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RUPTURA PLANAR, EM CUNHA OU COMBINADA A ruptura pode ocorrer segundo superfícies de descontinuidades em diversas combinações de geometrias. A superfície de ruptura pode ser planar ou em degraus. Descontinuidades pouco persistentes mas conectadas podem formar uma superfície de ruptura contínua. Figura 16: Combinações de descontinuidades formando superfície de ruptura (Sjöberg, 1999). RUPTURA PLANAR, EM CUNHA OU COMBINADA Taludes de pequeno porte: é comum a ocorrência de rupturas planares e em cunha. Taludes de grande porte: A ruptura em cunha não é comum, devido às pequenas dimensões das descontinuidades. Rupturas planares também não são muito comuns. Taludes de grande porte: Rupturas envolvendo várias superfícies de descontinuidades ou rupturas combinadas seriam as candidatas naturais. Figura 17: Ruptura Planar RUPTURA PLANAR DO TALUDE, COM TRÊS FAMÍLIAS DE DESCONTINUIDADES Figura 18: Rupturas em Cunha RUPTURAS DO TIPO PLANAR E CUNHA, Huallanca (2004) 70º 282º 20º 212º Foto 1 85° 360º Foto 2 SUPERFÍCIES DE RUPTURA CURVAS A superfície de ruptura pode ser curva ao invés de planar. Superfícies circulares podem ocorrer em rochas alteradas, onde as descontinuidades não estejam preservadas. Típicas de material com comportamento granular. Figura 19: Superfícies de ruptura circulares e plano-circulares (Sjöberg, 1999). SUPERFÍCIES DE RUPTURA CURVAS Superfícies de ruptura curvas estão presentes em taludes onde as descontinuidades não se encontram preservadas. Ocorrem também em taludes de solo, pilhas de estéril e barragens de rejeito. Em taludes de grande porte a ruptura pode ocorrer pela rocha e pelas descontinuidades. A rotação e translação de blocos rochosos individuais também podem estar envolvidas no desenvolvimento da superfície de ruptura. Em taludes de grande porte também é possível a ocorrência de rupturas combinadas do tipo plano-circular ou em degraus. SUPERFÍCIES DE RUPTURA CURVAS Apenas superfícies curvas bidimensionais foram representadas, mas na realidade esse tipo de ruptura é tridimensional. MECANISMO DE RUPTURA POSSÍVEL EM TALUDE ALTO RUPTURA POR TOMBAMENTO Ocorre em taludes onde as descontinuidades mergulham contra a face. Caracteriza-se pela rotação de colunas de rocha formadas por descontinuidades persistentes de forte mergulho. Três tipos principais de tombamento são conhecidos: tombamento flexural, tombamento de blocos, tombamento bloco-flexural . RUPTURA POR TOMBAMENTO (Hoek & Bray, 1981). Hoek & Bray, 1981. TOMBAMENTO FLEXURAL Hoek & Bray, 1981. TOMBAMENTO DE BLOCOS Hoek & Bray, 1981. RUPTURA POR TOMBAMENTO EM TALUDES DE GRANDE PORTE Em muitas minas a céu-aberto foram observadas rupturas profundas por tombamento flexural. Nesse caso foram observados a rotação e o cisalhamento ao longo de descontinuidades de forte mergulho. Uma superfície de ruptura basal foi observada, como mostra a figura 20. Figura 20: Tombamento flexural em taludes de grande porte (Sjöberg, 1999). TIPOS DE TOMBAMENTO SECUNDÁRIO (Hoek & Bray, 1981). TOMBAMENTO “UNDER-DIP” O tombamento “under-dip” ocorre quando estão presentes descontinuidades de forte mergulho no mesmo sentido da face. Classificam-se em tombamento “under-dip” flexural, tombamento “under-dip” bloco-flexural, tombamento “under-dip” de blocos e flambagem. No caso da flambagem a superfície de ruptura basal se forma com a flexão das colunas. Figura 21: Tombamento under-dip (Sjöberg, 1999). Figura 22: Talude em maciço rochoso foliado (Adhikary et. al., 1996). FLAMBAGEM DE PLACA FINA FLAMBAGEM REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Adhikary, D., Dyskin, A. V. & Jewell, R. J. (1996). Numerical modelling of the flexural deformation of foliated rock slopes. Int. J. Rock Mech. Min. Sci. 33 (6), pp. 595-606. Hoek E. & Bray J. W. (1981). Rock Slope Engineering. 3rd edition. Inst. of Mining and Metallurgy, London, UK. Hoek E., Read J., Karzulovic A. & Chen Z. Y. (2000). Rock slopes in Civil and Mining Engineering. International Conference on Geotechnical and Geological Engineering, GeoEng2000, Melbourne, pp. 1-16. Huallanca, R. E. Z. (2004). Mecanismos de ruptura em taludes altos de mineração a céu-aberto. Dissertação de mestrado. Escola de Engenharia de São Carlos, USP. 114p. Lopes M. C. (2006). Comportamento geotécnico e mecanismos de ruptura em rochas brandas – Mina Córrego do Sítio. Dissertação de mestrado. Universidade Federal de Ouro Preto. 94p. Sjöberg J. (1999). Analysis of large scale rock slopes. Doctoral thesis. University of Technology, Lulea, Sweden. 682p.
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