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ASPECTOS CONCEITUAIS E LEGAIS DA PERÍCIA CONTÁBIL

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ASPECTOS CONCEITUAIS E LEGAIS DA PERÍCIA CONTÁBIL 
A perícia no modo geral é uma busca de esclarecimentos e/ou provas técnicas que surgiu no curso de determinado litigio, sendo que esta deve ser realizado por profissional apto e qualificado na área em que for solicitado pelo juiz ou partes.
Segundo Ornelas (2011) a perícia contábil “...é uma das provas técnicas à disposição das pessoas naturais ou jurídicas, e serve como meio de prova de determinados fatos ou questões patrimoniais controvertidas. ”
Já para o conselho Federal de Contabilidade (CFC), na NBC TP 01 conceitua seguinte forma: A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnico-científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio ou constatação de um fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente. 
Diante do exposto observa-se a evidencia nos conceitos sendo que ambos levam para o mesmo fim que é a busca da verdade por juízes e partes em situação conflituosa. 
Segundo Sá (2000, p. 14 apud Losso, 2010 p.15) “a expressão perícia advém do latim peritia, que em seu sentido próprio significa conhecimento adquirido pela experiência”. Sendo assim a Perícia Contábil pode ser definida como segue:
Perícia Contábil é a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado visando oferecer opinião, mediante questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames, vistoria, indagações, investigações, avaliações, arbitramentos, em suma todo e qualquer procedimento necessário à opinião (SÁ, 2000, p. 14 apud LOSSO, 2010, p. 15-16).
Para Alberto (1992 apud, Ornelas, 2011, p. 17) “perícia contábil é um instrumento técnico-cientifico de constatação, prova ou demonstração, quanto à veracidade de situações, coisas ou fatos oriundos das relações, efeitos e haveres que fluem do patrimônio de quaisquer entidades”. 
Em síntese entende-se que a perícia é a busca da verdade de determinada situação na qual ficou dúvidas, sendo esta exercida por um especialista conhecimento, no caso da perícia contábil o perito-contador.
Do ponto de vista de Magalhães et al (2009, p.4) “ a perícia pela óptica mais ampla, pode ser entendida como qualquer trabalho de natureza específica, cujo rigor na execução seja profundo”.
Segue ainda uma conceituação com mais enfoque quando afirma D’Àuria (1962, p 152 apud Ornelas, 2011, p.16) “ A perícia contábil se caracteriza como incumbência atribuída a contador, para examinar determinada matéria patrimonial, administrativa e de técnica contábil, a asseverar seu estado circunstancial”.
Na visão de Palombo (2000, p, 17 apud Guimarães, 2011, p. 8)
Perícia é conhecimento e experiência das coisas. A função pericial é, portanto, aquela pela qual uma pessoa conhecedora e experimentada em certas matérias e assuntos, examina as coisas e os fatos, reportando sua autenticidade e opinando sobre as causas, essência e efeitos da matéria examinada, (PALOMBO, 2000, p. 17). 
Em outras palavras a perícia contábil é caracterizada por conhecimentos profundos, trazendo a quem procura repostas autênticas seguindo o rigor da lei que a rege, sendo assim a perícia como a maioria dos autores conceitua é a busca da verdade com profissionais da área contábil.
- CONCEITO 
Conforme NBC T 13, “para a execução da perícia contábil, o perito contábil deve inteirar-se sobre o objeto do trabalho a ser realizado. ”
A NBC TP 01 também afirma que “Para a execução da perícia contábil, o perito deve ater-se ao objeto e ao lapso temporal da perícia a ser realizada”.
Em outras palavras conforme as NBC’s citadas acima, além do contador que atua na área de perícia ser um profissional legal e ético, tem que ter seus conhecimentos aprofundado sobre o fato em que for designado para periciar e ter compromisso para dispor a verdade quando solicitado. Este profissional deve estar atento à matéria periciada, sendo sempre claro e objetivo para que não seja responsabilizado nem civil, nem criminal.
CARACTERIZAR PROCESSOS JUDICIAIS
Com a modificação do Código de Processo Civil é importante demonstrar as principais disposições do novo código de processo civil, que seriam: priorização do mérito (instrumentalidade das formas), cooperação real entre as partes e o juiz da causa (princípio da cooperação), vasta fundamentação (artigo 489, §§ 1º e 2º, Novo CPC), amplo contraditório (artigo 10º, Novo CPC), criação de precedentes e a atribuição de força às partes nos atos do processo.
