirada das partes leves. Rocha-reservatório: Rocha porosa com capacidade de armazenar líquidos e gases. Royalty: Valor pago pelo direito de uso de um bem pertencente a outrem. Sísmica: Técnica de obtenção de informações geológicas através da captação de sinais sonoros refletidos nas camadas subterrâneas. Sonda: Equipamento utilizado para realizar perfurações. Talude continental: Parede de declividade acentuada, que mergulha da extremidade da plataforma para os abismos oceânicos. Termodinâmica: Parte da Física que investiga os processos de transformação de energia e o comportamento dos sistemas nesses processos. Tonelagem de porte bruto (TPB): Tonelagem total que pode ser embarcada em um navio. Além da carga comercial, inclui combustível, tripulação, víveres, etc. Trapa: Anomalia na geometria de uma seqüência de rochas, que gera condições de acumulação de petróleo. Tubulação: Equipamento utilizado para conduzir fluidos. Vaporização: Passagem do estado líquido para o estado gasoso. Volátil: Líquido que, nas condições ambientes, se torna gasoso. Apostilas Petrobras/nocoes_de_otimizacao.pdf Noções de Otimização 1 CURSO DE FORMAÇÃO DE OPERADORES DE REFINARIA NOÇÕES DE OTIMIZAÇÃO 2 Noções de Otimização Noções de Otimização 3 CURITIBA 2002 Equipe Petrobras Petrobras / Abastecimento UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap NOÇÕES DE OTIMIZAÇÃO LUIS CARLOS BOIZAN MAURICIO TADEU RAZEIRA 4 Noções de Otimização 624.17 Razeira, Mauricio Tadeu. R278 Curso de formação de operadores de refinaria: noções de otimização / Mauricio Tadeu Razeira, Luis Carlos Boizan. – Curitiba : PETROBRAS : UnicenP, 2002. 12 p. : il. (algumas color.) ; 30 cm. Financiado pelas UN: REPAR, REGAP, REPLAN, REFAP, RPBC, RECAP, SIX, REVAP. 1. Otimização. 2. Produção. 3. PETROBRAS. I. Título. Noções de Otimização 5 Apresentação É com grande prazer que a equipe da Petrobras recebe você. Para continuarmos buscando excelência em resultados, dife- renciação em serviços e competência tecnológica, precisamos de você e de seu perfil empreendedor. Este projeto foi realizado pela parceria estabelecida entre o Centro Universitário Positivo (UnicenP) e a Petrobras, representada pela UN-Repar, buscando a construção dos materiais pedagógicos que auxiliarão os Cursos de Formação de Operadores de Refinaria. Estes materiais – módulos didáticos, slides de apresentação, planos de aula, gabaritos de atividades – procuram integrar os saberes téc- nico-práticos dos operadores com as teorias; desta forma não po- dem ser tomados como algo pronto e definitivo, mas sim, como um processo contínuo e permanente de aprimoramento, caracterizado pela flexibilidade exigida pelo porte e diversidade das unidades da Petrobras. Contamos, portanto, com a sua disposição para buscar outras fontes, colocar questões aos instrutores e à turma, enfim, aprofundar seu conhecimento, capacitando-se para sua nova profissão na Petrobras. Nome: Cidade: Estado: Unidade: Escreva uma frase para acompanhá-lo durante todo o módulo. 6 Noções de Otimização Sumário 1 OTIMIZAÇÃO ..................................................................................................................... 7 1.1 Introdução ...................................................................................................................... 7 1.2 O Problema do Carregamento do Avião ........................................................................ 7 1.3 Planejamento – O Plano de Produção da Petrobras .................................................... 8 1.4 Valores Marginais – Casos Práticos ............................................................................ 8 1.5 Scheduling – O Desbobramento do Plano de Produção ................................................ 9 1.6 A Otimização no Processo Produtivo – Definição de Give-Away ................................ 9 1.7 A hierarquia da Otimização ........................................................................................... 9 1.8 O Planejamento de Paradas das Unidades ................................................................. 9 Noções de Otimização 7 1Otimização 1.1 Introdução Planejar as atividades operacionais é uma necessidade fundamental para a boa operação de uma refinaria. Porém otimizar esse plane- jamento significa determinar a maneira mais lucrativa que a refinaria deve operar, para isso, é necessário conhecer todas as operações de logística do Sistema de Abastecimento da Re- finaria (matéria-prima, consumos de energia, perfil de rendimento das unidades, entrega de produtos, etc.) e utilizar algumas ferramentas essenciais para atividade de Programação da Produção (Programação Linear). Nos tópicos a seguir, será apresentada uma noção básica de como todo esse processo de Otimização é realizado em uma refinaria. 1.2 O Problema do Carregamento do Avião Para exemplificar melhor o processo de otimização supõem-se que um avião sobre- voando a Floresta Amazônica, devido a uma pane na aeronave, necessita realizar um pouso de emergência. No local surpreendentemente há ouro e prata em abundância . Resolvida a pane do avião é possível carregar ouro e prata até volume limitado de 150 litros e massa de 300 kg. De posse dos dados a seguir, qual a melhor maneira de se carregar o avião de modo a otimizar o valor de sua carga? Dados: – densidade do ouro: 3 kg/L – densidade da prata: 1,5 kg/L – preço do ouro: US$ 3,00 / litro – preço da prata: US$ 2,00 / litro – Vo = Volume de ouro – Vp = Volume de prata – Restrição de Volume: Vo + Vp < 150 litros – Restrição de Massa: 3Vo + 1,5 Vp < 300 kg – Função Objetivo ($) 3Vo + 2Vp = Valor Máximo Possível Observação: A melhor solução é aquela em que a função objetivo tem o maior valor possível, ou seja, neste exemplo, fixou-se o valor de $ 600 para a função e nenhuma solu- ção possível foi encontrada, porém à medida que se reduz tal valor, a reta tangencia, pri- meiramente, o ponto Vo = 50 e Vp = 100, que, neste caso, é a melhor solução possível para se carregar o avião. Exemplo de modelo linear simples: Nafta Querosene Ocomb Residuo Custo Processamento (US$/bbl) Dados: Rend. Cru-1 (% volume) Rend. Cru-2 (% volume) Produção Máxima (bbl/d) 80 5 10 5 0,50 44 10 36 10 1,00 24 000 2 000 6 000 Função objetivo a ser maximizada: lucro Lucro = Vendas – Custo de Processamento – Custo de Matéria-Prima Restrições (Mercados dos Derivados): – Produção de Nafta £ 2 4000 m3 – Produção de Querosene £ 2 000 m3 – Produção de Óleo Comb. £ m3 Cru-1 (24 US$/bbl) Cru-2 (15 US$/bbl) REFINARIA Nafta (36 US$/bbl) Querosene (24 US$/bbl) OComb (21 US$/bbl) Resíduo (10 US$/bbl) 8 Noções de Otimização 1.3 Planejamento – O Plano de Produção da Petrobras O Plano de Produção de refinarias da Pe- trobras é efetuado em geral utilizando-se um Modelo de Programação Linear (chamado PIMS) bastante complexo, como no caso da Repar, composto por uma matriz de 420 linhas e 710 colunas. A matriz é composta por várias tabelas, que definem: – os rendimentos e propriedades dos cor- tes de petróleos; – os tipos de campanha possíveis; – a capacidade das Unidades de Proces- so e dos Sistemas; – a possibilidade de misturas de correntes; – a formulação de determinados produtos; – a oferta de petróleos e derivados que podem ser comprados; – os mercados de produtos e seus respec- tivos preços; – as especificações dos produtos; – as capacidades