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Visão Panorâmica 3

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Novo Código de Processo Civil (CPC) – Artigo por artigo (Direto ao ponto) 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada 
pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na 
jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
1. Novo Código de Processo Civil ............................................................................... 3 
1.1 Visão panorâmica (continuação) ...................................................................... 3 
1.1.1 Procedimentos Especiais ............................................................................. 3 
1.1.1.1 Principais aspectos ............................................................................... 3 
1.1.1.1.1 Ação monitória .............................................................................. 3 
1.1.1.1.2 Regulação de avaria grossa ........................................................... 5 
1.1.1.1.3 Oposição ....................................................................................... 6 
1.1.1.1.4 Ações de família ............................................................................ 7 
1.1.2 Processo de Execução ................................................................................ 10 
1.1.2.1 Criação da parte geral ........................................................................ 10 
1.1.2.2 Manutenção do regramento dos embargos à execução ................... 11 
1.1.2.3 Limitação das verbas impenhoráveis ................................................. 11 
1.1.2.4 Penhora sobre o faturamento ........................................................... 12 
1.1.2.5 Penhora de quotas ou ações de sociedades personificadas ............. 12 
1.1.2.6 Regras sobre prescrição intercorrente .............................................. 13 
1.1.2.7 Inscrição do executado nos cadastros de proteção do crédito ......... 14 
1.1.2.8 Regras de insolvência ......................................................................... 14 
1.1.3 Meios de impugnação das decisões judiciais ............................................ 19 
1.1.3.1 Divisão do Livro III .............................................................................. 19 
1.1.3.2 Recursos ............................................................................................. 19 
1.1.3.2.1 Apelação...................................................................................... 19 
1.1.3.2.2 Agravo ......................................................................................... 20 
1.1.3.2.3 Embargos infringentes ................................................................ 21 
1.1.3.2.4 Recursos para o STJ e STF ........................................................... 22 
1.1.3.2.5 Ação rescisória ............................................................................ 32 
1.1.3.2.6 Reclamação ................................................................................. 35 
1.1.3.2.7 Incidente de demandas repetitivas ............................................ 36 
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1.1.4 Disposições finais e transitórias ................................................................ 40 
1.1.4.1 Previsão legal ..................................................................................... 40 
1.1.4.2 Principais aspectos ............................................................................. 46 
1.1.4.2.1 Vacatio legis ................................................................................ 46 
1.1.4.2.2 Norma processual no tempo ...................................................... 46 
1.1.4.2.3 Fim do rito sumário ..................................................................... 47 
1.1.4.2.4 Juizados especiais ....................................................................... 47 
1.1.4.2.5 Usucapião extrajudicial ............................................................... 47 
 
 
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1. Novo Código de Processo Civil 
1.1 Visão panorâmica (continuação) 
1.1.1 Procedimentos Especiais 
1.1.1.1 Principais aspectos 
1.1.1.1.1 Ação monitória 
O assunto não estava mais no texto original, mas voltou ao texto final (art. 700 a 702 
do novo CPC). 
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em 
prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: 
I - o pagamento de quantia em dinheiro; 
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; 
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. 
§ 1o A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida 
antecipadamente nos termos do art. 381. 
§ 2o Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso: 
I - a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo; 
II - o valor atual da coisa reclamada; 
III - o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido. 
§ 3o O valor da causa deverá corresponder à importância prevista no § 2o, incisos I a III. 
§ 4o Além das hipóteses do art. 330, a petição inicial será indeferida quando não 
atendido o disposto no § 2o deste artigo. 
§ 5o Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo autor, 
o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao 
procedimento comum. 
§ 6o É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública. 
§ 7o Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o 
procedimento comum. 
 
Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de 
pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não 
fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento 
de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa. 
§ 1o O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no 
prazo. 
§ 2o Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de 
qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos 
previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte 
Especial. 
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§ 3o É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese do 
§ 2o. 
§ 4o Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos previstos no art. 702, 
aplicar-se-á o disposto no art. 496, observando-se, a seguir, no que couber, o Título II do 
Livro I da Parte Especial. 
§ 5o Aplica-se à ação monitória, no que couber, o art. 916. 
 
Art. 702. Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, nos 
próprios autos, no prazo previstono art. 701, embargos à ação monitória. 
§ 1o Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no 
procedimento comum. 
§ 2o Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cumprir-lhe-á 
declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo 
discriminado e atualizado da dívida. 
§ 3o Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos 
serão liminarmente rejeitados, se esse for o seu único fundamento, e, se houver outro 
fundamento, os embargos serão processados, mas o juiz deixará de examinar a alegação 
de excesso. 
§ 4o A oposição dos embargos suspende a eficácia da decisão referida no caput do art. 
701 até o julgamento em primeiro grau. 
§ 5o O autor será intimado para responder aos embargos no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 6o Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de 
reconvenção à reconvenção. 
§ 7o A critério do juiz, os embargos serão autuados em apartado, se parciais, 
constituindo-se de pleno direito o título executivo judicial em relação à parcela 
incontroversa. 
§ 8o Rejeitados os embargos, constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, 
prosseguindo-se o processo em observância ao disposto no Título II do Livro I da Parte 
Especial, no que for cabível. 
§ 9o Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou rejeita os embargos. 
§ 10. O juiz condenará o autor de ação monitória proposta indevidamente e de má-fé ao 
pagamento, em favor do réu, de multa de até dez por cento sobre o valor da causa. 
§ 11. O juiz condenará o réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória ao 
pagamento de multa de até dez por cento sobre o valor atribuído à causa, em favor do 
autor. 
No CPC/73 a ação monitória tem como estrutura uma prova escrita de uma 
obrigação de pagar quantia em dinheiro. 
A grande novidade do procedimento monitório no novo CPC é a ampliação de seu 
objeto. Além da possibilidade de cobrança de quantias em dinheiro, será possível o uso da 
ação monitória para a cobrança de qualquer outro tipo de obrigação (dar, fazer e não fazer). 
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Além disso, a tal prova escrita da dívida também pode ser demonstrada por uma 
prova oral previamente constituída. Assim, além de juntar um documento para servir de 
prova escrita, também será possível, por exemplo, o ajuizamento de uma ação autônoma de 
produção antecipada de provas para ouvir uma testemunha. Após essa oitiva ser lavrada a 
termo, esse termo que espelha uma prova oral pode ser admitido como prova escrita da 
dívida. 
Havia uma dúvida sobre a natureza jurídica da defesa do réu na ação monitória. Os 
embargos, para muitos, era uma simples contestação do réu. Para outros, esses embargos 
era uma verdadeira ação autônoma tal como os embargos à execução. 
Pela leitura dos artigos acima expostos, o que ficou concluído é que o novo CPC quis 
tratar dos embargos que existem no processo executivo: ação autônoma de embargos muito 
semelhante aos embargos à execução. 
Ainda vale ressaltar que é cabível ação monitória em face da Fazenda Pública e é 
possível apresentar reconvenção em ação monitória, desde que haja a apresentação de 
embargos. 
 
