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Patologia do sistema reprodutor feminino 1) Afecções ovarianas • Cistos de corpo lúteo Definição: Formação de uma cavidade cística no interior do corpo lúteo, irregular e de tamanho variável - Não é patológico - Função luteínica não é alterada - Ocorreu a ovulação e a atividade ovariana cíclica continua normalmente Etiologia: Falta de irrigação na porção central do corpo lúteo • Cistos foliculares ou Doença ovariana cística Definição: Estruturas foliculares anovulatórias que persistem por vários ciclos estrais e são encontradas em muitas espécies domésticas - São folículos que não ovocitaram - Só são considerados cistos foliculares se tiver uma persistência após a regressão do corpo lúteo - São importantes nas vacas e porcas - 10 a 20% das vacas leiteiras apresentam essa patologia, grande causa de infertilidade Aspecto macroscópico e microscópico: - Projeção cística externa de grandes dimensões que se formam na parede ovariana - Possui características histológicas parecidas com folículos maduros Classificação: Para cadelas - Proestro ou estro: Antes da ovulação, estruturas de 8mm - Estro, diestro ou anestro: Estruturas de qualquer tamanho - Em cadelas pode ocorrer como sinais clínicos, tumefação de vulva, hipertrofia de clitóris, ginecomastia, alopecia ventral, hiperplasia cística de endométrio, hiperplasia ou neoplasia mamária e as vezes fibroleimioma genital Etiologia: - Insuficiência da secreção pulsátil de LH - Falha no feedback positivo do estrógeno sobre o hipotálamo - Falhas na ovulação ou administração exógena de estrógeno - Predisposição em cadelas idosas - Aumento dos níveis de cortisol que inibem o eixo da reprodução Sinais clínicos: - Irregularidades do ciclo estral: Anestro ou virilismo(características sexuais secundárias masculinas) - Corrimento vaginal prolongado - Alterações dermatológicas - Ninfomania, em vacas é mais evidente OBS: O comportamento que a vaca adquire depende de qual hormônio o cisto está produzindo, estrógeno, progesterona e andrógenos Diagnóstico: - Características comportamentais e físicas, virilismo - Palpação retal para acompanhamento de cistos grandes - US difícil em cadelas - Citologia vaginal Tratamento: - Indução hormonal da ovulação ou luteinização das células foliculares com GnRH, LH e eCG - Progesterona estimulando a secreção pulsátil de LH - Prostaglandina, o cisto possui um pouco de tecido luteal que poderá ser regredido com o uso de prostaglandina - Protocolos de sincronização: Ovysinch, administração de GnRH e PGf2α - Ovariosalpingohisterectomia eletiva Prevenção: - Hereditariedade, fazer uma seleção genética - Administração de GnRH 10-12 dias após o parto - Hiperplasia endometrial cística - Piometra - Depressão medular → Neoplasia ovariana • Tumores epiteliais Classificação: - Fibroadenoma (benigno), fibromas (tumor do TC fibroso benigno), adenocarcinomas (tumor maligno do epitélio glandular), Adenoma Papilífero - 20 a 64% de todos os tumores ovarianos - São comuns em cadelas idosas, muitas vezes são bilaterais Sinais clínicos: - Assintomáticos - Ascite, distensão abdominal - Obstrução linfática Aspecto macroscópico e microscópico: - Formação solida de coloração rósea ou acinzentada - Consistência firme ao corte - Apresenta formações císticas em sua superfície Exames complementares: - US, estrutura anecóica, caudal ao rim, não gera eco, não é uma estrutura sólida, característico de cisto - RX, somente se houver metástase Tratamento: - Ovariosalpingohisterectomia completa ou parcial dependendo da malignidade - Quimioterapia: Ciclofosfamida, Clorambucil - Abate • Tumores estromais Classificação: - Células da granulosa (pode ser maligno ou benigno), células da teca(pode ser maligno ou benigno), luteomas, Hemangioma - 38% de todos os tumores ovarianos, 20% de metástase - Unilateral, encapsulado, pouco invasivo, não maligno - O tumor das células da granulosa é muito comum em vacas, ocorre mais em gado de leite que de corte Sinais clínicos: - Cios persistentes e irregulares - Ascite, distensão abdominal - Alterações dermatológicas e sanguíneas - Anestro