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FISIOTERAPIA DERMATO3

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FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL 
 
Fisioterapia em pacientes queimados 
 
Definição: É um trauma térmico capaz de causar lesões diversas nos tecidos orgânicos. 
Podem ocorrer eritema, alterações celulares e imunológicas, envolvimento nas vias 
respiratórias, traumatismo e óbito. 
 
Classificação: 
1º Grau: É mais superficial, envolve epiderme, o quadro clínico apresenta hiperemia 
local, ausência de bolhas, dor exacerbada. 
2º Grau: Envolve epiderme e espessuras variáveis da derme, com presença de bolhas, 
menos dolorida do que o grau 1 
3º Grau: Queimadura grave acomete epiderme, derme, hipoderme, tecido muscular 
ósseo. Possui difícil cicatrização e deixa muitas seqüelas, necessitando até de enxertia 
de pele. Há a necrose celular do tecido. 
4º Grau: Queimadura por eletricidade. Gera sempre morte. Queimadura por choque 
elétrico. 
 
Classificação: 
Choque hipovolêmico: Ressuscitação ou fluidoterapia (hidratação). Ocorre nas 
primeiras horas após a queimadura. 
Em queimaduras profundas deve-se reavaliar o grau da lesão 48-72 h (horas mais 
complicadas de evolução do queimado). Após a injúria, devido ao edema inicial que 
mascara a classificação. 
75% dos pacientes queimados morrem devido a infecção. Edema é devido a inflamação 
ocorrida pela queimadura. 
Colonização difusa pela ausência parcial ou total da pele. Infecção bacteriana, ocorre 
pela ausência da pele. 
 
“Regra dos Nove” 
Método para se determinar o percentual de área queimada, desenvolvido por Polaski e 
Tennison. 
Divisão da superfície corporal em segmentos que equivalem cerca de 9% cada um deles 
e o corpo é então dividido em múltiplos de 9. 
Adulto: Criança: 
Cabeça: 9% Cabeça: 21% 
MMSS: 9% cada MMSS: 9% cada 
Tronco: 18% Tronco: 18% 
Púbis: 1% Púbis: 1% 
MMII: 18% cada MMII: 18% cada 
 
Incidência e Etiologia: 
Incidência: 
- Homens 
- Crianças de 0 a 6 anos por escaldamento 
- Suicídio em mulheres: mulheres não morrem queimadas como os homens e crianças, 
somente quando tentam auto-extermínio. 
Etiologia: 
Estímulos térmicos, químicos ou elétricos: 
- Queimaduras Simples: Líquidos e vapores aquecidos, líquidos densos e sólidos 
aquecidos, substancias inflamáveis, contato direto com a chama, radiação não ionizante 
(laser) e frio (crioterapia). 
- Queimaduras complexas: Fricção mecânica (exemplo: rolamento da esteira), 
eletricidade, radiações ionizantes, produtos químicos. 
A maioria das queimaduras até 2 anos e meio levam a óbito. Queimaduras simples são 
queimaduras do dia-a-dia. 
 
Alterações Fisiológicas: 
- Aumento da permeabilidade capilar: infiltrado plástico maciço. Tenta estimular para a 
produção de nova pele. Início do reparo. 
- Choque hipovolêmico 
- Hiperventilação pulmonar e aumento do consumo de O2. Aumento do metabolismo 
até o fim do reparo. 
- Função Renal prejudicada devido toxicidade bacteriana 
- Aumento do metabolismo até que a lesão se feche, a reconstituição da superfície seja 
refeita e o tecido hiperêmico comece a desaparecer. 
 
Reparo cutâneo: Início logo após a queimadura. 
Depende da profundidade e localização da lesão. A cura da lesão dérmica se processa 
em 4 fases primcipais: 
- Eliminação dos tecidos desvitalizantes (desbridamento, limpeza do local) 
- Regeneração do Tecido vascular e conjuntivo (os vasos que não foram lesados 
começam a dar brotos e formar uma nova rede neovascular irrigando as áreas que foram 
lesadas e estimulando o reparo). 
- Epitelização 
- Retração cicatricial (Em articulação, perde muita flexibilidade, ADM. A pele nova tem 
menor quantidade de elastina e uma grande quantidade de colágeno, se tornando 
fibrosada). 
 