1.1.1.1.2 Regulação de avaria grossa 
A regulação de avaria grossa está exposta do art. 707 ao art. 711 do novo CPC. 
Art. 707. Quando inexistir consenso acerca da nomeação de um regulador de avarias, o 
juiz de direito da comarca do primeiro porto onde o navio houver chegado, provocado 
por qualquer parte interessada, nomeará um de notório conhecimento. 
 
Art. 708. O regulador declarará justificadamente se os danos são passíveis de rateio na 
forma de avaria grossa e exigirá das partes envolvidas a apresentação de garantias 
idôneas para que possam ser liberadas as cargas aos consignatários. 
§ 1o A parte que não concordar com o regulador quanto à declaração de abertura da 
avaria grossa deverá justificar suas razões ao juiz, que decidirá no prazo de 10 (dez) dias. 
§ 2o Se o consignatário não apresentar garantia idônea a critério do regulador, este 
fixará o valor da contribuição provisória com base nos fatos narrados e nos documentos 
que instruírem a petição inicial, que deverá ser caucionado sob a forma de depósito 
judicial ou de garantia bancária. 
§ 3o Recusando-se o consignatário a prestar caução, o regulador requererá ao juiz a 
alienação judicial de sua carga na forma dos arts. 879 a 903. 
§ 4o É permitido o levantamento, por alvará, das quantias necessárias ao pagamento 
das despesas da alienação a serem arcadas pelo consignatário, mantendo-se o saldo 
remanescente em depósito judicial até o encerramento da regulação. 
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Art. 709. As partes deverão apresentar nos autos os documentos necessários à 
regulação da avaria grossa em prazo razoável a ser fixado pelo regulador. 
 
Art. 710. O regulador apresentará o regulamento da avaria grossa no prazo de até 12 
(doze) meses, contado da data da entrega dos documentos nos autos pelas partes, 
podendo o prazo ser estendido a critério do juiz. 
§ 1o Oferecido o regulamento da avaria grossa, dele terão vista as partes pelo prazo 
comum de 15 (quinze) dias, e, não havendo impugnação, o regulamento será 
homologado por sentença. 
§ 2o Havendo impugnação ao regulamento, o juiz decidirá no prazo de 10 (dez) dias, 
após a oitiva do regulador. 
 
Art. 711. Aplicam-se ao regulador de avarias os arts. 156 a 158, no que couber. 
A regulação de avaria grossa é um procedimento relacionado ao direito marítimo. Os 
danos causados em mercadorias por acidentes em navios são de montantes vultuosos e é 
difícil que alguém se responsabilize sozinho por este fato. 
Assim, essa regulação trata de certa solidariedade entre o transportador, armador, 
seguradora em relação aos danos causados na mercadoria para salvar o navio. 
Exemplo: o navio está afundando e para tentar salvá-lo, são jogados vários containers 
no mar para salvar o navio. 
 
1.1.1.1.3 Oposição 
A oposição deixa de ser modalidade de intervenção de terceiros e passa a ser um 
procedimento especial (art. 682 ao art.686 do novo CPC). 
Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que 
controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra 
ambos. 
 
Art. 683. O opoente deduzirá o pedido em observação aos requisitos exigidos para 
propositura da ação. 
Parágrafo único. Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na 
pessoa de seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 
(quinze) dias. 
 
Art. 684. Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro 
prosseguirá o opoente. 
 
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www.cursoenfase.com.brArt. 685. Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará 
simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença. 
Parágrafo único. Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o 
juiz suspenderá o curso do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que 
a unidade da instrução atende melhor ao princípio da duração razoável do processo. 
 
Art. 686. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a oposição, desta 
conhecerá em primeiro lugar. 
 
1.1.1.1.4 Ações de família 
As ações de família são tratadas separadamente no novo CPC (art. 693 ao art. 699). 
Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio, 
separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação. 
Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar sobre interesse de criança ou de 
adolescente observarão o procedimento previsto em legislação específica, aplicando-se, 
no que couber, as disposições deste Capítulo. 
 
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução 
consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras 
áreas de conhecimento para a mediação e conciliação. 
Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do 
processo enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento 
multidisciplinar. 
 
Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à 
tutela provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de 
mediação e conciliação, observado o disposto no art. 694. 
§ 1o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá 
estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de 
examinar seu conteúdo a qualquer tempo. 
§ 2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada 
para a audiência. 
§ 3o A citação será feita na pessoa do réu. 
§ 4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de 
defensores públicos. 
 
Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões 
quantas sejam necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de 
providências jurisdicionais para evitar o perecimento do direito. 
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Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do 
procedimento comum, observado o art. 335. 
 
Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver 
interesse de incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo. 
 
Art. 699. Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a 
alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar 
acompanhado por especialista. 
No CPC/73 não havia essa nomenclatura “ações de família”. 
Além da nomenclatura, haverá um procedimento único e especial para todas as 
ações correlatas ao assunto: divórcio, separação, reconhecimento e extinção de união 
estável, guarda, visitação e filiação, entre outras. 
Esse procedimento especial é para ações contenciosas. Quando as ações forem 
consensuais, o rito não será o especial mas sim o rito dos procedimentos de jurisdição 
voluntária (art. 733 ao art. 736 do novo CPC). 
Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de 
união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos 
legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de 
que trata o art. 731. 
§ 1o A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para 
qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em 
instituições financeiras. 
§ 2o O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados estiverem assistidos por 
advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato 
notarial. 
 
