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Resumo Processual civil 1

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Etapa instrutória
Instrução processual
Noção: existem questões que são resolvidas unicamente pela via do direito e, portanto, não precisam da feitura de provas. As questões de precisam de instrumento probatório para chegarem a uma conclusão são chamadas questões de fato. Ademais, é oportuno falar que a prova no direito é retórica.
Princípios 
Contraditório: a prova só é considerada válida se ela for produzida sob a édige do contraditório. Isso quer dizer que as duas partes devem ter a oportunidade de se manifestarem sobre ela, possibilitando exercer influência sobre a decisão, não basta que que uma das partes se pronuncie. 
Ademais, esse princípio torna proibido a negação genérica do juiz a qualquer pedido requerido pelas partes e, associado ao princípio da cooperação, exige uma participação do juiz no contraditório para que o conflito seja resolvido da melhor forma possível.
Poderes instrutórios do juiz: o modelo inquisitorial era prejudicial ao julgamento, pois como o julgador era a mesma pessoa que acusada, este já inicia o processo com demasiados preconceitos sobre o réu e sobre o caso. Por outro lado, no modelo acusatório em que vivemos, as partes possuem liberdade de se posicionarem e de postularem a seu favor, logo, possuem têm plena iniciativa para produzir provas.
Essa posição é a regra no processo civil brasileiro, mas, subsidiariamente, o juiz está apto a requerer a produção de provas caso perceba não ser suficiente a iniciativa tomada por parte das partes.
CPC, Art. 370.  Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. Parágrafo único.  O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Aquisição processual: é fundamental entender que a prova não pertence às partes, mas ao processo; ela não possui um dono, mas se tem a comunhão das provas a todos os sujeitos processuais que podem fazer uso delas; isso também se aplica às provas produzidas a pedido do juiz.
Vedação às provas ilícitas: CF, Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. É mister distinguir a diferença entre prova ilícita e ilegítima. Esta, viola um direito processual; aquela, um direito material. Cabe dizer que para a produção de investigação ser válida ela precisa respeitar todos os elementos probatórios, pois, no mundo do Direito, só existe o que consta nos autos.
Vale citar a respeito da Teoria do Fruto da Árvore Envenenada, que diz que todas as provas derivadas de uma prova ilícita são contaminadas por tal ilicitude, assim como os frutos de uma árvore envenenada também o são. 
Entretanto, essa teoria não se aplica às fontes independentes, quando a prova contaminada poderia ser produzida através de outra fonte independente (“independent source”); e à prova inevitável, que é aquela que seria produzida de qualquer maneira (“inevitable discovery”).
Disciplina da prova: a prova é requerida, admitida, produzida e valorada. Antigamente eram adotadas como prova a superstição, as ordalhas e a base religiosa.
Conceito de prova: ato de provar, meio, resultado (termo técnico, mais correto).
Sistemas de valoração
Sistema legal: é aquela elencada pela lei de maneira taxativa e sem base científica.
Sistema da livre convicção absoluta: é aquele em que o juiz não precisa fundamentar sua decisão relacionando com os elementos probatórios encontrados; é uma contraposição ao sistema legal; é usado pelo júri.
Sistema da livre convicção motivada (persecução racional): é considerado livre, pois o valor dado a cada prova não está pré-definido, mas depende da posição do juiz, mas exige que ele fundamente racionalmente sua valoração e, por isso, é considerado motivado. Vale dizer que a parte prejudicada pode se defender da sentença. 
É o sistema adotado pelo CPC: Art. 371.  O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
Disciplina da prova
Objeto (thema probandum): todo o conjunto de fatos do qual o juiz depende para proferir sua decisão será objeto de prova.
CPC, Art. 374.  Não dependem de prova os fatos: I - notórios; II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; III - admitidos no processo como incontroversos; IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Existem ainda as chamadas provas de direito: CPC, Art. 376.  A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.
Características 
Controvertida 
Relevante
Determinada: busca situar o fato no tempo e no espaço.
Meios e fontes de prova: o meio de prova é a atividade instrumental, elencada pelo juiz, que tem por resultado a prova em questão. Ela possui uma técnica própria e podem ser atípicas, ou seja, não estarem descritas no texto legal, desde que sejam legítimas. Por seu turno, fonte de prova é o lugar onde a prova foi buscada.
Prova emprestada: o Código admite que uma prova produzida em outro processo seja utilizada desde que tenha sido respeitado o contraditório. Portanto, precisa que ou as duas partes tenham participado de sua produção, ou nenhuma o tenha; pois, caso contrário, seria gerada uma posição de desvantagem para uma das partes.
Máximas de experiência: CPC, Art. 375.  O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial. Trata-se do conhecimento geral do juiz.
Finalidade: serve para fornecer conhecimento ao juiz sobre as questões processuais para que, a partir disso, ele possa embasar sua decisão.
Destinatário: juiz.
Ônus da prova: ônus é um encargo em interesse próprio que, quando não é realizado, coloca o indivíduo em uma situação de desvantagem.
Ônus subjetivo e objetivo: O primeiro é relevante para determinar a que parte cabe a produção de prova relativa a um determinado fato, e quais as consequências advindas da produção probatória inexistente ou deficiente. Entretanto, interessa ao magistrado o que está provado nos autos e não quem efetivamente operou sua demonstração. Nesse ponto, reside o outro aspecto do ônus da prova, onde a atividade das partes não possui relevância, tratando-se do ônus objetivo da prova.
O princípio do non liquet impede que o magistrado se exima de solucionar uma lide com fundamento em dúvida sobre a veracidade de fatos. Sabendo que tal situação necessita ser resolvida, a ordem jurídica deu ao juiz regras, consistentes na repartição do ônus da prova, que o permitem solucionar a contenda. Somente por meio das regras do ônus da prova objetivo que as dúvidas, aparentemente insanáveis, podem ser dirimidas. 
