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PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILACAO MECANICA EM UTI

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
 
MICHAEL JACKSON NEVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2012 
MICHAEL JACKSON NEVES 
 
 
 
 
 
 
 
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso sob forma de 
monografia apresentado como requisito para 
obtenção do certificado de conclusão da 
Especialização em Terapia Intensiva: Uma Visão 
Interdisciplinar Universidade Tuiuti do Paraná. 
Orientadora: Prof Dra Ana Maria Dyniewicz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2012 
 
TERMO DE APROVAÇÃO 
 
Michael Jackson Neves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI 
 
 
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Especialista no 
Curso de Pós-graduação em Terapia Intensiva: Uma Visão Interdisciplinar da 
Universidade Tuiuti do Paraná. 
 
 
 
 
 
 
Curitiba, 23 de abril de 2013 
 
_________________________________ 
Terapia Intensiva: Uma Visão Interdisciplinar 
Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 
 
 
Orientador: Profª Dra Ana Maria Dyniewicz 
Universidade Tuiuti do Paraná /Programa de Pós-graduação 
 
 
 
Profº 
Universidade Tuiuti do Paraná /Programa de Pós-graduação 
 
 
Profº 
Universidade Tuiuti do Paraná /Programa de Pós-graduação 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho de revisão de literatura realizou uma investigação sobre a pneumonia 
associada à ventilação mecânica (PAVM) e seus principais aspectos. A PAVM é 
uma das principais formas de infecção adquirida no âmbito hospitalar. Ela se 
manifesta entre 48-72 horas após o paciente ser submetido à intubação orotraqueal 
e instituição de ventilação mecânica (VM) invasiva. Sua taxa de incidência é de 10% 
a 70% dependendo do método de diagnóstico utilizado e da população estudada. Os 
fatores de risco para a PAVM são classificados como modificáveis, nas quais estão 
as medidas de prevenção, e os não modificáveis, que são aqueles inerentes ao 
hospedeiro e a presença das comorbidades. São várias as complicações que 
apresenta esta patologia, que inclui maior tempo de permanência e de VM, aumento 
dos custos gerado por este paciente e aumento da taxa de mortalidade. O 
diagnóstico clínico é de difícil realização, devido às dificuldades que apresenta em 
realizar diagnóstico diferencial com as infecções de vias aéreas inferiores. Aplicação 
de estratégias preventivas demonstra ser um modo eficaz de controle e para limitar 
as consequências negativas da PAVM. Podemos citar entre as estratégias: a higiene 
da cavidade oral, a aspiração de secreções, a desinfecção prévia dos equipamentos 
utilizados, higienização das mãos, monitorização do cuff entre outros. O tratamento 
da PAVM é de difícil escolha devido o atraso na administração ou um tratamento 
inadequado, estão associados ao aumento da mortalidade e no surgimento de 
bactérias multirresistentes. Devido a estes fatores conclui-se que a prevenção ainda 
é a melhor escolha para lidar com esta patologia, fazendo-se necessário que os 
profissionais da área de saúde que trabalham dentro de uma unidade de terapia 
intensiva (UTI), adotem medidas preventivas contra a PAVM a fim de reduzir os 
riscos para sua ocorrência e surgimento, contribuindo assim para um melhor 
prognóstico do cliente. 
 
Palavras-chave: Pneumonia; Ventilação mecânica; Unidade de Terapia Intensiva; 
higiene oral. 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This work of literature review conducted an investigation ventilator associated 
pneumonia (VAP) and its main aspects. VAP is one of the main forms of infection 
acquired in the hospital. It manifests between 48 - 72 hours after the patient is 
subjected to intubation and invasive MV institution. Its incidence rate is 10% to 70% 
depending on the diagnostic method used and the population studied. Risk factors 
for VAP are classified as modifiable, in which are preventive measures, and not 
modifiable, which are those inherent in the host and the presence of co-morbidities. 
There are several complications that presents this pathology, which includes 
increased residence time and VM, increased costs generated by this patient and 
increased mortality rate. Clinical diagnosis is difficult to achieve due to the difficulty in 
presenting performs differential diagnosis of infections of the lower airways. 
Implementation of preventive strategies proves to be an effective way to control and 
limit the negative consequences of VAP. We can mention among the strategies: oral 
hygiene, aspiration of secretions, disinfection of equipment provided ultilizados, hand 
hygiene, monitoring cuff among others. The treatment of VAP is difficult to choose 
because the delay in the administration or inadequate treatment, are associated with 
increased mortality and the emergence of multiresistant bacteria. Due to these 
factors it is concluded that prevention is still the best choice to deal with this disease, 
making up necesario that health professionals who work in the ICU, adopt preventive 
measures against VAP in order to reduce risks to their occurrence and appearance, 
thus contributing to a better prognosis,client. 
 
Keywords: Pneumonia; mechanical ventilation, intensive care unit; oral hygiene 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA I - Fatores de risco independentes para PAVM.............. 
 
16 
TABELA II – Recomendação para prevenção de pneumonia 
hospitalar ................................................................................ 
 
 
21 
TABELA III - Correspondência entre o grau de recomendação e a 
força de evidencia científica...................................................... 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
CCIH Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
CDC Central of Disease Control 
IH Infecção Hospitalar 
PAVM Pneumonia associada à ventilação mecânica 
UTI Unidade de terapia intensiva 
NNISS National Nosocomial Infections Survillance System 
Cm Centímetros 
H2O Água 
HI Infecções hospitalares 
PaCO2 Pressão parcial de dióxido de carbono 
PAH Pneumonia adquirida no hospital 
PAM Pressão arterial média 
PaO2 Pressão parcial de oxigênio 
SpO2 Saturação periférica de oxigênio 
VM Ventilação mecânica 
VNI Ventilação não invasiva 
MRSA Methicillin-resistant Staphylococcus aureus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 9 
1.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 10 
1.2 OBJETIVO ............................................................................................. 11 
2 METODOLOGIA ....................................................................................... 12 
3 PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA ...................... 13 
3.1 DEFINIÇÃO ...................................................................................... 13 
3.2 PREVALÊNCIA DE PNEUMONIA ................................................... 14 
3.3 FATORES DE RISCO ...................................................................... 16 
3.4 COMPLICAÇÕES ............................................................................18 
3.5 DIAGNÓSTICO ………………………………………………………… 19 
3.6 PREVENÇÃO .................................................................................. 20 
3.7 HIGIENIZAÇÃO ORAL .................................................................... 22 
3.8 ASPIRAÇÃO POR SISTEMA ABERTO E FECHADO..................... 24 
3.9 CONTROLE DA PRESSÃO DO CUFF ........................................... 26 
3.10 NUTRIÇÃO ENTERAL ................................................................. 27 
3.11 FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA .................................................. 27 
3.12 PROCEDIMENTOS INVASIVOS E NÃO INVASIVOS .................. 27 
3.13 TRATAMENTO .............................................................................. 28 
4 CONCLUSÃO .................................................................................... 31 
 REFERÊNCIAS .................................................................................... 32 
 