Tratamento Cirúrgico: 
- Desbridamento: retirada e limpeza da área lesada, retirada da crosta e tecidos mortos 
com escova e soro. Paciente anestesiado. 
- Excisão Tangencial: Com um bisturi, medico vai retirando o tecido morto e realizando 
a enxertia. 
- Enxertia: A atuação fisioterápica só deve se iniciar após 8 dias de pós- operatório. De 
preferência pele do próprio paciente. Em outros casos, pele do porco. 
- Expansores cirúrgicos: estruturas que estimulam a criação da pele com estimulação 
das fibras elásticas e colágenas e formando novas peles. 
 
Avaliação: 
- Cabeçalho 
- Data e data de internação (pacientes hospitalizados) 
- História pregressa 
- Identificação do tipo de acidente, agente causador, data, horário do acidente, traumas 
associados, inalação de fumaça/gases (queima os pulmões, terapêutica respiratória). 
- Identificação da localização e profundidade da queimadura. 
- Percentual de área corporal atingida e profundidade predominante (quanto mais 
profundo, mais grave e maior necessidade de enxertia) 
- Avaliação respiratória – ausculta, padrão respiratório, secreção e mobilidade torácica. 
- Avaliação articular e funcional dos segmentos envolvidos. 
- Avaliação postural quando possível. 
- Avaliação do estado emocional – humor, sensibilidade, agressividade, reação a lesão. 
- Plano de tratamento. 
 
Tratamento: 
- Atuação sobre o edema – cautela no PO (drenar áreas próximas) 
- Eletroterapia (TENS para alivio de dor em dermátomo e miótomo, e fortalecimento) 
- Ultrassom (Pulsado para quebra de fibrose e remodelação de cicatriz. Deve ter cuidado 
em relação à queimaduras pelo aparelho) 
- Cinesioterapia precoce (Qualquer movimentação leve que o paciente consiga fazer) 
- Evitar manobras de massagem clássica e drenagem (deslizamento) por pelo menos 20 
dias. 
- Restringir o uso de radiação ultravioleta. (Para não manchar a pele) 
- Indicar uso de órteses (Posicionamento: neutro ou ligeiramente estendido) 
- Exercícios funcionais (caminhadas leves) 
- Alternância dos decúbitos a cada 2 horas 
- Orientar o paciente sobre a aparência dos enxertos (no inicio tem coloração rósea e 
depois vai se tornando cor da pele) 
- Posicionamento dos segmentos, mobilização passiva ou ativa e alivio de dor. 
- Grandes queimados, associar a higiene brônquica. 
- Laser (alivio de dor e regeneração tecidual) 
- Crioterapia: (após queimadura colocar água fria) 
* Uso imediato após a lesão. 
* Minimizar a formação de bolhas, edema e promover analgesia 
* Uso do contraste visando alongamento (áreas com retração cicatricial leve, não muito 
contraturado). 
 
Introdução à Cirurgia Plástica e Reparadora. 
 
Conceitos Básicos: 
- Edema: Acúmulo patológico de líquidos, localizado preferencialmente nos tecidos 
conjuntivos intersticiais subcutâneos. 
- Seroma: Fenômeno fisiológico, reacional caracterizado por acumulo de sangue e linfa 
alem de restos cirúrgicos na área operada após grandes deslocamentos teciduais. 
- Equimose: extravasamento de sangue dos vasos de menor calibre (uma mancha de 
sangue de menor extensão). A partir de um trauma, que se infiltra na derme e epiderme 
formando uma mancha na pele. 
- Hematoma: coleção de sangue extravasado de vasos de maior calibre, em maior 
quantidade, agrupado em algum espaço morto tecidual. 
- Fibrose: É a formação de tecido conjuntivo em resposta a algum trauma ou incisão, 
processo natural do organismo. 
- Deiscência: Reabertura da ferida operatória, com risco aumentado de infecção 
(processo de cicatrização é lento). 
 
