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DIREITO CONSTITUCIONAL Prof.KAIO COELHO DIREITOS POLÍTICOS 2016 1 ü Servidor Público Federal ü Professor na Escola Superior de Roraima ü Professor no Meta concursos __________________________________________________ Kaio César Coelho Nunes, brasileiro, natural de Mossoró/RN, iniciou sua vida profissional como servidor público municipal, desenvolvendo suas atividades na Prefeitura Municipal de Mossoró por 01 ano (2009-2009), em seguida, tornou-se servidor público estadual, desempenhando cargo efetivo na Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado do Rio Grande do Norte até ser contemplado com o ingresso no Ministério da Justiça em quadro efetivo de carreira no serviço público federal. É graduado em Direito (2010), especialista em Segurança Pública pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (2014) e pós- graduado em Direito Público pela Faculdade Internacional Signorelli (2015). O Prof. Kaio Coelho ministra aula nos principais cursinhos preparatórios de Boa Vista/RR. __________________________________________________ kaiocoelho@outlook.com 2 Acesse: 3 DIREITOS POLÍTICOS 1-Introdução 5 2- Conceito 6 3- Sufrágio 8 4- Direitos Políticos Positivos 9 5- Direitos Políticos Negativos 17 SINOPSE 32 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 40 CADERNO DE QUESTÕES 42 GABARITO 49 BIBLIOGRAFIA DIREITOS POLÍTICOS Mensagem do professor Mensagem do professor Olá! Concurseiro! Tudo bem com você? Espero que sim! Vamos começar mais uma aula! Vamos falar sobre direitos políticos! Há uma grande probabilidade deesse tema cair em sua prova de direito constitucional… Portanto, fique atento! “Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?” (Fernando Pessoa) 4 DIREITOS POLÍTICOS Aula 03 INTRODUÇÃO A existência e eficácia da soberania popular – o povo, a vontade do povo e a formação da vontade política do povo – pressupõe uma ordem constitucional materialmente informada pelos princípios da liberdade política, da igualdade dos cidadãos, de organização plural de interesses politicamente relevantes e procedimentalmente dotada de instrumentos garantidores da operacionalidade prática desse principio. (CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito Constitucional e teoria da constituição, 4. ed., p. 290). São formas de exercício da soberania popular o direito de sufrágio ativo (direto de votar) e o passivo (direito de ser votado), a iniciativa popular, a ação popular e a organização e participação em partidos políticos. Os direitos políticos constituem um conjunto de regras constitucionalmente fixadas, referentes à participação popular no processo político do Estado. Dizem respeito, em outras palavras, à atuação do cidadão na vida política. Sendo assim, pode-se afirmar que correspondem ao direito de sufrágio, em suas diversas manifestações, bem como a outros direitos de participação no processo político. Este conjunto de direitos varia conforme o respectivo Estado, e encontra-se intimamente vinculado aos seus regimes políticos e sistemas eleitorais; bem como, aos partidos políticos instituídos. Os direitos políticos são regulados no Brasil pela Constituição Federal em seu art. 14, que estabelece como princípio da participação na vida política nacional o sufrágio universal. Nos termos da norma constitucional, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos, e facultativos para os analfabetos, os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos e os maiores de setenta anos. A Constituição proíbe o alistamento eleitoral dos estrangeiros e dos brasileiros 5 conscritos no serviço militar obrigatório, considera a nacionalidade brasileira como condição de elegibilidade e remete à legislação infraconstitucional a regulamentação de outros casos de inelegibilidade CONCEITO Os direitos políticos são aqueles que garantem a participação do povo no processo de condução da vida política nacional. Segundo o Prof. Alexandre de Moraes, “são o conjunto de regras que disciplina as formas de atuação da soberania popular”. São direitos relacionados ao exercício da cidadania e, segundo Gilmar Mendes, formam a base do regime democrático. Os direitos políticos são, portanto, instrumentos de exercício da soberania popular, característica dos regimes democráticos. Esses regimes podem ser de três diferentes tipos: Democracia direta: é aquela em que o povo exerce o poder diretamente, sem intermediários ou representantes; Democracia representativa ou indireta: é aquela em que o povo elege representantes ( que, em seu nome, governam o país; Democracia semidireta ou participativa: é aquela em que o povo tanto exerce o poder diretamente quanto por meio de representantes. Trata-se de um sistema híbrido, com características tanto da democracia direta quanto da indireta. É adotada no Brasil, que utiliza certos institutos típicos da democracia semidireta, tais como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de leis. A doutrina classifica os direitos políticos em duas espécies: 1) direitos políticos positivos e; 2) direitos políticos negativos. 6 Os direitos políticos positivos estão relacionados à participação ativa dos indivíduos na vida política do Estado. São direitos relacionados ao exercício do sufrágio. Por outro lado, direitos políticos negativos são as normas que limitam o exercício da cidadania, que impedem a participação dos indivíduos na vida política estatal. São as inelegibilidades e as hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos. Vejamos a ilustração: (parte I da apostila) ___________________________________________________ (parte II da apostila) 7 O que é cidadão? O que é cidadania? O cidadão (do latim, civitas, "cidade"), em Direito, é a condição da pessoa natural que, como membro de um Estado, encontra-se no gozo dos direitos que lhe permitem participar da vida política (capacidade eleitoral). A cidadania é o conjunto dos direitos políticos, que lhe permitem intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração. ATENÇÃO! Lembre-se: a nacionalidade é pressuposto da cidadania – ser nacional de um Estado é condição primordial para o exercício dos direitos políticos. Entretanto, se todo cidadão é nacional de um Estado, nem todo nacional é cidadão – os indivíduos que não estejam investidos de direitos políticos podem ser nacionais de um Estado sem serem, dessa forma, cidadãos. O que é Sufrágio1? O Direito de sufrágio é a própria essência do direito político, expressando-se pela capacidade de eleger, ser eleito e, de uma forma geral, participar da vida política do Estado. O sufrágio – direito político em si – não se confunde com o voto – exercício/instrumento desse direito –, nem com o escrutínio, que é o modo como o exercício se realiza. A constituição consagra como cláusula pétrea o VOTO DIRETO, a PERIODICIDADE DAS ELEIÇÕES, o SUFRÁGIO UNIVERSAL e o ESCRUTÍNIO SECRETO (CF, Art. 60 §4°, II). O sufrágio universal adotado pela Constituição de 1988 se caracteriza pela possibilidade de todo cidadão votar e ser votado, independentemente de distinções quanto à classe social ou econômica, quanto ao sexo ou quanto à capacidade intelectual. A existência de requisitos como o alistamento eleitoral, a nacionalidade e a idade mínima,não afasta a universalidade do sufrágio. No modelo adotado pela atual Constituição (Constituição Federal de 1988) o voto se caracteriza por ser: I) direto: a escolha dos membros do Legislativo e Executivo é feita diretamente pelo eleitor, sem intermediários, salvo na hipótese prevista no artigo 81, §1º da Constituição; II) igual para 1 Embora muitas vezes utilizados como sinônimos, voto, escrutínio e sufrágio possuem significados diferentes. Sufrágio é o direito de votar e de ser votado; voto é a forma de exercer o direito ao sufrágio; e escrutínio é a forma como se pratica o voto, seu procedimento (Delitti, Luana Souza. LGF – Jus Brasil). 