9 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Todas as infecções originadas em âmbito hospitalar são consideradas 
infecções adquiridas ou transmitida após a admissão do cliente, onde ocorrem 
manifestações clinicas durante o período de estadia ou após a alta hospitalar, 
podendo estar relacionada com procedimentos hospitalares ou internação (BRASIL, 
1998). 
Elas geram o aumento da taxa de mortalidade, tempo de internação, custos 
e surgimento de bactérias resistentes. O setor responsável pela prevenção dessas 
infecções fica sob a responsabilidade da Comissão de Controle de Infecção 
Hospitalar (CCIH). 
O controle das infecções hospitalares (IH) apresenta como problema 
desafiador o surgimento de micro-organismos resistentes, de infecções ocasionadas 
por fungos, pacientes imunodeprimidos, e de procedimentos e dispositivos invasivos 
(CARNEIRO, 2008). 
A pneumonia adquirida no ambiente hospitalar, e a pneumonia associada à 
ventilação mecânica (PAVM), representa um desafio diagnostico e terapêutico. As 
taxas de longevidade da população, a utilização de imunossupressores e fármacos, 
modificaram a interação entre o agente infeccioso e o hospedeiro, favorecendo o 
aparecimento de novos micro-organismos e o desenvolvimento de patógenos 
resistentes. O uso indiscriminado de antimicrobianos, e o tratamento inadequado são 
fatores que contribuem para este desafio permanente. 
Quando ocorre a evolução desfavorável do paciente, ele é encaminhado 
para unidade de terapia intensiva, com indicação de intubação orotraqueal e 
instituições da ventilação mecânica invasiva poderão surgir indícios de infecção 
entre 48 a 72 horas após o inicio da ventilação mecânica, sendo considerada 
pneumonia nosocomial (SBPT, 2007). 
A pneumonia adquirida no hospital é uma infecção geralmente de origem 
bacteriana que atinge as vias aéreas inferiores (FERNANDES, FERNANDES, 
RIBEIRO-FILHO, 2000; FEIJÓ e COUTINHO, 2005). 
A PAVM é em geral a maior complicação que os pacientes conectados a VM 
enfrentam, considerando a infecção de maior índice de prevalência nas unidades de 
terapia intensiva (UTI) e a principal causa de óbitos por infecção intra-hospitalar, nos 
10 
 
 
quais os pacientes ventilados por um período maior de que 48 horas são de 20 a 
25% com aumento de 1% ao dia de VM. O risco de adquirir pneumonia é 21 vezes 
maior em pacientes que estão em VM, comparados com os pacientes não 
submetidos a este procedimento. A mortalidade decorrente da PAVM varia entre 30 
a 70% dependendo do estudo realizado, e também os pacientes que sobrevivem, 
tem um prolongamento de sua estadia entre 20 a 45 dias (IRIBARREN et al.,2009). 
As infecções hospitalares representam grande problema de saúde publica 
por elevarem as taxas de morbidade e mortalidade. A pneumonia é em geral uma 
das mais importantes taxa de mortalidade com 30 a 60%. Estratégias preventivas 
são apontadas como uma das formas de controlar e limitar as consequências das 
infecções hospitalares (FLECK, 2009). 
 
1.1 JUSTIFICATIVA 
 
Conforme dados da vigilância do National Nosocomial Infection Surveillance 
(NNIS) do CDC, a pneumonia e considerada a segunda infecção mais comum em 
unidade de terapia intensiva (UTI). Nos pacientes intubados, a incidência é de 7 a 21 
vezes maior do que aqueles que não necessitam de ventilador (BERALD e 
ANDRADE, 2008). 
Tem se observado que a pneumonia associada à ventilação mecânica 
(PAVM) apresenta um impacto variável, em termos de mortalidade, custos, aumento 
da permanência do paciente nas unidades hospitalares e tempo de ventilação 
mecânica. 
Conhecendo as causas que levam a esta afecção, as medidas de prevenção 
para as pneumonias são essenciais, devendo ser implantadas estratégias de 
controle centrando suas ações no treinamento de condutas para a assistência ao 
paciente critico. Os bons resultados dependem do envolvimento de toda a equipe, 
sendo de suma importância a educação continuada de todos os profissionais que 
trabalham com pacientes com predisposição a desenvolver PAVM. 
Diante destas considerações entendemos que as medidas preventivas 
dessas infecções deve-se a equipe de enfermagem que assiste o paciente de forma 
direta e que responde por vários mecanismos de prevenção. 
11 
 
 
Portanto, deve se preservar o bem estar físico, mental e emocional do 
paciente numa visão holística, buscando a excelência no atendimento, competência 
profissional e minimizar consequentemente a ocorrência de PAVM. 
Evidencia-se que a utilização por parte da equipe multiprofissional das 
diretrizes para a prevenção das infecções nosocomiais podem prevenir a PAVM em 
pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva. 
 
1.2 OBJETIVO 
 
 Analisar pesquisas que estudaram sobre a pneumonia associada à 
ventilação mecânica, e descrever os resultados encontrados pelos autores sobre 
este tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
2 METODOLOGIA 
 
O método utilizado para atingir os objetivos foi uma pesquisa bibliográfica 
sobre o assunto. Para Dyniewicz (2007), a pesquisa bibliográfica utiliza vasta 
literatura para estudar e analisar aspectos diversos de um tema, contribuindo para 
uma pesquisa futura mais estruturada. 
Realizou-se um levantamento bibliográfico retrospectivo, dos últimos sete 
anos (2005–2012), por meio do banco de dados LILACS (Literatura Latino-
Americana do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Libray 
Oline), foram utilizados como descritores: pneumonia, ventilação mecânica, unidade 
de terapia intensiva. Foram encontradas 37 publicações sendo analisadas 30. Foram 
excluídos os artigos que não se apresentavam na integra, ou ano inferior ao 
levantamento bibliográfico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
3 PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA 
 