Art. 734. A alteração do regime de bens do casamento, observados os requisitos legais, 
poderá ser requerida, motivadamente, em petição assinada por ambos os cônjuges, na 
qual serão expostas as razões que justificam a alteração, ressalvados os direitos de 
terceiros. 
§ 1o Ao receber a petição inicial, o juiz determinará a intimação do Ministério Público e a 
publicação de edital que divulgue a pretendida alteração de bens, somente podendo 
decidir depois de decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da publicação do edital. 
§ 2o Os cônjuges, na petição inicial ou em petição avulsa, podem propor ao juiz meio 
alternativo de divulgação da alteração do regime de bens, a fim de resguardar direitos 
de terceiros. 
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§ 3o Após o trânsito em julgado da sentença, serão expedidos mandados de averbação 
aos cartórios de registro civil e de imóveis e, caso qualquer dos cônjuges seja empresário, 
ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins. 
 
Art. 735. Recebendo testamento cerrado, o juiz, se não achar vício externo que o torne 
suspeito de nulidade ou falsidade, o abrirá e mandará que o escrivão o leia em presença 
do apresentante. 
§ 1o Do termo de abertura constarão o nome do apresentante e como ele obteve o 
testamento, a data e o lugar do falecimento do testador, com as respectivas provas, e 
qualquer circunstância digna de nota. 
§ 2o Depois de ouvido o Ministério Público, não havendo dúvidas a serem esclarecidas, o 
juiz mandará registrar, arquivar e cumprir o testamento. 
§ 3o Feito o registro, será intimado o testamenteiro para assinar o termo da 
testamentária. 
§ 4o Se não houver testamenteiro nomeado ou se ele estiver ausente ou não aceitar o 
encargo, o juiz nomeará testamenteiro dativo, observando-se a preferência legal. 
§ 5o O testamenteiro deverá cumprir as disposições testamentárias e prestar contas em 
juízo do que recebeu e despendeu, observando-se o disposto em lei. 
 
Art. 736. Qualquer interessado, exibindo o traslado ou a certidão de testamento público, 
poderá requerer ao juiz que ordene o seu cumprimento, observando-se, no que couber, o 
disposto nos parágrafos do art. 735. 
Diante da dificuldade da animosidade que existe entre o autor e a ré (réu) nessas 
ações, uma novidade foi criada. 
O novo CPC trouxe uma técnica interessante para amenizar esse problema: há a 
estimulação de conciliação nas ações de família, com a previsão, inclusive, que a citação seja 
encaminhada ao réu sem anexar a petição inicial (contrafé). O assunto está no art. 695, 
parágrafo 1º do novo CPC. 
Art. 695. (...) 
§ 1o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá 
estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de 
examinar seu conteúdo a qualquer tempo. 
Ainda sobre o divórcio ou separação consensual, deve-se estudar o parágrafo 5º do 
art. 961 estabeleceu algo revolucionário: desnecessidade da sentença estrangeira quandoo 
divórcio é consensual. 
Art. 961. (...) 
§ 5o A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, 
independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
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Por fim, deve-se saber que quando a causa envolver a discussão sobre fato 
relacionado a abuso de incapaz ou alienação parental, o juiz deve estar acompanhado por 
especialista ao tomar o depoimento do incapaz. 
 
1.1.2 Processo de Execução 
1.1.2.1 Criação da parte geral 
O assunto está previsto em uma “parte geral” de execução do art. 771 ao art. 777 do 
novo CPC. 
Art. 771. Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título extrajudicial, 
e suas disposições aplicam-se, também, no que couber, aos procedimentos especiais de 
execução, aos atos executivos realizados no procedimento de cumprimento de sentença, 
bem como aos efeitos de atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força executiva. 
Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições do Livro I da 
Parte Especial. 
 
Art. 772. O juiz pode, em qualquer momento do processo: 
I - ordenar o comparecimento das partes; 
II - advertir o executado de que seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade 
da justiça; 
III - determinar que sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações em geral 
relacionadas ao objeto da execução, tais como documentos e dados que tenham em seu 
poder, assinando-lhes prazo razoável. 
 
Art. 773. O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias 
ao cumprimento da ordem de entrega de documentos e dados. 
Parágrafo único. Quando, em decorrência do disposto neste artigo, o juízo receber 
dados sigilosos para os fins da execução, o juiz adotará as medidas necessárias para 
assegurar a confidencialidade. 
 
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou 
omissiva do executado que: 
I - frauda a execução; 
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; 
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora; 
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; 
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os 
respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão 
negativa de ônus. 
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jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não 
superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será 
revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem 
prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material. 
 
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma 
medida executiva. 
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte: 
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões 
processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios; 
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do 
embargante. 
 
Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu, quando a 
sentença, transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação 
que ensejou a execução. 
 
Art. 777. A cobrança de multas ou de indenizações decorrentes de litigância de má-fé ou 
de prática de ato atentatório à dignidade da justiça será promovida nos próprios autos 
do processo. 
 
1.1.2.2 Manutenção do regramento dos embargos à execução 
O regramento dos embargos foi mantido. 
Além disso, eles não dependiam de garantia do juízo e isso foi mantido no novo CPC. 
 