8 todos: o voto de cada eleitor tem o mesmo peso/valor, independentemente da condição econômica ou intelectual, do sexo ou da idade; III) periódico: uma das características da república é a alternância de Poder, materializada por meio de eleições periódicas dos membros do Executivo/Legislativo; IV) livre: o escrutínio secreto é uma das formas de assegurar a liberdade de manifestação do eleitor, evitando-se qualquer tipo de coação sobre sua escolha. Em um juízo delibatório, o STF considerou que “a exigência legal do voto impresso no processo de votação, contendo número de identificação associado à assinatura digital do eleitor, vulnera o segredo do voto.” De acordo com o entendimento adotado pelo Tribunal, “a manutenção da urna em aberto põe em risco a segurança do sistema, possibilitando fraudes, impossíveis no atual sistema, o qual se harmoniza com as normas constitucionais de garantia do eleitor” (STF – ADI 4.543-MC, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado 03.11.2011); e. V) personalíssimo: o direito de voto não pode ser exercido por terceiros, nem mesmo por meio de procuração. Direitos Políticos Positivos Os direitos políticos positivos, conforme já afirmamos, estão relacionados à participação ativa dos indivíduos na vida política do Estado. A essência desses direitos é traduzida pelo art. 14, incisos I a III, CF/88. CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III - iniciativa popular. Os direitos políticos positivos estão relacionados ao exercício do sufrágio. Ao contrário do que muitos pensam, sufrágio não é sinônimo de voto. O sufrágio é um direito público e subjetivo. O voto é o instrumento para o exercício do sufrágio. 9 Direito de sufrágio é a capacidade de votar e de ser votado; em outras palavras, o sufrágio engloba a capacidade eleitoral ativa e a capacidade eleitoral passiva. A capacidade eleitoral ativa representa o direito de alistar-se como eleitor (alistabilidade) e o direito de votar; por sua vez, a capacidade eleitoral passiva representa o direito de ser votado e de se eleger para um cargo público (elegibilidade). Sufrágio pode ser classificado como: a) Universal: quando o direito de votar é concedido a todos os nacionais, independentemente de condições econômicas, culturais, sociais ou outras condições especiais. Os critérios para se determinar a capacidade de votar e de ser votado são não-discriminatórios. A Constituição Federal de 1988 consagra o sufrágio universal, assegurando o direito de votar e de ser votado a todos os nacionais que cumpram requisitos de alistabilidade e de elegibilidade. b) Restrito (qualificativo): quando o direito de votar depende do preenchimento de algumas condições especiais, sendo atribuído a apenas uma parcela dos nacionais. O sufrágio restrito pode ser censitário, quando depender do preenchimento de condições econômicas (renda, bens, etc.) ou capacitário, quando exigir que o indivíduo apresente alguma característica especial (ser alfabetizado, por exemplo). Ao art. 14, da CF/88, percebe-se que a CF/88 explica que a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular de leis. 10 O voto, como já se disse, é o instrumento para o exercício do sufrágio. A CF/88 estabelece que este deverá ser direto, secreto, universal, periódico (art. 60, § 4º, CF), obrigatório (art. 14, § 1º, I, CF) e com valor igual para todos (art. 14, caput). Dentre todas essas características, a única que não é cláusula pétrea é a obrigatoriedade de voto, ou seja, é a única que pode ser abolida mediante emenda constitucional. Tanto o plebiscito quanto o referendo são formas de consulta ao povo sobre matéria de grande relevância. A diferença entre esses institutos reside no momento da consulta. No plebiscito, a consulta se dá previamente à edição do ato legislativo ou administrativo; já no referendo, a consulta popular ocorre posteriormente à edição do ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo ratificar (confirmar) ou rejeitar o ato. O plebiscito consiste em uma consulta PRÉVIA formulada ao cidadão para que manifeste sua concordância/discordância em relação a um tema contido em ato administrativo ou legislativo. Além do plebiscito realizado para definir a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que deveriam vigorar no país (ADCT, art. 2 – CF/88), a Constituição exige prévia consulta nos casos de incorporação, subdivisão ou desmembramento de Estados (CF, art. 18, §3°) e criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios (CF, art. 18, §4°). O referendo é uma consulta realizada posteriormente à edição do ato legislativo ou administrativo, com o intuito de ratificá-lo ou rejeitá-lo. A autorização de referendo e a convocação de plebiscito são da competência exclusiva do Congresso Nacional (CF, art. 49, XV). A Iniciativa popular, por sua vez, consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados-membros, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles (CF, art. 61 § 2º e Lei 9.709/98, art. 13). O projeto de lei de iniciativa popular deverá circunscrever-se a um só assunto e não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo à Câmara dos Deputados providenciar a correção de eventuais impropriedades de técnica legislativa ou de redação (Lei 9.709/98, art. 13, §§ 1º e 3º). 11 Capacidade eleitoral ativa A capacidade eleitoral ativa (alistabilidade) consiste na aptidão para participar da formação da vontade política do Estado, cujo exercício se realiza por meio do voto em eleições, plebiscitos e referendos. Esta capacidade é adquirida com o alistamento realizado perante a Justiça Eleitoral. (Novelino, Marcelo. Constituição Federal para concursos, p. 183 – Editora Juspodivm) É a aptidão do indivíduo para exercer o direito de voto nas eleições, plebiscitos e referendos. No Brasil, a capacidade eleitoral ativa é adquirida mediante a inscrição junto à Justiça Eleitoral; depende, portanto, do alistamento eleitoral, a pedido do interessado. É com o alistamento que se adquire, portanto, a capacidade de votar. Além da capacidade de votar, a qualidade de eleitor dá ao nacional a condição de cidadão, tornando-o apto a exercer vários outros direitos políticos, como ajuizar ação popular ou participar da iniciativa popular de leis. Destaque-se, todavia, que o alistamento eleitoral, por si só, não é suficientepara que o indivíduo possa exercer todos os direitos políticos. Com o alistamento eleitoral, o cidadão garante seu direito de votar, mas não o de ser votado, uma vez que o alistamento é apenas uma das condições de elegibilidade. Assim, para usufruir de todos os direitos políticos, é necessário o preenchimento de outras condições, que estudaremos mais à frente. A Constituição Federal determina que apenas brasileiros (natos ou naturalizados) poderão se alistar; os estrangeiros são inalistáveis e, portanto, não podem votar e ser votados. Em outras palavras, os estrangeiros não podem ser titulares da 12 capacidade eleitoral ativa, tampouco da capacidade eleitoral passiva. Destaque-se que os portugueses equiparados, por receberem tratamento equivalente ao de brasileiro naturalizado, poderão se alistar como eleitores. Alistamento eleitoral: É vedado aos estrangeiros; É vedado aos conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório2. É obrigatório aos maiores de 18 anos; É facultativo aos analfabetos É facultativo aos maiores de 70 (setenta) anos; É facultativo aos maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos. A jurisprudência do TSE considera que terão direito a votar aqueles que, na data da eleição, tenham completado a idade mínima de 16 anos. COMO FICA A SITUAÇÃO DO PORTADOR DE NECESSIDADE ESPECIAL? O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adotou posição importante sobre o voto dos portadores de deficiência grave cuja natureza e situação impossibilite ou torne extremamente oneroso o exercício de suas obrigações eleitorais. Ao analisar esse caso, o TSE observou que o legislador constituinte, ao estabelecer como facultativo o voto para os maiores de 70 anos, levou em consideração as prováveis limitações físicas decorrentes da idade avançada. Ora, um portador de deficiência grave, como os tetraplégicos e os deficientes visuais podem se encontrar em situação mais dificultosa do que a dos idosos. Em razão disso, o TSE considerou que havia lacuna no texto constitucional (e não um silêncio eloquente!) e editou a Resolução TSE nº 21.920/2004, que dispõe que “não estará sujeita a sanção a pessoa portadora de deficiência que torne impossível ou demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, relativas ao alistamento e ao exercício do voto”. Destaque-se, todavia, que a própria Resolução TSE nº 21.920/2004 fez questão de destacar que o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para todas as pessoas portadores de deficiência. 