Regra de distribuição do ônus da prova: CPC, Art. 373.  O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. 
Inversão do ônus da prova: CPC, Art. 373, § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. § 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. § 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. § 4o A convenção de que trata o § 3o pode ser celebrada antes ou durante o processo.
Distribuição dinâmica doônus da prova: é justamente a possibilidade de que haja alteração do ônus da prova a depender do caso concreto.
Prova diabólica: trata-se da impossibilidade de se admitir provas cuja produção seja de extrema dificuldade, pois quem a assumiu tem o ônus sobre ela.
Classificação da prova 
Quanto ao objeto:
Direta (histórica): demonstra com clareza o que se pretende provar. Ex.: câmera, testemunha.
Indireta (indiciária): prova um fato que aponta para outro e, através de um conjunto de indícios, forma-se um juízo de certeza sobre aquilo que se pretende provar. Ex.: vestígios de pólvora na mão.
Quanto ao sujeito (fonte):
Pessoal: a fonte é uma pessoa, ex.: confissão, testemunha.
Real: a fonte é uma coisa, ex.: foto, vídeo, extrato bancário.
Quanto à forma: documental, oral, material (perícia e instrução judicial).
Quanto à preparação
Casual: no momento de sua produção não havia a intenção de que tal instrumento se tornasse probatório.
Pré-constituída: desde o momento da criação de tal instrumento ele foi preparado para servir como elemento probatório. Ex.: ação de mandado de segurança.
Depoimento da Parte
Conceito: é um conjunto de declarações ou comunicações de fato prestados em juízo sobre os fatos e todos os dados processuais dos quais a parte tenha conhecimento.
Natureza: é um tipo de prova pessoal e parcial, pois a fonte é a próprio parte que, portanto, preocupa-se em defender os próprios interesses, não há isenção. 
Objetivos: esclarecer o que a parte sabe sobre os fatos e dados processuais, trazendo mais informação ao processo; e obter a confissão, que dá certeza moral sobre os fatos, tratando de um reconhecimento que vai de encontro ao interesse da parte.
Espécies: CPC, Art. 385.  Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício. A parte não pode requerer o próprio depoimento.
Interrogatório: sua iniciativa é tida por parte do juiz (CPC, art. 139, VIII); a qualquer momento (inclusive em fase recursal); cuja consequência da recusa ou não comparecimento é pena de multa por litigância de má-fé (CPC, 379, I). É obrigatório.
Depoimento provocado: sua iniciativa é tida por parte da parte adversária (CPC, art. 385); na audiência de instrução; cuja consequência da recusa ou não comparecimento é pena de confissão.
Recusa de depor: no Brasil, essa recusa é mais comum no Direito Penal que no Direito Civil, sendo nesse último usual dar respostas evasivas, que podem se tornar falhas equivalentes. Vale deixar claro que essas respostas evasivas podem provocar confissão ficta.
Deve-se estar atento ainda para as escusas que legitimam esse comportamento, não atribuindo pena a ele. Trata-se dos casos em que a parte se vê em uma posição de se incriminar, dos casos protegidos pela lei como o sigilo de profissão e quando traz desonra à família, salvo quando o próprio processo está tratando de Direito de Família.
Procedimento: primeiro o juiz interroga, depois dá espaço para que a outra parte faça perguntas e, comumente, mas sem respaldo legal, abre perguntas para o advogado da parte interrogada.
Caso as duas as partes forem depois no mesmo dia, será ouvido primeiro o autor e depois o réu, sem que um não tenha possibilidade de ouvir o depoimento do outro, mas sempre com a presença do advogado de ambas as partes.
Confissão
Conceito: é o ato de uma pessoa com capacidade jurídica de reconhecer como verdadeiro um fato contrário a seu interesse.
Natureza Jurídica: é um ato jurídico stricto sensu, pois a vontade é essencial e seus efeitos estão previstos em lei. A confissão é uma prova.
Espécies
Circunstâncias (CPC, art. 389): pode ser produzida dentro do processo (judicial) ou fora dele (extrajudicial).
Como é considerada: pode ser considerada real (expressa) ou ficta (aplicada como penalidade nos casos de revelia, por exemplo)
Como é obtida (CPC, art. 390): pode ser espontânea, quando é um ato de vontade do próprio confidente; ou provocada, no caso de depoimento provocado.
Forma: pode ser oral, quando é feita na audiência, ou escrita, audiovisual, quando é feita fora dela.
Efeitos: simples, quando reconhece como verdadeiro o fato tal qual a outra arte; qualificada, quando reconhece de maneira diferente o que foi alegado pela outra parte; e complexo, quando reconhece da mesma maneira que a outra parte, mas traz fato novo ao processo.
Elementos
Subjetivo (CPC, art. 391): somente pessoa com capacidade civil pode confessar; só produz efeitos para a pessoa que dispõe de seu direito; em caso de pessoa jurídica, precisa de alguém com procuração e poderes especiais para confessar; se um incapaz por idade reconhecer fato do interesse da outra parte é considerado prova, não confissão.
Intencional: a vontade não pode ter vícios como erro de fato, erro de direito, dolo, coação, mas nem todos atingem a confissão (apenas o primeiro e o quarto, pois nos outros não há vício de vontade). É irrevogável. CPC, Art. 393.  A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação. CC, Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
Objetivo: são suscetíveis de confissão – 1) fato próprio (pessoal); 2) fato favorável a outra parte e desfavorável ao confidente; 3) direito disponível (no caso de direito indisponível, trata-se de um reconhecimento não confessório); 4) a lei não exige forma especial (documento).
Efeitos
Preclusão lógica: preclui a possibilidade de impugnar o fato confessado.
Valor probatório não vinculante para o juiz: a confissão, como qualquer outra prova, deve ser valorada de maneira fundamentada na sentença, seja dando crédito ou desacreditando dela.