1.1.2.3 Limitação das verbas impenhoráveis 
Possibilita-se a penhora de salários e outras verbas alimentares que excedam a 50 
(cinquenta) salários mínimos mensais. O que ultrapassar esse valor torna-se 
automaticamente penhorável na forma do art. 833 § 2o do novo CPC. 
Art. 833. São impenhoráveis: 
§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para 
pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como 
às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a 
constrição observar o disposto no art. 528, § 8o, e no art. 529, § 3o. 
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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada 
pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na 
jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1.1.2.4 Penhora sobre o faturamento 
A penhora sobre o faturamento também recebeu regulamentação detalhada (art. 
866 do novo CPC). 
Art. 866. Se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se, tendo-os, esses forem 
de difícil alienação ou insuficientes para saldar o crédito executado, o juiz poderá 
ordenar a penhora de percentual de faturamento de empresa. 
§ 1o O juiz fixará percentual que propicie a satisfação do crédito exequendo em tempo 
razoável, mas que não torne inviável o exercício da atividade empresarial. 
§ 2o O juiz nomeará administrador-depositário, o qual submeterá à aprovação judicial a 
forma de sua atuação e prestará contas mensalmente, entregando em juízo as quantias 
recebidas, com os respectivos balancetes mensais, a fim de serem imputadas no 
pagamento da dívida. 
§ 3o Na penhora de percentual de faturamento de empresa, observar-se-á, no que 
couber, o disposto quanto ao regime de penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel 
e imóvel. 
Vale lembrar que a penhora sobre o faturamento não tem o mesmo significado que 
penhora em dinheiro. 
 
1.1.2.5 Penhora de quotas ou ações de sociedades personificadas 
Essa novidade está presente de forma expressa no art. 861. 
Art. 861. Penhoradas as quotas ou as ações de sócio em sociedade simples ou 
empresária, o juiz assinará prazo razoável, não superior a 3 (três) meses, para que a 
sociedade: 
I - apresente balanço especial, na forma da lei; 
II - ofereça as quotas ou as ações aos demais sócios, observado o direito de preferência 
legal ou contratual; 
III - não havendo interesse dos sócios na aquisição das ações, proceda à liquidação das 
quotas ou das ações, depositando em juízo o valor apurado, em dinheiro. 
§ 1o Para evitar a liquidação das quotas ou das ações, a sociedade poderá adquiri-las 
sem redução do capital social e com utilização de reservas, para manutenção em 
tesouraria. 
§ 2o O disposto no caput e no § 1o não se aplica à sociedade anônima de capital aberto, 
cujas ações serão adjudicadas ao exequente ou alienadas em bolsa de valores, conforme 
o caso. 
§ 3o Para os fins da liquidação de que trata o inciso III do caput, o juiz poderá, a 
requerimento do exequente ou da sociedade, nomear administrador, que deverá 
submeter à aprovação judicial a forma de liquidação. 
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§ 4o O prazo previsto no caput poderá ser ampliado pelo juiz, se o pagamento das 
quotas ou das ações liquidadas: 
I - superar o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do 
capital social, ou por doação; ou 
II - colocar em risco a estabilidade financeira da sociedade simples ou empresária. 
§ 5o Caso não haja interesse dos demais sócios no exercício de direito de preferência, 
não ocorra a aquisição das quotas ou das ações pela sociedade e a liquidação do inciso 
III do caput seja excessivamente onerosa para a sociedade, o juiz poderá determinar o 
leilão judicial das quotas ou das ações. 
 
1.1.2.6 Regras sobre prescrição intercorrente 
Disciplina-se expressamente a prescrição intercorrente, nos moldes do que já existe 
para a execução fiscal (art. 921 e parágrafos do novo CPC). Isso vale tanto para o 
cumprimento de sentença quanto para execução de título extrajudicial. 
Art. 921. Suspende-se a execução: 
§ 2o Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou 
que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos. 
§ 3o Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer 
tempo forem encontrados bens penhoráveis. 
§ 4o Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem manifestação do exequente, começa a 
correr o prazo de prescrição intercorrente. 
§ 5o O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, 
reconhecer a prescrição de que trata o § 4o e extinguir o processo. 
Observação1: a Lei de execução fiscal no seu artigo 40 prevê expressamente de o juiz 
decretar a prescrição intercorrente. 
Lei 6830/80, Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for 
localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, 
nesses casos, não correrá o prazo de prescrição. 
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante 
judicial da Fazenda Pública. 
§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou 
encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos. 
§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão 
desarquivados os autos para prosseguimento da execução. 
§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o 
juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição 
intercorrente e decretá-la de imediato. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004) 
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§ 5o A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4o deste artigo será 
dispensada no caso de cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao mínimo fixado por 
ato do Ministro de Estado da Fazenda. (Incluído pela Lei nº 11.960, de 2009) 
Observação2: A ideia do novo CPC com o art. 921 é evitar que os processos fiquem 
em uma eterna tramitação sem que haja alguma solução para tal fato. 
 
1.1.2.7 Inscrição do executado nos cadastros de proteção do crédito 
Juntamente com a previsão do novo CPC de que toda sentença transitada em julgado 
agora poderá ser protestada, também há a previsão da inscrição do executado nos cadastros 
de proteção do crédito. 
Diante dessa inscrição nos cadastros, não mais existe a necessidade de haver a 
execução de tal crédito. 
 
1.1.2.8 Regras de insolvência 
A decretação da insolvência civil está para a pessoa física com a falência/ 
recuperação judicial está para a pessoa jurídica. 
O procedimento de insolvência é um procedimento de execução coletiva. Ele vinha 
regulado no CPC/73 entre os arts. 748 a 786-A. 
Art. 748. Dá-se a insolvência toda vez que as dívidas excederem à importância dos bens 
do devedor. 
 
Art. 749. Se o devedor for casado e o outro cônjuge, assumindo a responsabilidade por 
dívidas, não possuir bens próprios que bastem ao pagamento de todos os credores, 
poderá ser declarada, nos autos do mesmo processo, a insolvência de ambos. 
 
Art. 750. Presume-se a insolvência quando: 
I - o devedor não possuir outros bens livres e desembaraçados para nomear à penhora; 
Il - forem arrestados bens do devedor, com fundamento no art. 813, I, II e III. 
 
Art. 751. A declaração de insolvência do devedor produz: 
I - o vencimento antecipado das suas dívidas; 
II - a arrecadação de todos os seus bens suscetíveis de penhora, quer os atuais, quer os 
adquiridos no curso do processo; 
III - a execução por concurso universal dos seus credores. 
Art. 752. Declarada a insolvência, o devedor perde o direito de administrar os seus bens 
e de dispor deles, até a liquidação total da massa. 
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Art. 753. A declaração de insolvência pode ser requerida: 
I - por qualquer credor quirografário; 
II - pelo devedor; 
III - pelo inventariante do espólio do devedor. 
 