de armazenamento de cada produto; – o consumo das Unidades ( energia , pro- dutos químicos , etc.). O modelo é atualizado mensalmente e, efetua-se, então, uma corrida, a fim de achar a solução mais lucrativa para a Refinaria. Mui- tas vezes, devido a muitas restrições impos- tas, o programa não consegue convergir para uma solução ótima, então é necessário procu- rar a restrição que está impedindo a se chegar a uma solução e, se possível, flexibilizar esta restrição. Achada a solução ótima, a rodada define qual a maneira mais lucrativa de se operar a Refinaria: – os petróleos que devem ser comprados; – as cargas que devem operar as Unidades; – os tipos de campanhas e os petróleos utilizados em cada uma delas; – a composição dos blends (misturas) que constituirão os produtos; – o valor marginal dos produtos; – as especificações dos produtos (ver item 1.6 – give-away); – a atratividade dos mercados; – a atratividade dos petróleos; – a atratividade das Unidades de Proces- so; etc. Enfim, o PIMS, além de definir a solução mais lucrativa para a Refinaria, gera um rela- tório detalhado com dados econômicos sobre as várias operações da Refinaria, que poderão ajudar na tomada de decisões do dia-a-dia e a realizar pequenos investimentos (modifica- ções, desengargalamentos e melhorias opera- cionais, etc.). 1.4 Valores Marginais – Casos Práticos A noção sobre valores marginais é muito importante para se tomar decisões relativas a cargas de Unidades e à produção de derivados. Para se entender a noção de valores mar- ginais, serão discutidos alguns casos: Caso 1: Quando se opera uma Unidade de Processo de forma lucrativa e eleva-se, en- tão, a sua carga, é correto afirmar que se esta- rá aumentando o lucro da Unidade? Resposta: Não. Nem sempre que se eleva a carga de uma Unidade, será aumentado o seu lucro, pois pode acontecer que a produção excedente tenha de ser exportada e, assim, o seu valor diminui bastante, o que torna a ele- vação de carga não atrativa. Caso Real: Muitas vezes, a orientação econômica para as refinarias, como no caso da Repar, é refinar com carga máxima, porém limitada ao seu mercado de Óleo Diesel, ou seja, nesta situação, não é econômico refinar para exportar ou enviar óleo diesel para outras regiões, como norte e nordeste do Brasil. É, portanto, mais econômico importar Óleo Die- sel da Venezuela para abastecer o Norte/Nor- deste do que comprar Petróleo para refinar na Repar. Caso 2: O valor que a Petrobras recebe pela gasolina vendida no Brasil é de US$ 140,00 / m3 e, pela Nafta Petroquímica, o valor recebido é de US$ 130,00 / m3. Diante dessas informações, é correto afirmar que se deve maximizar a produção de Gasolina e mi- nimizar a produção de Nafta Petroquímica para obter o maior lucro possível? Resposta: Não. Sempre que se tem de fa- zer avaliações de valor das correntes produzi- das, deve-se avaliar o valor marginal dessas correntes. No caso da gasolina, a Petrobras tem excedente de produção que é exportado pelo valor de US$ 120,00 /m3 , enquanto que a pro- dução de Nafta Petroquímica não atende o mercado nacional e é comercializada na sua totalidade no Brasil . Portanto, o valor margi- nal da gasolina é de US$ 120,00/ m3 e o valor marginal da nafta é de US$ 130,00 / m3. Neste caso, deve-se maximizar a produ- ção de Nafta Petroquímica e não a produção de gasolina, que, marginalmente, é exportada por um valor de US$120,00 / m3. Noções de Otimização 9 1.5 Scheduling – O Desbobramento do Plano de Produção O Plano de Produção define o que se deve fazer, porém a atividade que procura escalonar as operações de modo a realizar o que fica es- tabelecido no Plano de Produção é definida como scheduling. A solução apresentada pelo PIMS não leva em conta certas restrições, tais como: – as limitações de segregação dos petró- leos (número de tanques, lastros); – as limitações de segregação de deriva- dos (número de tanques, lastros); – quando realizar as campanhas e o ta- manho das mesmas; – o inventário das unidades e o volume dos deslocamentos de linhas; – as limitações de vazão de transferên- cia de produtos. Além disso, existem várias outras ocor- rências que podem causar desvios em relação ao que foi planejado ou programado, essas ocorrências, geralmente, são: – modificação de cargas de navios (quan- tidade ou qualidade); – atraso de navios; – problemas com a continuidade opera- cional de dutos e Unidades; – alteração dos mercados; – ocorrências operacionais com a quali- dade dos produtos. Ou seja, a atividade de Scheduling defi- ne: Como fazer e Quando fazer as operações definidas pelo Plano de Produção. 1.6 A Otimização no Processo Produtivo – Definição de Give-Away Todos os produtos (a Nafta Petroquímica, o Óleo Diesel, a Gasolina, o GLP, os Óleos Combustíveis, os Diluentes, etc) possuem um valor determinado ($/m3) e cada um deles possui uma especificação determinada. Essas especificações podem ser estabele- cidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), pelos Órgãos Regulamentadores em outros países para os quais a Petrobras efetua a exportação ou de comum acordo entre a Petrobras e o Cliente do Produto . Para exemplificar o conceito de Give-Away, será abordada a seguinte situação: – no caso brasileiro, atualmente, a espe- cificação para o teor de enxofre do diesel metropolitano é de 0,20 % má- ximo. Porém, se for produzido um tanque de diesel metropolitano, cujo teor de enxofre corresponde ao valor de 0,17%, ele estará especificado, mas estará sendo fornecido ao Cliente um produto 'me- lhor' do que o exigido pela especificação. Neste caso, o tanque está com um Give-away (ou uma folga) no teor de enxofre do produto. Muitas vezes, dar give-away nos produ- tos significa estar perdendo dinheiro ($), po- rém isso nem sempre é verdadeiro. Durante muitos anos, a Petrobras ofereceu ao mercado uma gasolina com octanagem superior à exi- gida e, com isso, estava ganhando dinheiro (maximizava-se a produção de nafta petroquí- mica, que possuía um valor marginal maior que a gasolina, e, em conseqüência, a gasoli- na produzida ficava com uma octanagem maior). Um dos relatórios apresentados pelo PIMS fornece os valores das especificações dos pro- dutos já otimizados. Deste relatório, podem-se obter as infor- mações sobre as especificações dos produtos nas quais não é possível dar give-away, pois se estaria perdendo dinheiro, bem como as especificações (se houver) que podem dar give- away sem que se esteja perdendo dinheiro. Essas informações devem ser passadas para a Área Operacional (Unidades de Proces- so e Transferência e Estocagem), de modo que, com as ferramentas existentes (controle avan- çado, SDCD, misturadores, etc.), seja possí- vel otimizar a produção de derivados. 