2 TSE considera conscritos os médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que prestam serviço militar obrigatório. (Resolução do TSE n o 15.850/89) 13 COMO FICA A COMPROVAÇÃO DE QUITAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR DOS ÍNDIOS PARA PODEREM REALIZAR O ALISTAMENTO ELEITORAL? Outra questão relevante analisada pelo TSE, que deu origem à Resolução n. 20.806/2001 diz respeito à exigência de comprovação de quitação do serviço militar para fins de alistamento dos indígenas. Constatando lacuna na legislação, o Tribunal considerou que Somente os índios integrados (excluídos os isolados e os em via de integração) seriam obrigados à comprovação de quitação do serviço militar para poderem se alistar. De acordo com o próprio Código Eleitoral, o alistamento eleitoral também não é obrigatório para os inválidos e os que se encontram fora do país. Quanto ao voto, foram excluídos da obrigatoriedade de seu exercício os enfermos, os que se encontram fora do seu domicílio, os funcionários civis e miliares, em serviço que os impossibilite de votar. (Novelino, Marcelo. Constituição Federal para concursos, p. 183 – Editora Juspodivm) RESUMO: Com relação aos estrangeiros, aos portugueses com residência permanente no país, caso haja reciprocidade de Portugal em relação aos brasileiros lá residentes, são assegurados os mesmos direitos políticos inerentes ao brasileiro naturalizado (CF, art. 12§ 1º). 14 Capacidade eleitoral passiva A capacidade eleitoral passiva está relacionada ao direito de ser votado, de ser eleito (elegibilidade). Para que o indivíduo adquira capacidade eleitoral passiva, ele deve cumprir os requisitos constitucionais para a elegibilidade e, além disso, não incorrer em nenhuma das hipóteses de inelegibilidade, que são impedimentos à capacidade eleitoral passiva.3 CF/88 - Art. 14 § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária4; VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. A nacionalidade brasileira, sendo requisito indispensável para a alistabilidade, torna-se imprescindível também para a elegibilidade, com exceção dos portugueses equiparados (CF, art. 12 §1º). O ordenamento jurídico brasileiro não permite candidaturas avulsas, razão pela qual somente podem concorrer às eleições candidatos registrados, até 06 (seis) meses antes da eleição, por partidos. Sendo assim, por ser a filiação partidária indispensável à elegibilidade, não podem ser impostos requisitos arbitrários impeditivos do direito de livre acesso aos partidos políticos. O domicílio eleitoral não se confunde com o domicílio civil (CC, art. 70 a 74), 3 Os estrangeiros, por sua vez, não poderão ser eleitos, ressalvados os portugueses equiparados, que recebem tratamento equivalente ao de brasileiro naturalizado. Cabe destacar, todavia, que há certos cargos políticos que são privativos de brasileiros natos (art. 12, § 3º, CF/88). 4 Segundo o STF, em relação aos parlamentares, a desfiliação e a infidelidade partidárias resultarão na perda do mandato, salvo justa causa (por exemplo, desvio de orientação ideológica do partido). Todavia, segundo a Corte, essa regra não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas pelo eleitor. 15 sendo que a circunstância de o eleitor residir em determinado município não o impede de se candidatar por outra localidade onde é inscrito e com a qual mantém vínculo negociais, patrimoniais, profissionais, afetivos ou políticos (TSE – RESPE 18.124/RS, rel. Min. Garcia Vieira, 16.11.2000) . O Código Eleitoral define como domicílio para fins de inscrição do eleitor o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas (Lei 4.737/68, art. 42, parágrafo único). Por sua vez, para transferência de domicílio, o Código Eleitoral faz as seguintes exigências: I) entrada do requerimento no cartório eleitoral do novo domicílio até 100 dias antes da data da eleição; II) transcorrência de pelo menos 01 ano da inscrição primitiva; III) residência mínima de 3 meses no novo domicílio, atestada pela autoridade policial ou provada por outros meios convincentes. As duas últimas exigências são dispensadas no caso de servidor público civil, militar, autárquico ou de membro de sua família, cuja mudança ocorra por motivo de remoção ou transferência (Lei 4.737/68, art. 55, §§ 1º e 2º). A aquisiçãodessa capacidade ocorre progressivamente, uma vez que a Constituição Federal de 1988 estabelece idade mínima de elegibilidade para determinados cargos públicos até ser atingida a plena cidadania, aos 35 anos. As condições de elegibilidade devem ser regulamentadas por lei ordinária, diversamente do que ocorre com as hipóteses de inelegibilidade, cuja previsão de outros casos, além dos previstos na Constituição Federal de 1988, somente poderá ser estabelecida por lei complementar, nos termos do art. 14 § 9, CF/88 (STF – ADI 1.638/DF, rel. Min. Celso de Melo). 16 Direitos Políticos Negativos Os direitos políticos negativos são normas que limitam o exercício do sufrágio, restringindo a participação do indivíduo na vida política do Estado. Podemos dividir os direitos políticos negativos em três espécies: 1) as inelegibilidades 2) as hipóteses de perda de direitos políticos 3) as hipóteses suspensão de direitos políticos 17 Inelegibilidades A capacidade eleitoral passiva (elegibilidade) consiste no direito de pleitear, mediante eleição, certos mandatos políticos. Todo cidadão tem o direito de ser votado, desde que preencha os requisitos constitucionais previstos. O que é inelegibilidade? A inelegibilidade consiste na falta de capacidade eleitoral passiva. Por importarem restrições ao exercício dos direitos políticos, as regras referentes às inelegibilidades devem ser interpretadas restritivamente. Nesse sentido, o entendimento do TSE é de que “as normas que versam sobre inelegibilidade são de natureza estrita, não cabendo interpretá- la a ponto de apanhar situações jurídicas nelas não contidas”. Destarte, as hipóteses de inelegibilidade são condições que obstam o exercício da capacidade eleitoral passiva por um indivíduo. A Constituição Federal estabeleceu algumas dessas hipóteses (art. 14, §§ 4º ao 7º), mas elas não são exaustivas. Isso porque a própria Constituição expressamente autoriza que lei complementar estabeleça outras hipóteses de inelegibilidade. Inelegibilidades absolutas: São regras que impedem a candidatura e, consequentemente, o exercício de qualquer cargo político. Estão relacionadas a características pessoais do indivíduo. As inelegibilidades absolutas foram taxativamente previstas pela Constituição Federal, ou seja, não podem ser criadas novas inelegibilidades absolutas pela legislação infraconstitucional. 