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A Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial TCC Projeto

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1
1 TEMA
A Força Expedicionária Brasileira
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA
 A participação direta e efetiva do Brasil na Segunda Guerra Mundial, desde o contexto da criação da FEB até a sua desmoblização e a consequência na política interna brasileira logo aós o término da guerra.
2 PROBLEMATIZAÇÃO
 Como o Brasil, vivendo uma ditadura com um regime muito parecido com o que era exercido da Alemanha e Itália, se tornou o principal aliado sulamericano dos EUA na Segunda Guerra Mundial, formando um contigente com mais de vinte e cinco mil homens e atuando no front ao lado dos estadunidenses.
3 JUSTIFICATIVA
Um dos objetivos do estudo da História é entender como a nossa sociedade chegou até a situação em que ela se encontra no presente. Assim um dos fatos mais importantes do séc XX, a Segunda Guerra Mundial é narrado pela historiografia brasileira como se o Brasil, fosse um agente passivo de tal processo. Não é raro escritores de livros didáticos ignorarem ou quando muito, falarem superficialmente sobre o assunto. Passando a impressão para os alunos que a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, foi um fato sem relevância.
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
 - Valorizar a discussão sobre a importância da participação direta e efetiva do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 - Apresentar fatos relevantes à historiografia brasileira sobre a atuação da FEB, no combate aos nazistas na Itália ocupada durante a Segunda Guerra Mundial.
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Reconstituir a História da FEB, segundo o conceito científico da História, é uma tarefa ainda inacabada, que exige indispensável domínio das fontes históricas e pertinentes. Ela requer vasta pesquisa em arquivos estrangeiros, mas não só americanos e ingleses, mas também italianos e alemães ou de qualquer outro país da verdadeira Liga das Nações que combateu na Itália. É essencial conhecer o que pensam os outros, aliados ou não, sobre a FEB. Somente com esses dados, e com todas as pesquisas – que englobem também depoimentos dos nossos veteranos – se pode erigir o arcabouço da História da FEB.
 No exame da documentação para um estudo da FEB, deve atentar para o fato de que sua bibliografia é constituída quase totalmente de memórias e depoimentos. Os autores são sempre participantes da FEB. (SILVEIRA, 2001, p 259)
 A guerra empreendida pelos Aliados em nome das liberdades democráticas e contra a bárbarie nazista soou como um dobre fúnebre para os regimes que simpatizavam com o Eixo no continente americano. Depois de Pearl Harbour, as pressões americanas sobre o Brasil para que aderisse ao campo aliado acentuaram-se. Para Vargas, que queria se manter distante das hostilidades e cujo governo tinha mais germanófilos declarados do que partidários da aproximação com os Estados Unidos, o abandono da neutralidade e a ruptura com o Eixo foi um ato de coerção. Em 31 de Agosto de 1942, o Brasil declarou guerra contra a Alemanha e seus aliados. No ano seguinte, o governo enviou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) com 25 mil homens para participar da campanha da Itália a partir de julho de 1944. (ENDERS, 2008, p 184)
 O Brasil desempenhou importante papel na estratégia americana na guerra. A região do Nordeste brasileiro está estrategicamente localizada em relação às costas africanas. Por isso, depois de longas conversações e acordos, o Brasil permitiu a construção de uma base aeronaval em Natal, no Rio Grande do Norte. Foi de tamanha importância a instalação da base que Natal ficou conhecida como Trampolim da Vitória. Praticamente todos os materiais necessários à monumental tarefa de combater a Alemanha passavam por Natal.
 “As Américas em guerra!!!” Era assim que os programas irradiados diretamente de Nova York para o Brasil em português, buscavam apoio do povo brasileiro na causa da luta contra o fascismo. O magnata Nelson Rockefeller era o responsável por uma agência que tinha como objetivo manter uma imagem sempre simpática e amiga dos Estados Unidos, por meio de uma bem montada máquina de propaganda. Foi nessa época por exemplo, que Walt Disney criou personagens latino-americanos, cujo melhor exemplo foi o Zé Carioca. Além de disso, o Brasil enviou em 1944, mais de 20 mil soldados para combater ao lado dos americanos nos campos de batalha da itália. (TOTA, 2013, p 373)
 Em fins de 1941, tropas americanas estacionaram no Nordeste. O primeiro semestre de 1942 foi marcado por um clima abíguo apesar da ocorrência de duas decisões de importância: em janeiro daquele ano, não obstante as reticências de Góis Monteiro e de Dutra, o Brasil rompeu relações com o Eixo; em maio, Brasil e Estados Unidos assinaram um acordo político-militar, de caráter secreto.