Art. 754. O credor requererá a declaração de insolvência do devedor, instruindo o pedido 
com título executivo judicial ou extrajudicial (art. 586). 
 
Art. 755. O devedor será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, opor embargos; se os 
não oferecer, o juiz proferirá, em 10 (dez) dias, a sentença. 
 
Art. 756. Nos embargos pode o devedor alegar: 
I - que não paga por ocorrer alguma das causas enumeradas nos arts. 741, 742 e 745, 
conforme o pedido de insolvência se funde em título judicial ou extrajudicial; 
Il - que o seu ativo é superior ao passivo. 
 
Art. 757. O devedor ilidirá o pedido de insolvência se, no prazo para opor embargos, 
depositar a importância do crédito, para Ihe discutir a legitimidade ou o valor. 
 
Art. 758. Não havendo provas a produzir, o juiz dará a sentença em 10 (dez) dias; 
havendo-as, designará audiência de instrução e julgamento. 
 
Art. 759. É lícito ao devedor ou ao seu espólio, a todo tempo, requerer a declaração de 
insolvência. 
 
Art. 760. A petição, dirigida ao juiz da comarca em que o devedor tem o seu domicílio, 
conterá: 
I - a relação nominal de todos os credores, com a indicação do domicílio de cada um, 
bem como da importância e da natureza dos respectivos créditos; 
II - a individuação de todos os bens, com a estimativa do valor de cada um; 
III - o relatório do estado patrimonial, com a exposição das causas que determinaram a 
insolvência. 
 
Art. 761. Na sentença, que declarar a insolvência, o juiz: 
I - nomeará, dentre os maiores credores, um administrador da massa; 
II - mandará expedir edital, convocando os credores para que apresentem, no prazo de 
20 (vinte) dias, a declaração do crédito, acompanhada do respectivo título. 
 
Art. 762. Ao juízo da insolvência concorrerão todos os credores do devedor comum. 
§ 1o As execuções movidas por credores individuais serão remetidas ao juízo da 
insolvência. 
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§ 2o Havendo, em alguma execução, dia designado para a praça ou o leilão, far-se-á a 
arrematação, entrando para a massa o produto dos bens. 
 
Art. 763. A massa dos bens do devedor insolvente ficará sob a custódia e 
responsabilidade de um administrador, que exercerá as suas atribuições, sob a direção e 
superintendência do juiz. 
 
Art. 764. Nomeado o administrador, o escrivão o intimará a assinar, dentro de 24 (vinte 
e quatro) horas, termo de compromisso de desempenhar bem e fielmente o cargo. 
 
Art. 765. Ao assinar o termo, o administrador entregará a declaração de crédito, 
acompanhada do título executivo. Não o tendo em seu poder, juntá-lo-á no prazo fixado 
pelo art. 761, II. 
 
Art. 766. Cumpre ao administrador: 
I - arrecadar todos os bens do devedor, onde quer que estejam, requerendo para esse fim 
as medidas judiciais necessárias; 
II - representar a massa, ativa e passivamente, contratando advogado, cujos honorários 
serão previamente ajustados e submetidos à aprovação judicial; 
III - praticar todos os atos conservatórios de direitos e de ações, bem como promover a 
cobrança das dívidas ativas; 
IV - alienar em praça ou em leilão, com autorização judicial, os bens da massa. 
 
Art. 767. O administrador terá direito a uma remuneração, que o juiz arbitrará, 
atendendo à sua diligência, ao trabalho, à responsabilidade da função e à importância 
da massa. 
 
Art. 768. Findo o prazo, a que se refere o no II do art. 761, o escrivão, dentro de 5 (cinco) 
dias, ordenará todas as declarações, autuando cada uma com o seu respectivo título. Em 
seguida intimará, por edital, todos os credores para, no prazo de 20 (vinte) dias, que Ihes 
é comum, alegarem as suas preferências, bem como a nulidade, simulação, fraude, ou 
falsidade de dívidas e contratos. 
Parágrafo único. No prazo, a que se refere este artigo, o devedor poderá impugnar 
quaisquer créditos. 
 
Art. 769. Não havendo impugnações, o escrivão remeterá os autos ao contador, que 
organizará o quadro geral dos credores, observando, quanto à classificação dos créditos 
e dos títulos legais de preferência, o que dispõe a lei civil. 
Parágrafo único. Se concorrerem aos bens apenas credores quirografários, o contador 
organizará o quadro, relacionando-os em ordem alfabética. 
 
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jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Art. 770. Se, quando for organizado o quadro geral dos credores, os bens da massa já 
tiverem sido alienados, o contador indicará a percentagem, que caberá a cada credor no 
rateio. 
 
Art. 771. Ouvidos todos os interessados, no prazo de 10 (dez) dias, sobre o quadro geral 
dos credores, o juiz proferirá sentença. 
 
Art. 772. Havendo impugnação pelo credor ou pelo devedor, o juiz deferirá, quando 
necessário, a produção de provas e em seguida proferirá sentença. 
§ 1o Se for necessária prova oral, o juiz designará audiência de instrução e julgamento. 
§ 2o Transitada em julgado a sentença, observar-se-á o que dispõem os três artigos 
antecedentes. 
 
Art. 773. Se os bens não foram alienados antes da organização do quadro geral, o juiz 
determinará a alienação em praça ou em leilão, destinando-se o produto ao pagamento 
dos credores. 
 
Art. 774. Liquidada a massa sem que tenha sido efetuado o pagamento integral a todos 
os credores, o devedor insolvente continua obrigado pelo saldo. 
 
Art. 775. Pelo pagamento dos saldos respondem os bens penhoráveis que o devedor 
adquirir, até que se Ihe declare a extinção das obrigações. 
 
Art. 776. Os bens do devedor poderão ser arrecadados nos autos do mesmo processo, a 
requerimento de qualquer credor incluído no quadro geral, a que se refere o art. 769, 
procedendo-se à sua alienação e à distribuição do respectivo produto aos credores, na 
proporção dos seus saldos. 
 
Art. 777. A prescrição das obrigações, interrompida com a instauração do concurso 
universal de credores, recomeça a correr no dia em que passar em julgado a sentença 
que encerrar o processo de insolvência. 
 