1.7 A hierarquia da Otimização Esquematicamente, a seguinte hierarquia de informações para a otimização em uma Unidade de Processo pode ser definida: 1.8 O Planejamento de Paradas das Unidades O Planejamento de Paradas para as Uni- dades deve ser efetuado com bastante critério pois o valor dos ganhos de um bom planeja- mento é muito grande e as perdas com um mal planejamento também. Planeja- mento Scheduling Otimização do processo Controle avançado Controle regulatório do SDCD Fluxo de informações Horizonte de tempo Semanas Dias Horas Minutos Segundos 10 Noções de Otimização c) Prazos de Parada Correspondem ao tempo proposto para a execução da parada, definido em função das dimensões dos serviços a serem executados, dos tempos de liberação, de condicionamento e partida da Unidade. Este prazo, característico de parada, é fun- ção da economicidade da mesma, conforme as seguintes definições: – Parada de tempo mínimo – deve ser executada no menor tempo possível, em face aos valores decorrentes de per- da de produção (cessação de lucro) e abastecimento do mercado. – Parada de mínimo custo – é a parada cujo prazo, superior ao tempo mínimo, é definido pelo ponto que minimizará a soma dos custos de manutenção e de transferência de derivados, se houver. d) Tipos de Parada – Parada Programada: prevista no Plano Anual de Atividades (PAA); ocorre ao final de cada campanha para manutenção e inspeção geral. – Parada não Programada: ocorre devi- do a um problema inesperado, não previsto, por fatores internos ou externos à mesma, e que afetem a produção, segurança, confiabilidade operacional ou cause impacto ambien- tal; e não está no PAA. Para a elaboração do Plano de Paradas, são consideradas as seguintes diretrizes: – Premissas da Programação de Produção; – Duração de campanhas de Unidades e Equipamentos; – Prazos de Parada; – Tipo de Parada. a) Premissas da Programação de Produção – influência da sazonalidade: não parar Unidades em períodos em que a demanda pelo produto produzido seja elevada; – interdependência na produção de derivados entre as Unidades e Sis- temas: num ciclo produtivo o pro- duto de uma unidade, muitas vezes, é carga para uma outra unidade. Pode-se diminuir a interdependência das mesmas estocando produtos intermediários de modo a evitar pa- rada ou redução de cargas de outras Unidades em função da parada de uma única Unidade; – evitar movimentações desnecessárias de produtos intermediários durante as paradas; – integração das paradas de cada refinaria com o quadro nacional de paradas, de modo a otimizar o resul- tado como um todo da empresa; – segurança operacional: parar tochas coincidentemente com UFCC ou com o conjunto Destilação / Desas- faltação. b) Duração de campanhas de Unidades e Equipamentos A área de Inspeção de Equipamentos é a responsável pelo estabelecimento de prazos máximos de tempos de campanhas de Unida- des, Sistemas ou Equipamentos. Os tempos que limitam esses prazos po- dem ser devido: – à deterioração de equipamentos (for- nos, chapas; tubos, etc.); – a exigências de Legislação ou Normas Técnicas (caldeiras, vasos de pressão); – à necessidade de manutenção preven- tiva (equipamentos rotativos). Anotações Noções de Otimização 11 12 Noções de Otimização Principios Éticos da Petrobras A honestidade, a dignidade, o respeito, a lealdade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios éticos são os valores maiores que orientam a relação da Petrobras com seus empregados, clientes, concorrentes, parceiros, fornecedores, acionistas, Governo e demais segmentos da sociedade. A atuação da Companhia busca atingir níveis crescentes de competitividade e lucratividade, sem descuidar da busca do bem comum, que é traduzido pela valorização de seus empregados enquanto seres humanos, pelo respeito ao meio ambiente, pela observância às normas de segurança e por sua contribuição ao desenvolvimento nacional. As informações veiculadas interna ou externamente pela Companhia devem ser verdadeiras, visando a uma relação de respeito e transparência com seus empregados e a sociedade. A Petrobras considera que a vida particular dos empregados é um assunto pessoal, desde que as atividades deles não prejudiquem a imagem ou os interesses da Companhia. Na Petrobras, as decisões são pautadas no resultado do julgamento, considerando a justiça, legalidade, competência e honestidade. Sumário 1.1 Introdução 1.3 Planejamento - O Plano de Produção da Petrobras 1.4 Valores Marginais - Casos Práticos 1.5 Scheduling - O Desbobramento do Plano de Produção 1.6 A Otimização no Processo Produtivo - Definição de Give-Away 1.7 A hierarquia da Otimização 1.8 O Planejamento de Paradas das Unidades Apostilas Petrobras/engenharia_do_petroleo_II.pdf CAPÍTULO 2 QUÍMICA ORGÂNICA E COMPONENTES DO PETRÓLEO Bibliografia complementar:Química Orgânica–Allinger et al.(Guanabara 2) Cromatógrafo Gasoso Com Detector Fid (Flame Ionization Detector) Explicação da figura: 1. Através de um injetor aque- cido, uma pequena quantidade de amostra é introduzida. 2. Um gás de arraste (He, H2 ou N2) carrega a amostra pela coluna cromatográfica (empa- cotada ou capilar) também aquecida. 3. A separação dos componen- tes da amostra se processa ao longo da coluna. A separação ocorre devido a diferenças de afinidades de cada componente (fase móvel) com a fase estacionária existente dentro da coluna. A fase estacionária é um sólido o qual é permeado pela fase móvel. 5. Após a separação, um detector (também aquecido) localizado no final da coluna detecta a quantidade de cada componente gerando picos cromatográficos. 16 17 6. A concentração de cada componente é proporcional à área dos picos gerados. 7. O sistema de aquisição de dados fornece os relatórios necessários para a análise. Um programa específico para a área de petróleo quantifica e classifica os componentes em classes químicas (aromáticos, naftênicos, olefínicos, oxigenados, parafínicos, isoparafínicos, etc.). Identificação Qualitativa da Cromatografia Gasosa A cromatografia gasosa é um método de análise quantitativo. O método qualitativo neste caso é a comparação entre uma referência, denominado padrão, que possui um tempo de retenção próprio (somente em condições fixas) e a amostra, que possui o mesmo tempo de retenção. Se o tempo de retenção não for o mesmo, o composto investigado não é igual ao suposto padrão. Para análise do petróleo, existe uma mistura de padrões (com aproximadamente 100 picos cromatográficos, identificados previamente com detector de massa) que é injetado nas mesmas condições de análise da amostra para posterior comparação dos tempos de retenção e do aspecto geral dos picos. A verdadeira identificação qualitativa em cromatografia ocorre somente se um detector de massa atômica estiver acoplado, que mede o peso molecular da substância e fragmenta suas moléculas formando um grande quebra cabeças. Juntando-se os pesos moleculares dos fragmentos chega-se à identificação da substância desejada. 18 19 20 1 – Alcanos ou Parafinas 1.1 – Estrutura e Nomenclatura Hidrocarbonetos (molécula contendo apenas carbono e hidrogênio) com a fórmula: CnH2n+2 (mais simples: metano: CH4) Com o aumento de n obtem-se fórmulas de uma família de compostos - uma série homóloga. Obs. Algumas vezes chamados de hidrocarbonetos alifáticos. Obs. Liquefeitos em cilindros - combustível Homólogos de cadeia linear (≥ 18 C) são sólidos graxos de baixo PF e, sua mistura, conhecida como graxa de parafina. As ligações em todos os alcanos são fundamentalmente as mesmas que o metano. Não há (em princípio) limites para o número de C ligados em uma cadeia (há até com + de 100 C). Além disso, ocorre a isomeria. Metano Principal constituinte do gás natural (combustível). Também chamado de gás dos pântanos (produto da decomposição anaeróbia de vegetais). Átomos ligados por pares de elétrons em orbitais híbridos sp3 dos átomos de carbono e orbitais 1s dos átomos de hidrogênio. 