persistentes e virilismo OBS: Em cadelas pode ocorrer hiperplasia endometrial cística e piometrite Aspecto macroscópico e microscópico: - Superfície pode ser nodular ou lisa - A massa toda pode ser solida ou constituir-se de várias formações císticas - Possui coloração esbranquiçada ou amarelada Diagnóstico: - Massa em abdome cranial - Ação estrogênica ou progestacional, tumor hormonalmente ativo(secretivo) - Citologia vaginal - US Tratamento: - Remoção cirúrgica: Ovariosalpingohisterectomia completa - Ovarioectomia parcial - Hiperplasia endometrial cística - Quimioterapia não foi descrita • Tumores de células germinativas Classificação: Disgerminomas (malignos e agressivos), teratomas(células embrionárias) - Incidência de 20% dos tumores ovarianos Sinais clínicos: - Distensão abdominal - Manutenção da ciclicidade Diagnóstico: - RX, mineralização Tratamento: - Remoção cirúrgica 2) Afecções uterinas → Infecções uterinas no período pós parto - O parto é uma quebra das barreiras de proteção do aparelho reprodutivo e então pode haver contaminação por organismos patógenos ou não - Pode haver infecções ascendentes ou hematógena Etiologia: Falha nos mecanismos de defesa, mais entrada de agentes - No período puerperal o microambiente é propício a proliferação bacteriana Fatores predisponentes: - Distocia e retenção placentárias - Gemelaridade - Super ou subnutrição - Continua suplementação uréica a vacas secas - Má higiene ambiental - Gado de leite possui maior contaminação que os de corte • Metrite ou perimetrite Definição: - Severa infecção uterina envolvendo as camadas do útero (perimétrio, miométrio e endométrio) - Metrite: envolve endométrio e miométrio - Perimetrite: envolve todas as camadas - Ocorre normalmente na 1a semana do pós-parto - Pode ocorrer devido a distocias e retenção placentária - Metrite puerperal aguda ou Metrite tóxica Sinais clínicos: - Septicemia - Anorexia, depressão, febre - Diminuição da produção leiteira - Descarga vaginal fétida - Útero aumentado a palpação - Colorações amareladas, avermelhadas ou enegrecidas do útero Aspectos macroscópicos e microscópicos: - Parede uterina fica mais espessa e friável(pode haver perfurações com extravasamento do conteúdo infeccioso para a cavidade) - Petéquias com deposição de fibrina • Metrite puerperal, séptica ou pós parto Definição: - Mais grave dos processos inflamatórios do útero - A infecção de instala logo após o parto e pode evoluir para quadros de peritonite, septicemia e toxêmia - Os casos não letais podem evoluir para metrite crônica que pode levar ao animal a uma redução da fertilidade ou infertilidade Causa: - Ocorre mais em casos de distocia e retenção da placenta - É devida a infecção bacteriana por Streptococcus sp ou Staphylococcus sp via ascendente Aspectos macroscópicos e microscópicos: - Útero involuido com toda sua parede afetada - Perimétrio apresenta-se escuro com deposição de fibrina - Parede flácida e friável - Presença de exsudato de coloração achocolatada e odor fétido na cavidade uterina - Endométrio espesso, vermelho escuro e se despende com facilidade OBS: Sequelas da Metrite, endometrite crônica(endometriose), Abcessos uterinos, Perimetrite, Piemia, Piometra • Endometrite Definição: - Infecção uterina envolvendo somente o endométrio - Processo inflamatório mais frequente no útero Ocorrência: - Após o parto, cópula, IA, infusão de substancias irritantes Sinais clínicos: - Não há comprometimento sistêmico - Útero normal a palpação - Exsudato purulento - Diminuição das taxas de fertilidade → Endometrite persistente em éguas Causas: Endometrite induzida pelo coito - Ocorre uma resposta inflamatória normal(fisiológica)após o acasalamento induzido pelo sémen do garanhão e pelo efeito quimiotático dos espermatozoides causando um influxo de polimorfonucleares no lúmen uterino - Esse processo inflamatório é necessário para o recebimento do embrião, após um tempo o animal se cura normalmente da endometrite, porém, algumas éguas susceptíveis são incapazes de debelar esse processo inflamatório e acabam desenvolvendo a endometrite crônica - Essa inflamação fisiológica