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POLÍCIA ADMINISTRATIVA X POLÍCIA JUDICIÁRIA

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A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. 
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e 
morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais) Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 
 
 
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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e 
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A atividade policial tem sido comumente classificada conforme o momento de atuação. Quando a atuação se 
estabelece antes do evento danoso, diz-se uma polícia preventiva, se atua após, diz-se uma polícia 
repressiva. 
 
Desta forma, a polícia preventiva é classificada como “polícia administrativa” e a polícia repressiva e 
classificada como “polícia judiciária”. 
 
CRETELLA JUNIOR (1968) nos ensina que a polícia administrativa poderia ser dividida conforme os 
vários ramos de atividade da administração e a polícia de segurança é um destes ramos que tem por objeto a 
proteção dos direitos individuais. Numa primeira divisão, ter-se-ia um ramo geral e um especial. A polícia 
administrativa geral cuidaria, com fins preventivos, de atuar desvinculada de outras atividades do serviço 
público e seu objeto seria a segurança e tranqüilidade públicas. A polícia administrativa especial seria 
intrínseca a serviços públicos específicos, seria um acessório destes serviços. HELY L. MEIRELLES 
(2006), além de admitir esta classificação, faz uma relação direta da polícia administrativa especial a 
"setores específicos da atividade humana que afetem o interesse coletivo, tais como a construção, a indústria 
de alimentos, o comércio de medicamentos, o uso das águas, a exploração das florestas e das minas, para os 
quais há restrições próprias e regime jurídico peculiar". 
 
Logo, percebamos que há uma polícia administrativa geral, que cuida da segurança pública e uma polícia 
administrativa especial, que cuida de serviços públicos específicos. 
 
MOREIRA NETO (2005) afirma ainda que a polícia administrativa incide nas atividades das pessoas, na 
liberdade e nos direitos fundamentais, já a polícia judiciária incide nas pessoas, no seu direito de ir e vir, e é 
voltada à repressão da conduta típica. Afirma ainda, ser a polícia judiciária uma espécie do gênero polícia 
que se encontra destacada da polícia administrativa. HELY L. MEIRELLES (2006), em entendimento 
semelhante, afirma que a polícia administrativa atua sobre bens, direitos e atividades, já a polícia de 
segurança, e também a polícia judiciária se exerce sobre as pessoas. 
 
Desta forma, podemos entender a divisão das funções do exercício do poder de polícia do Estado da seguinte 
maneira: em polícia administrativa específica, como instrumento acessório dos vários ramos das atividades 
da administração pública, e em polícia de segurança, como um ramo geral da função de polícia 
administrativa e polícia judiciária, voltada para a segurança das pessoas, individual ou indiscriminadamente. 
 
O Constitucionalista PEDRO LENZA (2009), vai mais além e coloca a polícia de segurança como gênero 
das espécies polícia administrativa, ostensiva ou preventiva, e, polícia judiciária ou investigativa. 
Percebamos, que nesta classificação, a espécie polícia administrativa, é aquela geral, voltada à segurança 
pública e exercida pelos órgãos policiais com este atributo. 
 
Note-se que algumas ambigüidades existem. Ora a polícia administrativa é espécie do gênero polícia, ora é 
gênero de várias espécies. No entanto há de se concluir que polícia administrativa, polícia de segurança e 
polícia judiciária, são todas espécies do gênero polícia. 
 
Como informamos no inicio, não pretendemos nos aprofundar as discussões na divisão e classificação da 
polícia que é oriunda da doutrina francesa. Até mesmo porque, para a doutrina brasileira esta distinção é de 
pouca importância, e como afirma BANDEIRA DE MELLO (2009), as intervenções da administração 
pública devem ocorrer no mesmo nível. 
 
Algumas considerações que colocamos a respeito da atividade de polícia do Estado, e que deve interessar ao 
nosso entendimento no contexto das funções da atividade policial é a distinção do exercício das funções de 
polícia administrativa geral, representada na atividade de polícia de segurança e o exercício das funções de 
polícia judiciária, como espécies da polícia, no Estado de Direito. 
 