21 Cada carbono tem seus substituintes (átomos ou grupo de átomos) dispostos em um arranjo tetraédrico (ver abaixo). ETANO Isomeria Compostos diferentes com a mesma fórmula molecular são isômeros. Metano, etano e propano não tem isômeros. Os outros ...(ver quadro) ≡ ≡? Representação bidimensional Obs. quatro lados do tetraedro são equivalentes Analisar para o C4H10: Obs. Um composto que tem átomos de C colocados em uma cadeia linear é sempre chamado normal (n-) e quando h a substituição no segundo C, é chamado iso. Existem 3 alcanos com 5 carbonos: Assim, percebe-se que não seria razoáve á um l designar um nome por isômero. 22 União Internacional de Química Pura e Aplicada (UIQPA ou IUPAC): • A cadeia mais longa na molécula determina sua nomenclatura. • Átomos são numerados de forma que os substituintes recebam os menores números possíveis. • Quando uma porção de substituinte da cadeia principa é então aquil-alcano. • Substitui-se o sufixo -ano do a • Um átomo de carbono é, às terciário ou quaternário, quand • Os nomes s-butila e t-butila i pontos de ligação à cadeia respectivamente, a 2 e 3 átomos um hidrocarboneto é considerado um l, é chamado de alquil. O nome geral lcano por ila. vezes, chamado de primário, secundário, o ligado a 1, 2, 3 ou 4 átomos de C. ndicam que nestes grupamentos alquila os principal estão em átomos ligados, de carbono. aO símbolo R – é usado para representar um grupamento alquila indeterminado (ou um radical). Assim R – H é uma alcano qualquer. bE ê l fi l d 23 Exercícios 4-etil-heptano Colocar em ordem alfabética (sem levar em conta qualquer prefixo) 4-isopropil-2,6,6-trimetil-nonano Obs. (1) Qualquer nome corretamente elaborado deve levar a uma única estrutura, mas, às vezes, uma estrutura pode ter vários nomes corretos. (2) Nomenclatura em química é como o vocabulário em qualquer língua (nomenclatura, como as palavras do vocabulário, deve ser às vezes memorizada) 24 2 – Hidrocarbonetos Alicíclicos • Formula: CnH2n • Alcanos cíclicos são conhecidos como alicíclicos, isto é, hidrocarbonetos cíclicos alifáticos (diferentemente dos anteriores, os acíclicos). São alcanos que têm a cadeia torcida de tal forma que as extremidades se aproximam, dois H são retirados e se forma uma ligação C-C. • O ciclo-hexano não é planar (ângulo interno CCC é 112o e não 120o). • O confôrmero mais estável é a forma cadeira, embora também exista a forma bote (energeticamente desfavorável devido aos arranjos em coincidência que possui). Obs. A existência de barreiras rotacionais é conhecida desde 1936, mas não há consenso do que as cause em termos de um modelo mecânico ou eletrostático simples. • Os ciclo-alcanos formam também uma série homóloga: (abreviação pictórica) ♦ C3 e C4 ⇒ anéis pequenos ♦ C8 a C11 ⇒ anéis médios ♦ C5 a C7 ⇒ anéis comuns ♦ + C12 ⇒ anéis grandes ou macro-aneis 25 • Anéis comuns e grandes são semelhantes aos parte de suas propriedades físico-químicos. Ané comportamento diferente devido às exigências g ligação reduzidos desses anéis. • No ciclopropano (um pouco mais que no ciclo forte que as ligações C-C são descritas como cur tão fortes como as comuns e por isso as mol possuem mais energia que o normal. • Ciclobutano, na realidade, tem tensão ang deformados) e tensão torcional (presença de hidr (tensão estérica é utilizada para indicar tensão im sua geometria tridimensional) • Uma reação química que leve ao rompimento causa-lhe um alívio de tensão. Tal reação tende rápida do que o mesmo tipo de reação envolvend ou um sistema acíclico. • Essa tensão pode ser calculada a partir do calo CnH2n+2 + (3n + 1/2) O2 → nCO2 + (n ♦ Qualquer ligação (ex. C-H) tem uma en aproximação, normalmente independente do } Qcombustão n-pentano = 845,2 kcal/mol Qcombustão n-hexano = 1002,6 kcal/mol Qcombustão ciclo-hexano=6 x 157,4 kcal/mol=944,4 Qcombustão ciclo-propano ≠ 3 x 157,4 kcal/mol=47 a Para HC gasosos dando água líquida a 25º C b C d alcanos acíclicos na maior is pequenos e médios tem eométricas dos ângulos de butano) a distorção é tão vas. Estas ligações não são éculas (ditas sob tensão) ular (ângulos de ligação ogênios em coincidência). posta a uma molécula pela de um sistema sob tensão a ser mais exotérmica e o um anel de ciclo-hexano r de combustão: + 1) H2O + calor ergia, em uma primeira resto da molécula. Qcombustão (-CH2-) = 157,4 kcal/mol kcal/mol (não há tensões) 2,2 kcal/mol (há tensões) Variações devido a diferentes conformações 26 alculada subtraindo-se (n x 157,4) os calores de combustão observados 3 – Alquenos e Alquinos 3.1 – Hidrocarbonetos Insaturados • Alquenos e alquinos são famílias de hidrocarbonetos insaturados (não contém número máximo de átomos de H) acíclicos que podem ser convertidos em alcanos pela adição de hidrogênio. • Alquenos (freqüentemente chamadas de olefinas) – CnH2n Alquinos - CnH2n-2 • Propriedades físicas dos alquenos e alquinos são muito semelhantes aos dos alcanos. • Menos de C5 → gases incolores. Mais de C5 → líquidos incolores (exceto os muito grandes ou pouco comuns que podem ser sólidos). • Geralmente têm odores fortes e desagradáveis e são responsáveis por parte da poluição atmosférica dos gases de descarga de automóveis. 3.2 – A Ligação Dupla Carbono-Carbono • O Etileno (alqueno mais simples): ≡ ciclo-alcanos, mas... Ligação dupla 27 • A ligação dupla tem, experimentalmente, 145 kcal/mol (teoricamente: uma ligação forte σ ≈ 100 kcal/mol e uma ligação π ≈ 45 kcal/mol). Comparativamente mais forte que uma ligação simples C-C (≈83 kcal/mol) devido a diferenças na hibridização e menor comprimento da ligação no etileno (1,34 A < 1,54 A). • A molécula é plana (ângulos de ligação C=C-H de 121o e H-C-H de 118o, valores próximos de 120o). • Propileno (C3H6): Propriedades parecidas com as do Etileno 3.3 – Butenos (C4H8): Isomeria Cis-Trans • Estruturas isoméricas possíveis: arranjo linear arranjo linear arranjo ramificado • Estes compostos são estereoisômeros (arranjos diferentes de átomos em torno de uma ligação dupla, ou, isômeros geométricos). • Estes isômeros são configuracionalmente muito estáveis – há rotação restrita em torno da dupla ligação - e seriam necessários 45 kcal/mol para romper a ligação π 28 3.4 – Requisitos Estruturais para Isomeria Cis-Trans em Alquenos • A isomeria geométrica não será possível se um dos dois átomos de C que forma a ligação dupla contiver dois grupos idênticos: 3.5 – Alquenos Superiores e Ciclo-alquenos • Penteno (C5H10): • Na série homóloga, há um grande número de estruturas isoméricas possíveis. Há sempre um número maior de isômeros para alquenos que para alcanos de mesmo número de C, pois os alquenos têm ainda possibilidades de colocação da ligação dupla e pode ocorrer isomeria geométrica. • Ligações duplas também podem ocorrer em estruturas cíclicas. Série homóloga de ciclo-alquenos: 29 3.6 – Nomenclatura de Alquenos • Usam-se, geralmente, os nomes comuns: etileno, propileno e isobutileno. • Derivados do etileno mono-substituídos são chamados compostos vinílicos. Exemplos (nomes corretos em parênteses): • Derivados do propileno por substituição do átomo de H ligado ao C saturado são chamados compostos alílicos. Exemplos: • Sistema IUPAC (ou UIQPA): o Selecione a cadeia de maior número de C (que contenha a dupla) e atribua o nome base usando-se o sufixo eno; o Numere a cadeia de carbonos (começando pela extremidade mais próxima da dupla) e indique a posição da dupla pelo número do primeiro C encontrado ligado à dupla; o Indique pelo número o nome e o tipo de grupos e suas posições de ligação com a cadeia principal. 