Irretroatividade (CPC, art. 393): em alguns casos, é possível dar entrada a uma ação anulatória alegando coação ou erro de fato, até mesmo após o trânsito em julgado por meio de ação rescisória.
Indivisibilidade (CPC, art. 395): tudo na confissão é aceito da forma que foi confessado, salvo na confissão complexa em que há cisão entre a confissão simples e o novo fato alegado.
Prova Documental
Introdução: é a técnica usada para a obtenção de uma prova, sendo o documento o objeto da prova. Uma de suas características é a possibilidade de respeitar o contraditório a qualquer tempo de sua apresentação, pois ele não acontece no momento de sua produção em si, mas no acesso e análise a esses documentos.
Documento, prova documental e prova documentada: o documento é uma prova histórica; a prova documental é aquela que representa um fato decorrente da ação humana a partir de um documento, que pode ser produzida de variadas maneiras (escrita, virtual, audiovisual...).
Já a prova documentada é toda a prova usada no processo que, entrando nos autos, precisa respeitar o princípio da documentação, sendo seu registro reduzido a um documento.
Instrumento: ela é assim considerada quando desde a sua produção já é projetada para servir como prova.
Elementos do documento
Autoria: pode ter mais de um autor bem como possuir autoria intelectual e material diferentes. Esta se trata da pessoa que “põe por escrito”; aquela, da pessoa que pensa na criação do documento. Quando os dois tipos de autoria são da mesma pessoa, chama-se o documento de autógrafo; quando não, chama-se heterógrafo. Essa distinção é relevante no momento de determinar a natureza jurídica do documento.
Conteúdo: quando narrativo, apenas traz o relato sobre um fato, não tendo a legitimidade de provar que esse fato é verídico, tem força probatória de declaração; quando dispositivo, representa uma manifestação de vontade e, portanto, prova o seu conteúdo.
Forma: podem ser formais, quando a lei prescreve uma forma específica, solene; ou não formais, quando isso não acontece.
Data do documento: há uma controvérsia sobre a contemporaneidade do documento nos momentos em que a data de sua produção é importante.
Eficácia probatória do documento: irá depender da estabilidade econfiabilidade de tal tipo de prova, passando pela persuasão racional do juiz.
Documento público: é munido de fé-pública, portanto, presume-se veracidade sobre ele e seu valor probatório é maior; chegando, em alguns casos, a ser o único que pode servir de prova (“ad substancia”). Ele perde sua força quando apresenta irregularidades. Como é um documento público, está sempre disponível e tem fácil localização.
CPC, Art. 405.  O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença.
Documento particular: presume-se autêntico, cabendo a parte contrária sua impugnação. Ele faz prova contra a pessoa que participou de sua produção e isso é possível de verificar pela autenticação por subscrição (assinatura), até mesmo digital. Nos documentos unilaterais, faz-se prova contra quem o produziu, salvo vasos em que a prova se dirige a outra parte, como nos casos dos livros comerciais.
Vícios do documento
Irregularidade: configura um defeito material simples como uma rasura ou erro na sequência numeral de páginas. Quando se trata de um documento praticar, cabe ao juiz avaliar sua credibilidade.
Falsidade material e ideológica: enquanto na falsificação de documento, o próprio documento é, materialmente, falsificado, seja desde sua produção ou a partir da modificação de um documento que era considerado regular; na falsidade ideológica, o documento em si é verdadeiro, mas falsa é a declaração que, por exemplo, é inserida nele, a falsidade está sobre seu conteúdo.
Na falsidade material, seu meio de investigação se dá através de uma perícia; na ideológica, demanda-se a abertura de um novo processo, trata-se de ação civil autônoma.
Produção da prova documental
Momento: CPC, Art. 434.  Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações.
Juntada posterior: CPC, Art. 435.  É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos. Parágrafo único.  Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5o.
Tem-se, aqui, o contraditório diferido dentro do processo.
Meios de obtenção do documento
Requisitos
Exibição
Parte adversa
Terceiro
Recusa
Arguição de falsidade
Noção: a falsidade está relacionada com a veracidade do documento. CPC, Art. 411.  Considera-se autêntico o documento quando: I - o tabelião reconhecer a firma do signatário; II - a autoria estiver identificada por qualquer outro meio legal de certificação, inclusive eletrônico, nos termos da lei; III - não houver impugnação da parte contra quem foi produzido o documento.
Procedimento: CPC, Art. 430.  A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos. Parágrafo único.  Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão principal, nos termos do inciso II do art. 19.
Prova Testemunhal
Introdução
Testemunha/Conceito: é uma pessoa estranha ao processo e que vem a juízo dizer sobre os fatos que são objetos da prova, sem dar opinião.
Quem pode ser testemunha: CPC, Art. 447.  Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.
§ 1o São incapazes:
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções;
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
§ 2o São impedidos:
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.
§ 3o São suspeitos:
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse no litígio.
§ 4o Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas ou suspeitas.
§ 5o Os depoimentos referidos no § 4o serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.
Classificação da testemunha
Presencial: é aquela que tem conhecimento direto do fato.
De referência: é aquela que tomou conhecido do fato através de outra pessoa.
Instrumentária: é aquela pessoa que presencia um ato civil com o intuito de ser testemunha como, por exemplo, em um contrato.
Judicial: é aquela que assim se torna dentro de um processo.
Idônea: é aquela que não possui obstáculo sob sua posição, cujo depoimento tem valor.
Inidônea: é aquela afetada por algum vicio ou defeito que lhe retira ou atenua a veracidade e, por isso, não pode depor.
Produção da prova testemunha
Audiência de instrução e audiência especial: depende da conveniência em cada caso.
Direitos e deveres da testemunha:
Direitos: ser indenizada pelo seu deslocamento; comparecer, pois presta um serviço públicos; escusar-se a depor nos casos necessários; consultar anotações sobre matéria que será abordada em seu depoimento.
