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PRODUÇÃO ÚNICA CASO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

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ESTUDO DE CASOS - PU – 2º PERÍODO 2014-1
COLEGIADO DE DIREITO – Faculdade AGES
COLEGIADO DE DIREITO
	ALUNO: DILSON DE SOUZA JUNIOR 
	TURMA 2013-2 CAL
PERÍODO 2°
PRODUÇÃO ÚNICA
“CASO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E O ÍNDIO COM SUJEITO OFENSIVO DA AÇÃO”
DISCIPLINAS QUE CURSA NO SEMESTRE
	HISTORIA DO DIREITO E ANTROPOLOGIA JURÍDICA
	DIREITO PENAL I
	TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
E HERMENÊUTICA
	DIREITO CONSTITUCIONAL II
	PROCESSO CONSTITUCIONAL
	FILOSOFIA
 
 PARIPIRANGA/2014-1 
 
 TEXTO 
 A violência contra as mulheres é antiga, vê-se o sofrimento a elas causado em relatos históricos como a atrocidade que são relatadas por Padre Bartolomé que em seu livro relata o sofrimento de povos indígenas. E as mulheres por ser sempre o principal alvo de cobiça era quem mais sofria violências, os abusos fisicos e a honra, sofridos pelas mulheres indígenas eram maiores e mais degradante para a pessoa humana da mulher e no relato de Bartolomé ele diz “havendo um mau cristão se apoderando de uma jovem pela violência, afim de abusar dela, a mãe da rapariga se lhe opós: e, como quisesse arrancar-lha, o espanhol sacol da espada, cortole a mão e matou a moça a golpes de punhal, porque não queria ceder a seus apetites.” (BARTOLOMÉ,1474 a 1566, p.67) e essa é uma das maiores violências que uma mulher pode sofrer. Assim vimos nesse processo historico o sofrimentos que os espanhois causaram as mulheres indígenas da America Central, fatos que sempre ocorrem quando um povo está a subjugando a outro para dominá-los, e com essa citação podemos ver como o sexo frágil sofre mas que os homens da sociedade oprimida. E pode se enxergar a cultura de uma maneira que trata a mulher com desrespeito e falta de igualdade e desta forma entendendo como François Laplantine.
 
Notemos que de cada população encontrada nasce um estereótipo. Se o discurso europeu sobre os Astecas e os Zulus faz, na maior parte das vezes, referência a crueldade, o discurso sobre os Esquimós a sua hospitalidade, estes últimos não hesitando em oferecer suas mulheres como presente, a imagem da bondade inocente e sem dúvida predominante em grande parte na literatura sobre os índios. (LAPLANTINE,2003, p. 33)
 