é necessária para a remoção dos espermatozoides excedentes, plasma seminal, debris e contaminantes que acabam adentrando o útero das éguas. Ocorre: - Ocorre uma intensa inflamação induzida pelo coito, com um influxo de polimorfonucleares - Ocorre produção de prostaglandina 2α e ocitocina o que causa luteólise embrionária e consequente morte embrionária Diagnóstico: - Deve-se levar em conta o histórico da égua, se ela já possui problemas anteriores de endometrite aguda ou crônica, esta será mais propensa a ter a endometrite crônica pós coito - Acúmulo anormal de líquido na luz uterina acima de 12h após o acasalamento ou IA - Citologia do lavado uterino: intensa inflamação, número anormal de neutrófilos - Biopsia uterina: severas lesões histopatológicas Tratamento: - Auxiliar o útero a fazer a “limpeza”, são contrações uterinas e drenagem linfática - Lavagem uterina 6 a 12h após coito com Ringer Lactato - 20 unidades de ocitocina após coito, são drogas ecbólicas que estimulam a contração do miométro para eliminação dos resíduos remanescentes no útero - 10mg de prostaglandina 2α antes da ovulação - Acupuntura • Complexo Hiperplasia Endometrial Cística – Piometra - Esse complexo é observado em cadelas durante o diestro onde os corpos lúteos são funcionais Etiologia: - Inflamação de todas as camadas do útero, com acumulo de pus no lúmen uterino, acarretando a doença sistêmica na presença de progesterona. Isso é, ocorre logo após o cio - Vacas 1a ovulação antes da limpeza uterina - Cadelas de meia idade, senis - Cadelas com ciclos irregulares Aspectos microscópicos e macroscópicos: - Útero dilatado e repletos de exsudato purulento - Parede do útero espessa e resistente pela fibrose de miométrio - Infiltrado inflamatório de mononucleares e polimorfonucleares ∆ Hiperplasia endometrial cística: - Produz uma secreção mucosa altamente nutritiva que seria para o auxílio do embrião - Essa secreção favorece a colonização bacteriana que contaminam por via ascendente - Bactérias: E. coli, S. aureus, Streptococcus β hemolítico, Pseudomonas sp. - O principal hormônio envolvido no desencadeamento dessa doença é a progesterona - Ocorre mais em cadelas idosas ou que nunca pariram - O tratamento hormonal com progestágenos aumenta o risco do aparecimento dessa doença Patogenia: Sequelas - Formação de ácidos séricos contra agentes uterinos e isso pode levar a lesão glomerular, glomerulonefrite imunomediada onde ocorre a deposição de complexos de antígeno-anticorpo, isso pode levar a uma insuficiência renal - Infecção ascendente do aparelho urinário - Lesão renal direta pela ação das bactérias: causam insensibilidade dos túbulos renais ao ADH Diagnóstico: Cadelas - Estro há 1,2 meses - Letargia, depressão, inapetência - Vômito - Síndrome de poliúria e polidpsia: Cushing, diabetes, nefrite crônica - Hormônios - Hiper ou hipotermia - Descarga vaginal, quando a cérvix estiver aberta - Distensão abdominal e uterina - Aumento de sensibilidade abdominal - Desidratação - Hemograma - FR/FH - Imagem: volume, conteúdo e espessamento - Vaginite, neoplasia, cistite - Aumento de volume abdominal: ascite, neoplasias abdominais Diagnóstico: Vacas - Palpação retal/ USG Tratamento: Cadelas - Cirúrgico - Medicamentosos: inibidores de progesterona, prostaglandina - Antibioticoterapia - Tratamentos de suporte: Fluidoterapia, analgésicos Tratamento: Para grandes - Antibióticos locais: Lavagem uterina com penicilina e oxitetraciclina - Ocorre resíduos dos antibióticos no leite, causa prejuízos à produção - Antibioticoterapias e suporte sistêmico: Penicilina, oxitetraciclina, ceftiofur - Terapia hormonal: Ocitocina, prostaglandina 2α(luteólise e retorno a ciclicidade) 3) Afecções da vagina → Infecções vaginais: - Infecções vulvo-vaginais são tão frequentes quanto endometrites - São caracterizadas por hiperemia, presença de exsudato purulento e infiltrado inflamatório leucocitário - Éguas e vacas podem apresentam refluxo da urina se acumula no fórnix vaginal, dando origem a urovagina Causas bacterianas em grandes animais: - Vírus, bactérias, protozoários transmitidos pelo coito - Ureaplasma