Deveres: comparecer, sob medida de condução coercitiva, pena de multa e indenização; depor; dizer a verdade, sob risco de estar cometendo crime de falso testemunho.
Procedimento
Requerimento: em momento oportuno, descrito no Código. 
Substituição: deve ser feita com antecedência para respeitar o contraditório. CPC, Art. 451.  Depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4o e 5o do art. 357, a parte só pode substituir a testemunha: I - que falecer; II - que, por enfermidade, não estiver em condições de depor; III - que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encontrada.
Ordem dos depoimentos: primeira parte autora, depois o réu.
Qualificação a contradita: é desqualificar a pessoa em questão como testemunha, que pode passar a ser ouvida como declarante.
Inquirição: significa perguntar, indagar. Acontece na seguinte ordem: advogado que arrolou a testemunha em questão, advogado da outra parte e, por fim, juiz.
Documentação: segue o princípio da documentação dos autos e, atualmente, filma-se tudo que acontece nas audiências.
Testemunha aferida e acareação: consiste em colocar frente à frente duas testemunhas que depuseram de maneira contrária.
Prova Pericial
Introdução: é aquela obtida a partir da resolução de uma questão de fato controvertido que demanda um conhecimento técnico que o juiz não possui; cuja função é atribuída a um particular ou a órgão já estipulado, servindo como assistente técnico do juiz.
Ela só deve ser feita em último caso, desde que seja demonstrada sua necessidade, pois é cara e prejudica a celeridade do processo.
Conceitos: é o meio de prova em que o fato controvertido é resolvido com o auxílio de um perito, mesmo que o juiz conheça do problema. Vale lembrar que a prova é do processo.
Espécies
Quanto ao objeto: vistoria, quando se trata de bens imóveis; exame, quando se trata de um bem móvel, ser movente (animal) ou pessoa; avaliação, quando tem por finalidade determinar o valor, independentementede qualificação anterior.
Quanto ao processo: extrajudicial, quando feita por particular; judicial, quando produzida no processo.
Quanto à obrigatoriedade: necessárias, quando a lei determina sua feitura obrigatoriamente e, portanto, é requerida de ofício pelo juiz; opcionais, quando o procedimento não exige que seja feita.
Quanto ao momento: de presente, aquela feita após a requisição de todas as provas ou da prova em questão; de futuro, aquela feita antecipadamente devido ao risco de seu conteúdo se extinguir.
Perito e assistente técnico
Perito: é alguém da confiança do juiz dotado de conhecimento técnico sobre a área em questão.
Quem pode ser perito: a pessoa que tenha conhecimento técnico especializado na área em questão (capacidade), que seja de confiança do juízo, que seja imparcial ao caso, sob possibilidade de arguir impedimento e suspeição.
Nos juízos, costumam haver um quadro com os peritos escolhidos para cada área. Para a pessoa estar nesse quadro é preciso que ela se candidate. Costuma haver um preço pré-estabelecido mais ou menos determinável. Quem requer a perícia fica responsável por seu pagamento. Em caso de hipossuficiência, usa-se um fundo destinado para isso. Caso a pessoa que o requisitou venha a ganhar o processo, ela pode pedir ressarcimento de seus custos. Se o caso em questão necessite de perito em uma área diferente, faz-se uma solicitação para unidades acadêmicas e órgãos de trabalho para que um seja selecionado. O perito não precisa, necessariamente, ter formação acadêmica, salvo na necessidade de instituições especiais.
Direitos e deveres do perito
Direitos: escudar-se por motivo legítimo; ser remunerado pelo seu trabalho e ressarcido de suas despesas; pedir prorrogação por justo motivo; ser intimado com antecedência (CPC, Art. 477.  O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.); consultar informações para fundamentar seu posicionamento.
Deveres: aceitar o encargo de ser perito; cumprir com ele; respeitar os prazos estabelecidos; comparecer à audiência para esclarecer o laudo; ler leal com o juízo e com o processo.
Perícia complexa: quando a complexidade da matéria a ser analisada demanda a nomeação de uma equipe de peritos.
Substituição: pode ocorrer quando o perito não cumpre com seus encargos, possui atrasos, demonstra incapacidade técnica, está impedido, está suspeito ou possui escusa legítima.
Assistente técnico: é o auxiliar da parte que participa em contraditório do trabalho do perito, fiscalizando-o. Costuma-se dizer que ele faz um parecer técnico.
Admissibilidade: só se faz a perícia quando ela é imprescindível para solucionar, esclarecer os fatos. 
Procedimento
Requerimento: requerida ou determinada de ofício na decisão saneadora.
Nomeação: é importante para estabelecer os prazos, valor do honorário e cronograma ou calendário processual.
Assistente técnico e quesitos: precisa ser aprovado pelo juiz.
Simplificação do procedimento: caso seja uma questão simples.
Apresentação do laudo e pareceres: normalmente, faz-se em uma audiência.
Valoração: segue o princípio do livre convencimento motivado do juiz.
Segunda perícia: pode ocorrer quando a primeira perícia não é satisfatória partindo de uma avaliação do juiz.
Audiência
Introdução
Conceito: é um ato processual público e solene – porque tem forma prevista pela lei - em que se concilia, discute, instrui e decide a causa
Princípio da oralidade: consiste na determinação que os atos processuais devem ser praticados na forma oral. Sua origem é do direito italiano por Chiovenda e dele decorrem os seguintes subprincípios:
Publicidade: todo o conteúdo tratado na audiência é público, ou seja, é possível ter acesso a ele, salvo nos casos que correm em segredo de justiça, como no direito de família, que visa proteger a privacidade desta.
Imediação: há uma relação direta do juiz do caso com provas que estão sendo produzidas no processo.
Concentração/Unidade: diz respeito ao requerimento de que a audiência seja feita em um único momento e, se assim não for possível, que ela se dê com a maior proximidade de tempo entre os dias.