 Essa cultura é feita de forma que a violência doméstica e familiar contra a mulher fique camuflada, pois fonte do direto baseadas em costumes que ferrem leis que garantem direitos humanos encontrado no (art. 6º da lei Maria da penha LMP). E que vários são os tipos de crimes cometidos contra as mulheres como Crimes patrimoniais também podem configurar violência doméstica e familiar contra a mulher, mesmo que não sejam praticados com violência. Ex.: furto; Calúnia, difamação ou injúria também podem configurar violência doméstica e familiar contra a mulher, mesmo que cometidos sem violência. E em casos dos homens de tribos indígena, que cometem esses crimes contra as mulheres, e não tem a consciência, que cometeu a um crime. Crime esse caracterizado como imputabilidade, entendendo que esses índios não estão inseridos na sociedade, mais em casos que se enxergue essa violência empregada por índios já inseridos na sociedade, serão esses tratados como os iguais, e responderão pelos seus atos. Uma excludente de culpabilidade para crimes como os que vimos, sem dúvida é uma imposição do machismo, e sobre os respectivos crimes Guilherme de Souza fala,
Mesmo na forma facilitar a prostituição alheia, soa-nos crime de configuração impossível, em face do bem jurídico tutelado, hoje a dignidade sexual. A contradição é evidente: o agente facilita a prática de ato considerado não criminoso (prostituição). A intervenção mínima não é respeitada, padecendo o tipo penal de legitimidade constitucional. (NUCCI, 2009, p.75) 
 O tipo penal deveria ser aplicado. Sempre que se fizer necessário para preservar a integridade física e psicológica da mulher, Após o registro de ocorrência, a autoridade policial deverá remeter ao juiz, no prazo de 48 horas, o pedido feito pela ofendida de medidas protetivas de urgência. Nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, é vedada a aplicação de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento de fiança.
 O direito de personalidade vem também ao garantir a integridade da pessoa humana e evitando lesões contra as pessoas, e como sempre devemos tratar os desiguais de forma desigual, para que possam igualar-se aos que detenham vantagem, em comparação homem e mulher tanto em fatores físicos com em oportunidade as mulheres tem desvantagens. Como essas oportunidades depende de proteção jurídica civil e penal, Carlos Alberto Bittar que fala do direito de personalidade e diz que, “A proteção jurídica objetiva evitar a pessoa sofrimento físico, o prejuízo à saúde ou a perturbação às 
faculdades mentais, espraiando-se o secionamento pelos campos penal e civil, em nível universal, com maior ou menor na tipificação.” (BITTAR, 2004, p.77)
 Direitos da personalidade da mulher que estão claros no Art. 3° Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia ao acesso à justiça, ao esporte ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito à convivência familiar. Encontramos na LMP assim representado neste artigo os direitos básicos de personalidade da mulher. Vendo a importância desta lei na vida das mulheres é imprescindível citar Beccaria que diz "direito do gênero humano e da verdade invencível, contribuí para salvar da morte atroz algumas das trêmulas vítimas da tirania ou da ignorância" (BECCARIA, 2009, p.18). Cesare passa um entendimento dos delitos mais relevante, e que de fato faz o leitor entender como funciona as penas e como os crimes são feitos, sendo esse entendimento fundamental para a formação dos operadores do direito e, pois faz necessário que seja justa e certa as decisões dos operadores, para não perder o sentido das normas que é proteger a sociedade de todas as injustiças, e principalmente proteger a sociedade dela mesmo. Sem deixar o poder de punir nas mãos das pessoas fazemos assim que o estado tutele essas penas e que não se faça excesso de justiça. A tutela do estado é fundamental para que todos esses delitos receba as penas mais cabíveis e que assim seja promovida a justiça por meio das normas. 
 A importância de boas leis, para que se tenha bons julgamentos, e no caso da lei Maria da Penha vejo que foi feito os mais justo dos entendimentos hermenêuticos que poderia se fazer para tentar acabar com o preconceito e a ignorância. 