30 • Algumas vezes os alquenos são nomeados como derivados do etileno: • Se um grupo metileno (=CH2) é ligado a um C de anel, o composto recebe o nome como um derivado metilênico do ciclo-alcano: Exercícios: 5 trans-4, 3.7 – Propriedades dos A • As propriedades e ca semelhantes às dos alcan • Certos alquenos possu • São obtidos em craqueamento (degrada ↓PM (etileno, propileno fracionada. Alquenos s -metil-2-hexeno 3-metil-ciclo-hexeno 4-dicloro-ciclo-deceno 3-metileno-ciclo-penteno lquenos racterísticas de solubilidade destes compostos são os análogos e alcanos halogenados. em fraca polaridade (≠ alcanos). grandes quantidades, principalmente pelo ção a altas temperaturas) do petróleo. Alquenos de ) podem ser obtidos em forma pura por destilação uperiores gerados por craqueamento não podem 31 ser separados economicamente e a mistura é utilizada como um componente da gasolina. • Os usos mais importantes são como intermediários químicos (solventes, detergentes, etc.) 3.8 – Estabilidades Relativas de Alquenos • Calor de hidrogenação (∆HH): Entalpia da reação de hidrogenação de 1 mol de um composto insaturado. É um método físico mais preciso que calor de combustão para correlacionar energias de tensão relativas. • ∆HH: É sempre negativo (reação exotérmica) ⇒ Diferença da força de uma ligação C=C (145 kcal/mol) e uma ligação C-C (83 kcal/mol) é de 62 kcal/mol e a energia de H-H é de 104 kcal/mol. A soma das forças das ligações rompidas é menor do que a soma das forças das ligações C-H formadas (cerca de 98 kcal/mol) – (62 + 104 < 2 x 98). • Se um alqueno é menos estável do que um composto insaturado isômero, a energia interna do primeiro será maior – Mais calor será 32 liberado na hidrogenação d alor negativo maior. • As diferenças nos ∆HH de isômeros são uma medida quantitativa de suas estabilidades relativas. 3.9 – Classificação de Dienos • Dienos são compostos bifuncionais que contêm duas l C/C. • Propriedades químicas de compostos contendo duas o podem ser marcadamente diferentes, caso sejam: Ligações simples e duplas alternadas Propriedades semelhantes às dos alquenos si duplas são isoladas umas das outras pelos gru Alquenos acíclicos trans são geralmente mais estáveis do que os seus isômeros cis, por um o alqueno menos estável, e o ∆HH terá um v valo iga u m mple pos r dependente dos ções duplas ais duplas 1,2-propadieno 33 s, pois as −CH2− • Menos que C5 ⇒ geralmente gases incolores. Outros são geralmente líquidos incolores. • IUPAC: O sufixo –eno é substituído por –adieno e dois números são usados para as posições das duplas. Obs. -trienos, -tetraenos, etc. são análogos. Calor de hidrogenação de dienos • Todos os 1-alquenos ⇒ ∆HH próximos a –30 kcal/mol. • Dienos com duplas isoladas ⇒∆HH muito próximos a 2x (–30 kcal/mol) 34 3.10 – Alquinos • Hidrocarbonetos insaturados (CnH2n-2) - mais insaturados que os alquenos. • Grupos funcionais diferentes dos dienos. • Acetileno ou Etino: Gás incolor (C2H2) Ligação tripla C/C • Ligação Tripla: uma ligação σ forte e duas ligações π mais fracas. A força total da ligação é de 196 kcal/mol e o comprimento da ligação é 1,20 ª Esta ligação é mais curta e mais forte que a dupla. 3.11 – Alquinos Superiores: Nomenclatura • IUPAQ: Similar à dos alquenos. Usa-se, porém, -ino e a posição da ligação tripla. • Seqüência: Acetileno (C2H2), Propino (CH3C≡CH) e Butino. • Alquinos são também chamados de alquil-acetilenos: Propino é metil- acetilênico, etc. • Devido à geometria linear da tripla, a isomeria cis-trans não é possível para alquinos simples. • O menor tamanho de anel capaz de acomodar uma ligação tripla para formar um ciclo-alquino razoavelmente estável é o anel de 8 membros é o ciclo- octino: • Exemplos de alquinos importantes que contém outros grupos funcionais: 35 3.12 – Propriedades dos Alquinos • Pontos de ebulição e fusão e densidades são geralmente um pouco superiores do que os de alcanos e alquenos de mesmo esqueleto de C. • Moléculas compactas (bastão), podendo ficar mais próximas umas das outras nas fases líquida e sólida, permitindo forças de Van-de-Waals mais fortes. • Têm baixa polaridade e são insolúveis em água, embora bastante solúveis em solventes de baixa polaridade (ligroína, éter, benzeno e tetracloreto de carbono). • Acetileno e 1-alquinos são menos ácidos que a água, porém mais ácidos que o amoníaco. • A ordem de acidez relativa é: • Reações ácido-base entre 1-alquinos e bases levam a sais. Os sais de metais alcalinos e alcalino-terrosos e 1-alquinos são reagentes químicos importantes. • Os 1-alquinos reagem com íons de metais pesados (Ag+, Cu+) e sais insolúveis (e geralmente instáveis) precipitam. A formação de tais precipitados é um teste qualitativo para 1-alquinos. 36 • Deco mente quando comprimido a algumas atmosfe o líquido (PE=-83o C) deve ser manuseado com ext • Quan chama maçaric sob pre para re 4 – Aro • Nom compos benzeno 4.1 – Be • Apes necessit reagem instanta I ⇒ Est II e III Portant se mov ligações mpõem-se explosiva ras, e mesmo acetilen remo cuidado. do se queima acetileno em atmosfera de oxigênio puro, uma de alta temperatura (2800o C) pode ser obtida – combustível para os de oxiacetileno. O acetileno é, neste caso, dissolvido em acetona ssão em um cilindro contendo um material sólido inerte e poroso duzir o volume livre. máticos e originalmente dado devido ao odor agradável. Hoje, significa um to insaturado pouco reativo, com propriedades semelhantes ao do . nzeno ar das insaturações, benzeno participa de poucas e lentas reações, ando da presença de calor e catalisadores, enquanto que alquenos rapidamente com muitas substâncias, algumas vezes, neamente. rutura original de Kekulé, 1865 ⇒ 1,2-dimetil-benzeno teria que ter dois isômeros, mas não são. o, propôs-se que as duplas não estariam rigidamente localizadas e eriam continuamente através do anel (pode-se pensar que há 1½ para cada par de átomos de C). Nenhuma das duas representa adequadamente a molécula 37 • Os comprimentos de ligação C-C no benzeno são iguais e medem 1,40 A (duplas=1,33 A e simples 1,53 A). ciclo-hexatrieno. Mais estável que duas vezes o ciclo-hexeno. Calores de hidrogenação e estabilidade: benzeno, 1,3-ciclo-hexadieno e ciclo-hexeno 4.1 – Derivados do Benzeno • Alquil-benzenos: arenos. metil-benzeno • O substituinte (abreviado como φ, Ph ou C6H5−) é chamado grupo fenila. • Usa-se o símbolo Ar para representar grupos aromáticos (arila), assim como se usa o R para representar grupos alquila. 