diversum, causa vulvite granular - Mycoplasma bovigenitalium, causa vulvite granular - Herpes vírus bovino tipo 1, causa a vulvovaginite pustular infecciosa dos bovinos Causa em cadelas: - juvenil X adulta - Agente primários - Agentes secundários: neoplasia, corpo estranho, infecção urinária Fatores predisponentes: - Fêmeas castradas - Período pós-cio(diestro) Sinais clínicos – Grandes: - Descargas purulentas vulvar - Infertilidade - Pústulas/ erosões - Nódulos marrons ou avermelhados - Nódulos brancos (HPV) Sinais clínicos: Em cadelas - Corrimento sero-sanguíneos ou purulento - Edema da mucosa - Prurido com lambedura - Alopecia perianal - Atração de machos Diagnóstico: Cadelas - Idade e histórico clinico - Vaginoscopia - Citologia vaginal em cadelas - Cultura e antibiograma Tratamento – Juvenil: cadelas - Expectativa - Aplicação de cremes ou soluções intra-vaginais - Repositor da flora - Higienização Tratamento – Adulto: cadelas - Definir etiologia - Lavagem com soluções intra-vaginais - Meio acidificante do Ph vaginal - Antibioticoterapia • Vaginite e Cervicite Causas: ∆ Pnemovagina: - É o acumulo de ar no canal vaginal, como consequência pode ocorrer infecção ou inflamação crônica - É uma causa de infertilidade em éguas - Pode-se escutar um ruído quando o animal esta trotando - Pode-se fazer o teste de propensão de aspiração de ar ∆ Urovagina: - É o refluxo da urina que leva a irritação da mucosa vaginal, cérvix, endométrio causando degeneração endometrial e maior perda embrionária, infecções e diminuição da motilidade espermática - Tratamento consiste em correção cirúrgica, Técnica de Belden - Infecções bacterianas - Agentes químicos, como antibióticos(enrofloxacina/cfetiofur) e antissépticos(iodo), estes alteram a flora normal da vagina - Traumas da cópula ou do pós parto - Senilidade, condição corporal Manifestação clínica: - Mucosa vaginal hiperêmica - Cérvix com ou sem exsudato - Acumulo de urina Tratamento: - Reconstrução das barreiras físicas - Vulvoplastia de Caslick: Suturar a porção dorsal dos lábios vulvares afim de prevenir a aspiração de ar - Vestibuloplastia ou epsioplastia quando a vulvoplastia de Caslick for ineficiente. É a reconstrução completa do vestíbulo vaginal - Reconstrução perineal - Reparação de lacerações perineais e das pregas retovaginais - Extensão uretral - Remoção de causas primárias (agentes químicos) Diagnóstico: - Teste de propensão de aspiração de ar • Hiperplasia e prolapso vaginal – Cadelas Etiologia: - Alteração hormonal: estrógeno - O estrógeno induz edema vaginal e multiplicação das camadas das células epiteliais da vagina e relaxamento dos ligamentos facilitando a exteriorização - Ocorre durante o cio e ao final da gestação Sinais clínicos: - Exposição da mucosa vaginal em 3 graus variados(Hiperplasia) - Grau 1: Moderada eversão do assoalho, sem protrusão - Grau 2: Prolapso do assoalho cranial e paredes laterais - Grau 3: Prolapso de toda a circunferência vaginal, com lúmen Sinais clínicos: - Pode haver complicações pela exposição da mucosa a bactérias e outros microrganismo - Pode ocorrer necrose da mucosa por garroteamento - Corrimento vaginal - Obstrução da mucosa Diagnostico: - Histórico + sinaisclínicos - Colpocitologia, fazer biopsia da vagina para identificar em qual fase do cio a cadela esta, e assim poder diferenciar prolapso vaginal de hiperplasia vaginal Tratamentos: - Depende do estágio do ciclo estral e do grau de hiperplasia - Medicamentoso para interrupção do cio: GnRH - Limpeza tópica - Cirúrgico: Vaginoplastia inferior 4) Afecções da glândula mamária • Hiperplasia mamária felina ou Hiperplasia fibroepitelial Definição: - Não neoplásica - Responsiva a progesterona - Caracterizada pela rápida hipertrofia e hiperplasia ou proliferação do estroma ductal e do epitélio das glândulas mamárias Incidência: - Afecção exclusiva de felinos - Fêmeas não castradas - De 1 a 4 anos de idade - 1 a 2 semanas após o cio, fêmeas em lactação ou tratadas com medicamentos progestágenos Sinais clínicos: - Nódulos mamários bem delimitados, não encapsulados - De 2 a 5cm de diâmetro - Edema, ulcerações, áreas de