18 Segundo o art. 14, §4º, são inelegíveis os inalistáveis (militar conscrito / estrangeiros) e os analfabetos. Veja que os analfabetos, apesar de poderem votar (voto facultativo), não podem ser votados. E que, entre os inalistáveis, temos os estrangeiros e os conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório. Inelegibilidades relativas: São regras que obstam a candidatura a certos cargos políticos, em virtude de situações específicas previstas na Constituição ou em lei complementar. Não estão vinculadas à condição pessoal do indivíduo e, por isso, não resultam em impedimento categórico ao exercício de qualquer cargo. Assim, o indivíduo não poderá se candidatar a determinados cargos, mas poderá concorrer a outros, por exemplo. É necessário destacar que a inelegibilidades relativas, em suas hipóteses, admitem exceções. São form9as dessa inelegibilidade: i) inelegibilidade relativa para reeleição (motivos funcionais); ii) inelegibilidade relativa para concorrer a outro cargo ii) inelegibilidade relativa por motivo de casamento, parentesco ou afinidade (inelegibilidade reflexa); iii) inelegibilidade relativa à condição de militar. iv) inelegibilidade relativa em lei complementar para outros casos 19 Inelegibilidade relativa para reeleição (motivos funcionais) CF - Art. 14 § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) - Prevista no art. 14, §5º, CF-88; - Dispõe que “o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente”; - Os Chefes do Poder Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) somente podem cumprir 20 dois mandatos consecutivos no mesmo cargo; - É plenamente possível que alguém cumpra três ou mais mandatos como Chefe do Poder Executivo, desde que estes não sejam consecutivos; - A vedação à reeleição para mais de um período subsequente é regra que se impõe somente àqueles que cumpram mandatos de Chefe do Poder Executivo. Os mandatos no Poder Legislativo não seguem essa regra: é plenamente possível que um Deputado ou Senador seja eleito para ilimitados mandatos sucessivos; - Entendimentos importantes: 0. Não se admite a renúncia antes do término do segundo mandato consecutivo com a finalidade de concorrer a um terceiro mandato para o mesmo cargo. Nesse caso, apesar de não existir óbice à renúncia em si, a possibilidade de uma terceira eleição consecutiva violaria o escopo da norma constitucional de impedir que uma pessoa ou grupo se perpetue no poder. 1. Segundo o STF, o cidadão que já exerceu dois mandatos consecutivos de prefeito, ou seja, foi eleito e reeleito, fica inelegível para um terceiro mandato, ainda que seja em município diferente. Veda-se, com isso, a figura do “prefeito itinerante”, que exerce mais de dois mandatos consecutivos em municípios distintos. De acordo com o Plenário, tendo em vista a segurança jurídica, esse entendimento deve ser aplicado a partir das eleições de 2012 e, portanto, não pode retroagir para alcançar o mandato de quem foi eleito dessa forma nas eleições municipais anteriores. 2. O cidadão que já foi Chefe do Poder Executivo por dois mandatos consecutivos não poderá, na eleição seguinte, se candidatar ao cargo de Vice. 3. Os Vices (Vice-Presidente da República, Vice-Governador e Vice-Prefeito) também só poderão se reeleger, para o mesmo cargo, por um único período subsequente. Exemplo: Michel Temer foi Vice- Presidente no mandato 2011-2014, sendo reeleito para o mandato seguinte (2015-2018). No entanto, ele não poderá se candidatar a um terceiro mandato consecutivo como Vice-Presidente. 4. Os Vices, reeleitos ou não, poderão se candidatar ao cargo do titular na eleição seguinte, mesmo que o tenham substituído no curso do mandato. 5. O STF admite a candidatura de ex-prefeito de “município mãe” que renunciando seis meses antes da eleição, candidata-se a prefeito do “município-filho”, desmembrado do município-mãe. Observe que, nesse caso, a desincompatibilização é necessária. Lembre-se apenas de que não será admitido o exercício de mais de 2 (dois) mandatos em municípios distintos ou, então, estaríamos diante da figura do “prefeito-itinerante”, não autorizada pelo STF. 6. Quanto ao vice, o TSE adota o entendimento de que caso este assuma a chefia do Poder Executivo, seja em caráter temporário ou definitivo, aplica-se-lhe a mesma regra da reeleição estabelecida para o titular. 7. TSE considerou a figura do “prefeito itinerante” (ou “prefeito profissional”), caracterizada pela alteração do domicílio eleitoral com a finalidade de burlar a regra que tolera apenas uma reeleição, incompatível com o princípio republicano. Esse entendimento foi confirmado pelo STF. Segundo o Tribunal, o princípiorepublicano, ao exigir a temporariedade e a alternância do exercício do poder, obsta a terceira eleição não apenas no mesmo Município, mas também outras municipalidades da federação. Com base nesse entendimento, ficou decidido que um prefeito, após eleger-se por duas vezes consecutivas, só pode se candidatar a outro cargo se for de parlamentar, governador ou presidente e desde que respeitado o prazo para a desincompatibilização. 21 A periodicidade e a alternância de poder, enquanto exigências decorrentes do princípio republicado, impedem ainda aquele que exerceu dois mandatos sucessivos como Chefe do Executivo de se candidatar, no período imediatamente posterior, à vice-chefia do mesmo cargo. Isso porque, na hipótese de uma eventual sucessão, a mesma pessoa acabaria por exercer três mandatos consecutivos, contrariando a finalidade do dispositivo constitucional. Inelegibilidade relativa para concorrer a outro cargo CF - Art. 14 § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. - Diversamente do que ocorre quando o chefe do Executivo deseja se candidatar à reeleição, quando não precisa se afastar de suas funções antes do término do mandato, para concorrer a outros cargos a Constituição exige que a desincompatibilização ocorra até 06 meses antes. Tal exigência tem por escopo principal minimizar o impacto da utilização do aparato administrativo pelo Chefe do Executivo em seu benefício; Inelegibilidade por parentesco ou reflexa CF - Art. 14 § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. - A inelegibilidade reflexa tem por finalidade impedir o favorecimento de determinados candidatos, bem como a formação de monopólio por grupos hegemônicos, sobretudo na política local. Conforme bem destacou o Min. Celso de Mello, “o primado da ideia republicana – cujo fundamento 22 ético-político repousa no exercício do regime democrático e no postulado da igualdade – rejeita qualquer prática que possa monopolizar o acesso aos mandatos eletivos e patrimonializar o poder governamental, comprometendo, desse modo, a legitimidade do processo eleitoral” (STF – RE 158.314/PR, rel. Min. Celso de Mello, 15.12.1992); - CÔNJUGE / PARENTE consanguíneos ou afins, até 2 GRAU ou por adoção, do PRESIDENTE DA REPÚBLICA estão impossibilitados de se eleger para qualquer cargo dentro do território nacional; - CÔNJUGE / PARENTE consanguíneos ou afins, até 2 GRAU ou por adoção, do Governador para qualquer cargo municipal, estadual ou federal dentro do respectivo ESTADO; - CÔNJUGE / PARENTE consanguíneos ou afins, até 2 GRAU ou por adoção, do Prefeito para o cargo de prefeito ou de vereador dentro do respectivo município; - A inelegibilidade reflexa aplica-se também a quem vive maritalmente/união estável, mesmo na hipótese de relação homoafetiva ou casamento apenas no âmbito religioso com o Chefe do Executivo; - A inelegibilidade reflexa se restringe ao território de circunscrição do titular, razão pela qual se admite a candidatura, para um município vizinho, por exemplo, de cônjuge ou parente de prefeito reeleito, salvo quando o município vizinho, de cônjuge ou parente de prefeito reeleito, salvo quando o município resultar de desmembramento. Com base nesse entendimento, o STF considerou inelegível para o cargo de PREFEITO de MUNICÍPIO resultante de desmembramento territorial o irmão do Chefe do Executivo do Município-mãe; - A vedação contida na norma em comento (inelegibilidade por parentesco ou reflexa) é considerada de natureza objetiva, não podendo ser excepcionada com base na alegação de notória inimizade política entre os parentes. Desse modo, a inelegibilidade reflexa persiste ainda que se trate de uma disputa pelo mesmo cargo; - Ainda da jurisprudência do STF, extraímos que, caso um município seja desmembrado, o parente do prefeito do “município-mãe” é afetado pela inelegibilidade reflexa quanto ao “município-filho”, não podendo candidatar-se à Prefeitura deste, por exemplo. 