38 • Se existem dois substituintes no anel, usa-se as palavras orto (o), meta (m) e para (p). Obs. • O vinil-benzeno tem o nome comum de estireno (indústria de plásticos). • O grupo φCH2− recebe o nome de benzila • Fenol é o nome popular do benzenol e os monometil-fenois são conhecidos como cresóis. O fenol quando contém água, é líquido à Tamb. Obs. O 2-amino-1-fenil-propano é conhecido como benzedrina ou anfetamina 39 Óleo de sassafrás Aroma (cravo-da-india) Anti-séptico bucal Ácido acetil-salicílico Anti-séptico bucal Princípio ativo THC Ingrediente (linimentos) Aroma (amêndoas) Aroma (amêndoas)Aroma (canela) Aroma (baunilha) Ingredientes de corantes sintéticos • Há compostos com mais de um anel be Ar nzênico (ex. bifeni oma (uva) la) 40 5 – Constituintes do Petróleo Latim: Petra (pedra) e oleum (óleo) Substância oleosa, inflamável, menos densa que a água, com cheiro característico e cor variando entre o negro e o castanho-claro. É basicamente uma mistura de compostos químicos orgânicos – com predominância de hidrocarbonetos. Os alcanos (1C até ≈30C, geralmente linear) são os componentes principais da fração hidrocarbônica. • Maior grupo: Hidrocarbonetos saturados – alcanos normais (n- parafinas), isoalcanos (isoparafinas) e cicloalcanos (naftenos). • Parafinas normais e ramificadas (do metano ao C45). Parafinas normais representam ≈ 15 a 20% do petróleo (faixa: 3 a 35%). • Hidrocarbonetos aromáticos compreendem aromáticos, naftenoaromáticos e os benzotiofenos e seus derivados (que contém heterociclos com enxofre). Óleos de diferentes reservatórios possuem características diferentes. Alguns são pretos, densos, viscosos, liberando pouco ou nenhum gás, enquanto outros são castanhos ou bastante claros, com baixa viscosidade e densidade. Reservatórios podem ainda produzir somente gás. Todos, porém produzem análise elementar semelhante: 41 5.1 – Hidrocarbonetos 5.1.1 - Saturados, Alcanos ou Parafinas • lat. parafine – pequena atividade, por serem comparativamente inertes • Parafínicos Normais ou Alcanos: o Compreende a maior fração da maioria dos petróleos e predominam nas gasolinas automotivas. • Parafínicos Ramificados, Isoparafinas ou Isoalcanos: o Muito desejáveis e freqüentemente produzidos por reforma catalítica, pela alquilação e por isomerização. o Os mais comuns são 2 e 3-metil-pentanos, 2,3-dimetilpentano e 2- metil-hexano. • Parafínicos Cíclicos ou Naftênicos: o Com radicais parafínicos normais ou ramificados ligados ao anel ou outro hidrocarboneto cíclico. o É a segunda série normalmente mais abundante (metil- ciclopentano, ciclohexano, dimetil-ciclopentanos, metil-ciclohexano). Estes naftenos predominam na maioria dos gasóleo e dos óleos lubrificantes. Também estão presentes nos produtos residuais. 42 5.1.2 – Insaturados ou Olefinas o Ausente ou em pequenas proporções no óleo cru, sendo obtidas por craqueamento. o Mais comuns são os alcenos. o Podem ocorrer várias duplas ligações (diolefinas, triolefinas, etc.). o Possuem propriedades antidetonantes melhores que as parafinas normais, porém inferiores às parafinas muito ramificadas e aromáticos. o São extremamente reativos e dificilmente preservados na natureza. o Utilidade reduzida nas misturas devido à tendência de polimerização ou oxidação na estocagem. Entretanto são a classe mais importante de derivados químicos do petróleo, para fabricação de outros produtos. o Em gasolinas craqueadas e nos produtos residuais são encontrados membros superiores desta série. 5.1.3 - Aromáticos ou Arenos • Têm considerável estabilidade. • Podem ocorrer aromáticos de mais de um anel benzênico, isolados, conjugados ou condensados. 43 • Podem ocorrer compostos mistos, que apresentam núcleo aromático e radical naftênico ou vice-versa. • Normalmente pequenas quantidades. • São obtidos no processamento químico e também têm boas propriedades antidetonantes. • Benzeno, tolueno, etilbenzeno e os xilenos. 5.2 – Não-Hidrocarbonetos • Estes constituintes, considerados impurezas, podem aparecer em toda a faixa de ebulição do petróleo, mas tendem a se concentrar em petróleos pesados. 5.2.1 – Compostos Sulfurados • Normalmente quanto maior a densidade do petróleo, maior o teor de enxofre. 44 • Ocorre na forma de sulfetos, polissulfetos, benzotiofenos e derivados, moléculas policíclicas com nitrogênio e oxigênio, gás sulfídrico, dissulfeto de carbono, sulfeto de carbonila e enxofre elementar. • Indesejáveis, pois aumentam a polaridade dos óleos (aumentando a estabilidade das emulsões), são responsáveis pela corrosividade dos produtos do petróleo, contaminam os catalisadores utilizados nos processos de transformação e determinam a cor e o cheiro dos produtos finais. • São tóxicos e produzem SO2 e SO3 por combustão (poluentes da atmosfera, formando H2SO3 e H2SO4 em meio aquoso). 45 5.2.2 – Compostos Nitrogenados • Mais concentrado nas frações pesadas. • Normalmente em forma orgânica e termicamente estáveis, nas formas de piridina, quinolinas, pirróis, indóis, porfirinas e compostos policíclicos com enxofre, oxigênio e metais. • Aumentam a capacidade do óleo de reter a água em emulsão. • Durante o refino, tornam instáveis os produtos finais, propiciando a formação de gomas e alterando a coloração. • Contaminam catalisadores. 5.2.3 – Compostos Oxigenados • Em forma complexa, como ácidos carboxílicos, fenóis, cresóis, ésteres, amidas, cetonas e benzofuranos. • Tendem a se concentrar nas frações mais pesadas. • Responsáveis pela acidez e coloração (ácidos naftênicos), odor (fenóis), formação de gomas e corrosividade das frações do petróleo. 5.2.4 – Resinas e Asfaltenos • Moléculas grandes (↑C/H) contendo enxofre, oxigênio e nitrogênio. • Normalmente 3 a 10 anéis aromáticos por molécula. • Resinas são facilmente solúveis no petróleo • Asfaltenos estão dispersos no petróleo na forma coloidal • Asfaltenos puros são sólidos, escuros e não-voláteis, enquanto resinas (↑↑PM ⇒ avermelhadas; ↑PM ⇒ menos coloridas) e são líquidos pesados ou sólidos pastosos, sendo tão voláteis como um hidrocarboneto do mesmo tamanho. 5.2.5 – Compostos metálicos • Sais orgânicos dissolvidos na água emulsionada ao petróleo, facilmente removíveis no processo de dessalgação; ou • Compostos organometálicos complexos, que tendem a se concentrar nas frações mais pesadas. 46 • Podem ocorrer Zn, Fe, Cu, Pb, Mo, Co, As, Mn, Cr, Na, Ni e V. • 1 a 1200 ppm. • Responsáveis por contaminação de catalisadores. • Sódio em combustíveis para fornos reduz o ponto de fusão dos tijolos refratários e o vanádio nos gases de combustão pode atacar os tubos de exaustão. 6 – Produtos do Petróleo O petróleo contém centenas de compostos químicos e separa-los em componentes puros ou misturas de composição conhecida é praticamente impossível. É então normalmente separado em frações/produtos. • O GÁS NATURAL é uma mistura de hidrocarbonetos (CH4 até C6H14) e encontra-se na forma livre ou associado ao óleo em reservatórios naturais, contendo pequenas quantidades de diluentes e contaminantes. Ocorre em acumulações subterrâneas, em reservatórios porosos, com ou sem petróleo; Embora seja conhecido há séculos, só foi descoberto no início do século XIX (USA); Antigamente descartado, existe agora legislação proibindo o rejeito do gás “úmido” (após ter sido extraída a pequena quantidade de gasolina natural que contém). 