Poder de polícia: é dado ao juiz, pois ele é a autoridade responsável por conduzir a audiência e, para que ela se realize com o melhor proveito possível, ele pode dar ou cassar a palavra, pedir que alguém se retire da sala e determinar como a atividade jornalística deve se comportar, por exemplo. 
CPC, Art. 360.  O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe: I - manter a ordem e o decoro na audiência; II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente; III - requisitar, quando necessário, força policial; IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo; V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.
Atividades preparatórias
Designação: é a estipulação pelo juiz de dia e hora da audiência, que deve ser informada aos advogados caso haja antecipação ou adiamento. O local costuma ser na sala do juízo; no caso dos deputados, é na Câmara; no caso do Ministério Público, é na procuradoria; no caso de pessoa impossibilitada, há o deslocamento.
Ausência do Juiz – Com ou sem justo motivo, a audiência será adiada. Entretanto, uma ausência sem justificação poderá ensejar punição no âmbito administrativo.
Ausência do MP – Sendo por motivo justificado a audiência será adiada. Entretanto, quando se tratar de motivo injustificado a doutrina se divide em três correntes: 1) entende ser a presença do MP indispensável na audiência independente de sua qualidade no processo. Assim, sem sua presença haverá nulidade relativa. A doutrina majoritária defende esta corrente, pois quando o MP figurar como fiscal da lei sua presença torna-se indispensável, e, quando for parte no processo estará defendendo interesses meta-individuais ou individuais indisponíveis, assim de relevância social. 2) entende que a única exigência é a intimação do MP. Sua ausência não determina o adiamento da audiência. 3) depende da qualidade do MP que, se figurar como parte no processo não será capaz de causar o adiamento da audiência; mas se figurar como fiscal da lei haverá o adiamento.
Ausência do Perito – Se justificada causa o adiamento da audiência. Caso seja injustificada caberá sua condução coercitiva o que invariavelmente gera adiamento da audiência. No tocante aos assistentes técnicos, parece que, havendo justo motivo, a audiência deverá ser adiada, mas em caso contrário deverá ser realizada.
Ausência da Partes – Se for justificada causa o adiamento da audiência. Sem justo motivo a audiência será realizada normalmente. Ressalta-se que tendo sido feita a intimação para depoimento pessoal sua ausência injustificada acarretará confissão tácita.
Ausência de Testemunha – Havendo intimação e não comparecendo a testemunha esta será conduzida coercitivamente, logo haverá o adiamento. Não tendo sido intimada porque a parte que arrolou se comprometeu a levá-la, a sua ausência justificada leva ao adiamento, mas sem motivo justo, é entendida como desistência da parte em produzir a prova, que irá precluir.
Ausência do Advogado – Se justificada gera o adiamento da audiência, o que não ocorre se inexistir justo motivo.
Ausência de ambos os Advogados – Poderá o juiz dispensar toda a instrução e proferir logo o julgamento conforme o estado do processo, ou, então, promover a colheita da prova, sem a presença dos interessados.
Incidentes: configura-se a possibilidade de as partes mudarem o dia da audiência conforme lhes forem mais convenientes em face de situações imprevistas ou de suspender a audiência para dar oportunidade à parte que não pôde se fazer presente de ser ouvida.
Aberturas: é o “chamamento das partes”.
Procedimento: dá-se na seguinte ordem – abertura; pregão; tentativa de conciliação; fixação de pontos controvertidos; esclarecimentosdo perito e dos assistentes técnicos; depoimento pessoal; oitiva de testemunhas; debates orais; e prolação da sentença. É possível que ela seja mudada se assim for necessário.
Tentativa de reconciliação: é tentar fazer com que as partes cheguem a um acordo, quando a lei assim admitir.
Pontos controvertidos: será determinado o que vai ser objeto de prova no processo.
Instrução: CPC, Art. 361.  As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente: I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por escrito; II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.
Debate oral: é a sustentação oral da causa e alegações finais que ocorrem em 20 minutos prorrogados por mais 10.
Julgamento: pode ser proferido oralmente logo após a audiência ou no prazo de até 30 dias em gabinete.
Documentação: é todo o registro que deve ser feita da audiência que, atualmente, tem sido feito na forma de vídeo.
Etapa Decisória
Atos do juízo: CPC, Art. 203.  Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
Impulso oficial: uma vez que o processo é iniciado, ele deve ser impulsionado pelo juiz sem levar em consideração a vontade das partes. Busca fazer com o que processo siga normalmente, como, por exemplo, o despacho, sem possui conteúdo decisório.
Atos ordinatórios: são todos os atos de um processo que não precisam ser realizados pelo juiz, podendo ser feitos pelos funcionários do cartório. Esses atos não decidem nada a respeito do que foi pedido no processo, apenas servem para manter o processo seguindo no caminho correto, de acordo com as regras processuais. São simples atos administrativos.
Decisão judicial: é todo o conteúdo decisório, latu sensu, proferido pelo juiz, seja interlocutório ou de mérito.
Juízo singular: pode proferir decisão interlocutória, quando trata de questão incidental que não impede a continuidade do processo e tem por recurso o agravo de instrumento; ou sentença, quando trata de questão principal que decide o mérito, pondo fim a uma das fases do processo ou a ele e tem por recurso a apelação.
Tribunais Regionais: podem proferir acórdão, quando há uma decisão em conjunto de órgão colegiados feita a partir de um acordo pela turma; ou decisão monocrática, quando é produzida de forma singular por um juiz da turma recursal, em liminares, questões de urgência ou apelação intempestiva, sendo submetida ao pleno e podendo ser remetida ao órgão colegiado competente.
Elementos da decisão judicial (CPC, art. 489): São elementos essenciais da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.	
Relatório: é um resumo do processo que contém observações relevantes e suja ausência gera nulidade relativa, ou seja, apenas se houver prejuízo (em alguns casos não é obrigatório).