23 Ao lermos o art. 14, §7º, percebemos, em sua parte final, que há uma exceção à regra da inelegibilidade reflexa: “salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição”. Mas o que isso significa? Significa que a inelegibilidade reflexa não se aplica caso o cônjuge, parente ou afim já possua mandato eletivo; nessa situação, será possível que estes se candidatem à reeleição, mesmo se ocuparem cargos dentro da circunscrição do Chefe do Executivo. - Destaca-se, aqui, importante entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entende a Corte que se o Chefe do Executivo renunciar seis meses antes da eleição, seu cônjuge, parentes ou afins até o segundo grau poderão candidatar-se a todos os cargos eletivos da circunscrição, desde que ele próprio pudesse concorrer à reeleição. Isso é válido para o próprio cargo do titular; SÚMULA VINCULANTE n. 18 “A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no §7º do artigo 14 da Constituição Federal” 24 Inelegibilidade do militar CF - Art. 14 § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. Analisando o dispositivo supracitado, percebe-se que apenas são elegíveis os militares que forem alistáveis; nesse sentido, percebe-se que os conscritos (aqueles que cumprem o serviço militar obrigatório), por não serem alistáveis, não serão elegíveis. - Este dispositivo se refere não apenas aos militares membros das forças armadas, mas também aos membros das policiais militares e corpos de bombeiros militares; - Se o militar da ativa é alistável, é ele elegível (STF), como condição de elegibilidade, sendo que somente a partir do registro da candidatura é que será agregado (STF – AI 135.452, rel. Min. Carlos Velloso); 25 - Aos servidores públicos militares é aplicada, como condição de elegibilidade, a exigência de domicílio eleitoral na circunscrição por no mínimo um ano antes do pleito; Agregação é a situação na qual o militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica de seu Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, nela permanecendo sem número. A agregação de militar no caso de ter-se candidatado a cargo eletivo é contada a partir da data do registo como candidato até sua diplomação ou seu regresso à Força Armada a que pertence, se não houver sido eleito. Inelegibilidade relativa em lei complementar para outros casos CF – Art. 14 § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dadapela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994 ) Note que eu falei em lei complementar (LC) nacional. Qual a diferença entre uma lei nacional e uma lei federal? Guarde isso: a nacional abrange todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É o caso do Código Penal, por exemplo. Já a federal, abrange somente a União. Exemplo: Lei 8.112/1990, que institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. 26 Embora nada tenha sido dito, uma emenda constitucional também pode criar novas hipóteses de inelegibilidade relativa. Outros atos normativos, jamais! Com base no §9º do art. 14 da Constituição, foi elaborada a LC n o 64/1990, que estabeleceu casos de inelegibilidade e determinou outras providências. Essa lei sofreu alteração recente pela Lei Complementar n o 135/2010, a “Lei da Ficha Limpa”, que previu novas hipóteses de inelegibilidade. RESUMO IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO CF - Art. 14 § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. CF - Art. 14 § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 27 - Competência? impugnado na Justiça Eleitoral - Prazo? 15 dias (quinze), contados da diplomação; - A ação de impugnação de mandato eletivo deve ser instruída com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. CASSAÇÃO, PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS No art. 15, a Constituição traz as hipóteses de privação dos direitos políticos. Esta pode dar-se de maneira definitiva (denominando-se perda) ou temporária (suspensão). Importante ressaltar que a Constituição, em resposta à ditadura que a precedeu, não permite, em nenhuma hipótese, a cassação dos direitos políticos. Vejamos: Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º - A CF/88 veda expressamente a cassação (retirada arbitrária) dos direitos políticos; - A privação definitiva dos direitos políticos (perda), segundo a doutrina majoritária, ocorre nas hipóteses previstas nos incisos I e IV 28 - No caso de cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado, comprovada a prática de atividade nociva ao interesse nacional, o indivíduo poderá retornar à sua condição de estrangeiro. Sendo a nacionalidade um pressuposto para a cidadania, o indivíduo perde seus direitos políticos. A decretação da perda é matéria de competência da Justiça Federal; A Constituição não explicita quais são os casos de perda e quais são os casos de suspensão dos direitos políticos. Entretanto, segundo a doutrina, esses dois institutos apresentam as seguintes diferenças: a) A perda se dá por prazo indeterminado, enquanto a suspensão pode se dar tanto por prazo determinado quanto por indeterminado; b) Na perda, a reaquisição dos direitos políticos não é automática após a cessação da causa; na suspensão, a reaquisição é automática A hipótese de recusa em cumprir obrigação a todos impostas ou prestação alternativa, refere- se a obrigações legais como, por exemplo, o serviço militar obrigatório, em que pese parte da doutrina classificar como perda, entendemos que se trata de hipótese de SUSPENSÃO dos direitos políticos, porquanto esses poderão ser readquiridos, desde que ocorra o cumprimento da respectiva obrigação legalmente prevista. (CF. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional, 4. ed., p. 502-503). PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS 1) CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO POR SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO: a) Ação para cancelamento da naturalização CF, Art. 12, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; o Ação ajuizada pelo MPF na Justiça Federal 29 o Sentença judicial transitada em julgado o Cabimento = prática de atividade nociva ao interesse nacional o Não é mais brasileiro após o transito em julgado – não possui mais direitos políticos (não pode votar; não pode ser votado; b) Aquisição voluntária de outra nacionalidade “Via de regra, quem se naturaliza perde a nacionalidade originária.” Brasileiro se naturaliza americano → deixa de ser brasileiro → perde os direitos políticos Momento da perda da nacionalidade brasileira? Decreto presidencial. 