47 Produtos do gás natural: Combustível, gasolina natural, GLP, negro de fumo, He, H2 e derivados petroquímicos. Ao GN combustível é adicionado propositadamente o t-butil-mercaptan, composto de enxofre (tiol: RSH), para detecção de vazamentos. Além dos parafínicos, poucos HC insaturados, N2, CO2, e He (às vezes). Componentes do gás natural Campos de gás natural Gás natural liberado do óleo Nitrogênio traços – 15% traços – 10% Dióxido de Carbono traços – 5% traços – 4% Gás Sulfídrico traços – 3% traços – 6% Hélio traços – 5% não Metano 70 – 98% 45 – 92% Etano 1 – 10% 4 – 21% Propano traços – 5% 1 – 15% Butanos traços – 2% 0,5 – 2% Pentanos traços – 1% traços – 3% Hexanos traços – 0,5% traços – 2% Heptanos + traços – 0,5% traços – 1,5% Gasolina do Gás Natural • Diferente da gasolina de destilação (do cru), é chamada de “natural” ou “leve”. • Recuperação a partir do gás natural fornece uma gasolina muito volátil, apropriada para misturas nos combustíveis automotivos para facilitar a partida em tempo frio. • Quando o óleo cru é forçado a sair por um poço em virtude da pressão do gás natural, alguns dos seus componentes mais leve são vaporizados, por isso a composição e as características da gasolina natural recuperada são determinadas pela do óleo. 7 – Classificação do Petróleo • Feita de acordo com os constituintes. • Interessa desde geoquímicos (para caracterizar o óleo para relaciona-lo à rocha mãe e medir o grau de degradação) até refinadores (para saber as diversas frações que podem ser obtidas, sua composição e propriedades físicas). 7.1 – Classe Parafínica (75% ou mais de parafinas) • Óleos leves, fluidos ou de alto ponto de fluidez, com densidade inferior a 0,85, baixa viscosidade (exceto com elevado teor de n-parafinas de ↑PM - ↑ ponto de fluidez). • Constitui a maior parte do petróleo produzido no Nordeste Brasileiro. 48 • Principalmente compostos de cadeia aberta; com menos de 10% de resinas e asfaltenos. • Aromáticos presentes são anéis simples ou duplos e baixo teor de S. • Excelente para produção de querosene de aviação (QAV), diesel, óleos lubrificantes excelentes (mas cerosos) e parafinas. • Fornecem gasolinas de baixa octanagem. 7.2 – Classe Parafínico-naftênica (50-70% parafinas, >20% de naftênicos,) • Baixo teor de enxofre (< 1%), 5-15% de resinas e asfaltenos, e naftênicos entre 25 – 40%. • Densidade e viscosidade têm valores maiores que os anteriores. • Gasolinas do tipo médio e óleos lubrificantes (neste, ceras e asfaltos). • Constitui a maior parte do petróleo produzido na Bacia de Campos-RJ 7.3 – Classe Naftênica (>70% ou mais de naftênicos) • Número muito pequeno de óleos. • Elevada porcentagem de compostos cíclicos, baixo teor de enxofre e se originam da alteração bioquímica de óleos parafínicos e parafínico- neftênicos • Alguns óleos da América do Sul, Rússia e do Mar do Norte. • Produzem frações significativas de gasolina (relativamente alta octanagem), nafta petroquímica, QAV e lubrificantes. 7.4 – Classe Aromática Intermediária (>50% de hidrocarbonetos aromáticos) • Freqüentemente pesados, contendo 10 – 30% de asfaltenos e resinas, e enxofre acima de 1%. Densidade geralmente maior de 0,85. • Teor de monoaromáticos é baixo e o de tiofenos e de dibenzotiofenos é elevado. • Alguns óleos do Oriente Médio (Arábia Saudita, Catar, Kuwait, Iraque, Síria e Turquia), África Ocidental, Venezuela, Califórnia e Mediterrâneo (Sicília, Espanha e Grécia). 49 7.5 – Classe Aromático-Naftênica (>35% naftênicos) • Derivados dos óleos parafínicos e parafínico-naftênicos. • Óleo que sofreu processo inicial de biodegradação, no qual foram removidas as parafinas. • Podem conter mais de 25% de resinas e asfaltenos e teor de enxofre entre 0,4 – 1%. • Alguns óleos da África Ocidental 7.6 – Classe Aromático-asfáltica (>35% de asfaltenos e resinas) • Óleo oriundo de um processo de biodegradação avançada em que ocorria a reunião de monociclo alcenos e oxidação. • Podem também ser óleos verdadeiramente aromáticos não degradados (Venezuela e África Ocidental). • Óleos pesados e viscosos, resultante da alteração de óleos aromáticos intermediários. • Teor de resinas e asfaltenos elevados e teor de enxofre entre 1- 9%. • Óleos do Canadá Ocidental, Venezuela e Sul da França. Os aromáticos são os mais indicados para a produção de gasolina, solventes e asfalto. 8 – Corrosão Associada aos Constituintes do Petróleo • Corrosão é um dos mais graves problemas encontrados na indústria do petróleo, causando custos substanciais em perda de tempo, substituição de materiais de construção e emprego de pessoal em controle da corrosão, que se não empregados podem ser catastróficos. • Há vários métodos de controle da corrosão: Recobrimentos, metalurgia, materiais de construção não-metálicos, proteção catódica, inibidores entre outros métodos são uma ciência em si mesma. • Problemas acontecem na produção, armazenamento, transporte e no refino. • Taxa de corrosão é medida em mm/ano. 50 8.1 – Causas da Corrosão • Principais problemas in-situ: CO2, H2S, Polisulfetos, ácidos orgânicos e enxofre elementar. • O2 não está normalmente presente em profundidades acima de 100 m, embora seja responsável por muito da corrosão encontrada. • Temperaturas e pressões extremas encontradas em poços profundos (6000 m): T até 230º C e Pressão parcial de CO2 e H2S da ordem de 20,7 MPa e 48 MPa, respectivamente. • Elementos estruturais altamente tencionados estão diretamente expostos ao ambiente marinho corrosivo, originando a fadiga por corrosão. 8.1.1 – Oxigênio • Embora o O2 não esteja originalmente presente em poços, fluidos contaminados podem ser introduzidos. Ex: lama de perfuração (perfuração e manutenção), salmouras, H2O e CO2 (injetados para recuperação secundária de óleo) e ácido clorídrico (injetado para aumentar a permeabilidade da formação). • O2 é também responsável pela corrosão externa de plataformas off- shore, por exemplo. • Problemas de corrosão interna induzida pelo oxigênio são encontrados na produção de óleo e gás, pois muito do manuseio e processamento ocorre à pressão próxima à ambiente. Isto torna contaminação por O2 através de selos de bombas, respiradores etc. e manuseio aberto (como durante a operação de perfuração, manobras com caminhões etc) altamente provável. • Processo de remoção de oxigênio (arraste por gás – gas stripping - e lavagem química – chemical scavenging) pode também não ter sido conduzido devidamente. 8.1.2 –Compostos de Enxofre • Sulfeto de hidrogênio (H2S), polisulfetos e enxofre elementar: Quando dissolvido em água, H2S é um ácido fraco e, portanto fonte de íons de hidrogênio (corrosivos). H2S age como catalisador promovendo absorção pelo aço de átomos 51 de hidrogênio, pela redução catódica de íons de hidrogênio. H2S reage com enxofre elementar causando sua precipitação, que pode causar entupimento - plugging - pelo enxofre (combatido pelo uso de solventes). Na fase gasosa, com elevada pressão parcial de H2S, sulfanos (formas acídicas livres de polisulfetos) são formados, e podem se dissociar em H2S e enxofre elementar • A maioria se decompõe acima de 260o C, formando H2S. • Taxa de liberação de H2S é uma medida de corrosividade. 8.1.3 – Dióxido de Carbono (CO2) • Assim como H2S, é um gás ácido fraco e torna-se corrosivo quando dissolvido em água. No entanto, CO2 deve primeiro hidratar-se a ácido carbônico (H2CO3), uma reação razoavelmente lenta, antes de se acidificar. • Efeitos da velocidade são freqüentemente importantes e taxas de corrosão podem chegar a algumas polegada/ano. • Corrosão por CO2 pode ser contida pelo controle da deposição e retenção de uma camada protetora de FeCO3 (siderita). Condições que favorecem esse acúmulo incluem: Temperaturas elevadas (diminuição da solubilidade da escama - scale, diminuição da solubilidade de CO2 aceleração da cinética de precipitação); Aumento de pH, como por exemplo em águas contendo bicarbonatos (diminuição da solubilidade); Ausência de turbulência. Para altas velocidades, o desgaste pode ser muito rápido. 