Fundamentação: é a justificação do juiz de todas as suas decisões sobre as questões apresentadas, cuja ausência gera nulidade absoluta, logo, não precisa apresentar prejuízo. 
Primeiro se fundamenta as questões processuais e depois as de mérito (sendo o rol apresentado no art. 337 do CPC, invertendo os dois primeiros incisos), e primeiro as questões de fato e depois as de direito.
Nas questões de fatos, exige-se sua reconstrução e a indicação e valoração das provas. Nas de direito, a indicação das normas com sua interpretação e efeitos extraídos
Dispositivo: é que o juiz decide, e sem ele não há sentença. O dispositivo é o decisum, parte mais importante da sentença, pois adquire força de coisa julgada. Nele, o juiz resolverá as questões que as partes lhe submeterem, através de proposições que delimitem a prestação jurisdicional. O princípio iura novit curia significa que as partes não são obrigadas a dar os fundamentos jurídicos do pedido. Tampouco se por elas oferecidos, o juiz a eles se deve ater. Mas o magistrado não pode julgar questões não propostas.
Requisitos
Intrínsecos (CPC, art. 492, p. único): ser certa, não pode ser condicional ou ter incerteza do fato; líquida, delimitando o conteúdo da prestação; clara e coerente, sendo a obscuridade um vício que pode ser suprido com embargo de declaração e não podendo alegar fatos contraditórios entre si.
Extrínsecos (CPC, art. 141, 492): trata não da decisão em si mesma, mas de sua relação com a demanda. Vale lembrar que é vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado O limite da sentença é o pedido, com a sua fundamentação. É o que a doutrina denomina de princípio da adstrição, princípio da congruência ou da conformidade, que é desdobramento do princípio do dispositivo. O afastamento desse limite caracteriza as sentenças citra petita, ultra petita e extra petita, o que constitui vícios e, portanto, acarreta a nulidade do ato decisório. Vejamos, então:
Citra petita: é aquela que não examina em toda a sua amplitude o pedido formulado na inicial (com a sua fundamentação) ou a defesa do réu. Saliente-se que não constitui decisão citra petita o fato de o juiz julgar parcialmente o pedido. O recurso cabível é o embargo de declaração para que haja complementação. Não faz coisa julgada sobre o pedido omitido.
Ultra petita: é aquela caracterizada pelo fato de o juiz ter ido além do pedido do autor, dando mais do que fora pedido. Será considerada nula se gerar prejuízo. Não se aplica às questões sobre as quais o juiz poderia reconhecer de ofício.
Sentença extra petita:  é aquela em que o juiz concede algo distinto do que foi pedido na petição inicial.
Classificação das decisões:
Decisões condenatórias ou decisões que impõem prestação: são aquelas que reconhecem a existência do direito a uma prestação e permitem a realização de atividade executiva no intuito de efetivar materialmente essa prestação. 
Decisão constitutiva: é a decisão que certifica e efetiva direito potestativo. Direito potestativo é o poder jurídico conferido a alguém de submeter outrem à alteração, criação ou extinção de situações jurídicas. A decisão constitutiva tem por conteúdo a certificação e a efetivação de um direito potestativo; seu efeito é a situação jurídica nova, que resulta do reconhecimento do direito potestativo.
Decisões declaratórias: são aquelas entendidas como as que se restringem a certificar a existência, a inexistência ou o modo de ser de uma situação jurídica; ou a autenticidade ou falsidade de um documento. 
Efeitos: apresenta uma eficácia principal, que é o próprio conteúdo da decisão; uma reflexa, que alcança relações jurídicas que não fazem parte do processo; e anexa, que são aqueles efeitos atribuídos pela lei a uma decisão como se fatos fossem.
Publicação, retratação e integração (CPC, art. 494): após a publicação o juiz não pode mais voltar atrás da sua decisão, há a preclusão “pro judicato”. A retratação é um recurso de apelação com efeito regressivo, trata-se do embargo de declaração em casos de erro material. A integração se trata do recurso cujo objetivo é o afastamento da falta de clareza ou imprecisão do julgado, ou suprir alguma omissão do julgador.
Coisa julgada
Introdução: é a decisão final da qual não cabe mais nenhum recurso, e assim o é com a finalidade de promover a segurança jurídica. Vale lembrar que a justiça sempre estará em conflito com a segurança jurídica, pois para alcançar aquela seria ideal rediscutir a matéria quantas vezes fosse necessário. Entretanto, para que a segunda exista, é preciso criar um limite de vezes que o conteúdo do processopode der analisado.
CPC, Art. 502.  Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.
Coisa julgada formal e material: esta, provém de decisão definitiva (de mérito) que se propaga para fora do processo; aquela, para as decisões endoprocessuais que estejam impossibilitadas de recurso.
O principal efeito de uma decisão de mérito é a impossibilidade da reforma do provimento judicial, seja no mesmo processo ou em outro. Verifica-se assim que não se pode submeter à mesma demanda ao judiciário, diferentemente da coisa julgada formal. Esta, só tem eficácia dentro do processo em que surgiu e, por isso, não impede que o tema volte a ser agitado em nova relação processual.
Pressupostos da coisa julgada material: ter havido uma decisão judicial que tenha resolvido o mérito, pondo termo ao litígio; ter havido cognição exauriente da matéria, que se caracteriza por sua discussão total respeitando o pleno contraditório e ampla defesa.
Coisa julgada em questão prejudicial: a questão prejudicial analisada antes da principal faz coisa julgada, pois influencia diretamente no mérito da questão e, portanto, é preciso que haja estabilidade sobre ela.
Art. 503.  A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida. § 1o O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se: I - dessa resolução depender o julgamento do mérito; II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia; III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal.
