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PROJETOS DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA 1 Instalações Prediais Hidráulicas: VIDEOAULA 2 TEMAS DESTA AULA 1. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS 2. COMPONENTES DE UM SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA 3. PARÂMETROS HIDRÁULICOS 2 1. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS A parte 5 da NBR 5626, PROJETO - item 5.1.2 - Exigências a observar no projeto, fala sobre preservar a potabilidade da água; garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade adequada e com pressões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários, peças de utilização e demais componentes; Promover economia de água e de energia; . 3 1. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Possibilitar manutenção fácil e econômica; Evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente Proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e atendendo as demais exigências do usuário. 4 1. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS É FUNÇÃO DO PROJETISTA: 1º : Obter da concessionária informações sobre: as características da oferta de água no local da instalação; inquirir sobre eventuais limitações nas vazões disponíveis; regime de variação de pressões; características da água; constância de abastecimento e outras questões que julgar relevante. 5 1. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Caso seja utilizada água proveniente de poços deve-se consultar o órgão gestor de recursos hídricos da região e informar-se sobre: Nível do lençol subterrâneo; Riscos de contaminação e Características da água. ATENÇÃ0: Havendo duplicidade de fonte deve-se tomar cuidado de modo a impedir a retrossifonagem da rede particular para a pública 6 1. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS E ainda, obter informações sobre Disposições legais do Estado - Código Sanitário Estadual Posturas Municipais e Código de Edificações Municipal Normas Regulamentadoras da Segurança do Trabalho Proteção Contra Incêndios Código Civil – Lei Federal No 10.406 de 10/01/2004 7 1. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS 2º : Determinar o tipo de Sistema de Distribuição a ser utilizado Direto, indireto ou Misto, de acordo com as condições de oferta e de abastecimento pela concessionária. 3º : Escolher as opções dos reservatórios, quando houver, com ou sem bombeamento. Em edificações com três ou mais pavimentos, é imprescindível o uso do reservatório inferior para abastecimento do reservatório superior por bombeamento, visto que, em geral, a pressão da rede pública permite atingir no máximo 7,0 m de altura. 8 1. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Em edificações de um ou dois pavimentos existe a possibilidade de ter o abastecimento do reservatório superior pelo alimentador predial (ramal interno) e, ainda, pelo reservatório inferior em caso de falta de água. Porém... É importante que a água não fique ESTAGNADA no reservatório inferior. MOTIVO Proliferação, em água estagnada, da Legionella sp que está numa família de risco de doenças de veiculação hídrica que atingem o sistema respiratório. 9 1. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS 4º : Elaborar o Memorial Descritivo e Memorial de Cálculo Determinar critérios e métodos adotados para o cálculo e dimensionamento de: Consumo Diário; Capacidade do(s) reservatório(s) e Rede de Distribuição Especificar materiais e equipamentos por itens, com características dos serviços; dos equipamentos e materiais. Citar normas; padrão de qualidade; testes ; marca e características técnicas dos equipamentos. 10 1. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS 5º : Elaborar desenhos de plantas baixas, cortes, perspectivas isométricas e detalhes Segundo as normas Normas Brasileiras para o Desenho Técnico, baseadas no Projeto Arquitetônico Hoje, conta-se com programas computadorizados tipo CAD que executam projetos com facilidade. Todas as pranchas devem constar: identificação da obra; responsável técnico; lista e tipo de materiais; simbologia adotada; etc.... 11 2. COMPONENTES DE UM SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA: DIMENSIONAMENTO 2.1 - Da rede pública (ou privada) até o registro do hidrômetro: Ramal Predial ou Ramal Externo - DIMENSIONADO PELA CONCESSIONÁRIA A maioria indica D = 25mm para residências. Para edificações de grande porte a concessionária utiliza tabelas em função do número de usuários e/ou fórmulas. 12 2. COMPONENTES DE UM SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA 2.2 - Do final do Ramal Predial até a saída de água junto ao reservatório com torneira de boia na extremidade. Alimentador Predial ou Ramal Interno – DIMENSIONAMENTO AUTOMÁTICO, o mesmo diâmetro do ramal predial Pode ser aparente, embutido ou enterrado, quando enterrado deve ser afastado de fontes poluidoras e em cota superior a do lençol freático. No Sistema de Abastecimento Direto o alimentador predial deve ser calculado como barrilete. No caso de alimentação por poço, o alimentador dependerá apenas da vazão da bomba do poço. 13 2. COMPONENTES DE UM SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA 2.3 - Reservatórios - DIMENSIONAMENTO em função da reserva total, dividida ou não, não deve ser inferior a um dia de consumo e no mínimo 500 litros em edificação residencial. Localizados em espaços adequados de modo a garantir: operação; manutenção; iluminação; ventilação e proteção sanitária do sistema, com estrutura dimensionada para suportar o seu peso. A necessidade da instalação de água para proteção e combate a incêndios deve ser verificada nas disposições do Corpo de Bombeiros do estado, e sempre que necessária deve ser alocada no reservatório superior. 