3.1 DEFINIÇÃO 
 
A pneumonia é uma infecção no parênquima pulmonar causada uma vasta 
variedade de agentes infecciosos, nos quais são as bactérias, microplasmas, fungos, 
parasitas e vírus, sendo que a pneumonia bacteriana é a forma mais comum da 
doença. È uma infecção aguda dos pulmões, que pode manifestar sinais e sintomas 
respiratórios, sendo eles a tosse produtiva, respiração curta ou longa e dores no 
peito, alem de sintomas não especifico como febre, fadiga, dores musculares e falta 
de apetite. As bactérias são as causas mais comum e frequente da doença e 
também as mais fáceis de prevenir e tratar. São elas classificadas em pneumonia 
adquirida na comunidade ou pneumonia nosocomial (PN). (LODE et al., 2000; 
CARVALHO, 2004; AMARAL, 2009; OLAECHEA., 2010). 
Segundo a ANVISA (2005) a infecção hospitalar é um agravo da origem 
infecciosa que acomete o paciente em sua admissão, estadia e após a alta e que 
pode ser relacionada comos procedimentos hospitalares, e estas infecções são 
considerada fatores importante de complicação no tratamento de pacientes, pois 
pode causar tanto sofrimento para si como para os familiares, e contribuem para a 
taxa de morbidade, mortalidade, tempo de permanência hospitalar e elevados custos 
no tratamento pós-infecção. 
As infecções que acometem os pacientes são frequentes nas UTI, pois neste 
ambiente o paciente esta mais exposta ao vários riscos de adquirir uma infecção, 
levando se em conta a sua condição clinica e as rotinas de procedimentos invasivos 
que esta sendo submetido (GUSMAO, DOURADO e FIACCONE, 2004). 
O procedimento de intubação traqueal consiste na introdução de um tubo na 
luz da traquéia, mas consequentemente este procedimento reduz a eficácia das 
defesas pulmonares, sendo assim é possível afirmar que os pacientes criticamente 
doentes tem maior risco de desenvolver pneumonia nosocomial. (CARNEIRO e 
SARIDASKI, 2008). 
Conforme apontado pelas Diretrizes Brasileiras para Tratamento das 
Pneumonias Adquiridas no Hospital e Associada à Ventilação mecânica de 2007, as 
pneumonias são definidas em: 
14 
 
 
a) Pneumonia adquirida no hospital (PHA): é a que tem ocorrência após 
48 horas da admissão hospitalar, geralmente tratada na unidade de internação 
(enfermarias\apartamentos), não tendo relação à intubação orotraqueal ou a VM, 
podendo no entre tanto ser encaminhada para tratamento em UTI, quando há 
indícios ou evolução para a forma grave. Devido a implicação etiológicas, 
prognosticas e terapêuticas, a PHA tem sido classificada decorrente ao tempo de 
internação podendo ser precoce ( se apresenta ate 96 horas de internação) ou tardia 
( a qual se inicia após o período de 96 horas de internação). 
b) Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM): aquela que se 
manifesta entre o período de 48- 72 h após a intubação orotraqueal e instituição da 
VM invasiva. Da mesma forma a PAVM também é classificada em precoce (que se 
manifesta até 96 horas de intubação e inicio da VM) e tardia (a que se inicia após 96 
horas da intubação e VM) (TEIXEIRA et al., 2007). 
A PAVM com inicio precoce apresenta melhores prognósticos e 
normalmente é causada por bactéria com baixa resistência a antibióticos, em contra 
partida a PAVM tardia tem maior probabilidade de ser originada por germes 
multirresistentes, levando a maior tempo de permanência no hospital, a morbidade e 
mortalidade (KOLLER, 2005). 
A pneumonia é geralmente de origem aspirativa, sendo a sua principal fonte, 
as secreções das vias aéreas superiores. Estas aspirações são mais comumente em 
microaspirações silenciosas do que em macroaspiração, pois quando acontecem 
trazem um quadro de insuficiência respiratória grave progressiva (LOPES e LOPES, 
2009). 
Beraldo (2008) em seus ensinamentos diz que a presença do tubo 
endotraqueal é um fator de grande risco para a pneumonia, pois prejudica também a 
eficácia do reflexo da tosse, pois o fechamento da glote esta impossibilitado pela 
presença do tubo, contribuindo para formação e acumulo de secreções. 
 
3.2 PREVALÊNCIA DE PNEUMONIA 
 
A pneumonia nosocomial ou hospitalar é geralmente causada por bactérias, 
sendo considerada a segunda causa mais comum de infecção hospitalar, onde a 
primeira causa é a infecção do trato urinário. Estudos mostram que a pneumonia 
15 
 
 
hospitalar aumenta o tempo de estadia dos pacientes em torno de sete a 10 dias. 
Acometem cerca de 250 mil pacientes todos os anos e representa um impacto em 
termos de custos hospitalares (AMERICAN THORACIC SOCIETY, 2008). As taxas 
de pneumonia são altas nas UTI, em particular nos pacientes com ventilação 
mecânica, sendo assim considerada a complicação mais comum em pacientes 
hospitalizados (MYRIANTHEFS et al., 2006). 
Realizado um estudo descritivo que teve como objetivo descrever o perfil 
epidemiológico das infecções hospitalares, realizado no Hospital Universitário João 
de Barros Barreto, em Belém-Pará-Brasil, onde constatou que das 365 infecções 
ocorridas no período de janeiro a dezembro de 200, a causa de maior incidência foi 
a pneumonia com 19,5%. (RIBEIRO et al., 2006). 
Estudos realizados por Seligman (2006) no Hospital de Clinicas de Porto 
Alegre apresentam que pacientes internados na UTI, tem uma letalidade de 38,7% 
no período de até 28 dias após sua alta da UTI. 
Para determina a relevância de infecções adquirida em UTI, e os principais 
fatores para esta infecção e identificar os organismos infectantes de maior incidência 
e avaliar a relação entre mortalidade x infecção adquirida na UTI com base em 16 
UTI do estado do Rio Grande do Sul, excluindo as unidades coronarianas e 
pediátricas, com uma população de 174 pacientes com faixa etária maior que 12 
anos, que ocuparam um leito da UTI, padrões de resistência dos patógenos isolados 
e fatores de risco para infecção adquirida. Foram um total de 122 pacientes que 
representa (71%) estava infectado, (29%) adquiriram na UTI. A pneumonia 
apresenta (58,2%), infecção do trato urinário (18%) foram os tipos que mais se 
apresentaram com maior frequência de infecção. Os microorganismos como 
stafilococos aures (42%) co resistência a oxacilina, pseudômonas aeruginosa (31%). 
Os fatores de riscos que mais foram identificados na UTI são: acesso venoso 
central, cateter urinário, intubação orotraqueal por tempo prolongado e tempo de 
permanência na UTI (maior que 30 dias). 
Os autores relatam que os fatores de risco associado à morte foram idade 
falência orgânicos, prótese em vias aéreas com ou sem ventilação mecânica 
(LISBOA et al., 2007). 
Estudos de Boots et al. (2005), realizado em 14 UTI, na Austrália e Nova 
Zelândia, mostrou a pratica clinica em pacientes submetidos a ventilação mecânica, 
16 
 
 
que 476 episódios de pneumonia foram relatados, observando que 48% foram 
adquiridas na comunidade; 24% no ambiente hospitalar, e 28% foram associada a 
VM. 
 