A crítica que se faz sobre esse dispositivo é que, como a questão prejudicial já faz coisa julgada automaticamente e de ofício, pode se tornar difícil distingui-la das demais na sentença. Portanto, sugere-se que os juízos discriminem quando assim o for.
Natureza jurídica: A primeira correte doutrinária, perfilhada por Alemães como Hellwig e Rosenberg, bem como por brasileiros a exemplo de Pontes de Miranda, sustenta ser a coisa julgada um efeito da decisão. Essa posição restringe a coisa julgada ao elemento (efeito ou eficácia) declaratório da decisão. A carga declaratória da decisão seria imutável, pois nada apaga aquilo que o juiz declarou. Confinam a autoridade da coisa julgada à pura declaração de existência ou inexistência de um direito.
Censurando a concepção alemã, Liebman afirma que não se pode confundir os efeitos da sentença – mais precisamente o efeito declaratório – com a autoridade da coisa julgada (imutabilidade que qualifica esses efeitos). A coisa julgada não é um efeito (declaratório) da sentença, mas, sim, o modo como se produzem, como se manifestam os efeitos em geral (não só o declaratório, como todos os outros). Arremata Liebman dizendo que “Identificar-se a declaração produzida pela sentença coma coisa julgada significa, portanto, confundir o efeito com um elemento novo que o qualifica”. Essa segunda corrente define, portanto, a coisa julgada como uma qualidade dos efeitos da decisão. Seria a imutabilidade que acoberta os efeitos da decisão judicial.
A terceira corrente refere-se à coisa julgada como uma situação jurídica do conteúdo da decisão. Consistiria na imutabilidade do conteúdo da decisão, do seu comando – dispositivo -, que é composto pela norma jurídica concreta. Para essa corrente, não há que se falar em imutabilidade dos seus efeitos, vez que estes podem ser, como já exposto e exemplificado, disponíveis e, pois, alteráveis. Trata-se do entendimento de doutrina autorizada, como Machado Guimarães, Fredie Didier e Barbosa Moreira.
Relativização da coisa julgada: existem situações extremamente excepcionais em que a coisa julgada pode ser relativizada. Isso é possível quando houver vício rescisório, querela nullitatis – estudados mais adiante – e coisa julgada inconstitucional, que é aquela que vai de encontro a uma norma constitucional, desrespeitando a hierarquia normativa do sistema jurídico (CPC, art. 535, §5º). 
Limites objetivos da coisa julgada: apenas o dispositivo da sentença faz coisa julgada, não seus fundamentos nem a verdade dos fatos. Essa regra é excepcionada pelas questões prejudiciais e pela possibilidade de declaração de fato no que diz respeito a falsidade ou autenticidade de documentos.
CPC, Art. 504.  Não fazem coisa julgada: I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença; II - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença.
Limites subjetivos da coisa julgada: trata-se de quem aproveita ou prejudica a coisa julgada. CPC, Art. 506.  A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.
Eficácia da coisa julgada: possui um efeito geral preclusivo, pois tudo que seria possível alegar, mesmo que assim não tenha sido feito, irá precluir. CPC, Art. 508.  Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido.
Coisa julgada nas relações jurídicas continuativas: diz respeito à mudança da sentença em virtude de uma alteração no estado de fato, “rebus sic stantibus”, como, por exemplo, no caso de uma ação revisional de alimentos decorrente da mudança do estado financeiro do pai.
Tutela de Urgência e Evidência
Da tutela provisória
Cognição: ocorre sumariamente, sem profundidade e, portanto, não faz coisa julgada material. É importante deixar claro que o autor, em regra, reponde pelo ônus da demora processual, porque, enquanto correr o processo, o direito tutelado não será efetivado. Nesse contexto, a tutela provisória visa redistribuir esse ônus, que passa a ser do réu. 
Decisão: CPC, Art. 298.  Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.
Precariedade: CPC, Art. 296.  A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. Parágrafo único.  Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo. Vale frisar desde já que ela, posteriormente, será substituída por uma decisão definitiva.
Efetivação: quem se beneficia com ela precisa dar algum tipo de garantia a outra parte, caso tal decisão venha a ser revogada. CPC, Art. 297.  O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória. Parágrafo único.  A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.
Tutela de urgência
Tutela antecipada e cautelar: esta, é constitutiva, ou seja, garante a possibilidade de adquirir determinado direito, é a tutela do resultado útil do processo. Aquela, é satisfatória, isso quer dizer que a pessoa terá tutela ao próprio direito.
Pressupostos
Plausibilidade (fumus boni Iuri): é a existência de fatos provados e alegações verossimilhantes.
Risco da demora (periculum in mora): é a possibilidade de prejuízo proveniente do decorrer do tempo sem que haja a satisfação de determinado direito.
Reversibilidade: como a tutela antecipada tem caráter transitório, podendo vir a ser revogada, o direito em questão tem que ser reversível para o caso disso acontecer. Não pode haver o risco da demora inverso, que é a estabilização de determinado direito em decorrência do tempo. Se excetua pelos casos em que visam a proteção da vida, saúde ou bens jurídicos de maior importância. 
Caução: é uma forma de evitar o risco de irreversibilidade. CPC, art. 300, § 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficientenão puder oferecê-la.
Responsabilidade processual civil: caso o direito venha a ser cassado, ele deve indenizar a outra parte, independentemente de culpa.
Tutela de urgência em caráter antecedente: tal como a tutela se passa com a tutela cautelar, a tutela provisória de urgência de natureza antecipada pode ser requerida antes do ajuizamento da petição inicial, no bojo da petição inicial ou no curso do processo. Pode a parte entrar só com esse pedido na petição inicial e, posteriormente, o juiz conceder a possibilidade de a complementar, mas não é prudente que se faça isso.