necrose e infecção bacteriana secundária Diagnóstico: - Histórico + sinais clínicos - Histopatológico: Diferenciar de neoplasia mamária Tratamento: - Remover o estimulo hormonal da progesterona - Remissão espontânea após parto ou lactação - Ovariosalpingohisterectomia - Medicamentos inibidores da progesterona: Aglepristone - Mastectomia - Tratamentos de suporte 5) Alterações gerais • Pseudociese Definição: - Gravidez psicológica - Síndrome observada em cadelas não gestantes - Ocorre 6 a 14 semanas após o estro - Com sinais clínicos de mimetização dos comportamentos pré, peri e pós parto Incidência: - Muito comum, 50-87% - Não há predisposição racial - Igual em nulíparas e pluríparas - Investiga-se a influência nutricional ou ambiental - Não há correlação com taxas de fertilidade - Ocorre na fase de diestro Desencadeamento da síndrome: - Aumento das concentrações de prolactina e diminuição de progesterona × Prolactina: - É um neuropeptídio sintetizado pelas células lactotróficas da adenohipófise - Age na glândula mamária e tem ação luteotrófica - É responsável pela progressão da secreção láctea do ácino para o canal do teto - Estimula o comportamento materno Fatores predisponentes: - Após o termino do tratamento com progestágenos - Durante o tratamento com progestágenos ou anti-progestágenos - Após o tratamento com prostaglandina - 3 a 4 dias após a realização de Ovariosalpingohisterectomia durante o diestro ↔ Todas essas situações caracterizam-se por uma exposição a progesterona e subsequente queda desta Sinais clínicos: - Comportamento pré, peri e pós-parto - Confecção de ninhos, adoção de objetos - Agressividade - Distensão mamária e secreção láctea - Ganho de peso - Anorexia, êmese, distensão e contração abdominais, diarreia, poliúria, polidpsia, polifagia Diagnóstico: - Excluir prenhes! - US abdominal - Raio X abdominal Tratamento: - Por ser uma condição autolimitante muitas vezes não requer tratamento - Evitar a estimulação mamária colocando um colar Elizabetano no animal para evitar a lambedura das mamas - Restrição hídrica - Estimulo à atividade física - Tranquilizarão com benzodiazepínicos se necessário - Se o animal não for ser utilizado para a reprodução é indicado fazer a ovariohisterectomia e ovarioectomia ↔ Agonistas de receptores da serotonina – Metergolina - Ação dopaminérgica indireta - Atravessa a barreira hemato-encefálica - Fraco efeito antiprolactímico e meia vida curta: ausência de efeitos colaterais 6) Porcas - Principais afecções reprodutivas • Hiperestrogenismo: Definição: - Infecção causada por fungos da família Fusarium sp - Micotoxina fusariotoxina ou zearalenona - Doença causada pela ingestão de ração contaminada por essa toxina - Causa vulvovaginite e transtornos reprodutivos Sinais clínicos: → Fêmeas pré-púbere – Leitoas: - Edema, hiperemia vulvar 3 a 5 dias após a ingestão - Aumento de volume uterino - Atrofia ovariana → Fêmeas adultas – Porcas: - Estro prolongado ou atraso no retorno ao cio, após a lactação - Regressão do corpo lúteo após 30 dias da remoção da dieta - Pode diminuir o tamanho da leitegada - Redução do peso dos leitões amamentados em fêmeas com dieta contaminada Tratamento: - Mudar a dieta • Síndrome de MMA – Mastite + Metrite + Agalaxia: Definição: - Infecções bacterianas em útero e glândula mamária - Agalaxia, é a falta de no pós parto - Ocorre alta mortalidade em leitões, tem grande importância para a pecuária Patogenia: - A bactéria penetra pelo teto do animal provocando mastite e endotoxemia o que causa febre, anorexia, depressão, agalaxia mesmo dos tetos não afetados - Lipopolissacarídeos – endotoxinas que causam supressão de prolactina atuando em hipotálamo e hipófise Predisposição: - Distocias - Obesidade - Primíparas - Genética - Ambientes sujos Tratamento: - Antibióticos + suporte + ocitocina/prostaglandina - Programa de higiene nas instalações - Cuidado na transferência das matrizes para maternidade - Cuidados com o parto e pós parto - Controle nutricional e de infecções urinárias - Manejo de suporte dos leitões(Suplementação nutricional)
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