2) ESCUSA DE CONSCIÊNCIA (art. 5º, VIII, CF) - Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; CF, Art. 5, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 1) INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA - O lapso temporal será equivalente ao tempo que durar a incapacidade civil absoluta 2) CONDENAÇÃO POR IMPROBIDADE ADMINSITRATIVA - Art. 37, CF § 4º CF, Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Ação de improbidade administrativa possui foro privilegiado? É julgado na primeira instância. Não há foro por prerrogativa de função. Art. 84, § 1 e 2 ADIn 2797 30 3) CONDENAÇÃO PENAL TRANSITADA EM JULGADO - No caso de condenação criminal transitada em julgado, a suspensão dos direitos políticos é imediata, implicando imediata perda do mandato eletivo. Trata-se, segundo o STF, de norma autoaplicável, que independe, para sua imediata incidência, de qualquer ato de intermediação legislativa. - A prisão de uma pessoa não é suficiente para que ocorra a suspensão de direitos políticos, afinal, há várias situações em que a prisão não é motivada por uma condenação criminal transitada em julgado. É o caso, por exemplo, da prisão em flagrante ou da prisão temporária, que não importarão em suspensão dos direitos políticos - Enquanto durarem os efeitos da condenação (até a extinção da punibilidade); - Independe da prisão do condenado; Ex: “A” condenado criminalmente transitado em julgado no regime aberto; “B” condenado criminalmente transitado em julgado a serviços comunitários; “C” → SUSIS (suspensão condicional da pena) “D” obteve livramento condicional depois de cumprido parte da pena; - Não é necessária ação de reabilitação ou prova de reparação de danos para retomar os direitos políticos após os efeitos da condenação. Basta o mero cumprimento da pena ou extinção da pena (SÚMULA 09 DO TSE); Preso provisório tem direitos políticos? A Constituição não prevê que a prisão consiste na suspensão dos direitos políticos. Assim, o preso provisório possui direitos políticos. Portanto, preso provisório pode votar e ser votado. “TSE entende que o preso provisório tem direitos políticos, mas diz que o exercício dependeráda estrutura de cada Estado, de acordo com as regras do TRE.” Regra → condenação penal transitada em julgado implica na suspensão dos direitos políticos. Exceção para os Deputados Federais e Senadores (CF, Art. 55, VI). Assim, no caso dos deputados e senadores a perda do mandado ocorrerá somente com autorização da casa parlamentar do membro do Congresso Nacional, sendo assim, para esses não há no que falar de suspensão automática dos direitos políticos para deputados federais e senadores quanto houver condenação penal transitada em julgado (pois, depende de autorização da casa parlamentar). Obs.: Os Deputados Estaduais possuem as mesmas prerrogativas. Já, para o vereador não há aplicação desta exceção. É importante ficarmos atentos quanto às consequências dos atos de improbidade administrativas, Segundo o art. 37, § 4º, os atos de improbidade administrativa resultarão na perda do mandato e na suspensão dos direitos políticos. É bastante comum que as bancas examinadoras tentem enganar os alunos dizendo que, no caso de improbidade administrativa, haverá perda do mandato e dos direitos políticos. Isso está errado! Nessa situação, haverá suspensão dos direitos políticos. A perda do mandato, entretanto, não se aplica a membro do Congresso Nacional. Por determinação do art. 55, § 2º, da CF/88, a perda do mandato será decidida pela Casa a que pertencer o congressista, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 31 SINOPSE DIREITOS POLÍTICOS DIREITOS POLÍTICOS - São os direitos destinados a concretizar a soberania popular5. - Democracia Semi-direta ou Representativa (via de regra, o Brasil é uma democracia indireta ou representativa – o povo toma as decisões através de seus representantes eleitos. Entretanto, há exceção, caso em que há uma democracia direta, ou seja, o povo toma decisões diretamente, sem intermediários, como, por exemplo, o plebiscito) “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” - Art. 14, CF; a) Plebiscito b) Referendo c) Iniciativa Popular d) Ação Popular e) Direito de sufrágio (direito de votar e ser votado) Plebiscito e Referendo - Consistem em consulta popular sobre determinado assunto. - Convocação: Congresso Nacional (art. 49, XV, CF) OBS: Não há previsão legal para convocação pelo Presidente da República ou pelo povo. - A convocação do Plebiscito ou Referendo ocorre através de decreto legislativo 6; ≠ Plebiscito Referendo Primeiro pergunta ao povo Depois faz a lei ou ato normativo Antes faz a lei ou ato normativo Depois consulta o povo Consulta anterior a criação do ato normativo Consulta posterior a criação do ato normativo Iniciativa popular - Possibilidade que o povo tem de elaborar projetos de lei (lei federal, estadual ou municipal); - Requisitos: Lei Federal (art. 61, §2º, CF): 1% do eleitorado nacional; 5 Estados; Mínimo de 0,3% (3/10) dos eleitores de cada um dos 5 Estados; Projeto enviado a Câmara dos Deputados 5 Art. 1º, Parágrafo único, Constituição Federal: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” 6 Deve ser de iniciativa de 1/3 de uma das casas para fazer o projeto do Plebiscito ou Referendo; 32 Art. 61, § 2º, CF - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei (1) subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, (2) distribuído pelo menos por cinco Estados, com (3) não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Lei Estadual A Constituição Federal não diz. (É a Constituição de cada Estado que vai dizer); Lei Municipal (art. 29, CF) 5% do eleitorado do município - O projeto de lei de iniciativa popular não é obrigado a ser aprovado pela casa parlamentar. Entretanto, não pode o legislativo rejeitar o projeto por vício de forma; - O legislativo não tem prazo para deliberação do projeto de lei de iniciativa popular; Ação Popular - Previsão: Artigo 5º, LXXIII, CF; - Ajuizada por qualquer cidadão; - Evitar ou reparar lesão ao: a) Patrimônio público; b) Meio ambiente; c) Moralidade administrativa; d) Patrimônio histórico ou cultural - Não tem custas e ônus de sucumbência, salvo comprovada má-fé; CF, art. 5, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; DIREITO DE SUFRÁGIO - Direito de votar e ser votado; DIREITO DE VOTAR: Alistabilidade: Brasileiro ou português equiparado7; Alistamento eleitoral – procedimento administrativo na Justiça Eleitoral para obter título de eleitor; Não pode ser militar conscrito; VOTO 7 Desde que opte pelos direitos políticos brasileiros; 33 Obrigatório +18 anos - de 70 anos Facultativo +16 – 18 anos +70 anos Analfabetos Proibido Estrangeiro Militar conscrito Características do voto: a) Voto Direto* (voto realizado sem intermediários – eleitor escolhe diretamente seu representante); Obs.: Existe na CF/88 uma hipótese de voto indireto (art. 81 §1º, CF) → Se o presidente e o vice- presidente deixam o cargo nos últimos 2 anos do mandato, ocorrerão eleições indiretas no Congresso Nacional no prazo de 30 dias. Art. 81 § 1º, CF - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. → Essa regra aplica- se analogicamente para os Estados, DF e Municípios. b) Voto Secreto* (eleitor vota sigilosamente) c) Voto Universal* (todos têm o direito de votar sem distinção) Obs.: Mulher só veio votar em 1932 / Constituição de 1824: voto censitário ($) d) Voto Periódico* (de tempos em tempos, o eleitor tem o direito de votar) e) Personalíssimo (não se admite voto por procuração) f) Igualitário (voto de todos possui o mesmo peso) g) Liberdade (só é obrigatório o comparecimento: voto branco, nulo, algum candidato) *cláusula pétrea (art. 60 §4º, CF) DIREITO DE SER VOTADO: Elegibilidade: Condições de Elegibilidade – Art. 14 § 3º, CF 1) Nacionalidade brasileira ou Português equiparado; OBS: Existem cargos eletivos que são privativos de brasileiros natos – Presidente da República; Vice-presidente da República; Presidente da Câmara dos Deputados e Presidente do Senado Federal. 2) Pleno gozo dos direitos políticos (não perdeu os direitos políticos ou não encontra-se suspenso); 3) Alistamento eleitoral – procedimento administrativo perante a Justiça Eleitoral (condição tanto para votar quanto para ser votado); 4) Domicílio eleitoral na circunscrição Domicílio eleitoral ≠ Domicílio civil 5) Filiação partidária 6) Idade mínima CF, Art. 14 § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima 34 Momento de aferição das condições de elegibilidade: Regra = registro da candidatura Exceção = para aferir a idade mínima, leva-se em conta a data da posse; INELEGIBILIDADE: - Incapacidade de ser votado; CF, Art. 14 § 4º - São inelegíveis os inalistáveis (militar conscrito e estrangeiro) e os analfabetos. REELEIÇÃO: - Poder Legislativo* Possível * Indeterminadas vezes - Poder Executivo *Só é possível uma reeleição consecutiva. Entretanto, é permitido uma segunda reeleição não consecutiva; PARENTESCO: - Poder Legislativo * Parentes dos membros do legislativo podem se candidatar a quaisquer cargos. - Poder Executivo * Parentes do chefe do executivo não podem se candidatar a cargos dentro da circunscrição do seu parente chefe. CF, Art. 14 § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição (circunscrição) do titular, o cônjuge (união estável) e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. CÔNJUGE / PARENTE SANGUINEO, AFINS OU ADOÇÃO ATÉ SEGUNDO GRAU - Aplica-se inclusive na união homoafetiva e união estável. Se o cônjuge separar-se? Acaba a inelegibilidade relativa? 