 O interessante a uma necessidade de celeridade processo legislativo constitucional é que sempre tivemos a necessidade de uma norma como essa, e só depois de muita luta ela foi sancionada em 2006, e mesmo que nossa constituição seja nova ela foi promulgada em 1988, e a demora para a criação da lei nº11.340, foi uma demora considerável, que devemos considerar uma demora injusta para com as mulheres pois a sociedade sempre anseia pelo fim das injustiças. 
 E se ver a necessidade dessa interpretação para a proteção dos diretos da mulher nas palavras de Marcelo Ribeiro Doutorando
De fato, na medida que decresce a liberdade de conformação com legislador, em detrimento da preocupação de se resgatar a justiça constitucional, percebemos que o direito passa a ser um instrumento com potencial para transformar a sociedade, e que em acordo com esta nova ordem, o Estado Democrático de Direito, em clara superação da ausência liberal, passa a intervir expressivamente nas relações sociais, estabelecendo opções políticas e prevendo expressivos direitos, aqui qualificados como direitos fundamentais.(RIBEIRO,2011, p.54)
 E, ele mostrando como utilizar dá ética, na aplicação da hermenêutica constitucional fazendo que prevaleça a justiça nas interpretações dos códigos, tornado as leis práticas e mutáveis de acordo com as necessidades da sociedade e evitar que a norma seja mudada por pessoas inescrupulosas e assim evitando a auto destruição do homem por suas leis, e havendo a hipótese do homem fazer uso da sua humanidade e veremos todos serem solidários justos para uma divisão dos direitos e deveres de forma igualitária sem distinção alguma nem mesmo financeira essa e uma filosofia de leis justas para toda a sociedade. É fundamental para um estado democrático que se mantenha sempre priorizada as cláusulas pétreas dos direitos fundamentais que tem por função proteger a sociedade, e por mais que as leis sejam influenciadas por costumes deve sempre prevalecer uma visão profissional para um benefício social e para que não deixe de ter mudanças necessárias normativas. Pois, os acontecimentos históricos são os reguladores que moldam as leis e esse controle deve ser feito com uma visão sobre as necessidades de maior relevância como a vida, principalmente quando se fala da vida dos indefesos essa característica da mulher deve ser enxergada para a tutela dos direitos das mulheres. Devemos solucionar este problema como diz Emmanuel Joseph Sieyès que no seu livro “A CONSTITUINTE BURGUESA” de forma clara à necessidade de uma constituição, e que ela deve sempre emanar da vontade do povo e somente o povo tem poder de criá-la ou dar fim a ela pois ela vem para mostrar a liberdade das pessoas através de garantias fundamentais e com isso dando fim a desigualdade que tira a liberdade do povo, povo esse, que sempre dever ser protegido pelo Estado. E que as mulheres deveriam ter mais representantes nas casas legislativas para uma legislação digna do sexo feminino pois o direito do voto foi conquistado a pouco tempo por elas, “Todavia esta igualdade de representação se tornaria perfeitamente ilusória se cada câmara votasse separadamente”. (SIEYÉS, 2001, p.13) essa pouca representação das mulheres seria como uma falta de lisura na representação política nos trabalhos das casas legislativas.
 E sobre o entendimento do órgão de controle versando a respeito dos crimes contra a 
mulher indígena, as normas vindas dos costumes, António Riccitelli dá exemplos de culturas que utiliza-se dessa fonte do direito para garantir em suas normas uma higidez que mantem uma segurança política para seus estados. 
 O direito constitucional e o direito da organização constitucional e da liberdade. Na 
 maioria das vezes, muitos comportamentos considerados adequados são seguidos 
 pelas forças políticas e pelos órgãos constitucionais, inclusive sem ter sido 
 contemplados por uma constituição formal. E o caso dos costumes, que em alguns 
 ordenamentos faz que o direito constitucional não codificado assuma um aspecto 
 concorrente, prevalecente com relação ao direito constitucional escrito. Exemplos 
 clássicos deste último tipo são os países da common law, Estados islâmicos, 
 asiáticos e africanos. Em síntese, o direito constitucional formal e geralmente 
 modificado pela prática e tais alterações descaracterizam as previsões 
 formais.(RICCITELLI, 2006, P.77) 