Art. 778. Consideram-se extintas todas as obrigações do devedor, decorrido o prazo de 5 
(cinco) anos, contados da data do encerramento do processo de insolvência. 
 
Art. 779. É lícito ao devedor requerer ao juízo da insolvência a extinção das obrigações; o 
juiz mandará publicar edital, com o prazo de 30 (trinta) dias, no órgão oficial e em outro 
jornal de grande circulação. 
 
Art. 780. No prazo estabelecido no artigo antecedente, qualquer credor poderá opor-se 
ao pedido, alegando que: 
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I - não transcorreram 5 (cinco) anos da data do encerramento da insolvência; 
II - o devedor adquiriu bens, sujeitos à arrecadação (art. 776). 
 
Art. 781. Ouvido o devedor no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá sentença; havendo 
provas a produzir, o juiz designará audiência de instrução e julgamento. 
 
Art. 782. A sentença, que declarar extintas as obrigações, será publicada por edital, 
ficando o devedor habilitado a praticar todos os atos da vida civil. 
 
Art. 783. O devedor insolvente poderá, depois da aprovação do quadro a que se refere o 
art. 769, acordar com os seus credores, propondo-lhes a forma de pagamento. Ouvidos 
os credores, se não houver oposição, o juiz aprovará a proposta por sentença. 
 
Art. 784. Ao credor retardatário é assegurado o direito de disputar, por ação direta, 
antes do rateio final, a prelação ou a cota proporcional ao seu crédito. 
 
Art. 785. O devedor, que caiu em estado de insolvência sem culpa sua, pode requerer ao 
juiz, se a massa o comportar, que Ihe arbitre uma pensão, até a alienação dos bens. 
Ouvidos os credores, o juiz decidirá. 
 
Art. 786. As disposições deste Título aplicam-se às sociedades civis, qualquer que seja a 
sua forma. 
 
Art. 786-A - Os editais referidos neste Título também serão publicados, quando for o 
caso, nos órgãos oficiais dos Estados em que o devedor tenha filiais ou 
representantes. (Incluído pela Lei nº 9.462, de 19.6.1997) 
O novo CPC preferiu não alterar esse procedimento, não regulando as execuções 
contra devedor insolvente, preferindo remetê-las a lei especial a ser editada. Optou-se, 
assim, por estender a vigência das normas do Livro II, Título IV do CPC/73 – arts. 748 a 786-A 
– para as execuções contra devedor insolvente em andamento ou a serem propostas até a 
edição de legislação específica. 
Assim, o CPC/73 não é revogado por completo e um dos casos são as normas da 
insolvência (art.1052 do novo CPC mantém essas normas do CPC/73). 
Art. 1.052. Até a edição de lei específica, as execuções contra devedor insolvente, em 
curso ou que venham a ser propostas, permanecem reguladas pelo Livro II, Título IV, da 
Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. 
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1.1.3 Meios de impugnação das decisões judiciais 
1.1.3.1 Divisão do Livro III 
Esse Livro III é dividido em 2 (dois) títulos: 
 Trata da ordem dos processos nos tribunais – regulando os poderes do 
relator, alguns incidentes importantes e as ações autônomas de impugnação; 
 Trata dos recursos. 
 
1.1.3.2 Recursos 
1.1.3.2.1 Apelação 
Inicialmente, cabe ressaltar que foi mantido o efeito suspensivo como regra (art. 
1012 do novo CPC). 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente 
após a sua publicação a sentença que: 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do 
executado; 
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - decreta a interdição. 
§ 2o Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório 
depois de publicada a sentença. 
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser 
formulado por requerimento dirigido ao: 
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua 
distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; 
II - relator, se já distribuída a apelação. 
§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o 
apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a 
fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação. 
Como novidade, informa-se que o juiz de 1º grau não faz mais juízo de 
admissibilidade. A interposição da apelação ocorrerá no primeiro grau, mas sua análise é 
realizada pelo Tribunal. 
 
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A motivação da comissão que elaborou o novo CPC é que essa admissibilidade feita 
pelo juiz de 1º grau tinha como efeito a interposição de muitos agravos. Assim, retirando-se 
essa admissibilidade do juiz de 1º grau e passando para unicamente ao Tribunal, poderá 
haver uma diminuição nas quantidades de agravos já que o juízo de admissibilidade não 
mais ocorrerá no 1º grau (art. 1010, §3o do novo CPC). 
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, 
conterá: 
I - os nomes e a qualificação das partes; 
II - a exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; 
IV - o pedido de nova decisão. 
§ 1o O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) 
dias. 
§ 2o Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para 
apresentar contrarrazões. 
§ 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos ao 
tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade. 
 
1.1.3.2.2 Agravo 
Não há mais agravo retido e há um rol taxativo das hipóteses agraváveis de 
instrumento (art. 1015 do novo CPC). 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem 
sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua 
revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
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Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias 
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no 
processo de execução e no processo de inventário. 
Caso a hipótese do recorrente não esteja no artigo acima citado, basta protestar 
contra ela no momento adequado e ela não ficará preclusa. Havendo a apelação, aquela 
norma poderá ser impugnada ou pelo apelante ou pela parte que contrarrazoou as razoes de 
apelação. 
Sobre o assunto, deve-se ter atenção que o inciso XII do artigo acima citado foi 
vetado após a sanção presidencial. Como a coletivização da lide foi vetada, esse artigo que 
era correlato ao tema também foi vetado. 
Diante do estudado, informa-se que remanesce apenas o agravo de instrumento e 
também abarca todas as interlocutórias no processo executivo (processo de execução ou 
cumprimento de sentença). Entendeu-se que toda decisão em processo de execução coloca 
em risco iminente o patrimônio do réu e por isso essa decisão é agravável. 
E não é só. No novo CPC ainda há a regulamentação do agravo interno (art.1021). 
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o 
respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do 
regimento interno do tribunal. 
§ 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os 
fundamentos da decisão agravada. 
§ 2o O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se 
sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o 
relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. 
§ 3o É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada 
para julgar improcedente o agravo interno. 
§ 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou 
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, 
condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do 
valor atualizado da causa. 
§ 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do 
valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de 
gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. 
 