35 Não. A separação judicial durante o mandato não afasta a condição de inelegibilidade. Súmula Vinculante 18 – STF: “A DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE OU DO VÍCULO CONJUGAL, NO CURSO DO MANDATO, NÃO AFASTA A INELEGIBILIDADE PREVISTA NO § 7 DO ARTIGO 14 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.” Art. 14, § 7º, CF - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. CANDIDATURA A OUTRO CARGO POLÍTICO Poder Legislativo = pode se candidatar a outro cargo? Sim. Não precisa renunciar ao atual mandato. Poder executivo = pode se candidatar a outro cargo? Sim. Entretanto, é mister renunciar o mandato 6 meses antes da eleição. CF, Art. 14 § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. MILITAR a) menos de 10 anos de serviço = afasta da atividade b) mais de 10 anos de serviço = se afasta temporariamente e, se eleito, passa para a inatividade; CF, Art. 14 § 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS - art. 15, CF; Não existe cassação de direitos políticos no Brasil. CF, Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos 36 de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. PERDA = Prazo indeterminado, em princípio; SUSPENSÃO = Prazo determinado, em princípio; Em ambos os casos é possível retornar os direitos políticos. PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS 1) CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO POR SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO: a) Ação para cancelamento da naturalização CF, Art. 12, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; o Ação ajuizada pelo MPF na Justiça Federal o Sentença judicial transitada em julgado o Cabimento = prática de atividade nociva ao interesse nacional o Não é mais brasileiro após o transito em julgado – não possui mais direitos políticos (não pode votar; não pode ser votado; b) Aquisição voluntária de outra nacionalidade “Via de regra, quem se naturaliza perde a nacionalidade originária.” Brasileiro se naturaliza americano → deixa de ser brasileiro → perde os direitos políticos Momento da perda da nacionalidade brasileira? Decreto presidencial. 2) ESCUSA DE CONSCIÊNCIA (art. 5º, VIII, CF) - Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; CF, Art. 5, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 37 SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 1) INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA - O lapso temporal será equivalente ao tempo que durar a incapacidade civil absoluta 2) CONDENAÇÃO POR IMPROBIDADE ADMINSITRATIVA - Art. 37, CF § 4º CF, Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Ação de improbidade administrativa possui foro privilegiado? É julgado na primeira instância. Não há foro por prerrogativa de função. Art. 84, § 1 e 2 ADIn 2797 3) CONDENAÇÃO PENAL TRANSITADA EM JULGADO - Enquanto durarem os efeitos da condenação (até a extinção da punibilidade); - Independe da prisão do condenado; Ex: “A” condenado criminalmente transitado em julgado no regime aberto; “B” condenado criminalmente transitado em julgado a serviços comunitários; “C” → SUSIS (suspensão condicional da pena) “D” obteve livramento condicional depois de cumprido parte da pena; - Não é necessária ação de reabilitação ou prova de reparação de danos para retomar os direitos políticos após os efeitos da condenação. Basta o mero cumprimento da pena ou extinção da pena (SÚMULA 09 DO TSE); Preso provisório tem direitos políticos? A Constituição não prevê que a prisão consiste na suspensão dos direitos políticos. Assim, o preso provisório possui direitos políticos. Portanto, preso provisório pode votar e ser votado. “TSE entende que o preso provisório tem direitos políticos, mas diz que o exercício dependerá da estrutura de cada Estado, de acordo com as regras do TRE.” Regra → condenação penal transitada em julgado implica na suspensão dos direitos políticos. Exceção para os 38 Deputados Federais e Senadores (CF, Art. 55, VI). Assim, no caso dos deputados e senadores a perda do mandado ocorrerá somente com autorização da casa parlamentar do membro do Congresso Nacional, sendo assim, para esses não há no que falar de suspensão automática dos direitos políticos para deputados federais e senadores quanto houver condenação penal transitada em julgado (pois, depende de autorização da casa parlamentar). Obs.: Os Deputados Estaduais possuem as mesmas prerrogativas. Já, para o vereador não há aplicação desta exceção. RETOMADA DOS DIREITOS POLÍTICOS PERDA/SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS READQUIRIR OS DIREITOS POLÍTICOS PERDA: Ação para cancelamento da naturalização Ação rescisória + alistamento eleitoral PERDA: Aquisição voluntária de outra nacionalidade Decreto presidencial + alistamento eleitoral PERDA: Escusa de consciência Cumprir a prestação alternativa + alistamento eleitoral SUSPENSAO: Incapacidade civil absoluta Adquirir a capacidade civil + alistamento eleitoral SUSPENSÃO: Improbidade administrativa Ressarcir o erário, dentre outros requisitos legais da lei de improbidade administrativa. SUSPENSÃO: Condenação penal transitada Extinção da punibilidade PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU ANTERIORIDADE ELEITORAL - “As leis que alteramo processo eleitoral, embora entrem em vigor imediatamente, só poderão ser aplicadas às eleições que ocorrerem pelo menos um ano depois”; - Art. 16, CF é cláusula pétrea: “STF entendeu que é um direito individual do eleitor” – EC 52/2006 - ADIn; CF, Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. Cláusula Pétrea 39 DIREITOS POLÍTICOS CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; Regulamento VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice- Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice- Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994 ) § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 40 Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) 41 CADERNO DE QUESTÕES 1) (PC / DF – 2015) Suponha-se que Maria tenha 18 anos de idade completos e não saiba escrever o seu próprio nome, sendo considerada como analfabeta. Nesse caso, o alistamento eleitoral de Maria é obrigatório. 2) (FUB – 2015) Os direitos políticos são titularizados e livremente exercidos por todos os brasileiros e garantem a participação na vida política e a influência nas decisões públicas. 3) (PC / CE – 2015) O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos e facultativos para os analfabetos e os maiores de sessenta anos. 4) (PC / DF – 2015) A CF exige, como idade mínima para exercer os cargos de senador e de deputado federal, que o candidato tenha, pelo menos, 21 anos de idade. 5) (FCC/TCE/AP/Analista/2012) O mecanismo de participação popular que possibilita uma consulta prévia da opinião pública sobre questão política ou institucional a ser resolvida antes da elaboração de legislação a seu respeito é: a) o recall. b) a iniciativa popular. c) o abaixo-assinado. d) o plebiscito. e) o referendo. 