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Nesse sentido, afirma-se que polícia administrativa é a função da polícia como órgão de prevenção com o 
objetivo de prestar a segurança pública e, que a função de polícia judiciária, é voltada à repressão e tem por 
objetivo a conduta típica. 
 
O eminente jurista, Álvaro Lazzarini, citado pela professora Maria Sylvia Di Pietro (LAZZARINI, 2000, 
apud DI PIETRO, 2002, p. 112): afirma que: ‘(...) a linha de diferenciação está na ocorrência ou não de 
ilícito penal. Com efeito, quando atua na área do ilícito puramente administrativo (preventiva ou 
repressivamente), a polícia é administrativa. Quando o ilícito penal é praticado, é a polícia judiciária que 
age’”. 
 
Cuida dos atos de polícia administrativa, o Direito Administrativo, que no seu caráter preventivo é regido 
pelos atos administrativos e não se fundamenta em nenhum ato posterior. Cuida dos atos de polícia 
judiciária, o Direito Processual Penal, que regem estas funções, entre outras legislações, o Código de 
Processo Penal, que estabelece: “a polícia judiciária será exercida... no território de suas respectivas 
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria” (art. 4º, do CPP) grifo nosso. 
 
Logo, a polícia judiciária, tem por escopo a função de “apurar infrações penais e sua autoria” através do 
inquérito policial, um procedimento administrativo e de caráter inquisitivo, o que consiste na realização de 
uma investigação preliminar ao processo penal. Resumem-se as atribuições da polícia judiciária nos atos 
deste procedimento. Fora disto, é a polícia administrativa que atua. 
 
CELSO BASTOS (2001), ao distinguir as duas espécies da atividade policial, nos ensina: 
 
Dos ensinamentos expostos, e percebendo os limites de atuação destes dois ramos da atividade policial 
voltados para a segurança pública, podemos concluir que: a polícia de segurança é composta por uma polícia 
administrativa, que age de forma preventiva, independente de autorização judicial e com o objetivo deimpedir a ocorrência do crime; e, por uma polícia judiciária, que age de forma repressiva, com base numa 
futura submissão dos seus atos ao Poder Judiciário, visando à elucidação do crime já perpetrado. 
 
Diante destas assertivas, resta-nos averiguar quais órgãos policiais brasileiros tem atribuições para 
exercerem as funções de polícia administrativa e quais terão as atribuições para exercerem as funções de 
polícia judiciária. 
 
A Carta Política de 1988, em seu artigo 144, estabelece quais os órgãos policiais brasileiros existem e em 
que atividade policial eles são responsáveis pela segurança pública. E o mandamento é imperativo: 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares 
 
Por mais que se queira inferir, por questões corporativistas, a existência de um órgão de “polícia judiciária” 
no Brasil, seja em âmbito estadual ou federal, isto não existe! Apenas aqueles citados nos incisos de I a V, 
do art. 144, referidos, são órgãos policiais. 
 
O que existe, isto sim, são órgãos policiais com atribuições de exercer as funções de polícia administrativa e 
as funções de polícia judiciária. 
 
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E, os parágrafos deste mesmo artigo 144 da Constituição são explícitos quanto às atribuições destes órgãos. 
 
Assim, os incisos do § 1º, determinam que a Polícia Federal, destina-se a: 
 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da 
União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha 
repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; 
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem 
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; 
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
 
Nos demais parágrafos, a Constituição dá a destinação para os demais órgãos policiais, reservando no 
âmbito federal, o patrulhamento ostensivo das rodovias e ferrovias federais (§§ 2º e 3º), para a polícia 
rodoviária e polícia ferroviária federais, portando, órgãos que exercem funções de polícia administrativa ou 
preventiva no âmbito das rodovias e ferrovias federais. 
 
Já em âmbito estadual, os §§ 4º e 5º, determina a incumbência das polícias civis, as “funções de polícia 
judiciária e a apuração de infrações penais”, e que cabem “às polícias militares... polícia ostensiva e a 
preservação da ordem pública”. Portanto, órgãos policiais estaduais, que desenvolvem as atividades de 
polícia judiciária ou repressiva e de polícia administrativa ou preventiva, respectivamente. 
 
