Buscar

CIVIL I DECLARAÇÃO DE NULIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CIVEL DE BELO HORIZONTE  ESTADO DE MINAS GERAIS.
        
Juliana Faria Rodrigues, brasileira, maior, divorciada, bióloga, portadora da Cédula e Identidade nº XXX e do CPF nº XXX, residente e domiciliada  na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade Barbacena/MG, por intermédio de seu advogado(a) e procurador(a), conforme procuração em anexo, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE COM PEDIDO PARA CANCELAMENTO DE REGISTRO IMOBILIÁRIO
Em desfavor de Raimundo Dutra Rodrigues, brasileiro, divorciado, portador da Cédula de identidade nº XXX e do CPF nº XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade Barbacena Estado de Minas Gerais, e Breno Santos Bernardes, portado da Cédula de Identidade nº XXX e do CPF nº XXX e sua mulher Marta Guimaraes Bernardes, portadora da Cédula de Identidade nº XXX e do CPF nºXXX, brasileiros, casados, residentes e domiciliados na RuaXXX, BairroXXX, Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, à vista dos fatos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS
Juliana Faria Rodrigues fora casada com Raimundo Dutra Rodrigues por 11 anos.
 Durante o matrimônio construíram juntos uma casa em um terreno que Raimundo havia adquirido a titulo de doação de seus pais Maria das Dores Dutra Rodrigues e Júlio Rodrigues em 16/01/2003. 
Em 2006 após ser dispensado do trabalho, Raimundo passando por dificuldades financeiras, veio à vender o imóvel sem a devida outorga uxória de sua cônjuge. 
No dia 08/07/2006 o registro de contrato de compra e venda foi feita pelo Raimundo em favor de Breno Santos Bernardes, casado. Consta do registro a informação de  que os promitentes compradores foram investidos na posse do imóvel, mediante o constituto possessório.
 Em 04/03/2010 o registro da  escritura pública de compra e venda foi finalmente outorgado por Raimundo até então casado.
 O divórcio do casal veio a ocorrer em 20/05/2016, sem maiores problemas, pela razão da inexistência de filhos menores, o divórcio foi realizado por escritura pública lavrada em Tabelionato de notas. 
Juliana veio a tomar ciência dos fatos após o divórcio, pois a mesma julga ter direito 50% do bem supracitado, tendo em vista o custeio da edificação por ambos os cônjuges.
DO DIREITO
        No caso presente a anulação do contrato tem por fundamento o vício na falta de legitimação do vendedor, tendo em vista que Raimundo alienou o imóvel estando casado pelo regime de separação obrigatória ou legal de bens, sem a participação da ex-mulher Juliana.
        Segundo o art. 1647 CC/02:
        Art. 1647. Ressalvado o disposto  no art.1648 CC, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
Alienar ou gravar ônus real os bens imóveis.
        O fato de Raimundo ter adquirido o imóvel enquanto solteiro e por doação de seus pais (aquisição a titulo gratuito), faz com que o terreno seja um bem particular. Porém imperioso alegar que Juliana não tenha participação, pois como consta no conjunto probatório, as bem-feitorias no imóvel  foram custeadas conjuntamente pelo casal.  A sua comunicabilidade está expressa no art.1660,IV do CC/02:
Entram na comunhão: 
(...)
 IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
 (...)
	DO PEDIDO
Pelo exposto, REQUER:
I - A citação do REQUERIDO para, querendo, responder aos termos da presente, sob pena de revelia.
II - Se necessário, seja ouvido o I. Representante do Ministério Público.
III - Seja declarada a nulidade de todos os atos que importaram na compra e venda do imóvel objeto da escritura e posterior registro público.
IV - A condenação do REQUERIDO no pagamento das custas e honorários advocatícios.
V - A expedição do competente mandado aos Cartórios supra citados para que promovam o cancelamento da respectiva escritura e registro do imóvel.
Provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, notamente por novos documentos, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do REQUERIDO.
Dá-se à causa o valor de R$ xxx
Termos que
Pede deferimento.
Belo Horizonte/MG, 20 de fevereiro de 2017.
Advogado

Continue navegando