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PROCESSO PENAL PRISÃO resumo

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PRISÃO:
"prisão é a privação de liberdade de locomoção determinada por ordem escrita da autoridade competente ou em caso de flagrante delito". A prisão é um "castigo" imposto pelo Estado ao condenado pela prática de infração penal, para que este possa se reabilitar visando restabelecer a ordem jurídica violada. A prisão, em nosso ordenamento, é aplicada de duas formas distintas: a prisão-pena e a prisão sem pena. A prisão-pena será oriunda de uma decisão transitada em julgado; A prisões sem pena serão utilizadas como medidas cautelares para garantir que o processo seja eficaz quanto ao seu fim, para preservar a ordem pública, a ordem econômica e para conveniência da instrução criminal. Tem natureza processual, e assegura o bom andamento da investigação e do processo penal, evitando, ainda, que o réu volte a cometer crimes, se solto. Nela estão incluídas a prisão em flagrante; a prisão preventiva e a prisão temporária. 
Elas são cautelares e provisorias:
São exemplos de prisão sem pena: 
 Flagrante: 
Preventiva: provisória 
Temporária: provisória 
Domiciliar:
Administrativa:
Prisão administrativa: destina-se a forçar o devedor a cumprir sua obrigação. A prisão administrativa é aquela determinada por autoridade administrativa, por motivo de ordem administrativa e com finalidade administrativa. É admissível de acordo com o art. 319 CPP, contra aqueles que retardam a entrega do que é seu dever de ofício recolher aos cofres públicos e àqueles que não os entrega e contra estrangeiro desertor de navio de guerra ou mercante, surto em porto nacional;
PRISÃO TEMPORÁRIA (PROVISORIA)
A prisão temporária está prevista na lei 7.960/89 e serve como medida auxiliar durante uma investigação criminal. A lei diz que ela cabe apenas se for indispensável para as investigações; se o indiciado não tiver residência fixa, ou se não fornece elementos suficientes para esclarecer sua identidade; ou se houver “fundadas razões” de que ele foi o autor ou participante de crimes como homicídio doloso (quando há intenção de matar), sequestro, roubo, extorsão, quadrilha, tráfico de drogas, entre muitos outros. Observe que não se pede que haja provas para prisão temporária e que ela só pode acontecer na fase de investigação.
A prisão temporária é requisitada ao juiz pela polícia ou pelo Ministério Público e tem um prazo bastante curto: 5 dias. Mas esse prazo pode ser aumentado para 10 dias, se for comprovada a necessidade.
PRISÃO PREVENTIVA (PROVISORIA)
Muito usada em investigações da Operação Lava Jato, a prisão preventiva tornou-se muito conhecida e debatida. Está prevista no artigo 312/CPP, que determina os motivos que justificam seu uso. São eles:
a garantia da ordem pública (termo que suscita polêmicas, devido à ampla margem de interpretação);
a conveniência da instrução criminal e assegurar a aplicação da lei (ou seja, para evitar que o réu atrapalhe as investigações, ou fuja do país para não ser preso);
e quando houver prova e indício suficiente da autoria do crime.
Ao contrário da prisão temporária, a prisão preventiva não possui prazo determinado para acabar. Além disso, pode ocorrer em qualquer fase do processo. Mas para que seja legal, ela somente deve ser feita quando já existem provas contra o investigado.
PRISÃO DOMICILIAR
Como o nome sugere, o preso neste regime tem direito a cumprir pena em casa, em regime aberto ou semiaberto. Ou seja, esse é um tipo específico de prisão para execução de pena. Mas nem todos os presos em regime aberto têm direito à prisão domiciliar: é preciso ter alguma das condições elencadas no artigo 117/LEP. Só podem ficar em prisão domiciliar condenados: maiores de 70 anos; com doenças graves; mulheres com filho menor ou com deficiência; e gestantes.
Mas também tem sido muito frequente o uso da prisão domiciliar em caso de falta de vaga para o condenado no sistema prisional. Nessa situação, ele tem direito a cumprir pena em regime mais benéfico. Ou seja, se deveria cumprir regime aberto em uma casa do albergado, mas não há vagas desse tipo na cidade onde vive, ele pode cumprir a pena de sua casa. É na prisão domiciliar que é utilizada a famosa tornozeleira eletrônica, que ajuda a polícia a monitorar o preso.
Além disso, o preso domiciliar precisa seguir algumas regras, como morar no endereço declarado, estar em casa durante a maior parte da noite (entre 21 e 5 horas), ficar em casa o tempo todo nos domingos e feriados, comprovar que está empregado em um prazo de 3 meses, não beber e se apresentar à Justiça quando requisitado.
PRISÃO EM FLAGRANTE
Ser pego no teste do bafômetro configura o flagrante delito. 
Segundo o artigo 301 do CPP, a prisão em flagrante acontece quando uma pessoa é encontrada “em flagrante delito”. 
Normalmente, a prisão em flagrante ocorre no momento ou pouco depois de acontecer um crime. Mas pode até levar mais tempo. Segundo a lei, o flagrante delito pode significar que:
 a pessoa está cometendo um crime no momento da prisão;
 acabou de cometer um crime;
é perseguida logo após ter cometido um crime (o perseguidor pode ser uma autoridade policial, a vítima do crime ou qualquer outra);
ou é encontrada logo depois de um crime com objetos que façam crer que ela foi a autora.
Na visão de autores citados por Leonardo Castro, as expressões “logo após” e “logo depois” permitem que o flagrante delito perdure por dias. Isso porque a perseguição pode continuar por mais de um dia até resultar na prisão. A interpretação mais consensual é que a perseguição precisa acontecer assim que alguém presenciar um crime e continuar sem interrupções até a prisão.