6) (FCC/TCE/AP/Analista/2012) O alistamento eleitoral é facultativo para os a) estrangeiros. b) maiores de sessenta e cinco anos. c) conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório. d) analfabetos. e) maiores de dezesseis anos e menores de vinte e um anos. 7) (FCC/TRE-TO/Técnico Judiciário – Área Administrativa/2011) Considere: I. Os analfabetos II. Os maiores de setenta naos III. Os estrangeiros IV. Os maiores de dezesseis anos Podem alistar-se como eleitores as pessoas indicadas APENAS em a) I, II e IV b) II, III e IV c) II e IV d) III e) III e IV 8) (FCC/TJ-PE/Oficial de Justiça/2012) Epitácio, na condição de conscrito, durante o serviço militar obrigatório, a) pode se eleger ao cargo de Governador, se tiver no mínimo 35 anos de idade b) não pode alistar-se como eleitor c) se não for analfabeto, pode alistar-se como eleitor d) pode candidatar-se para Deputado Federal, se tiver no mínimo vinte e cinco anos de idade 42 e) se for filiado à partido político, pode alistar-se como eleitor 9) (FCC/TRE-SP/Analista/2012-Adaptada) De acordo comas normas da Constituição da República, é correto afirmar que: são alistáveis como eleitores os militares, ainda que conscritos, durante o período de serviço militar obrigatório. 10) (FUNCAB/PC-PA/Delegado de Polícia Civil/2016-adaptada) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, mesmo que já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 11) (FUNCAB/PC-PA/Delegado de Polícia Civil/2016-adaptada) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana, sendo vedado o recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinaçãoa estes. 12) (FUNCAB/PC-PA/Delegado de Polícia Civil/2016-adaptada) Acerca dos direitos políticos previstos na Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta. a) São inalistáveis os estrangeiros, os conscritos, durante o período militar obrigatório, e os analfabetos. b) A improbidade administrativa é causa de perda do direitos políticos. c) O alistamento e o voto são facultativos para os analfabetos e os maiores de sessenta anos. d) Os analfabetos são inelegíveis e inalistáveis. e) Todo inalistável é inelegível, mas nem todo inelegível é inalistável. 13) (NUCEP/SEJUS-PI/Agente Penitenciário/2016) Considerando as previsões constitucionais sobre os direitos políticos e sobre os partidos políticos, assinale alternativa CORRETA a) Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Supremo Tribunal Federal. b) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. c) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, garantida ainda a possibilidade de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros. d) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de cinco dias contados da eleição, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. e) Entre as condições de elegibilidade para o cargo de Governador, está a idade mínima de trinta e cinco anos. 14) Os Direitos Políticos estatuem a possibilidade de o cidadão participar do processo político e das decisões do país. No que toca a este tema, de acordo com a Constituição Federal: a) o mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. b) podem alistar-se como eleitores os conscritos. durante o período do serviço militar obrigatório. c) durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos são elegíveis, devendo, se contarem menos de dez anos de serviço, afastar-se da atividade. d) o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de dezoito anos e menores de setenta anos. 43 e) uma das condições de elegibilidade, na forma da lei é ter a idade mínima de trinta anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador. 15) (AOCP/Prefeitura de Juiz de Fora-MG/Auditor Fiscal/2016) De acordo com as disposições insculpidas pelos dispositivos constitucionais, a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Nesse sentido e relativamente à obrigatoriedade do alistamento eleitoral e do voto, a Constituição Federal determina que o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os a) maiores de dezesseis anos. b) maiores de dezoito anos. c) maiores de vinte e um anos. d) analfabetos. e) maiores de setenta anos. 16) (CESPE/TCE-PA) A alistabilidade, que se refere à capacidade do indivíduo de ser eleitor, com direito de participar da escolha dos mandatários, é vedada aos estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, aos conscritos. 17) (CESPE/TCE-PA) Serão cassados os direitos políticos do indivíduo condenado criminalmente em sentença transitada em julgado. 18) (VUNESP/Prefeitura de Alumínio-SP/Procurador Jurídico/2016) A Constituição estabelece que o mandado eletivo poderá ser impugnado ante a a) Justiça Comum, no prazo de dez dias contados da posse, instruída a ação com provas de improbidade administrativa. b) Justiça Eleitoral, no prazo de quinze dias contados da posse, instruída a ação com provas de abuso do poder da máquina administrativa. c) Justiça Comum, no prazo de trinta dias contados da posse, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. d) Justiça Eleitoral, no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. e) Justiça Eleitoral, no prazo de quarenta e cinco dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder político ou fraude. 19) (VUNESP/TJSP/Juiz de Direito Substituto/2016) A Constituição Federal de 1988 não contempla a perda ou a suspensão dos direitos políticos, todavia, prevê a cassação dos direitos políticos em virtude de condenação por improbidade administrativa. 20) (VUNESP/TJSP/Juiz de Direito Substituto/2016) São inelegíveis os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Tribunal de Contas. 21) (VUNESP/TJSP/Juiz de Direito Substituto/2016) O militar alistável é elegível, sendo que, se contar com menos de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 22) (TRF-4/Juiz Federal Substituto/2016) Assinale a alternativa INCORRETA a) O cidadão que exerce dois mandatos consecutivos como Prefeito de determinado Município fica inelegível para o cargo de mesma natureza em qualquer outro Município da Federação, para o período subsequente. b) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, o Governador de Estado, o Governador do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes dos pleitos respectivos. 44 c) A vedação ao nepotismo não exige a edição de lei formal para coibi-lo, na medida em que tal proibição decorre diretamente dos princípios constitucionais contidos no art. 37, caput da Constituição Federal. d) A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade do ex-cônjuge. e) O plebiscito e o referendo são formas de consulta popular, sendo determinados, exclusivamente, pelo Congresso Nacional, visando à manifestação do povo sobre determinado tema específico já aprovado em lei, a qual só entrará em vigor se for ratificada pela vontade majoritária dos eleitores. 23) (FUNCAB/SEGEP-MA/2016) A doutrina majoritária classifica as hipóteses de inelegibilidade em absolutas e relativas. No que tange às inelegibilidades absolutas , são absolutamente inelegíveis os: a) alfabetizados e militar alistável. b) estrangeiros e militar alistável. c) militar alistável e analfabetos. d) inalistáveis e analfabetos. e) inalistáveis e alfabetizados. 24) (VUNESP/Prefeitura de São Paulo-SP/Analista Fiscal/2016) Nos termos da Constituição Federal, a cassação de diretos políticos a) se dá na hipótese de cancelamento da naturalização. b) é vedada. c) é decorrência da condenação criminal transitada em julgado. d) é consequência da condenação definitiva do réu por crime eleitoral. e) é uma das hipóteses de pena por improbidade administrativa. 25) (IBEG/Prefeitura de Guarapari-ES/Procurador/2016-Adaptada) Plebiscito é consulta previamente formulada ao povo, efetivando-se em relação àqueles que tenham capacidade eleitoral ativa, para que deliberem sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. 26) (IBEG/Prefeitura de Guarapari-ES/Procurador/2016-Adaptada) Referendo pode ser definido como consulta posterior formulada ao povo, efetivando-se em relação àqueles que tenham capacidade eleitoral ativa, para que deliberem sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. 27) (IBEG/Prefeitura de Guarapari-ES/Procurador/2016-Adaptada) A soberania popular
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