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Direito do Trabalho I Profa. Ana Marques CONCEITO TEORIA DO CONGLOBAMENTO: “Constrói um procedimento de seleção, análise e classificação das normas cotejadas. Para essa teoria não cabe se fracionarem preceitos ou institutos jurídicos, realizando-se a comparação, em busa da norma mais favorável, a partir da totalidade dos sistemas ou diplomas jurídicos comparados ou, pele menos, a partir de um bloco relevante e coerente dessa totalidade”. Fonte: DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho (2017, p.198). JURISPRUDÊNCIAS – TEORIA DO CONGLOBAMENTO: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. DIFERENÇAS SALARIAIS. PISO SALARIAL. JORNADA DE TRABALHO. CONVENÇÃO COLETIVA APLICÁVEL. APLICAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL. TEORIA DO CONGLOBAMENTO. Esta Corte adota o entendimento de que prevalece a aplicação do princípio do conglobamento para a solução do conflito acerca das condições estabelecidas e convenção e acordo coletivo, segundo o qual tais normas devem ser consideradas em seu conjunto para efeito de apuração da norma mais benéfica. Na hipótese, denota-se, da decisão recorrida, que o Regional entendeu que as convenções coletivas de trabalho firmadas pelo SINTTEL-RJ, em seu todo, previam normas mais benéficas àquelas elencadas nas convenções coletivas firmadas pelo SINTTEL-Norte e Noroeste Fluminense, motivo pelo qual entendeu devido o pagamento de diferenças salariais decorrentes da aplicação do piso salarial e da jornada de trabalho de 40/44 horas semanais previstas naquele instrumento coletivo . Para se decidir em sentido contrário ao do Regional seria necessário o revolvimento de fatos e provas, o que é vedado nesta esfera recursal de natureza extraordinária, conforme teor da Súmula nº 126 do TST. Agravo de instrumento desprovido. (TST - AIRR: 13395420125010055, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 16/03/2016, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 18/03/2016). AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. DIFERENÇAS SALARIAIS. PISO SALARIAL. JORNADA DE TRABALHO. CONVENÇÃO COLETIVA APLICÁVEL. APLICAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL. TEORIA DO CONGLOBAMENTO . Esta Corte adota o entendimento de que prevalece a aplicação do princípio do conglobamento para a solução do conflito acerca das condições estabelecidas e convenção e acordo coletivo, segundo o qual tais normas devem ser consideradas em seu conjunto para efeito de apuração da norma mais benéfica. Na hipótese, denota-se, da decisão recorrida, que o Regional entendeu que as convenções coletivas de trabalho firmadas pelo SINTTEL-RJ, em seu todo, previam normas mais benéficas àquelas elencadas nas convenções coletivas firmadas pelo SINTTEL-Norte e Noroeste Fluminense, motivo pelo qual entendeu devido o pagamento de diferenças salariais decorrentes da aplicação do piso salarial e da jornada de trabalho de 40/44 horas semanais previstas naquele instrumento coletivo . Para se decidir em sentido contrário ao do Regional seria necessário o revolvimento de fatos e provas, o que é vedado nesta esfera recursal de natureza extraordinária, conforme teor da Súmula nº 126 do TST. Agravo de instrumento desprovido. (TST - AIRR: 13395420125010055, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 16/03/2016, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 18/03/2016). ACORDO COLETIVO. JORNADA DE 40 HORAS SEMANAIS. DIVISOR 220. CONGLOBAMENTO. A norma coletiva que instituiu jornada semanal de 40 horas, benéfica ao trabalhador, também estabeleceu a utilização do divisor 220. Na interpretação dos instrumentos coletivos deve ser utilizada a teoria do conglobamento, segundo a qual, a análise das normas coletivas deve ser feita em conjunto, não se podendo aproveitar o que é favorável ao trabalhador e desprezar aquilo que seria a ele desfavorável. (TRT-1 - RO: 00102891620155010421, Relator: MARCOS DE OLIVEIRA CAVALCANTE, Data de Julgamento: 14/09/2016, Sexta Turma, Data de Publicação: 28/09/2016).. A RELAÇÃO DE TRABALHO/EMPREGO: “A primeira expressão tem caráter generico: refere-se a todas as relações jurídicas caracterizadas por terem sua prestação essencial centrda emu ma obrigação de fazer consubstanciada em labor humano. Refere-se, pois, a toda modalidade de contratação de trabalho humano modernamente admissível. A expressão relação de trabalho englobaria, desse modo, a relação de emprego, a relação de trabalho autônomo, a relação de trabalho eventual, de trabalho avulso e outras modalidades de pactuação de prestaçõ de labor (como trabalho de estágio, dentre outros). Traduz, portanto, o gênero a que se acomodam todas as formas de pactuação de prestação de trabalho existentes no mundo jurídico atual”. Fonte: DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho (2017, p.309). JURISPRUDÊNCIAS – RELAÇÃO DE TRABALHO/EMPREGO: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ART. 114, CF/88. LIMITES. PRINCÍPIO DA CONFORMIDADE FUNCIONAL. QUESTÕES LIGADAS À RELAÇÃO DE EMPREGO. A EC 45/2004 ampliou a competência da Justiça do Trabalho no tocante à relação de emprego e as consequências jurídicas patrimoniais, materiais e imateriais, das partes envolvidas. No entanto, sob o pretexto da análise do vínculo trabalhista e questões jurídicas correlatas, a Justiça do Trabalho não pode ultrapassar à órbita trabalhista e adentrar na competência dos outros órgãos judiciários constitucionalmente constituídos, sob pena de afrontar o organograma fixado pela Constituição Federal. Recurso ordinário conhecido e não provido. (TRT-16 00171468820145160003 0017146- 88.2014.5.16.0003, Relator: JOSE EVANDRO DE SOUZA, Data de Publicação: 18/03/2016). COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. RELAÇÃO DE TRABALHO COM ENTE PÚBLICO SEM CONCURSO PÚBLICO. Não comprovada que a contratação do trabalhador pelo ente público possui natureza administrativa, ressai a competência desta Justiça Especializada para conhecer e julgar as lides resultantes da contratação pelas pessoas jurídicas de direito público sem a observância do requisito indispensável do concurso público, conforme previsto no artigo 37, inciso II, da CRFB. Apelo a que se dá provimento. (TRT-1 - RO: 00106080220145010491 RJ, Data de Julgamento: 27/01/2016, Décima Turma, Data de Publicação: 15/03/2016). RELAÇÃO JURÍDICA DE EMPREGO. ÔNUS DA PROVA. O conjunto probatório trazido aos autos favorece a tese da reclamante. Presentes, na espécie, todos os elementos configuradores da relação de emprego, ou seja, serviços prestados com permanência, pessoalidade, subordinação e onerosidade. (TRT-1 - RO: 00108949320145010033 RJ, Data de Julgamento: 17/02/2016, Terceira Turma, Data de Publicação: 02/03/2016). RECONHECIMENTO DE RELAÇÃO DE EMPREGO. EMPREGADO DOMÉSTICO. TRABALHO PRESTADO TRÊS VEZES POR SEMANA. Empregado doméstico é a pessoa física que presta, com pessoalidade, onerosidade e subordinadamente, serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas. Evidenciando-se do contexto fático que a Autora laborou para a Recorrida por onze anos, com exclusividade, e em três dias na semana, afigura-se de natureza contínua a prestação de trabalho, nos termos do art. 1.º da Lei n.º 5.859/72. (TRT-1 - RO: 00111086720145010071 RJ, Data de Julgamento: 16/03/2016, Sexta Turma, Data de Publicação: 22/03/2016).
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