Quando alguém é preso em flagrante, precisa ser levado para um juiz, que toma uma das seguintes decisões:
se a prisão for considerada ilegal, acontece o relaxamento, ou seja, o preso é liberado; 
se a prisão for considerada legal (ou seja, aconteceu dentro das hipóteses que mostramos acima), a pessoa pode passar para prisão preventiva ou temporária (e para isso, precisa atender aos requisitos de alguma dessas prisões), ou receber liberdade provisória, se não houver motivos para manter a pessoa na prisão. Nesse caso, mesmo livre, o preso ainda precisa esperar o julgamento, em que pode ser condenado e ter de cumprir pena-.
DO FLAGRANTE PRÓPRIO, DO IMPRÓPRIO E DO PRESUMIDO
FLAGRANTE PRÓPRIO: propriamente dito, verdadeiro, perfeito ou real, e tem sua previsão legal no art. 302, incisos I e II/CPP. 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
Está em situação de flagrante verdadeiro aquele que é surpreendido praticando a infração ou acaba de cometê-la. Nesse caso, o agente é encontrado executando o delito ou imediatamente após praticá-lo, havendo uma relação de absoluta imediatidade (rectius: sem intervalo de tempo) entre a prática do delito e o momento em que é surpreendido.
Assim, o flagrante próprio "caracteriza-se quando o agente está cometendo a infração penal ou acabou de cometê-la. Observe-se que a expressão 'acaba de cometê-la' deve ser interpretada de forma totalmente restritiva, contemplando a hipótese do indivíduo que, imediatamente após a consumação da infração, vale dizer, sem o decurso de qualquer intervalo temporal, é surpreendido no cenário da prática delituosa" 
Ex: 1º hipótese: o agente, querendo matar outrem, saca seu revólver e desfere vários tiros contra a vítima. No entanto, no momento da execução, policiais militares intervêm ao feito prendem o autor dos disparos. 
2ª hipótese, após acertar o alvo, ocasionando a sua morte, antes de fugir, populares detém o autor do homicídio. 
Note-se que, no primeiro caso, o crime está ainda em execução, independentemente da ocorrência posterior da morte do agente,sendo mais comum a configuração da figura da tentativa. Já na segunda hipótese, há a morte da vítima (consumação do crime), porém, o autor é preso quase que instantaneamente, ainda no local dos fatos, ou em suas proximidades.
FLAGRANTE IMPRÓPRIO: também chamado de imperfeito, quase-flagrante ou irreal. É a situação descrita no art. 302, inciso III/CPP. 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
Ocorre quando "o agente é perseguido pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer outra pessoa logo após a prática do fato delituoso, em situação que faça presumir que é autor da infração".
Para que ocorra esse tipo de flagrante, é imprescindível que:
a) haja perseguição do agente logo após a prática do delito; 
b) esteja em situação que faça presumir sua autoria. trata-se de requisitos de atividade/temporal e circunstancial.
FLAGRANTE PRESUMIDO: Nele, o agente é encontrado logo depois da prática do delito, com instrumentos, objetos, armas ou papéis que façam presumir ser ele o responsável (302, IV, CPP). 
Diversas opiniões doutrinária, surge quanto às expressões “logo após” e “logo depois”, Para Nestor Távora, o logo após compreende o tempo necessário para a autoridade tomar conhecimento do ato; chegar ao local da infração; e por fim, deflagrar a perseguição ao agente.
Parte da doutrina defende que há, no flagrante, uma evolução temporal (logo após), uma “linha do tempo”, em que se figuram as modalidades flagranciais, iniciando no flagrante propriamente dito, com visualização da conduta, remetendo a uma imediatidade, passando pelo impróprio, onde se comporta um lapso  de tempo um pouco maior para início da perseguição (“logo após”) e por fim, no ponto mais longínquo da “linha”, o flagrante presumido ou ficto (“logo depois”) em que se permite um tempo ainda maior na localização do agente.
Interessante mencionar, que, para o STJ,  a expressão logo após, em se tratando de vítima vulnerável, coaduna o tempo necessário para que o representante legal tome conhecimento do fato, e caso queira, solicite à autoridade policial a instauração do procedimento.
a) Flagrante próprio (real): ocorre nas hipóteses do art. 302, I e II, isto é, quando o infrator estiver cometendo o crime ou tiver acabado de cometê-lo.
b) Flagrante Impróprio (inicial ou quase-flagrante): ocorre quando o sujeito é perseguido logo após a prática da infração penal, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor do fato. A perseguição deve ser ininterrupta, independente do lapso temporal. (Art. 302, III,CP)
c) Flagrante Presumido: previsto no art. 302, IV, CPP, ocorre quando o agente é encontrado, LOGO DEPOIS de praticar o crime, com instrumentos, papéis, armas e outros elementos que façam presumir ser ele o autor da infração.
d) Flagrante Obrigatório: é aquele no qual a autoridade policial e seus agentes, em virtude de seu poder/dever de proteger a sociedade, são obrigados a efetuar a prisão do sujeito que se encontra em situação de flagrante, sob pena de incursão nas penas do crime de prevaricação. (art. 301, 2ª parte, CPP).
e) Flagrante Facultativo: consiste na faculdade que qualquer pessoa do povo possui, diante de uma situação de flagrante, em efetivar ou não a prisão daquele que se encontra numa das situações de flagrância. (Artigo 301, 1ª parte, CPP).

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