3.3 FATORES DE RISCO 
 
Os fatores de risco para o surgimento da pneumonia são diferenciados como 
modificáveis e não modificáveis. Os fatores modificáveis podem ser realizados por 
medidas simples, as quais são lavagem das mãos, protocolos que visam à redução 
de uso incontrolado de antimicrobianos e a informação periódica aos profissionais, 
quanto à prevalência e resistência da microbiota. Os riscos muitas vezes estão 
relacionados ao sexo, doenças pulmonares preexistentes, falência múltipla de 
órgãos, ou a fatores relacionados ao tratamento como a intubação e a nutrição 
enteral (SBPT, 2007). 
São vários os fatores para o desenvolvimento da pneumonia ou colonização 
da orofaringe, conforme descrito no quadro I. Os fatores de risco para o 
desenvolvimento de infecção respiratória são os fatores como a idade, desnutrição, 
insuficiência renal, neoplasia, tabagismo, uso de medicamentos intravenoso, uso 
prolongado de antimicrobianos ou cirurgias que necessitem de terapia respiratória 
com presença de tubos endotraqueal (TET) e ventilação mecânica. São todos esses 
fatores que podem causar a colonização da orofaringe e estomago, podendo 
contribui para o surgimento de pneumonia nosocomial, como condições que 
aumentem o índice de aspiração ou refluxo (uso de sondagastrica ou nasoenteral e 
posição supino) e também nas condições que necessitem de uso prolongado de 
suporte ventila tório com risco potencial a exposição de equipamentos colonizados 
ou as mãos dos profissionais que manipulam o paciente. 
 
 
TABELA I - Fatores de risco independentes para PAVM. 
FATORES FATOR DE RISCO 
Fatores Maiores • Trauma 
• Queimadura 
• Doença neurológica 
• Tempo de ventilação mecânica > 10 dias 
• Bronco-aspiração presenciada 
17 
 
 
• Colonização do trato respiratório Por bacilos Gram-negativos 
• Ausência de antibioticoterapia 
• Uso de PEEP> a 7,5 cmH2O 
 
Fatores menores• Doença Cardiovascular 
• Doença respiratória 
• Doença gastrointestinal 
• Cirurgia torácica ou abdominal 
• Administração de Bloqueadores neuromusculares 
• Tabagismo 
• Hipoalbumonemia na admissão (alb < 2,2 g/dL) 
 
Outros fatores • Idade (> 60 anos) 
• Sexo masculino 
• Piora do SOFA ( avaliação de falência sequencia de órgãos 
• Paciente proveniente da emergência 
• Nutrição enteral por qualquer via 
• Insuficiência renal 
• Bacteremia 
• Dreno de torax 
 Fonte: SBPT (2007) 
 
Todos esses fatores associados no ambiente hospitalar, ainda existe o fato 
dos pacientes estarem imunologicamente comprometidos devido a sua patologia ou 
a medicamentos, ocorrendo a diminuição do fluxo salivar devido a procedimentos, 
tais como a desidratação terapêutica (com o objetivo de aumentar sobre tudo a 
função cardíaca e respiratória), alem da diminuição do reflexo da tosse e da 
capacidade de higiene oral diminuída, que fazem com que esses grupos de 
pacientes tenha um risco ainda maior de desenvolver outras patologias. Conforme 
estudos realizados evidência se a associação à colonização microbiana da 
orofaringe e da placa de biofilme dental à PAVM. Grande parte dos adultos em bom 
estado de saúde apresenta aspiração da secreção da orofaringe durante o sono, e 
esses números aumentam quase 70 % quando se trata de paciente com 
rebaixamento de nível de consciência. Quando a respiração do paciente fica ineficaz 
a ponto de ser necessária a intubação podem ocasionar um risco de microaspiração 
de patógenos até o trato respiratório inferior. O tubo orotraqueal por siso proporciona 
um ambiente inerte na qual as bactérias podem se aderir, colonizar e crescer, assim 
formando o biofilme ou placa, de onde poderá ser broncoaspiradas (AMARAL, 
CORTEZ e PIRES, 2009). 
 
 
 
18 
 
 
3.4 COMPLICAÇÕES 
 
A pneumonia nosocomial é uma complicação comum entre os pacientes 
hospitalizados, estando em associação com o grande risco de morte e maior tempo 
de internação, também com o aumento dos custos hospitalares, e de uso frequente 
de antibióticos e tempo de estadia hospitalar, alem de constituir reservatórios para 
bactérias multirresistentes (MYRIANTHEFS et al., 2006). 
A infecção hospitalar, em geral acarreta um tempo maior de permanência de 
um paciente, trazendo custos adicionais, gerando um grande impacto clinico e 
financeiro, estando diretamente associada à alta mortalidade. O desenvolvimento da 
PAVM é também associado a um adicional de 9.6 dias de ventilação mecânica, 6.1 
dias em UTI, e 11.5 dias no hospital que gira em torno de mais de 40.000 dólares 
para hospital custo por paciente (KONKEWICS, HOEFEL, 1996). 
Segundo Jarvis (1996), estudos realizados na Infection Control and Hospital 
Epidemiology por descreve que, por ano, nesse país, existem 2 milhões de infecções 
hospitalares, Observou-se o tempo de permanência, a taxa de mortalidade e o custo 
das infecções hospitalares, sendo a pneumonia a infecção mais encontrada, 
seguidas da infecção da corrente sanguínea, infecção de sítio cirúrgico e a infecção 
do trato urinário. Os resultados mostraram que a pneumonia teve um aumento no 
tempo de internação de 7 a 30 dias, uma mortalidade de 14 a 71% e um custo 
adicional por paciente com a infecção nosocomial de $ 4.974,00 dólares. 
Um índice de 10 a 20% de pacientes que necessitam de ventilação 
mecânica por um período maior que 48 horas, desenvolve PAVM, com uma taxa de 
mortalidade que varia de 15 a 50%. PAVM parece ser um fator importante para o 
risco de morte (PORZECANSKI e BOWTON, 2006). 
Conforme um estudo realizado por Teixeira et al.,( 2004) no período de 40 
meses para determina o impacto da multirresistência bacteriana na morbidade e 
mortalidade de paciente com PAVM, encontrou 91 pacientes submetido a ventilação 
mecânica com diagnostico confirmado de pneumonia. Os estudos foram 
classificados por micro-organismo multirresistente e por sensíveis a 
antibioticoterapia. A pneumonia foi causada por micro-organismo multirresistente em 
75 casos o que representa (82%) e por micro-organismo sensível a antibioticoterapia 
16 com (17,6%) deles. O staphylococcus aureus foi responsável por 27,5% dos 
19 
 