Pré - Operatório: 
Exames laboratoriais 
Avaliação médica (pesquisar sobre o melhor médico para a cirurgia) 
Avaliação fisioterapêutica – não e rotina. 
- Aspectos clínicos gerais.- Condições da pele: depressões, irregularidades e flacidez. 
- Drenagem linfática manual 
- Avaliar e tratar alterações posturais. 
- Fortalecimento muscular 
- Massagem relaxante (alguns dias antes da cirurgia para relaxar) 
- Orientar padrão diafragmático (para o uso no PO) 
Grandes cirurgias variam de 6 á 8 horas 
Tem as contenções: macaquinho e meias. 
No mínimo 10 sessões de fisioterapia.( drenagem linfática ) 
1 semana anterior á cirurgia fazer 2 a 3 sessões de drenagem. 
 
Rotina de PO 
 Função: reduzir prováveis complicações, prover condições adequadas de cicatrização, 
melhora do aporte circulatório, diminuir a ansiedade do paciente (ajuda na recuperação) 
Objetivos: 
- Possibilita uma melhora significativa na textura da pele 
- redução de edema 
- Minimizar aderências teciduais. 
- Recuperação de áreas hipoestésicas 
- Ausência de nodulações fibróticas no tecido subcutâneo. 
* Importante trabalhar o retorno venoso 
 
Fisiologia da cicatrização: 
- Fase inflamatória (dura cerca de 2-3 dias, é iniciado no 1º corte com o bisturi na 
cirurgia) 
- Fase proliferativa (A partir do 4º dia, a célula inflamada começa a proliferar, inicio de 
novos vasos) 
- Fase de remodelagem (evolução para fibrose) 
Demora cerca de 6 meses para todo o processo. 
 
Fase inflamatória: 
- 48 – 72 horas de PO. 
- Destrói, dilui ou mobiliza o agente agressor e em seguida reorganiza e cura o tecido 
lesado. 
- Começa no exato momento da lesão. 
- Hiperemia, aumento de calor local, edema, dor. 
* Acontece um sangramento inicial do corte e depois ocorre o processo de cicatrização. 
Reação auto imune, aumento de fibroblasto. 
 
Fase Proliferativa: 
- Remoção dos restos celulares e reparação do tecido formado na fase inflamatória. 
- Desenvolvimento de tecidos substitutos novos e permanentes 
- Fibroblastos: 2º ao 3º dia. 
- Tecido de granulação: 4º dia (fibroblastos + neocapilarização) 
- Dura cerca de 3 a 10 dias de PO (repouso absoluto) 
- Edema, dor, dormência, alterações de sensibilidade. 
 
Fase Proliferativa: 
Fibroblastos e células endoteliais  migragem de áreas adjacentes a área danificada  
aumento da proliferação  Colagenogenese 
 Neovascularização 
 
Fase de Remodelagem: 
- Inicia-se do 11º e segue até o 40º dia de PO. 
- Fase tardia do processo de cicatrização 
- Aumento da resistência tecidual, próximo ao tecido integro. 
- Equilíbrio entre a síntese e a degradação de colágeno e a redução da vascularização e 
da infiltração de células inflamatórias até a maturação tecidual. 
- Contração do tecido afetado (retração do tecido) 
- Dor leve ou inexistente. 
* A primeira célula q sangrou começa a cicatrizar 
 
Conduta de tratamento: 
* Fase inflamatória: orientações gerais (mobilização tibiotársica, respiração 
diafragmática, posturas, etc) 
Dependendo da cirurgia n pode deitar em decúbito lateral. 
Abdominoplastia: 45 dias sem deitar de lado e nem de bruços. 
Repouso (2 a 3 dias) 
Compressão (com malhas, já sai do blocos com as malhas) 
Exercícios respiratórios 
TENS (para alivio de dor) 
Posicionamento do dreno 
Crioterapia (com gelo seco, dependendo da sensibilidade da pessoa) compressa gelada 
por cima. Não pode molhar. 
 
* Fase proliferativa: Paciente em casa; orientações gerais (3º- 4º dia até 10º dia) posição 
para dormir, como cuidar dos filhos e casa. 
Drenagem linfática manual (no local da cirurgia) 
Ultrassom 
Microcorrentes para alivio de dor e cicatrização 
Mobilização do tecido conjuntivo. 
 
