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Bis in idem e bitributação
Matéria: Direito constitucional
Aluna: Mariana Messias da Fonseca
Ano: 4 cma
Em função da possiblidade de dupla incidência, surgem as terminologias bis in idem e bitributação. A primeira é caracterizada por um excesso de competência, enquanto que a segunda é o conflito da mesma.
Bis in idem tem as seguintes características: tributos iguais; mesmo poder tributante; mesmo contribuinte; mesma fato gerador; cobrado por duas leis distintas. 
Já a bitributação classifica-se quando há: dois entes federados; tributando sobre a mesma causa jurídica; mesmo contribuinte.
Desse modo, conclui-se que o que separa uma terminologia da outra é o ente federado (credor), pois, quando distinto será bitributação; quando semelhante: bis in idem.
Julgado sobre bis in idem:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL EM SEDE DE AÇÃO RESCISÓRIA. IMPOSTO DE RENDA. APOSENTADORIA COMPLEMENTAR. PREVIDÊNCIA PRIVADA. APLICAÇÃO DAS LEIS 7.713/88 E 9.250/96. SÚMULA 343/STF. INAPLICABILIDADE. MATÉRIA PACÍFICA NOS TRIBUNAIS À ÉPOCA DA PROLAÇÃO DO ACÓRDÃO RESCINDENDO (MEADOS DE 2001). DIREITO À RESTITUIÇÃO DECORRENTE DE LESÃO CONSISTENTE NA INOBSERVÂNCIA DA PROIBIÇÃO DO BIS IN IDEM. JULGAMENTO, PELA PRIMEIRA SEÇÃO, DE RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA (RESP 1.001.779/DF). 1. A Súmula 343, do Supremo Tribunal Federal, cristalizou o entendimento de que não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais. 2. Entrementes, a contrario sensu, a ação rescisória resta cabível se, à época do julgamento, cessara a divergência, hipótese em que o julgado divergente, ao revés de afrontar a jurisprudência, viola a lei que confere fundamento jurídico ao pedido (Precedente da Primeira Seção submetido ao rito do artigo 543-C, do CPC: REsp 1.001.779/DF, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 25.11.2009, DJe 18.12.2009). 3. Deveras, "quando existir violação de literal disposição de lei e o julgador, mesmo assim, não acolher a pretensão deduzida na ação rescisória fundada no art. 485, V, do Código de Processo Civil, o acórdão estará contrariando aquele mesmo dispositivo ou a ele negando vigência, com o que dará ensejo à interposição de recurso especial com base na alínea “a” do permissivo constitucional" (REsp 476.665/SP, Rel. Ministro Antônio de Pádua Ribeiro, Corte Especial, julgado em 01.12.2004, DJ 20.06.2005). 4. In casu, por ocasião da prolação da decisão rescindenda, vale dizer, no final do ano de 2001 (fls. 188/192), a jurisprudência remansosa desta Corte Superior perfilhava o entendimento de que as contribuições recolhidas sob a égide da Lei 7.713/88 para a formação do fundo de aposentadoria, cujo ônus fosse exclusivamente do participante, estariam isentas da incidência do imposto de renda, porquanto já teriam sido tributadas na fonte, quando da realização das mencionadas contribuições (Informativo de Jurisprudência nº 311). 5. Desta sorte, inequívoca é a afronta ao artigo 485, V, do CPC, tendo em vista a negativa de vigência do artigo 6º, VI, b, da Lei 7.713/88. 6. Recurso especial provido para determinar o retorno dos autos à instância ordinária para que o Tribunal de origem se pronuncie a respeito do mérito da ação rescisória, uma vez ultrapassado o óbice da Súmula 343/STF.
