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BOTULISMO

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BOTULISMO
Botulismo é uma doença bacteriana rara, porém grave. A bactéria causadora dessa condição pode entrar no organismo por meio de machucados ou pela ingestão de alimentos contaminados, principalmente enlatados e os que são preservados inadequadamente. 
O botulismo foi identificado em 1897, na Bélgica, por Emile Pierre Van Ermengem. 
 Primeiramente descrito na Alemanha, no século XVIII, após um surto associado à ingestão de salsicha de produção doméstica, de onde se originou o nome (botulus que em latim significa salsicha). 
Doença de alta letalidade que deve ser considerada como uma emergência médica e de saúde
O botulismo é causado por uma toxina produzida pelo Clostridium botulinum, um bacilo Gram positivo, anaeróbio, esporulado.
São conhecidos oito tipos de toxinas botulínicas: A, B, C1, C2, D, E, F e G
 As do tipo A, B, E e F são patogênicas para o homem
4 tipos epidemiológicos do Botulismo
Botulismo alimentar 
Esse tipo de botulismo se pega por meio da ingestão de alimentos contaminados com a bactéria – que geralmente se prolifera em ambientes com pouco oxigênio, como no caso de alimentos enlatados. 
Os alimentos mais comumente contaminados pela bactéria são:
Beber água contaminada com a bactéria do botulismo também pode levar à doença. Por isso, viver em regiões que não dispõem de saneamento básico adequado ou de tratamento de água também pode elevar os riscos de uma pessoa apresentar a condição
Botulismo infantil
Também conhecido como botulismo do lactante, este é o tipo mais comum da doença e costuma acometer crianças de aproximadamente dois a seis meses de idade. Aqui, a bactéria causadora do botulismo multiplica-se e libera toxinas dentro do trato gastrointestinal do bebê e pode causar graves complicações à sua saúde. Para botulismo infantil, o maior e único fator de risco é a idade. Ter entre dois e seis meses e ser exposto aos esporos bacterianos de botulismo podem levar à contaminação
Botulismo por feridas
As bactérias podem entrar no organismo por meio de lesões na pele, machucados e outras feridas, onde liberam as toxinas e levam a uma grave infecção. Para botulismo das feridas, um dos fatores de risco é ter uma lesão na pele e ser exposto aos esporos da bactéria. Outro fator é ser usuário de drogas injetáveis.
Botulismo por inalação
A doença resulta de libertação acidental ou intencional de BoNTs na forma de aerossol. Após a inalação, a toxina é absorvida pela corrente sanguínea e distribuída por todo o corpo, causando as manifestações típicas de botulismo. 
Ação da doença
O alimento é contaminado ainda no solo, por esporos ultra-resistentes. Quando em conserva,o microorganismo modifica-se e começa produzir a toxina; 
Quando o alimento é ingerido, a toxina é absorvida pelo aparelho digestivo e entra na corrente sanguínea; 
A toxina atinge o sistema nervoso, interferindo na sinapse (comunicação) entre as células nervosas. Sem esta comunicação vital, as funções do organismo começam a ficar afetadas.
Sintomas
Os sintomas são gastrintestinais e neurológicos:
 Náuseas; 
Vômitos; 
Diarréia; 
Dor abdominal;
 Cefaléia (ou cefalgia, que é dor de cabeça); 
Vertigem; 
Tontura; 
Visão turva; 
Ptose palpebral (pálpebras caídas) uni ou bilateral; 
Dificuldade de convergência dos olhos; 
Diplopia (visão dupla) decorrente da paralisia da musculatura extrínseca (que vai de fora para dentro) do globo ocular; 
Oftalmoplegia (paralisia dos músculos dos olhos), no entanto, não há perda da acuidade visual; 
Pupilas tornam-se dilatadas e não fotorreagentes (reagentes à luz)
Tratamento
Os pacientes devem ser hospitalizados e monitorados rigorosamente, tanto clinicamente como por espirometria, oximetria de pulso e medição de gases sangüíneos arteriais em antecipação à insuficiência respiratória incipiente. 
A eliminação da toxina do trato gastrintestinal pode ser tentada com o uso de lavagem gástrica, laxantes e de enemas. 
O botulismo não é contagioso e sua toxina não penetra a pele intacta. No caso de infecções respiratórias na vigência do tratamento, utilizam-se antimicrobianos. A recuperação da doença é variável, podendo durar semanas ou até mais de 12 meses sem deixar seqüelas. 
Botulismo no Brasil
Primeiro caso de botulismo em São Paulo em 1990
Posteriormente, em 1997 e 1999, ocorreram 3 casos provocado por uma ingestão de conserva de palmito
1ª epidemia no Brasil em 1958 (9 pessoas morreram)
Em 1987 ocorreu um surto de botulismo em MG
Botulismo em Bovinos 	
está relacionada à contaminação ambiental pelos esporos do Clostridium botulinum tipos C e D e também ao manejo inadequado
No Brasil, os surtos estão associados à deficiência de fósforo e à osteofagia, principalmente em animais criados extensivamente, também a alimentos contaminados e armazenados inadequadamente ou ainda pela veiculação hídrica.
Embora a osteofagia seja a maior responsável por surtos de intoxicação em fêmeas na fase reprodutiva, todas as categorias podem ser acometidas quando os surtos estão associados à ingestão de alimentos e água contaminados
No Brasil, o botulismo, conhecido, também, como “doença da vaca caída”, causa grandes perdas econômicas, pela morte de grande numero de animais todos os anos.
A doença afeta diferentes espécies domesticas e aves silvestres e pode ocorrer de forma epizoótica ou enzoótica
O botulismo caracteriza-se por paralisia flácida ou completa dos músculos da locomoção, mastigação e deglutição
Os animais apresentam diminuição, porem nunca ausência completa, do tônus da musculatura dos membros, havendo paralisia flácida de dois ou quatro membros.
Os sinais clínicos principais são dificuldade de locomoção, caracterizada por andar cambaleante e duro, afetando principalmente os membros posteriores e evoluindo para os anteriores, cabeça e pescoço.
Ocorre bradicardia e a respiração é dispnéica, dificultosa, diafragmática (abdominal), com inspiração em duas fases, sendo a segunda prolongada.
O animal tende a ficar deitado em decúbitos esterno-abdominal com a cabeça apoiada flanco ou no solo
Tratamento
Não existe tratamento especifico para o botulismo em bovinos, pois não existem soros hiperimunes comerciais
Como alternativa, deve-se realizar o tratamento de suporte do animal, fornecendo água e alimento, mudando sua posição de decúbito e administrando laxativos (sulfato de magnésio) via oral.

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