1.1.3.2.3 Embargos infringentes 
No Senado esse recurso como estava no CPC/73 foi retirado. No entanto, na Câmara, 
o recurso voltou com uma técnica diferente. 
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Assim, esse recurso foi extinto no novo CPC da forma que estava no CPC/73, mas os 
embargos infringentes voltam de umanova forma. 
Explica-se: no novo CPC existe uma sistemática de julgamento da apelação, da ação 
rescisória e dos agravos de instrumento contra decisões de mérito equivalente aos 
embargos infringentes do CPC/73, mas pior esse recurso será automático. O novo CPC prevê 
que nesses casos citados sempre o Tribunal julgar por maioria de votos, há a necessidade de 
realização de uma nova sessão de julgamento para rejulgamento do caso, com um numero 
maior de julgadores aptos a reverter e prevalecer o voto vencido. 
O assunto está previsto no art. 942 do novo CPC. 
Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá 
prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que 
serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número 
suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às 
partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os 
novos julgadores. 
§ 1o Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão, 
colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão 
colegiado. 
§ 2o Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do 
prosseguimento do julgamento. 
§ 3o A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento 
não unânime proferido em: 
I - ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, 
seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento 
interno; 
II - agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o 
mérito. 
§ 4o Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento: 
I - do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas; 
II - da remessa necessária; 
III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial. 
 
1.1.3.2.4 Recursos para o STJ e STF 
Esses recursos receberão um tratamento uniforme. O assunto está presente do art. 
1029 ao art.1041 do novo CPC. 
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pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na 
jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na 
Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do 
tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida. 
§ 1o Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova 
da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial 
ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão 
divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de 
computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, 
mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. 
§ 2o Quando o recurso estiver fundado em dissídio jurisprudencial, é vedado ao tribunal 
inadmiti-lo com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são 
diferentes, sem demonstrar a existência da distinção. 
§ 3o O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar 
vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute 
grave. 
§ 4o Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas 
repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça 
receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão federal 
constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica 
ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até 
ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto. 
§ 5o O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso 
especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: 
I - ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a interposição do 
recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para 
julgá-lo; 
II - ao relator, se já distribuído o recurso; 
III - ao presidente ou vice-presidente do tribunal local, no caso de o recurso ter sido 
sobrestado, nos termos do art. 1.037. 
 
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será 
intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os 
autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior. 
Parágrafo único. A remessa de que trata o caput dar-se-á independentemente de juízo 
de admissibilidade. 
 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso 
especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. 
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§ 1o Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo 
Tribunal Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver 
prejudicado. 
§ 2o Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em 
decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal 
Federal. 
§ 3o Na hipótese do § 2o, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, 
rejeitar a prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o 
julgamento do recurso especial. 
 
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial 
versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o 
recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão 
constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput, o relator remeterá o 
recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-
lo ao Superior Tribunal de Justiça. 
 
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à 
Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da 
interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça 
para julgamento como recurso especial. 
 
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o Supremo Tribunal 
Federal ou o Superior Tribunal de Justiça julgará o processo, aplicando o direito. 
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um 
fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos 
para a solução do capítulo impugnado. 
 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do 
recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver 
repercussão geral, nos termos deste artigo. 
§ 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões 
relevantes do ponto de vistaeconômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os 
interesses subjetivos do processo. 
§ 2o O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação 
exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal. 
§ 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que: 
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; 
II - tenha sido proferido em julgamento de casos repetitivos; 
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III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos 
do art. 97 da Constituição Federal. 
§ 4o O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de 
terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do 
Supremo Tribunal Federal. 
§ 5o Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal 
determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional. 
§ 6o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de 
origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que 
tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias 
para manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 7o Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6o caberá agravo, nos termos 
do art. 1.042. 
§ 8o Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem 
negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem 
sobre matéria idêntica. 
§ 9o O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 
1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu 
preso e os pedidos de habeas corpus. 
§ 10. Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar do reconhecimento 
da repercussão geral, cessa, em todo o território nacional, a suspensão dos processos, 
que retomarão seu curso normal. 
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada 
no diário oficial e valerá como acórdão. 
 
Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais 
com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de 
acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno 
do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1o O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional 
federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão 
encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins 
de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso. 
§ 2o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da 
decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que 
tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias 
para manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 3o Da decisão que indeferir este requerimento caberá agravo, nos termos do art. 1.042. 
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§ 4o A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do 
tribunal regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá 
selecionar outros recursos representativos da controvérsia. 
§ 5o O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos 
representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito 
independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de 
origem. 
§ 6o Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente 
argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida. 
 
Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a 
presença do pressuposto do caput do art. 1.036, proferirá decisão de afetação, na qual: 
I - identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento; 
II - determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional; 
III - poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou 
dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia. 
§ 1o Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vice-presidente de 
tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à afetação, o relator, 
no tribunal superior, comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente que os 
houver enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão referida no art. 1.036, § 
1o. 
§ 2o É vedado ao órgão colegiado decidir, para os fins do art. 1.040, questão não 
delimitada na decisão a que se refere o inciso I do caput. 
§ 3o Havendo mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver proferido 
a decisão a que se refere o inciso I do caput. 
§ 4o Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 (um) ano e terão 
preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos 
de habeas corpus. 
§ 5o Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar da publicação da 
decisão de que trata o inciso I do caput, cessam automaticamente, em todo o território 
nacional, a afetação e a suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal. 
§ 6o Ocorrendo a hipótese do § 5o, é permitido a outro relator do respectivo tribunal 
superior afetar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia na forma do 
art. 1.036. 
§ 7o Quando os recursos requisitados na forma do inciso III do caputcontiverem outras 
questões além daquela que é objeto da afetação, caberá ao tribunal decidir esta em 
primeiro lugar e depois as demais, em acórdão específico para cada processo. 
§ 8o As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo, a ser 
proferida pelo respectivo juiz ou relator quando informado da decisão a que se refere o 
inciso II do caput. 
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§ 9o Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser 
julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o 
prosseguimento do seu processo. 
§ 10. O requerimento a que se refere o § 9o será dirigido: 
I - ao juiz, se o processo sobrestado estiver em primeiro grau; 
II - ao relator, se o processo sobrestado estiver no tribunal de origem; 
III - ao relator do acórdão recorrido,se for sobrestado recurso especial ou recurso 
extraordinário no tribunal de origem; 
IV - ao relator, no tribunal superior, de recurso especial ou de recurso extraordinário cujo 
processamento houver sido sobrestado. 
§ 11. A outra parte deverá ser ouvida sobre o requerimento a que se refere o § 9o, no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 12. Reconhecida a distinção no caso: 
I - dos incisos I, II e IV do § 10, o próprio juiz ou relator dará prosseguimento ao processo; 
II - do inciso III do § 10, o relator comunicará a decisão ao presidente ou ao vice-
presidente que houver determinado o sobrestamento, para que o recurso especial ou o 
recurso extraordinário seja encaminhado ao respectivo tribunal superior, na forma do 
art. 1.030, parágrafo único. 
§ 13. Da decisão que resolver o requerimento a que se refere o § 9ocaberá: 
I - agravo de instrumento, se o processo estiver em primeiro grau; 
II - agravo interno, se a decisão for de relator. 
 