(STJ - REsp: 814001 BA 2006/0017059-2, Relator: Ministro LUIZ FUX, Data de Julgamento: 08/09/2010, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 27/09/2010)
Julgado sobre bitributação:
DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IDENTIDADE ENTRE AS BASES DE CÁLCULO E OS FATOS GERADORES DO IMPOSTO TERRITORIAL URBANO – ITR E DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL. INAPLICABILIDADE DA SEGUNDA PARTE DO INC. I DO ART. 154 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM DESARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO PROVIDO. Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República. 2. O Tribunal de Justiça de São Paulo julgou apelação em ação ordinária, nos termos seguintes: “AGRICULTURA - CNA. Cobrança de Contribuição Sindical. Sentença que extinguiu o processo com base nos arts. 295, inciso II c.c. art. 267, inciso I, do CPC. Meritum causae. Bitributação. Ocorrência. Incide na mesma base de cálculo, o valor da terra nua tanto na imposição do Imposto Territorial Rural (1TR), quanto na Cobrança da Contribuição Sindical Rural, devida pelo produtor rural, pessoa física. Aplicação dos arts. 153, inciso VI e 154, inciso I, ambos da CF/1988. Aplica-se o disposto no § 3º, do art. 515, do CPC e nega-se provimento ao recurso” (fl. 63). 3. A Recorrente alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 8º, inciso IV, 149 e 154, inc. I (segunda parte), da Constituição e art. 10, § 2º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Argumenta que: “Com efeito, o v. acórdão vergastado ao afirmar que o art. 154, I da CF/88 proíbe que um tributo tenha o mesmo fato gerador, confunde tributo com imposto. O referido inciso não trata de tributo, repita-se. Cuida de imposto. A elasticidade conferida pelo v. acórdão para caracterizar a bi-tributação está desguarnecida de amparo legal, sendo, portanto, inaplicável ao caso vertente. Ademais, tanto a doutrina quanto a uníssona jurisprudência entendem que não há bi-tributação quando se trata de cotejar imposto e contribuição” (fl. 92). Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 4. Razão jurídica assiste à Recorrente. O Desembargador Relator consignou em seu voto condutor que: “In casu, a contribuição sindical cobrada pela Confederação Nacional da Agricultura tem por base de cálculo o valor do imóvel informado à Receita Federal para fim de lançamento do Imposto Territorial Rural – ITR, previsto no art. 153, inciso VI, da CF/88, o que é vedado pelo inciso I, do art. 154, da Constituição Federal. Configura-se então o bis in idem” (fl. 66). Conforme se verifica, quanto à afirmação contida no acórdão recorrido de que haveria bitributação em decorrência da identidade entre as bases de cálculo e os fatos geradores da contribuição sindical rural e do imposto territorial rural, cumpre destacar que este Supremo Tribunal decidiu, em vários julgados, não se aplicar às contribuições sociais a segunda parte do inc. I do art. 154 da Constituição. Confira-se, a propósito, o voto proferido no julgamento do Recurso Extraordinário 228.321, Relator o Ministro Carlos Velloso: “Quando do julgamento dos RREE 177.137-RS e 165.939-RS, por mim relatados, sustentamos a tese no sentido de que, tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe a coincidência de sua base de cálculo com a do imposto, o que é vedado relativamente às taxas. Destaco dos votos que proferi nos citados RREE 177.137-RS e 165.939-RS: ‘A contribuição parafiscal ou especial é um terceiro gênero. Vale dizer, não é imposto e não é taxa. Quando do julgamento do RE 138.284-CE, de que fui relator, examinei o tema em pormenor . A ele me reporto. (...) A contribuição, não obstante um tributo, não está sujeita à limitação inscrita no § 2º do art. 145 da Constituição. Também não se aplicam a ela as limitações a que estão sujeitos os impostos, em decorrência da competência privativa dos entes políticos para instituí-los (CF, arts. 153, 155 e 156), a impedir a bitributação. A técnica da competência residual da União para instituir imposto (CF, art. 154, I), aplicável às contribuições sociais de seguridade, no tocante às ‘outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social’ (C.F., art. 195, § 4º), não é invocável, no caso (C.F., art. 149). Ademais, as limitações ou vedações expressas - CF, art. 150, arts. 151 e 152 - não estabelecem a proibição imaginada pela Recorrente. E o que me parece definitivo para afastamento do argumento da recorrente é isto: quando a Constituição desejou estabelecer limitação ou vedação referentemente a qualquertributo e não às suas espécies, ela foi expressa, como, v.g., art. 146, III, a (definição de tributos e de suas espécies), art. 150, I (princípio da legalidade tributária), II (regra geral para os tributos), III (cobrança de tributos), art. 151, art. 152, art. 155, § 3º (‘À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro tributo poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País’). (...) A duas, porque, quando o § 4º, do art. 195, da CF, manda obedecer a regra da competência residual da União - art. 154, I - não estabelece que as contribuições não devam ter fato gerador ou base de cálculo de impostos. As contribuições, criadas na forma do § 4º, do art. 195, da CF, não devem ter, isto sim, fato gerador e base de cálculo próprios das contribuições já existentes. É que deve ser observado o sistema. E o sistema é este: tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe a coincidência da sua base de cálculo com a base de cálculo do imposto, o que é vedado, expressamente, relativamente às taxas. (CF, art. 145, § 2º)” (Tribunal Pleno, DJ 30.5.2003 – grifei). O acórdão recorrido está em desarmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal. 5. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Fixo os honorários advocatícios em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 20, §§ 3º, do Código de Processo Civil), ressalvada a concessão do benefício da justiça gratuita. Publique-se. Brasília, 3 de novembro de 2009. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora
(STF - RE: 597062 SP, Relator: Min. CÁRMEN LÚCIA, Data de Julgamento: 03/11/2009, Data de Publicação: DJe-219 DIVULG 20/11/2009 PUBLIC 23/11/2009)
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