8.1.4 – Ácidos Fortes • São freqüentemente bombeados para dentro do poço para estimular a produção, aumentando a permeabilidade da formação. • Para calcários, utiliza-se 15 a 28% de ácido clorídrico e para arenitos, um adicional de 3% de HF é necessário. Outro ex. ácido fórmico. • Controle da corrosão neste caso é obtido por uma combinação de 52 inibidores e limitação do tempo de exposição (2 a 12 horas) 8.1.5 – Salmouras Concentradas • Utilizados para balancear a pressão da formação rochosa durante a operação de produção. • São haletos de cátions de Ca, Zn e Mg (mais raramente). • Podem ser corrosivos devido a oxigênio dissolvido ou ar. Podem também ser corrosivos devido à acidez gerada na hidrólise dos íons metálicos, ex: Zn2+ + H2O = ZnOH+ + H+ Salmouras densas de Zinco são os mais corrosivos. Portanto às vezes é necessário utilizar brometos de cálcio – CaBr2 - (mais caros), com densidades pouco acima de 1,7 g/cm3 para evitar exposição prolongada ao ZnCl2. 8.1.6 – Efeitos Biológicos • Bactérias anaeróbias (Desulfovibrio Desulfuricans), chamadas Bactérias Redutoras de Sulfatos (SRB), podem metabolizar íons sulfato (usando uma fonte de carbono orgânica) e produzir H2S, podendo introduzir este contaminante, e todos as suas ramificações corrosivas, em ambientes originalmente livres de H2S. 8.2 –Métodos de Controle da Corrosão Dessalgação (emulsificação); Injeção de soda (NaOH); Neutralização (amônia); Inibidores - hidrocarbonetos nitrogenados (aminas, diaminas, imidazolina, pirimidina etc.) Adsorvem à superfície metálica formando um filme impermeável. 8.3 – Influência da Corrosão na Seleção de Materiais Palestra do Prof. Ramón S. C. Paredes (1,5 hora) 53 Apostilas Petrobras/conservacao_de_recursos.pdf Conservação de Recursos 1 CURSO DE FORMAÇÃO DE OPERADORES DE REFINARIA CONSERVAÇÃO DE RECURSOS 2 Conservação de Recursos Conservação de Recursos 3 CURITIBA 2002 Equipe Petrobras Petrobras / Abastecimento UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap CONSERVAÇÃO DE RECURSOS ALMIR JOSÉ ANGELI 4 Conservação de Recursos 621.042 Angeli, Almir José. A582 Curso de formação de operadores de refinaria: conservação de recursos / Almir José Angeli. – Curitiba : PETROBRAS : UnicenP, 2002. 26 p. : il. (algumas color.) ; 30 cm. Financiado pelas UN: REPAR, REGAP, REPLAN, REFAP, RPBC, RECAP, SIX, REVAP. 1. Conservação de energia. 2. PROCEL. 3. CONPET. I. Título. Conservação de Recursos 5 Apresentação É com grande prazer que a equipe da Petrobras recebe você. Para continuarmos buscando excelência em resultados, dife- renciação em serviços e competência tecnológica, precisamos de você e de seu perfil empreendedor. Este projeto foi realizado pela parceria estabelecida entre o Centro Universitário Positivo (UnicenP) e a Petrobras, representada pela UN-Repar, buscando a construção dos materiais pedagógicos que auxiliarão os Cursos de Formação de Operadores de Refinaria. Estes materiais – módulos didáticos, slides de apresentação, planos de aula, gabaritos de atividades – procuram integrar os saberes téc- nico-práticos dos operadores com as teorias; desta forma não po- dem ser tomados como algo pronto e definitivo, mas sim, como um processo contínuo e permanente de aprimoramento, caracterizado pela flexibilidade exigida pelo porte e diversidade das unidades da Petrobras. Contamos, portanto, com a sua disposição para buscar outras fontes, colocar questões aos instrutores e à turma, enfim, aprofundar seu conhecimento, capacitando-se para sua nova profissão na Petrobras. Nome: Cidade: Estado: Unidade: Escreva uma frase para acompanhá-lo durante todo o módulo. 6 Conservação de Recursos Sumário 1 VISÃO GERAL E INFORMATIVA ..................................................................................... 7 1.1 Aspectos históricos, econômicos e legais..................................................................... 7 1.2 O Conceito Exato de Conservação de Energia ............................................................. 7 1.2.1 Energia ............................................................................................................... 7 1.3 O Petróleo como Fonte Primária de Energia ................................................................ 7 1.4 Por que fazer conservação? .......................................................................................... 9 1.5 Os Programas de Conservação de Energia no Brasil ................................................... 9 1.6 PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica ........................ 10 1.6.1 O que o PROCEL está fazendo ........................................................................ 10 1.6.2 O PROCEL e os impactos ambientais da energia elétrica .............................. 10 1.7 CONPET – Programa Nacional de Uso Racional de Derivados de Petróleo e de Gás Natural ........................................................................................... 12 1.7.1 Programas Setoriais ......................................................................................... 12 1.7.2 Estrutura do CONPET na Petrobras................................................................. 13 1.7.3 Importância do CONPET para a Petrobras ...................................................... 13 1.8 Importância da Conservação de Energia na Petrobras ............................................... 13 1.9 Consumo de Energia na Petrobras .............................................................................. 13 1.10 Programa Interno de Conservação de Energia ............................................................ 14 1.11 Criação e Estrutura da COMCICE e CICE ................................................................ 14 1.11.1 Composição...................................................................................................... 14 1.11.2 Competência .................................................................................................... 15 1.12 De Organização da Comissão Interna de Conservação de Energia (CICE) ............... 15 1.12.1Composição...................................................................................................... 15 1.12.2Competência .................................................................................................... 16 2 CONSERVAÇÃO DE RECURSOS NA ÁREA OPERACIONAL.................................... 18 2.1 Conservação de água e outros recursos ambientais .................................................... 18 2.1.1 Distribuição da Água ....................................................................................... 18 2.1.2 Oportunidades de atuação ................................................................................ 19 2.2 Conservação de Energia Térmica – Princípios e Oportunidades de Atuação ............ 20 2.3 Conservação de Energia Elétrica – Princípios e Oportunidades de Atuação ............. 21 3 INDICADORES DE ENERGIA ......................................................................................... 23 3.1 Consumo de energia ................................................................................................... 23 3.2 Fator de complexidade (FC) ....................................................................................... 23 3.2.1 Consumo específico de energia (CEE) ............................................................
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