Voltemos a analisar agora, dentro da classificação doutrinária do Direito Administrativo, e dentro dos 
preceitos do Direito Constitucional Pátrio, as destinações da Polícia Federal, como órgão de segurança 
pública. 
 
No âmbito estadual, verificamos que a “preservação da ordem pública” cabe ostensivamente, às polícias 
militares. No entanto, o caput do art. 144, diz que a “preservação da ordem pública e da incolumidade das 
pessoas e do patrimônio”, será exercida, entre os demais, “através dos seguintes órgãos: I – Polícia 
federal;...”. 
 
Já os incisos do § 1º, estabelecem ainda, que Polícia Federal tem destinação de exercer as “funções de 
polícia judiciária da União”, e “apurar infrações penais” (Inc. I e IV), ou seja, as funções estabelecidas no 
art. 4º do CPP. 
 
Determina, também o mesmo parágrafo, à Polícia Federal, as destinações de “prevenir e reprimir o tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho”, além de “exercer as funções de 
polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras”. 
 
Portanto ações preventivas para impedir a ação criminosa do tráfico ilícito, do contrabando e do 
descaminho. E, no patrulhamento das fronteiras secas e marítimas, e aeroportuárias (inc. II e III), 
configurando-se também, a Polícia Federal, uma polícia administrativa em sentido geral, ou de polícia de 
segurança. 
 
O professor constitucionalista, PEDRO LENZA, já citado, em seu compêndio “Direito Constitucional 
Esquematizado”, mostra com uma clareza cristalina e de forma simples, por meio de um organograma das 
funções constitucionais de cada órgão policial brasileiro, que a Polícia Federal é a única polícia que exerce 
ao mesmo tempo as funções de polícia administrativa e de polícia judiciária. 
 
 
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Vale ressaltar, que à luz da doutrina administrativa e dos conceitos aqui expostos, percebe-se que todos os 
órgãos policiais relacionadas no art. 144, podem, eventualmente, exercerem atividades de polícia 
administrativa em sentido específico, ou seja, como órgão da administração voltado a atividades acessórias 
de determinada serviços públicos específicos, por exemplo, quando as polícias civis exercem funções de 
polícia de vigilância sanitária, ou quando as polícias militares e rodoviária federal exercem funções de 
fiscalização de polícia de trânsito; ou ainda, quando a Polícia Federal exerce fiscalização de polícia de 
migração ou quando exerce a fiscalização de precursores químicos e na fiscalização da atividade de 
segurança privada. Portanto, exemplos de polícia administrativa fora da atividade geral de polícia de 
segurança. 
 
DARCY BRUM (2009) no artigo “O poder de polícia da autoridade marítima brasileira”, que examina 
possibilidade legal do poder de polícia de segurança da autoridade marítima e os possíveis óbices do seu 
exercício, descreve com maestria a função de polícia de segurança da Polícia Federal no policiamento 
marítimo. 
 
Ensina-nos, que a Autoridade Marítima, representada pelo Comandante da Marinha, é uma “competência 
geral de polícia administrativa especial”, ou seja, inclui-se nas competências gerais e subsidiárias da 
Marinha de Guerra, como atividade de polícia administrativa especial, e não como polícia de segurança, por 
se referir “a um específico setor da Administração”, como a fiscalização do tráfego aquaviário, a 
salvaguarda da vida humana no mar e à segurança da navegação, fiscalização de navio, plataformas e suas 
instalaçõesde apoio, e as cargas embarcadas, de natureza nociva ou perigosa, etc. 
 
O articulista, citando Duarte Neto, coloca que a Lei nº 9.537/1997, Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário, 
que dispõe sobre segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional, quando alterou a 
denominação de Polícia Naval para Inspeção Naval, “teve o propósito de evitar possível confusão entre as 
atividades previstas na Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário e a repressão ao contrabando ou aos furtos e 
assaltos praticados em embarcações nos portos, como ficou registrado na tramitação da Câmara”. 
 