Sabe-se que o processo judicial é iniciado por meio da existência de conflitos entre as partes envolvidas que não podem ser solucionadas por mediação, negociação ou arbitragem, assim, sendo o processo judicial pode abranger diversos tipos de conflito desde origem familiar (poder familiar, separação, herança, direito sucessório e outros), profissional (erro, imperícia, demissão com ou sem justa causa e outros) e dos crimes contra vida (homicídio e tentativa de homicídio) (MEIRELLES, 2016).
Conforme estabelecido no novo CPC art. 2º “o processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei”.
 De acordo com Diniz (2016) “os ritos ou tramitações judiciais variam de comarca para comarca, mas, existe a mesma finalidade analisar e aplicar à lei de forma justa e proba a coisa ou litígio a ser julgado”. 
Da mesma forma acontece na Comarca de Macapá, os processos de via civil são originados nos Super Fácil, onde a pessoa pode ir munida de seus documentos para requerer a entrada de uma ação, sendo que em alguns casos, os passiveis de mediação e conciliação previstas pelo novo CPC e pela lei nº. 13.140/2015, após o rito inicial do processo e sua respectiva distribuição, as partes envolvidas serão intimadas para a audiência de mediação e de conciliação. 
Contudo o artigo 6º do novo CPC determina que “todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva”, ou seja, as partes deixam de agir de forma individualizada e passam a fazer parte, junto com o juiz, de uma relação comum no processo, como por exemplo, o artigo 357, § 3º, do novo CPC estabelece que:
 Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.
Posteriormente as partes serão intimadas para a audiência ou conciliação, através do correio por meio de aviso de recebimento (AR), por meio eletrônico ou por oficial de justiça se as anteriores não obtiver sucesso.
De acordo com o art. 269. “ Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo. ”
Sobre as intimações por oficial de justiça o novo CPC relata no caput do art. 275 que, “a intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a realização por meio eletrônico ou pelo correio”.
Ainda no art., 275 do novo CPC, no § 1º e incisos I, II e III:
§ 1º A certidão de intimação deve conter: 
I - a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número de seu documento de identidade e o órgão que o expediu; 
II - a declaração de entrega da contrafé;
III - a nota de ciente ou a certidão de que o interessado não a apôs no mandado.
Conforme o estabelecido no art. 269 do novo CPC “intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo”.
Após a ciência da intimação com a data da conciliação ou audiência já marcada, as partes (autor e réu) comparecerão no local na data e hora marcado, o juiz ouvirá os depoimentos do autor (o réu deve sair da sala) e do réu e, por fim, ouvirá separadamente as testemunhas, no máximo de três para cada parte caso necessite, registrando-se, resumidamente, apenas o essencial.
Se tratando da audiência o novo CPC,em seu artigo 10º, estabelece que “o juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício”.
 Quanto ao perito ele poderá ser contratado para desempenhar sua função desde a propositura da ação judicial até o seu final, mas existe casos em que a perícia será solicitada apenas após primeira audiência quando não houver a solução do litígio, caso que acontece geralmente em ações que envolvem cálculos por exemplo.
Zanluca relata qual motivo o judiciário recorre ao perito: “o judiciário recorre ao perito contábil quando o juiz necessita de um laudo profissional especializado ou para atender ao pedido de uma das partes envolvidas no processo”.
Porém, se focará na importância da perícia contábil no processo judicial que geralmente origina-se de uma situação conflituosa seja para a resolução da situação que motivou o conflito ou para fundamentar a decisão judicial que será proferida pelo magistrado para a resolução do litígio em consonância aos dispositivos constantes no ordenamento jurídico brasileiro.
 PERITO – CONTADOR
Cabe afirmar que quando o Juizado ou determinada Vara necessita de esclarecimentos sobre aspectos patrimoniais e de acordo com o litígio se torna necessário à opinião de um Perito Contábil, pois como o objeto de estudo da Contabilidade é o patrimônio das entidades, portanto não poderia tal perícia ser feita por outro profissional (SÁ, 1994 apud da Silva).
Face ao exposto e de acordo com o art. 145, § 1°, 2° e 3° do Código de Processo Civil, acrescentados pela Lei 7270/1984, estabelece: 
§ 1° - os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente inscrito nos órgãos de classe competente. 