 
casos de pneumonia associada a ventilação mecânica e a Pseudomonas aeruginosa 
por 17,6%. A doença foi apresentada nos primeiros períodos em 33 pacientes 
representando (36,3%) e período tardio em 58 deles com (63,7%). O tratamento 
empírico foi considerado inadequado em 42 pacientes com pneumonia por bactéria 
multirresistente com (56%) e em 4 com pneumonia por microorganismo sensível 
(25%). A taxa de óbito ocorreu em 46 pacientes que apresentavam pneumonia por 
bactéria multirresistente (61%), e em 4 daqueles com pneumonia por 
microorganismo sensível (25%). Os autores puderam concluir que a multirresistencia 
bacteriana não apresentou impacto na morbidade, mas esteve relacionada à maior 
taxa de mortalidade. 
Foi realizado um estudo em 233 pacientes submetidos à VM, utilizou como 
parâmetros primários: tempo de VM, tempo de estadia na UTI, tempo de estadia 
hospitalar e mortalidade. Os parâmetros secundários foram: mortalidade hospitalar, 
perfil microbiológico, uso de antibióticos e fatores de risco para PAVM, Os resultados 
apontaram que a ocorrência de PAVM se apresentou positivamente ao maior tempo 
de permanência sob suporte ventilatório invasivo (com 15 dias a mais), e prolongou 
a estadia na UTI (15 dias adicionais) e no hospital (13 dias) de maneira significativa. 
Da mesma forma houve aumento na mortalidade na UTI, no entanto a mortalidade 
hospitalar não foi afetada pela incidência da infecção. Conclui-se que os resultados 
deste estudo mostram a PAVM como um fator de risco independente para 
mortalidade na UTI. A mortalidade hospitalar, não foi significativamente diferente em 
relação ao grupo controle. A PAVM esta diretamente relacionada ao maior tempo de 
permanência da VM, e da estadia prolongada na UTI. A etiologia da PAVM neste 
grupo esteve associada a germes com resistência a antimicrobianos. A 
antibioticoterapia inicial revelou-se inadequada em uma porção substancial dos 
casos, e o tempo da VM e o uso inicial de antibióticos foram fatores de risco para 
PAVM (RODRIGUES et al., 2006). 
 
3.5 DIAGNÓSTICO 
 
A PAVM uma resposta inflamatória do hospedeiro na qual ocorre a 
multiplicação incontrolada de microoganismos que invadem as vias aéreas distais. 
20 
 
 
Os estudos histológicos mostram que a pneumonia é caracterizada pelo acumulo de 
neutrófilos na região dos bronquíolos e alvéolos (MARTINS et al.,2010). 
Uma dificuldade para realização desse tipo de diagnostico reside na falta de 
um critério preciso como diferencial com as infecções de vias aéreas inferiores. No 
entanto, outras doenças podem apresentar sintomas semelhantes tais como: 
atelectasia, dano alveolar difuso, edema pulmonar, toxicidade decorrente de 
fármacos e hemorragia alveolar (ENCORI e HUGHES, 2006). 
A suspeita clinica se baseia no surgimento de infiltrado pulmonar com 
aparecimento na radiografia de tórax que pode mostra a presença de liquido pleural, 
associado com a presença de alterações de exames laboratoriais, temperatura 
corpórea acima de 38°C ou menos que 36°C e aspiraçã o com secreção purulenta, 
leucocitose > 10 mil, ou leucopenia < 4 mil (ROSENTHAL, GUZMAN e CRNICH, 
2006). 
 
3.6 PREVENÇÃO 
 
Com a finalidade de diminuir a pneumonia hospitalar e também sobre a 
qualidade assistencial oferecida aos pacientes, o CDC desenvolveu um guia 
contendo recomendações e técnicas profiláticas para pneumonia nosocomial. 
As recomendações classificadas pelo guia segue 4 recomendações 
definidas abaixo de acordo com a indicação atual para cada uma delas: 
 Categoria IA – altamente recomendada para todos os hospitais e fortemente 
embasada por estudos experimentais ou epidemiológicosbem conduzidos. 
Categoria IB – medida altamente recomendada para todos hospitais, bem 
efetiva segundo especialistas devido a forte evidencia sugestiva, no entanto não 
apresenta estudos científicos definitivos. 
Categoria II – medidas recomendadas para ser implantada em muitos 
hospitais devido a fortes evidenciam clinico-epidemiologicos, porem não pode ser 
aplicada em todos os hospitais. 
Questão não resolvida ou não recomendada, não apresenta evidencias 
suficientes para o seu uso diário (GUIDELINES, CDC 1997). 
O quadro II a seguir trás as diretrizes para prevenção de pneumonia 
hospitalar. 
21 
 
 
 
TABELA II – Recomendação para prevenção de pneumonia hospitalar 
TÓPICO MEDIDA DE CONTROLE RECOMENDAÇÃO CATEGORIA 
Educação em saúde Treinamento dos 
Profissionais 
Em relação à 
epidemiologia e 
prevenção 
IA 
Vigilância de infecção Indicadores epidemiológicos Medir risco do 
procedimento para 
identificar tendências, 
calcular taxas e 
divulgar dados. 
IB 
Microbiologia Monitorizarão microbiológica Não realizar culturas 
rotineiras em 
pacientes e 
equipamentos 
II 
Prevenção de 
transmissão de 
microorganismo 
Reprocessamento de 
equipamentos 
Limpeza previa IA 
 Artigos semi-críticos Esterilização ou 
desinfecção de alto 
nível 
IA 
 Ventiladores Mecânicos Não esterelizar ou 
desinfetar maquinaria 
interna 
II 
 Circuitos Respiratórios Não trocar 
rotineiramente 
somente quando 
estiver sujo ou 
danificado 
IA 
 
 Drenar e descartar 
qualquer circuito com 
presença de 
condensado nos 
circuitos 
IB 
 
 Usar luvas para 
manipular condensado 
dos circuitos 
IB 
 
 Filtro no circuito 
respiratório 
Sem 
recomendação 
 Umidificadores Água estéril para 
umidificadores 
II 
 Nebulização de medicação 
de pequeno volume 
Limpar, desinfetar, 
enxaguar com água 
estéril e secar 
IB 
 
 Fluido estéril para 
nebulização 
IA 
Transmissão cruzada Higiene das mãos Contato com 
membranas mucosas, 
secreções 
respiratórias 
IA 
 Traqueostomia Técnica asséptica II 
 