Por fim, assevera o autor, que a preocupação do legislador foi em definir que a atividade de polícia 
administrativa da Autoridade Marítima, não se confunde com a atividade de polícia de segurança, “que 
incluiria, por exemplo, a repressão ao tráfico de drogas e armas, à pirataria, ao contrabando e ao 
descaminho”. 
 
Não obstante, há patenteado na legislação específica, a previsão legal para a Autoridade Marítima exercer as 
funções de polícia de segurança pela hoje denominada Patrulha Naval, com competência concorrente com a 
Polícia Federal. 
 
DARCY BRUM, assim se pronuncia a respeito: “a tarefa de implementar e fiscalizar o cumprimento de leis 
e regulamentos, no mar e nas águas interiores, atribuída à Marinha pela Lei Complementar que trata da 
organização, do preparo e do emprego das Forças Armadas, corresponde a uma atividade de polícia de 
segurança pública ostensiva. Nesse ponto, há concorrência de competências entre Marinha e a Polícia 
Federal, em que pese ter sido alterada a denominação da Polícia Naval, substituída por Inspeção Naval, e os 
esforços para manter a Lei nº 9.537/1997, Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário, na esfera da polícia 
administrativa” (em sentido especial). “Ainda que por outro instrumento, mantém-se a Autoridade Marítima 
competente para atuar na repressão de delitos, no mar e nas águas interiores, autorizada a realizar tarefa que, 
na competência da Polícia Federal, é intitulada de Polícia Marítima”. 
 
Ensina-nos que: “As tarefas de segurança pública nos portos e no mar territorial brasileiro são atribuições da 
Polícia Federal que constituem a Polícia Marítima. Então, a Polícia Marítima engloba atividades de polícia 
de segurança pública, com o policiamento ostensivo, preventivo, e de polícia judiciária, porque é atribuição 
do DPF instaurar os procedimentos investigatórios para apurar a prática de delitos federais”. 
 
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E conclui dizendo, referenciando-se na Portaria nº 2, de 05/08/1999, MJ/DPF, que “a Polícia Marítima é 
uma atividade de competência do Departamento de Polícia Federal (DPF). Essa atividade é exercida, em 
âmbito nacional, pela Divisão de Polícia Marítima, Aeroportuária e de Fronteiras (DPMAF) do DPF e, 
regionalmente, por Unidades de Polícia Marítima, com atuação nos portos e mar territorial brasileiro”. E 
assevera ainda, ter “por objetivo a prevenção e a repressão aos ilícitos praticados a bordo, contra ou em 
relação a embarcações na costa brasileira, e a fiscalização do fluxo migratório no Brasil, sem prejuízo da 
prevenção e repressão aos demais ilícitos de competência do DPF, podendo estender-se além do limite 
territorial”. 
 
Porém, constata o autor uma triste realidade, conhecida por todos nós, policiais federais, ao afirmar que: “o 
DPF autolimitou sua atividade de polícia marítima.” 
 
No entanto, a par desta constatação de abandono proposital e intencional das funções de polícia 
administrativa da Polícia Federal, como polícia de segurança, não só nesta área, mas, também no 
policiamento das fronteiras secas e na segurança do vôo no policiamento aeroportuário, ou ainda na 
prevenção efetiva ao tráfico ilícito de drogas, à pirataria, ao contrabando, e ao descaminho; toda a sorte de 
crimes é perpetuada diuturnamente por falta de um trabalho efetivo da Polícia Federal como polícia 
administrativa da União. 
 
Assim sendo, sabemos que a Polícia Federal é a única polícia brasileira que exerce as suas funções de 
polícia, como polícia administrativa, no sentido geral, como polícia de segurança e como polícia judiciária, 
diferente das demais polícias brasileiras que, ou exercem apenas a função de polícia judiciária, como as 
polícias civis, ou só exercem, apenas as funções de polícia administrativa, como as polícias militares; no 
entanto estamos reféns de uma situação inexplicável, em que não se valoriza e nem se implementa esta 
atividade na Polícia Federal. 
 
 
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