 E como pode-se ver o controle depende de uma interpretação hermenêutica para que mantenha viva a força da constituição, ela deve ser uma força atuante de difícil mudança não em termos que venha a ficar obsoleta e se transforme em uma folha de papel sem utilidade, a constituição deve evoluir através do tempo de acordo com a necessidade da sociedade e com isso mantear-se vigente por maior tempo.
 E é primordial que as fundamentações hermenêuticas sejam de fácil entendimento dos cidadãos para que se possa facilitar a exigência dos direitos e o cumprimento dos deveres. “Quantos mais homens o lerem, menos delitos haverá” (HEBERER, 2002, p.24)
 Privar as mulheres da ideia de Heberer, foi uma forma de violência contra as mulheres cultivada por anos, elas foram excluídas das salas de aula pelo machismo por muito tempo, por esses motivos não devemos cultivar o machismo, sentimento que desfigura a mulher perante a sociedade, e Schopenhauer quer mostra a real natureza da mulher apontando todas as suas qualidades e principal- mente seus defeitos. Pois toda essa ideia de incompatibilidade das mulheres com a filosofia, não é nada mais que uma tentativa de afastar a mulher de uma evolução intelectual, para que elas não venham a ser superiores aos homens.
 É impressionante a capacidade de amar das mulheres, que facilmente se transforma em ódio, expressada com egoísmo e desafeto. Por estarem sempre se desenvolvendo mais que os homens, as mulheres conseguem manipular a todos, e com isso os homens ficaram à mercê da superioridade das mulheres.
 E faz de defesa contra a essa superioridade o machismo quando que deveria tentar aprender com as mulheres para que assim tenha uma convivência melhor, pois eles necessitam para perpetuação da espécie humana. 
Como defeito fundamental do caráter feminino encontramos a injustiça. Ele se origina em primeiro lugar na falta de racionalidade e de reflexão, mas sustenta-se
também no fato de que, na qualidade de mais fracas, elas foram dirigidas pela natureza não para a força, mas para a astúcia: é daí que provém a sagacidade própria de seu instinto e sua incontida propensão à mentira. [...] Desse defeito fundamental e de seus desdobramentos originam-se ainda a falsidade, a deslealdade, a traição, a ingratidão etc.( SCHOPENHAUER, 2004, p.39)
 Mesmo tendo direitos as mulheres sofrem com um machismo que perdura por séculos, e enquanto houver manipulação dos direitos das mulheres, com isso elas vão ser oprimidas pelos homens sempre, as mulheres devem lutar por seus direitos. E de acordo com Shopenhauer o maior empecilho encontrado na vida delas é uma má vontade entre elas de ajudar a si mesmas e as suas semelhantes. "Entre o homem há por natureza simples indiferença; mas entre as mulheres há animosidade por natureza. ”(SHOPENHAUER, 2004, p.89). Ter união entre o sexo feminino é fundamental para a evolução dos seus direitos como pessoa, para que uma simples questão de cultura venha a transformar seus algozes em inocentes. Devemos entender que inseridos ou não na sociedade, os índios que ferir uma mulher, sempre será o autor principal do crime de violência contra a mulher e deverá sofrer os sansões previstas na lei nº11.340/2006, as mulheres devem ser protegidas em todas as hipóteses, sendo elas o sexo frágil. 
 REFERENCIAS DAS OBRAS 
 DOUTRINAS
NUCCI, Guilherme de Souza. Crimes contra a dignidade sexual: comentários a Lei
12.015, de 7 de agosto de 2009/-São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009
RICCITELLI, António. Impeachment a brasileira: instrumento de controle parlamentar? /
- Barueri, SP : Minha, 2006
LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: 1. ed. Brasiliense. 2003
BITTAR, Carlo Bianca Alberto. Os direitos da personalidade. Rio de Janeiro: 7.ed, Forense Universitário, 2004 
	
 FICHAMENTOS 
BECCARIA, Cesare. Dos Delitos e Das Penas-São Paulo: 9. ed, Clarete. 2009
RIBEIRO, Marcelo. A perspectiva hermenêutica do direito na pôs modernidade-São Paulo: 1. ed. Lumen Juris. 2013
SIEYÈS, Emannuel Joseph. A Constituinte Burguesa – O que é o Terceiro Estado? Trad. Norma Aze-redo, 4. ed, Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2001
LAS CASAS, Bartolomé de. O paraísodestruído-brevíssima relação da destruição
das Índias. 6. ed. Porto Alegre: L&PM, 1996
HEBERER, Peter. Hermenêutica Constitucional -Trad. Gilmar Ferreira Mendes, Porto Alegre: 15. ed, Fabris, 2002
SHOPENHAUER, Arthur. A ARTE DE LIDAR COM AS MULHERES, Trad. Eurides Avance de Souza, Karina lannini. São Paulo: 1. Ed, Martins Fontes, 2004

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