 Cânula submetida a 
esterilização ou 
desinfecção 
IB 
Prevenção da 
broncoaspiração 
associada a nutrição 
Paciente com VM ou com 
Nutrição Enteral 
Elevar a cabeceira do 
leito entre 30 a 45 
graus 
II 
22 
 
 
enteral 
Precaução para 
prevenção da aspiração 
Prevenção da aspiração 
associada a intubação 
Preferência por 
intubação orotraqueal 
IB 
Prevenção da 
modulação da 
colonização orofaringea 
Colonização orofaringea Limpeza e 
descontaminação da 
cavidade orfaringea 
com antiséptico e 
realizar higiene oral 
II 
 
 Bochecho com 
clorexidina 0,012% 
para pacientes em 
pré-operatório de 
cirurgia cardíaca 
II 
 
 Bochecho com 
clorexidina para todos 
pacientes em pós-
operatório de cirurgia 
cardíaca ou de alto 
risco. 
Sem 
recomendação 
Prevenção da 
pneumonia pós-
operatória 
Fisioterapia Paciente em pré-
operatório com alto 
risco 
IB 
 
 Espirometria em 
pacientes pós-
operatório com alto 
risco 
IB 
 Fonte: Protocolo da AMB e CFM 
 
Para a prevenção o alvo principal são as fontes ambientais de contaminação 
as quais são a infecção cruzada que esta diretamente relacionada com a equipe de 
enfermagem que tem o contato direto com o paciente, medicações e fatores 
mecânicos como a sonda nasogastrica que leva a colonização orofaríngea e refluxo 
gástrico. O uso indiscriminado de antibiótico também acarreta a colonização com 
patógenos nosocomiais e aumento da resistência aos antibióticos (CRAVEN, 2006). 
A técnica de lavagem das mãos continua sendo uma das medidas de maior 
resultado na prevenção da infecção hospitalar (FEIJO e COUTINHO, 2005). 
 
3.7 HIGIENIZAÇÃO ORAL 
 
A microbiota da cavidade bucal normal é composta por mais de 300 
espécies de bactérias que se mantém em harmonia e equilíbrio em condições 
normais, mas podem também sofrer interferência de fatores relacionados ao 
hospedeiro tais como interação entre enzima e microorganismo, diminuição da 
produção salivar e níveis elevado de enzimas protease e neuromidases, a qual 
23 
 
 
remove das superfícies dos dentes uma substancia denominada fibronectina que 
esta diretamente associada a uma higiene oral precária e surgimento das gengivites, 
promovendo dessa maneira o surgimento de bactérias Gram-negativas (MEDEIROS, 
MENEZES e VALLE, 2005). 
A higiene bucal é uma pratica tradicional na assistência ao paciente, nos 
últimos anos começaram a surgir mais evidencias científicas para a prevenção das 
HI. As atuais diretrizes para o controle de infecção respiratória (CDC), no entanto 
recomenda a implantação de programas de educação continuada sobre higiene 
bucal para pacientes em (UTI), não as categoriza como recomendação baseadas em 
fortes evidencias (BERALDO e ANDRADE, 2008). 
Tem se realizado estudos de medidas e estratégias para prevenir a 
colonização oral aplicado antibiótico tópicos não absorvíveis, porem o uso continuo 
de profilático eleva o risco da indução e seleção de microoganismos resistentes 
devido a isto não se tem recomendado (FEIJÓ e COUTINHO, 2005). 
A clorexidina é um agente antimicrobiano com amplo espectro de atividade 
contra os bacilos gram-positivos nos quais esta S. Aureus que apresenta grande 
resistência a oxaciclina e Enterococcus SP. Resistente à vancomicina, e com baixa 
eficácia contra gram-negativos. A absorção ocorrida pelos tecidos permite uma ação 
de tempo residual de 5 horas após a aplicação (CAROLINA e DENISE, 2008). 
A presença local de imunoglobulinas atua como barreira de defesa ao 
ataque das bactérias, alem dos fatores já citado anteriormente podemos constatar 
que pacientes que são tabagistas, etilista uso de antibioticoterapia, permanência 
hospitalar, deficiência do estado nutricional e higiene bucal deficientes são 
agravantes que contribuem para o aumento ou diminuição da flora microbiana oral, 
facilitando o estabelecimento do biofilme oral que anteriormente se denominava 
placa (RAGHAVENDRAN, MYLOTTE e SCANNAPIECO, 2007). 
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2007) 
recomenda a descontaminação da cavidade oral com clorexidina ou clorexidina 
associada à colistina, na prevenção de PAVM em pacientes submetidos à VM. 
Estudos realizados por Beraldo e Andrade (2008) concluíram que a 
clorexidina diminui a colonização da orofaringe, assim reduz a PAVM. 
24 
 
 
Uma recente pesquisa realizada em 59 UTIs europeias mostra que 60% 
delas utiliza-se a descontaminação oral com clorexidina como rotina (CHAN, RUEST 
e COOK, 2007). 
Embora não se tenha ainda estabelecido um protocolo mais efetivo para o 
controle do biofilme oral na prevenção da PAVM, é consenso entre os estudos que 
sua utilização é de grande valia e que a equipe responsável pelos cuidados orais 
são essencial para o êxito das manobras preventivas, além do beneficio direto na 
qualidade de vida deste paciente e sua recuperação, ainda contribui para diminuição 
dos custos se fosse investido no manejo do paciente com pneumonia nosocomial 
confirmada (SONA et al., 2009). 
 
3.8 ASPIRAÇÃO POR SISTEMA ABERTO E FECHADO 
 
A aspiração de secreção respiratória é um procedimento muito frequente na 
UTI. O objetivo principal é manter as vias aéreas permeáveis, garantindo uma 
ventilação e oxigenação adequada e também é se considera importante na 
prevenção da PAVM, pois a presença do tubo endotraqueal favorece o crescimento 
de microoganismos que podem migrar para as vias aéreas através do tubo 
ocasionando agravos respiratória tais como a pneumonia (ZEITON, BARROS e 
DICCINIA, 2003). 
Na atualidade podemos verificar a existência de dois tipos de sistema de 
aspiração endotraqueal, sistema aberto no qual necessitaa desconexão do paciente 
do ventilador mecânico, seguido da introdução, de forma asséptica, de um cateter de 
aspiração no interior do tubo. O sistema fechado de aspiração é de múltiplo uso e 
permite a aspiração sem desconexão, ele se apresenta coberto por uma envoltura 
transparente, flexível e estéril contribuindo para a prevenção de contaminação por 
manuseio e o mesmo fica posicionado entre o tubo traqueal e o circuito do ventilador 
mecânico com tempo de permanência de 24 horas reduzindo custos (ZEITON, 
BARROS e DICCINIA, 2003). 
O uso do sistema fechado resulta na menor incidência de casos de 
pneumonia em comparação com o sistema aberto, no entanto uma diferença 
significativa não se foi observada, estes resultados estão de acordo com vários 
outros estudos realizados (LORENTE et al.,2006). 
25 
 