Art. 1.038. O relator poderá: 
I - solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na 
controvérsia, considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento 
interno; 
II - fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência 
e conhecimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento; 
III - requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito da controvérsia e, cumprida 
a diligência, intimará o Ministério Público para manifestar-se. 
§ 1o No caso do inciso III, os prazos respectivos são de 15 (quinze) dias, e os atos serão 
praticados, sempre que possível, por meio eletrônico. 
§ 2o Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos 
demais ministros, haverá inclusão em pauta, devendo ocorrer o julgamento com 
preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos 
de habeas corpus. 
§ 3o O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos da tese 
jurídica discutida, favoráveis ou contrários. 
 
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Art. 1.039. Decididos os recursos afetados, os órgãos colegiados declararão 
prejudicados os demais recursos versando sobre idêntica controvérsia ou os decidirão 
aplicando a tese firmada. 
Parágrafo único. Negada a existência de repercussão geral no recurso extraordinário 
afetado, serão considerados automaticamente inadmitidos os recursos extraordinários 
cujo processamento tenha sido sobrestado. 
 
Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma: 
I - o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos 
recursos especiais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido 
coincidir com a orientação do tribunal superior; 
II - o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de 
competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o 
acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior; 
III - os processos suspensos em primeiro e segundo graus de jurisdição retomarão o curso 
para julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior; 
IV - se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto 
de concessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao 
órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva 
aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada. 
§ 1o A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de 
proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso 
representativo da controvérsia. 
§ 2o Se a desistência ocorrer antes de oferecida contestação, a parte ficará isenta do 
pagamento de custas e de honorários de sucumbência. 
§ 3o A desistência apresentada nos termos do § 1o independe de consentimento do réu, 
ainda que apresentada contestação. 
 
Art. 1.041. Mantido o acórdão divergente pelo tribunal de origem, o recurso especial ou 
extraordinário será remetido ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.036, § 
1o. 
§ 1o Realizado o juízo de retratação, com alteração do acórdão divergente, o tribunal de 
origem, se for o caso, decidirá as demais questões ainda não decididas cujo 
enfrentamento se tornou necessário em decorrência da alteração. 
§ 2o Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar 
sobre outras questões, caberá ao presidente do tribunal, depois do reexame pelo órgão 
de origem e independentemente de ratificação do recurso ou de juízo de admissibilidade, 
determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais 
questões. 
 
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jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Nos artigos acima citados foi elaborado um regime jurídico único e sofisticado para o 
julgamento do REsp (recurso especial) e RE (recurso extraordinário) repetitivos, 
aperfeiçoando-se o que já existe (art.1036 ao 1041 do novo CPC, acima citado). 
A parte do art. 1036 ao art. 1041 é tratada como grande novidade pois fazem avançar 
demais aquilo que atualmente é estabelecido nos arts. 543-A, 543-b e 543-C do CPC/73. 
Como novidades, lista-se o seguinte: 
 Hoje, no julgamento dos recursos repetitivos, sobrestam-se apenas o RE e 
REsp já interpostos nos Tribunais inferiores e separados como repetitivos. Com o novo CPC, 
havendo questão repetitiva, deverá haver o sobrestamento de todos os processos 
repetitivos desde o 1º grau até que haja o julgamento do recurso repetitivo; 
Vale dizer que atualmente no CPC/73 se o sobrestamento for indevido pelo 
presidente do Tribunal, apenas se poderá interpor o recurso de agravo interno. Na 
sistemática do novo CPC cria-se um agravo em REsp e RE contra a inadmissão ou suspensão 
indevida em razão de já existir um julgamento a respeito desse tema no STJ ou no STF (art. 
1042 do novo CPC). 
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão de presidente ou de vice-presidente do tribunal 
que: 
I - indeferir pedido formulado com base no art. 1.035, § 6o, ou no art. 1.036, § 2o, de 
inadmissão de recurso especial ou extraordinário intempestivo; 
II - inadmitir, com base no art. 1.040, inciso I, recurso especial ou extraordinário sob o 
fundamento de que o acórdão recorrido coincide com a orientação do tribunal superior; 
III - inadmitir recurso extraordinário, com base no art. 1.035, § 8o, ou no art. 1.039, 
parágrafo único, sob o fundamento de que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a 
inexistência de repercussão geral da questão constitucional discutida. 
§ 1o Sob pena de não conhecimento do agravo, incumbirá ao agravante demonstrar, de 
forma expressa: 
I - a intempestividade do recurso especial ou extraordinário sobrestado, quando o 
recurso fundar-se na hipótese do inciso I do caputdeste artigo; 
II - a existência de distinção entre o caso em análise e o precedente invocado, quando a 
inadmissão do recurso: 
a) especial ou extraordinário fundar-se em entendimento firmado em julgamento de 
recurso repetitivo por tribunal superior; 
b) extraordinário fundar-se em

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