14 2. COMPONENTES DE UM SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA Reservas para outras finalidades além do consumo diário: combate a incêndio; sistema de ar condicionado e água gelada, devem ser adicionados às previsões de consumo de água fria. Localização ideal do reservatório inferior: afastada da divisa do terreno e do solo devido a possíveis vazamentos e contaminações. Caso não seja possível, recomenda-se projeta-lo dentro de um compartimento com folga de 80 cm entre suas paredes e qualquer obstáculo lateral, permitindo fácil acesso. 15 2. COMPONENTES DE UM SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA Todos os reservatórios, superior e inferior, devem ter : Tubulação de alimentação – ALIMENTADOR PREDIAL (RS) OU TUBULAÇÃO DE RECALQUE (RI) com registro antes do reservatório. Torneira de boia ou dispositivo similar adequada às faixas de pressão do abastecimento, com ou sem dispositivo silenciador, seguindo rigorosamente as normas específicas, com garantia de proteção contra a retrossifonagem de água. Extravasor - DIÂMETRO SEMPRE MAIOR QUE TUBULAÇÃO DE ALIMENTAÇÃO, em geral, igual ao dobro da tubulação de alimentação. Tubulação de limpeza - DIÂMETRO MÍNIMO 32mm 16 2. COMPONENTES DE UM SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA Havendo reservatório inferior - Instalação elevatória: sistema de bombas centrífugas (convencional) ou por sistema hidropneumático. Tubulação de sucção e recalque - DIMENSIONADO POR FÓRMULAS Comando automático de boia Quadros elétricos de comando Válvula anti-golpe de ariete , eventualmente 17 2. COMPONENTES DE UM SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA Chegando ao reservatório superior, o DIMENSIONAMENTO do sistema de distribuição se dá a partir das peças de utilização. Temos então 2.4 – Sub-ramais: DETERMINADO PELAS PEÇAS DE UTILIZAÇÃO E APARELHOS SANITÁRIOS QUE ALIMENTAM. 2.5 – Ramais: POR ÁBACOS E/OU NORMOGRAMA, EM FUNÇÃO DOS SUB-RAMAIS, podendo ser calculados por um dos dois critérios: Consumo máximo possível (uso simultâneo) Consumo máximo provável (uso simultâneo provável de algumas peças) 18 2. COMPONENTES DE UM SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA CONSIDERAÇÕES: Desenvolver os ramais, por pavimento, para atender aos pontos de utilização devendo ser feito trecho a trecho , entre cada sub-ramal. Evitar ramais longos para não transporelementos estruturais, adotando-se colunas adicionais quando necessário. Observar o posicionamento do registro de gaveta à montante do primeiro sub-ramal. 19 2. COMPONENTES DE UM SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA 2.6 – Colunas de alimentação: DIMENSIONADO POR ÁBACOS E/OU NORMOGRAMA Caso abasteçam aparelhos passíveis de retrossifonagem, estes aparelhos devem estar instalados, cada um, em coluna independente. Quando instalados em coluna comum a outros aparelhos ou peças de utilização, devem dispor de proteção por dispositivo quebrador de vácuo no seu sub-ramal ou ... A coluna deve ser dotada de tubulação de ventilação com DIÂMETRO SUPERIOR OU IGUAL ao da coluna. 20 2. COMPONENTES DE UM SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA 2.7 – Barrilete ou colar de distribuição: DIMENSIONADO POR ÁBACOS E/OU NORMOGRAMA, de modo análogo às colunas, porém com certas especificidades. O barrilete pode ser de dois tipos: Concentrado – todas as colunas concentradas permitindo que os registros se localizem em área restrita. Indicado para condomínios Ramificado – barrilete corre na horizontal, em várias direções, até a posição de descida de cada coluna. Indicado para residências e edificações de proprietário único. E assim, chegamos de volta ao Reservatório Superior 21 3. PARÂMETROS HIDRÁULICOS VAZÃO (Q) – L /s (litros por segundo) ou m3 /h (metros cúbicos por hora ) VELOCIDADE (V) - m/s (metros por segundo) PERDA DE CARGA (J) – mca/m (metro de coluna d'água por metro) ou KPa quilopascal PRESSÃO (P) - KPa quilopascal 22 3. PARÂMETROS HIDRÁULICOS Vazão é um dado estabelecido em função dos pontos de utilização, calculada pelo Somatório dos Pesos. Velocidade calculada pela fórmula abaixo , onde D = diâmetro nominal é dado em metros, e o valor máximo não deve exceder a 3,0 m/s, visando minimizar os ruídos nas tubulações e sobrepressões (golpe de arite) Conhecendo vazão e com velocidade pré-estabelecida, entramos no ábaco específico e obtemos a perda de carga (J) e o diâmetro (D) mais adequado. 23 3. PARÂMETROS HIDRÁULICOS Com esses dados, verifica-se a pressão mínima nos pontos de utilização e a pressão máxima nos pontos e nas tubulações. Em qualquer ponto da rede de distribuição de água fria devemos ter: Pressão estática máxima: 400 KPa (40 mca) Pressão dinâmica mínima: 5 KPa (0,5 mca) Sobrepressões devidas ao fechamento de válvulas de descarga, por exemplo, são admitidas mas não podem superar a 200 KPa (20 mca) 24 SAIBA MAIS BOTELHO, M. H. C. ; RIBEIRO JR, G. A. Instalações Hidráulicas Prediais. São Paulo: Editora Edighard Blucher, 2006. CARVALHO JR, Roberto de. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura. São Paulo: Blucher; 2014. CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Rio de Janeiro: Editora Livros técnicos, 2006. 25 Obrigada! Até a próxima aula 26
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