 
Estudos realizados por Pagotto et al.,(2008) de caráter de revisão 
sistemática, concluirão que ao compararem sistema aberto x sistema fechado de 
aspiração que não houve variáveis nas comparações entre incidência de PAVM, 
mortalidade, tempo de permanência na UTI, tempo de VM, PacO2, PaO2, pressão 
arterial média (PAM), frequência cardíaca e remoção das secreções no uso dos 
sistemas aberto e fechado. No entanto houve uma diminuição de SpO2 e dos 
volumes pulmonares no uso do sistema aberto e custos elevados nos estudos que 
refere-se a sistema fechado. No entanto, o uso do sistema fechado de aspiração 
pode aumenta o risco de colonização, mas em contra partida apresenta vantagem 
de não diminuir os volumes pulmonares consequentemente não acarreta queda de 
saturação em especial nos pacientes com insuficiência respiratória grave e em uso 
de níveis maiores de pressão expiratória final positiva (PEEP). 
Conforme aponta as Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias 
adquiras no hospital e Associada à Ventilação Mecânica (2007), nas quais devem 
ser respeitadas algumas técnicas e recomendações básicas de aspiração das 
secreções de acordo com o grau de evidencia (Quadro III), o que resulta diretamente 
na diminuição da incidência das pneumonias adquiridas no hospital, e 
consequentemente, na morbimortalidade: 
 
TABELA III - Correspondência entre o grau de recomendação e a força de evidencia 
científica. 
GRAU DE 
RECOMENDAÇÃO 
TIPOS DE ESTUDOS 
A Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência 
B Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência 
C Relatos de casos estudos não controlados 
D Opinião desprovida de avaliação critica baseada em consensos, 
estudos fisiológicos ou modelos animais. 
 Fonte: Protocolo da AMB e CFM 
 
Deve ser realizada por demanda, ou seja, quando necessário, e não em 
horários pré-estabelecidos. (Grau C) 
• Lavagem das mãos na técnica ante da aspiração dos pacientes. 
• Não há recomendação para o uso de luvas estéreis para realizar o 
procedimento. (Grau A) 
26 
 
 
• Quando a opção recai sobre o sistema de aspiração aberto, as sondas 
utilizadas devem ser estéreis. (Grau A) 
• O liquido utilizado para a remoção das secreções deve ser estéril. 
(Grau A) 
• Não há preferência sobre sistema fechado de multiuso ou o sistema 
aberto de aspiração. Apesar de o sistema fechado apresentar facilidade de 
manuseio para a equipe assistência, não há evidencias de que seu uso diminua a 
incidência de PAH, quando comparado com o sistema aberto de aspiração. (Grau B) 
• O frasco de colheita do aspirador deve ser trocado entre pacientes 
distintos. (Grau A) 
• O uso de cânulas endotraqueais com dispositivo de aspiração continua 
de secreção acumulada em região infra-glotica (Sistema de Sucção infra-glotica 
continua) mostrou diminuição na incidência de PAVM e, portanto, o seu uso deve ser 
recomendado. (Grau B) 
• Descontaminação orofaringeana com clorexidine ou clorexidine e 
colistina reduz e retarda o desenvolvimento de PAVM nos pacientes sob VM. (Grau 
B) 
 
3.9 CONTROLE DA PRESSÃO DO CUFF 
 
Na prevenção PAVM um cuidado importante consiste na manutenção e 
verificação adequada da insuflação do balonete. Se for insuflado em excesso, o 
balonete pode provocar estenose, traqueo malácia e fistula traqueoesofagica. Em 
contra partida se estiver pouco insuflado, pode ocorrer à passagem das secreções 
acumuladas na cavidade oral ao trato respiratório inferior (DIAS, RODRIGUEZ e 
RELLO, 2005). 
Para oferecer um suporte ventilatório adequado para o paciente sem que 
ocorra escape de ar, as próteses endotraqueais e de traqueostomia possuem na sua 
porção final um balonete com a função de selar as vias aéreas. (JULIANO et al., 
2007). 
Vários autores recomendam que a pressão do cuff considerada em nível 
adequado deve estar entre 25 a 34 cmH20 para que ocorra uma perfusão adequada 
na mucosa traqueal (PENÃ et al., 2006). 
27 
 
 
3.10 NUTRIÇÃO ENTERAL 
 
A nutrição enteral em pacientes críticos, quando comparada com a nutrição 
parenteral, mostra-se uma redução significativa da incidência de complicações 
infecciosas. Alem disso também se deve evitar distensão gástrica como meio de 
reduzir a aspiração, pois a sonda intestinal esta diretamente associada a menor 
causa de regurgitação gastresofágica, quando comparada com o uso de sonda 
gástrica (SBTP, 2007). 
Quando o paciente apresenta refluxo gástrico, este resulta por sua vez da 
intolerância alimentar, e da diminuição ou ausência do peristaltismo intestinal. Para 
fazer uma prevenção do refluxo gástrico deve-se manter a cabeceira do doente 
elevada, se no haver nenhuma contra indicação clinica As bibliografia que apresenta 
estas indicações fazem a recomendação de que a cabeceira deve se encontrar 
elevada no ângulo d e30° a 45° graus (CRAVEN, 2006) . 
 
3.11 FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA 
 
Conforme recomendação do CDC aconselha-se instruir os pacientes em 
pós-operatório, para realizarem exercícios de respiração profunda e deambulação 
(CDC 204). 
Segundo cita (TABLAN et al., 2010) com o crescimento do uso da 
fisioterapia respiratória nos pacientes em VM, mesmo que ainda não exista um 
consenso na literatura atual da fisioterapia respiratória como rotina na prevenção de 
PAVM. Ainda necessitamos de mais estudos sobre esta temática para comprovação 
cientifica. 
 
