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DIREITO CIVIL- SUCESSÕES PALOMA MARTINS 200501207727 SEMANA 4 Sim. A declaração de indignidade do herdeiro não exclui o direito de seus filhos. Carlos André é considerado morto, tendo seus filhos por direito de representação, vocação hereditária. Não. Pois ele atentou contra a vida de descendente de seu avô (art. 1814, I do CC.) Sobre indignidade dita Carlos Roberto Gonçalves: “A sucessão hereditária assenta em uma razão de ordem ética: a afeição real ou presumida do defunto ao herdeiro ou legatário (...). A quebra dessa afetividade, mediante prática de atos inequívocos de desapreço e menosprezo para com o autor da herança, e mesmo de atos reprováveis ou delituosos contra a pessoa, torna o herdeiro ou o legatário indignos de recolher os bens hereditários (...). Considerando a afetividade que une a pessoa a determinados familiares, o Código Civil sanciona também o herdeiro que comete o aludido crime contra a pessoa do cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente do autor da herança. A regra permite, portanto, a exclusão do herdeiro neto. Embora não tenha ele atentado contra a vida do autor da herança, agiu de forma violenta contra um descendente deste. ” Dessa forma aquele que tem como sentença a indignidade, será considerado, para aquisição de herança, como morto. Sendo assim havendo filhos esses serão chamados a suceder por representação, conforme comenta Carlos Roberto Gonçalves: “Na representação o herdeiro vem ocupar o lugar de representado, assim sucede, num só chamado, ao autor da herança (...). A representação é restrita a sucessão legítima. ” (Gonçalves, Carlos Roberto- Direito Civil Esquematizado v.3; Coordenador Pedro Lenza - 3.ed – São Paulo: Saraiva, 2016- páginas 881, 882 e 965) EMENTA: INDIGNIDADE – A exclusão da sucessão hereditária por atos de indignidade, consistentes em crime contra a honra do autor da herança, depende de condenação criminal – Improcedência - Recurso desprovido. (TJ-SP – APL: 00056892620118260168 SP 0005689- 26.2011.8.26.0168, Relator: Alcides Leopoldo e Silva Júnior, 15/09/2015, 1ª Câmara de Direito Privado, 15/09/2015)
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