Fase de remodelagem: orientações gerais (uso de óculos, chapéus, luvas, sombrinha) 
Ultrassom (remodelação de cicatriz) 
Drenagem linfática manual (no corpo todo) 
Alongamento 
Radiofreqüência 
Vacuoterapia/ depressoterapia/ endermoterapia 
Mobilização do tecido conjuntivo (para quebra de fibrose) 
Remodelar muito cicatriz. Trabalhar seroma com vácuo pra tentar mobilizar esse 
seroma. 
 
Cirurgias de Face: 
- Ritidoplastia – “lifting de face” (lifting facial é o que mais dá problema em relação à 
estética. Deve ser retirada de forma equilibrada e calculada) 
Cortam todo o limite do couro cabeludo e descolam a derme e a epiderme e mede a 
quantidade de tecido que tem que tirar pra levantar o rosto. Se tirar muita pele deforma 
o rosto da pessoa o olho puxado, a pele esticada pra cima. 
- Blefaroplastia (retirada de pálpebra, pode ser superior ou inferior, se tirar muito 
paciente não consegue fechar os olhos) cirurgia rápida, tranqüila, mas pode ter várias 
complicações: lagrimejamento, se puxar muita pele dos olhos a pálpebra pode não 
fechar, pode ocorrer a inversão da pálpebra inferior. 
- Rinoplastia (cirurgia de nariz) 
- Otoplastia (cirurgia de orelha para quem tem orelha de abana, indicado para crianças) 
Retira uma cunhasinha de pele e cartilagem 
 
Cirurgias de Abdômen: 
- Abdominoplastia ou dermolipectomia (Não retirada de hipoderme) Normalmente sai 
hipoderme também. Cicatriz vai de uma crista ilíaca a outra. Indicada para flacidez 
abdominal, gordura abdominal. Deve-se reposicionar o umbigo. 
Puxa a pele e retira o umbigo. Posso preservar o umbigo: o médico puxa toda á pele ao 
redor do umbigo. Retira o umbigo e coloca de novo. 
Se fizer outro umbigo, pode ficar com mais cicatrizes. Se o umbigo for embaixo é 
melhor. Depende da distancia do seu umbigo pra sínfise púbica. O médico tem q marcar 
onde era o umbigo original pra fazer o neoumbigo. Pra ficar com o umbigo tem q ter um 
pouco de gordurinha pra ele afundar senão fica uma cicatriz como se fosse um * 
"asterisco". 
- Mini abdominoplastia (cirurgia de retirada de pele infra-abdominal. Normalmente a 
flacidez é pequena, frequentemente dá errado, se vai fazer uma mini abdominoplastia é 
melhor fazer uma abdominoplastia completa) 
- Lipoaspiração (Medico suga a gordura com uma cânula sem saber onde realmente tem 
gordura para se retirar. Pode perfurar órgãos. É indicada para quem pode retirar 30% de 
gordura corporal.) 
- Lipoenxertia (retirada Ada gordura e colocada dessa gordura nos glúteos ou mama. Ao 
colocar em outras áreas essa gordura é absorvida) 
 
Outras cirurgias: 
- mamoplastia redutora ou de aumento 
- Cirurgias de ginecomastia (realizada em homens que apresentam mama) 
- Incisão de prótese de glúteo e de panturrilha 
- Lifting de coxas (cirurgia no interior das coxas) 
- Braquiplastia (cirurgia no interior do braço, cicatriz no braço, cicatriz no braço todo) 
- Cirurgias intimas (cirurgia nos pequenos lábios). Em homens, há o corte de um 
músculo que aumenta 2-3 cm do pênis flácido 
 
Tratamento: 
 - DLM - Elevação 
- TENS - Compressão (com cintas) 
- FES - Laser 
- Repouso - Ultrassom 
- Massagem clássica - Atividade física (6 meses após cirurgia) 
- Vacuoterapia - Endermoterapia 
Usar macaquinho por 2 meses, enquanto você emagrece tem que ir reajustando o 
macaquinho. 
 
Complicações: 
- Equimose - Hematoma 
- Fibrose - Edema 
- Serose - Necroses 
- Irregularidades - Deiscência 
- Retrações - Olho seco 
- Irritação ocular - ptose palpebral 
- Ectrópio (eversão da pálpebra) - lacrimejamento constante 
- Lagoftalmo (dificuldade fecharos olhos).

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