§ 2° - os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos. 
§ 3° diz que, Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz.
Portanto, o perito-contador é um profissional que possui nível superior em Ciências contábeis e registrados no conselho da classe, além de ter seu conhecimento técnico diferenciado do saber do juiz, não pata fazer julgamento, mas para esclarecer a dúvida das partes em conflito.
A NBC PP 01, Normas Profissionais do Perito-Contador, de 27 de fevereiro de 2015, em seu item 2 conceitua o seguinte: “Perito é o contador, regularmente registrado em Conselho Regional de Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas qualidades e experiências, da matéria periciada”. (NBC PP 01, ITEM 2, RESOLUÇÃO CFC, n°1244/2009).
No mesmo sentido SÁ (2005, apud. Cantil, 2013, p. 36) também conceitua “O perito precisa ser um profissional habilitado, legal, cultural e intelectualmente, e exercer virtudes morais e éticas com total compromisso com a verdade”. 
Diante dos conceitos acima, nota-se alguns requisitos específicos para aquele que aspira exercer o trabalho de perito contador:
Bacharel em Ciências Contábeis;
Registro no Conselho Regional de Contabilidade;
Profundo conhecimento na matéria periciada.
Em síntese o trabalho do perito tem que ser conduzido de forma honesta, alicerçado na verdade para que seu trabalho seja de qualidade.
	Laudo Pericial
De acordo com Sá (2011, p. 43), “ a manifestação literal do perito sobre fatos patrimoniais devidamente circunstanciados gera a peça denominado laudo pericial”.
A elaboração do laudo de inteira responsabilidade do perito-contador, este deve ser elaborado de forma clara e objetiva, o mesmo deve seguir a padronização de estrutura, com linguagem acessível aos interlocutores.
A NBC T 13 revogada pela resolução CFC 1041/2015 dispõe que o laudo pericial deve conter no mínimo os eu itens:
 Identificação do processo e das partes;
 Sínteses do objeto da perícia;
Metodologia adotada para os trabalhos periciais;
Identificação das diligências realizadas;
Transcrição dos quesitos;
Respostas aos quesitos;
Conclusão;
As modalidades de perícia contábil
De acordo com Ornelas (2011), as modalidades de perícia contábil são necessárias no sentido de trazer para os autos de determinado processo a prova técnica contábil que convalide as alegações oferecidas, transformando ou não referidas alegações em certeza.
O código de processo civil estabelece as modalidades em seu art. 164 § 1º.
Art. 464.  A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
§ 1o O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III - a verificação for impraticável.
Para Ornelas, (2011, p. 19), exame pericial é a modalidade de perícia contábil mais comum. Sendo desenvolvida mediante a análise de livros e documentos; Vistoria pericial, é a modalidade não muito usual na perícia contábil, mais adotada em perícia médica ou de engenharia; Avaliação pericial envolve como o próprio nome já indica, a valorização ou estimação de moedas. 
Fases Da Perícia Contábil Judicial	
Para a realização da perícia contábil judicial o profissional fará uso de procedimentos técnicos podendo ser analise, vistorias entre outros, e para a conclusão da perícia é feito o laudo pericial que traz no seu contexto os fatos ou os esclarecimentos da dúvida pertinente, sendo que a perícia contábil judicial divide-se em três fases: Preliminar, operacional e final.
	Na fase Preliminar a perícia é solicitada ao Juiz pela parte interessada na mesma, nessa fase o Juiz defere a perícia e escolhe seu perito; as partes formulam quesitos e indicam seus assistentes; os peritos são cientificados da indicação, propõem seus honorários e requerem o depósito dos mesmos, o Juiz estabelece prazo, local e hora para início.
	Na fase Operacional, operacional, inicia-se efetivamente a perícia com diligências, averiguações, tomada de depoimento, cálculos em fim tudo que for necessário para a apuração e conclusão dos trabalhos e elaboração do laudo.
Par finalizar tem-se a fase final que consiste na assinatura e entrega dos laudos, levantamento dos honorários e caso seja necessário será prestado os devidos esclarecimentos requerido.
Portanto a perícia judicial contábil é, a investigação competente com a meta de resolver demandas contábeis proveniente de controvérsias, indagações e de demandas ligadas. É a que visa servir de prova, esclarecendo o Juízo ou as partes sobre assuntos em litígio que se tem dúvida ou necessidade de julgamento.

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