CPC, Art. 305.  A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Parágrafo único.  Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
Requisitos: CPC, Art. 305.  A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Parágrafo único.  Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
Procedimentos: CPC, art. 303, § 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334; III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
Estabilização da tutela antecipada: quando o réu não recorre da tutela antecipada, ela se estabiliza, mas não faz coisa julgada. Extingue, pois, o juiz o processo. Vale lembrar que, decorridos dois anos de tal decisão, ela não pode mais ser apreciada. Confuso, não é?
Efeitos da tutela cautelar: mesmo que a ação seja positiva para o autor, é preciso que ele entre com uma ação principal tratando da matéria, caso contrário, ele será cassado.
Tutela de evidência: é um tipo de tutela que não se relaciona com o risco da demora associado ao prejuízo, mas em função do direito ser bom e evidente. Isso quer dizer que com o mínimo alegado é possível verificar a clara existência de um direito.
Hipóteses de cabimento: CPC, Art. 311.  A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Decisão liminar: CPC, art. 311, Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
Ação Rescisória
Introdução: CPC, arts. 966 ao 975; após dessa ação, a decisão se torna soberanamente coisa julgada sem qualquer outra possibilidade de interferência.
Conceito: é o instrumento que relativiza a coisa julgada; ação cujo resultado é a desconstituição da coisa julgada e, em alguns casos, o rejulgamento da causa. Como se trata de situação extremamente excepcional, que, de certa forma, quebra a segurança jurídica, não pode ser proposta arbitrariamente, mas apenas quando forem cumpridos todos os seus pressupostos.
Natureza: primeiramente, é importante diferenciar os três sistemas de impugnação judicial que existem. 1) recuso, é a possibilidade de revisar uma decisão no mesmo processo; 2) ação autônoma, é a revisão a partir de uma ação autônoma como o mandado de segurança; 3) sucedâneo recursal, é todo meio de impugnação de decisão judicial que nem é recurso nem é ação de impugnação, trata-se de categoria que engloba todas as outras formas de impugnação da decisão.
Cabimento (CPC, art. 966): só é admitida após o trânsito em julgado; exceto quando se trate ação terminativa, pois ela produz coisa julgada forma, logo, possui apenas efeitos endoprocessuais.
Pressupostos
Gerais
Decisão de mérito ou que impeça a propositura de nova demanda ou admissibilidade de recurso correspondente: a jurisprudência admitia ação rescisória de coisa julgada formal nos casos em que o defeito em questão havia impossibilitado o julgamento do mérito e impeça a nova propositura da ação.
CPC, Art. 486.  O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação. § 1o No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à sentença sem resolução do mérito.
Prazo (CPC, art. 975): como o direito em questão é potestativo, admite prazo decadencial, que não admitem suspensão nem interrupção. Entretanto, nosso Código, maroto que é, resolveu ser vida louca e não seguir as regras. Reparemos nos parágrafos: Art. 975.  O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. § 1o Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo a que se refere o caput, quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense. § 2o Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. § 3o Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão.
Específicos
Prevaricação, corrupção e concussão: não é preciso que haja decisão com trânsito em julgado sobre a sentença. Sobre a corrupção, é preciso entender que no caso de decisões proferidas por tribunal ou se demonstra que todos os juízes são corruptos ou que a corrupção de um foi apta a viciar a decisão como um todo. 
Juiz impedido ou juízo incompetente: precisa ser absolutamente.
Dolo ou coação, colusão: é algum vício de vontade que aconteça durante o processo e o uso do processo para obter resultado indevido, respectivamente.
Violação à coisa julgada: nos casos em que determinada comarca não possui um juízo da Justiça Federal e a competência seja delegada para a Estadual, por exemplo, e o autor da ação entra com um processo nesses dois juízos. Como os sistemas não são sincronizados, pode haver esse tipo de vício.
Violação à norma jurídica: súmula 343 do STF fala que “não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais”.
Falsidade da prova: pode ser material ou ideológica, desde que ela seja peça fundamental na decisão proferida.
Prova nova: precisa já existir no momento do processo, mas não poder ter sido usada por motivo justificável e, individualmente, ter a capacidade de determinar a mudança no conteúdo da decisão.
Erro de fato: quando um fato discutido no processo for considerado existente e ele não for e vice-versa. 
Decisões homologatórias: não ensejam ação rescisória, pois não há o julgamento da causa. O correto é entrar com uma ação de anulação de ato judicial.
Competência:é de competência originária do tribunal que proferiu o julgado rescindendo.
Legitimidade (CPC, art. 967)
Ativa: a parte vencida, o terceiro prejudicado e o Ministério Público quando deveria interver e não interveio.
Passiva: a parte vencedora ou quem tenha se favorecido (lembrar dos advogado e seu honorário de suncubência).
Procedimento
Petição inicial (CPC, art. 968): segue o padrão de qualquer outra petição inicial com a particularidade de precisar apresentar o pedido rescindente e o pedido rescisório.
Depósito: é a exigência da parte que estar entrando com a ação determinar determinada quantia para arcar com a despesa do processo caso seu pedido venha a ser rejeitado. Configura-se como multa.
Tutela de urgência (CPC, art. 969): é preciso estar atento que a ação rescisória não interrompe a produção de efeitos da decisão que se pretende impugnar. Portanto, cabe a parte autora de também entrar com uma tutela de urgência pedido que tais efeitos sejam suspensos.
Revelia: não impede que ela aconteça.
Produção de provas (CPC, art. 978): presume-se a coisa julgada como verdadeira.
Atuação do MP: sempre está presente, seja como parte, seja como fical da lei.
Julgamento
Querela nullitatis: é utilizada para tratar de questões de maior gravidade e passou a constar nas ações declaratórias de inexistência de citação, ações essas nas quais a sentença é considerada juridicamente inexistente. 
Sempre que estivermos diante de uma decisão viciada, na qual tenha transcorridos todos os prazos para que a parte contrária pudesse se defender, tendo inclusive, transcorrido o prazo da ação rescisória, somente restará a parte prejudicada, propor ação declaratória de nulidade.

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