 Entretanto, os americanos demoravam a entregar encomendas de equipamento militar porque consideravam que boa parte da oficialidade brasileira era simpatizante do Eixo. A indefinição foi superada quando, entre 5 e 17 de agosto de 1942, cinco navios mercantes brasileiros foram afundados por submarinos alemães. Sob pressão de grandes manifestações populares, o Brasil entrou na guerra ainda naquele mês. O alinhamento brasileiro ao lado da frente antifascista se completou com o envio de uma força expedicionária – a FEB – para lutar na Europa, a partir de 30 de junho de 1944. A FEB não foi uma iniciativa imposta pelos Aliados. Pelo contrário, consistiu em uma decisão do governo brasileiro, que teve de superar as restrições dos americanos e a franca oposição dos ingleses. Alguns dirigentes desses dois países consideravam problemático integrar tropas brasileiras, com sucesso, ao esforço de guerra.
 Mais de 20 mil homens lutaram na Itália, sob o comando do general mascarenhas de Morais, até o fim do conflito naquele país, a 2 de maio de 1945, poucos dias antes do término da guerra. Morreram em combate 454 brasileiros que foram enterrados no cemitério de Pistoia. Em 1960, as cinzas dos soldados mortos foram transladadas para o Monumento dos Mortos da Segunda Guerra Mundial, erguido no aterro da Glória, no Rio de Janeiro. A volta dos “pracinhas” da FEB ao Brasil, a partir de maio de 1945, provocou um grande entusiasmo popular, contribuindo para acelerar as pressões pela democratização do país. (FAUSTO, 1994, p 382)
 Por conta de uma confusão política e histórica, nem sempre bem-intencionada, a imagem dos ex-combatentes brasileiros foi associada aos militares que participaram do golpe de 1964. devido a essa identidade equivocada – afinal a FEB reunia em suas fileiras brasileiros de todas as classes sociais, regiões, etnias e posições políticas, inclusive comunistas – a memória da FEB tem sido questionada. Num esforço de revisionismo histórico, foi colocada em dúvida até a efetiva contribuição fa FEB para a campanha dos Aliados, na frente italiana. É imperioso desfazer esse equívoco. Pesquisas históricas sérias, com metologias adequadas, e que tentam manter-se distantes de preconceitos, mostraram que, se a atuação brasileira não foi decisiva para a vitória dos Aliados na Itália – e jamais poderia ser a de qualquer divisão de exército isolada, em meio a outras 23 divisões no mesmo Teatro de Operações – tampouco sua importância foi nula. Colocá-los como um ridículo exército brancaleônico ou ressaltar apenas seus problemas diz muito mais a respeito dos autores do que da própria FEB. É também um erro afirmar que a participação brasileira, com pouco mais de 25 mil homens foi “simbólica”. Não há nada simbólico na perda da vida de centenas de jovens, e nas marcas indeléveis que o horror da guerra deixou para os outros milhares de combatentes que retornaram ao Brasil. Soldados, aviadores e enfermeiras combateram o nazi-fascismo e deram de si a contribuição máxima que se pode exigir de um cidadão; defender a pátria com risco da própria vida. Sua contribuição pode ter sido pequena, se comparada com a cifras de milhões que a Segunda Guerra Mundialexibiu. Mas não há relativismo histórico que anule o pequeno mas significante lugar que conquistaram na história da humanidade. (FERRAZ, 2005 p 71)
6 METODOLOGIA
 Esse TCC será realizado por meio da pesquisa qualitativa de levantamento bibliográfico referente ao tema abordado, utilizando fontes constituídas por livros, periódicos, documentos eletrônicos em base de dados, e também pesquisado em sites voltados ao tema “ O Brasil na Segunda Guerra Mundial”. Após o fichamento das literaturas será realizado a escrituração do TCC propriamente dito. Algumas bibliografias pesquisadas serão de publicações dos últimos 20 anos, e outras referências superior a esse tempo, devido os assuntos pesquisados encontrados em literaturas com tempo maior de publicação.
REFERÊNCIAS
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da USP. 1994. 
ENDERS, Armelle. A Nova História do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Gryphus. 2012.
FERRAZ, Francisco César Alves. Os brasileiros e a segunda guerra mundial. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das letras, 2001.
MORAES, João Batista Mascarenhas de. A FEB pelo seu comandante. São Paulo:
Instituto Progresso Editorial, 1946.
SEINTEFUS, Ricardo. O Brasil vai à guerra: o processo de envolvimento
brasileiro na segunda guerra mundial. 3ª Ed. São Paulo: Manole, 2003.
SILVEIRA, Joaquim Xavier da. A FEB por um soldado. Ed Expressão e Cultura. Rio de Janeiro, 2001.
SOARES, Leonercio. Verdades e Vergonhas da Força Expedicionária Brasileira, Paraná, edição custeada pelo próprio autor, 1985.
TOTA, Pedro. Segunda Guerra Mundial, in História das Guerras. São Paulo: Editora Contexto, 2013.

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