3.12 PROCEDIMENTOS INVASIVOS E NÃO INVASIVOS 
 
O suporte respiratório com ventilação mecânica não invasiva por com 
pressão positiva (VMNIPP) é um método de suporte ventilatório na qual a pressão 
positiva é aplicada nas vias aéreas do paciente, por intermédio de mascaras sem a 
necessidade de realizar a intubação traqueal, sendo esta medida indicada em 
pacientes com insulficiencia respiratória aguda (IRA), ou com risco alto para 
28 
 
 
desenvolver a hipercapnia, ou na ira hipoximica de diferentes etiologias (ROCHA e 
CARNEIRO, 2008). 
Carneiro, (2008) em um estudo relatou que uma paciente com provável 
diagnostico de pneumonia por Pneumocystis jirovecii na qual recebeu um suporte 
respiratório não invasivo e com pressão positiva teve uma melhora no seu quadro de 
insuficiência respiratória aguda, sendo revertida e encurtando seu tempo de 
permanência no hospital alem de evita a intubação traqueal. 
A traqueostomia precoce reduz significativamente o tempo de ventilação 
mecânica, e o tempo de permanência na UTI e foi observado que os pacientes 
traqueostomizado apresenta uma menor taxa de mortalidade (DAMASCENO et al., 
2006). 
A justificativa da realização da traqueostomia parece se encontra nas causas 
de indicações de ventilação mecânica entre as causas a IRA foi a mais frequente, 
com predominância da pneumonia, visto que os pacientes com pneumonia 
apresentam frequentemente maior necessidade de aspiração de vias aéreas, alem 
de terem que iniciar o uso de antibioticoterapia para que se possa controla o 
processo infeccioso, e por fim se inicia o desmame da ventilação mecânica.A 
realização de um procedimento mais precoce como a traqueostomia contribui para a 
descontinuação da ventilação mecânica destes pacientes (BARACAT, 2009). 
As diretrizes Brasileiras para tratamento das pneumonias Adquiridas no 
hospital e Associadas à Ventilação Mecânica (2007) atribuem o uso da ventilação 
não invasiva (VNI), sempre esta indicado principalmente em pacientes com 
exacerbação da DPOC, edema agudo de pulmão cardiogenico e pacientes 
imunosuprimidos com infiltrados pulmonares, pois pode contribuir para um desmame 
ventilatório mais rápido em pacientes com DPOC. Métodos que contribuem para 
acelerar a retirada do tubo e da sedação se utilizam protocolos específicos para o 
desmame e extubação e resulta na diminuição do risco de PAVM. 
 
3.13 TRATAMENTO 
 
A principal meta da terapia antimicrobiana é eliminar de forma efetiva os 
patógenos que causam a infecção. A decisão de iniciar com os antimicrobianos 
29 
 
 
apresenta certa limitação inerente à técnica diagnostica, portanto é uma decisão que 
se baseia nos prováveis patógenos que cada paciente apresenta (ROMMES, 2008). 
No entanto o inicio imediato do tratamento é de suma importância, pois o 
tempo prolongado ao inicio de medidas tratáveis esta associado ao aumento da 
mortalidade e as implicações de organismo multirresistentes. 
Segundo estudos realizados por Rocha et al. (2008), demonstrou as 
características clinicas etiológica e resistência ao uso de antimicrobianos, em 
pacientes com PAVM. Os pacientes que estavam sob ventilação mecânica por um 
período maior que 48 horas foram agregadas nos estudos, também inclui 84 com 
diagnostico confirmado de PAVM, e 191 que não havia desenvolvido a pneumonia 
(grupo controle). O diagnostico laboratorial foi executado através da avaliação 
microbiológica de secreção traqueal. A media de duração da VM antes do 
diagnostico de PAVM foi de 23,2 ao dia. Os fatores de risco para pav foram: tempo 
submetido a ventilação mecânica, traqueostomia e utilização de antibióticos. A taxa 
de mortalidade foi em media de (32,1%), sendo inferior ao do grupo controle que 
apresentou (46,5%). Os patógenos encontrados foram: Pseudomonas aeruginosa 
(30%), Staphylococcus aures (27%), Enterobacter Klebsiella / Serratia (19%) e 
Acinetobacter spp. 
Ruiz, Guerreiro e Romero (2007), em seus estudos sobre a etiologia da 
PAVM, descrevem a co-morbidades, o uso indiscriminado de antibiótico e a taxa de 
mortalidade, e relata que o tratamento inadequado é um fator de risco para a 
mortalidade, e que pode ser melhorada com conhecimentos sobre a etiologia da 
PAVM. Foram realizados estudos em 48 pacientes com pneumonia, dos quais 19 
era do sexo feminino, a faixa etária foi de 59 anos, doze era de inicio precoce de 
PAVM, com resistência a meticiclina. O principal microorganismo isolado foi a 
Staphylococcus aureus (MRSA), seguido pela etiologia polimicrobiana, nos quais 
está os Acinetobacter e Sp P. aeroginosa. O uso inicial com antimicrobianos teve 
relação com a MRSA, a mortalidade foi de 35% com associação a P. aeruginosa. 
Um estudo realizado no Brasil apresentou que 81% das PAVM foram 
causada por bactérias multirresistentes, na qual o S. aureus foi o que apareceu com 
maior prevalência, a bactéria P. aeruginosa é a mais frequente causadora de 
PAH/PAVM. Os dados demonstra a variabilidade entre os hospitais e as unidades, e 
os riscos de tratamento de forma inadequada ao se basear de dados de prevalência 
30 
 
 
de outras localidades, como base para elaboração de protocolos de tratamento 
impirico. O esquema de tratamento deve incluir agente anti-pseudomonas. As 
diretrizes ainda não estabeleceram um consenso sobre qual o correto tempo de 
tratamento preconizado, mas afirma que se for iniciado corretamente estima-se um 
prazo de 8 dias, ou prolongando para 15 dias, caso a PAVM seja por outros germes 
resistentes (CARVALHO, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
O trabalho nos demonstra que a PAVM é uma patologia bastante incidente e 
apresenta taxas elevadas de morbidade e mortalidade em pacientes submetidos à 
intubação orotraqueal em unidades de terapia intensiva, alem de gerar aumentos 
nos custos hospitalares e representar um problema de saúde publica. O devido 
conhecimento de sua epidemiologia, fatores de riscos e medidas de prevenção e 
tratamentos adequados é fundamental para evitar as complicações decorrentes 
desta doença. 
As medidas consideradas simples e de baixo custo como a higienização da 
cavidade oral e a técnica de lavagem das mãos são de grande eficiência para a 
prevenção dessa doença e assim evitar posteriores custos com tratamentos que se 
não forem aplicados de forma correta poderá favorecer ao surgimento de bactérias 
multirresistentes complicando ainda mais o quadro do paciente em VM. 
O conhecimento de todos os profissionais da área de saúde ou que 
trabalham diretamente no ambiente hospitalar principalmente nas UTIs adotem 
medidas de prevenção da PAVM a fim de reduzirem os riscos para sua ocorrência 
contribuindo para um melhor prognostico do paciente. 
Esperam-se novos estudos acerca das praticas de prevenção da PAVM e 
seu correto tratamento, pois é necessário para que possamos auxiliar nas tomadas 
de decisões, apoia a implantação de novas técnicas e tecnologias repercutindo na 
qualidade da assistência prestada ao paciente que se encontra submetido à 
ventilação mecânica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
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