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Microbiologia sífilis

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A sífilis é causada pela espiroqueta microaerófilo gram-negativa Treponema pallidum subesp. pallidum . 
Tanto a sua organização estrutural quanto sua composição química são semelhantes às de outras bactérias, diferindo quanto sua distribuição dos flagelos. Os espiroquetídeos têm forma de saca-rolhas, delgadas, com flagelos axiais periplasmáticos enrolados ao redor de um protoplasma helicoidal). 
Por serem extremamente delgados, não são visualizados ao microscópico ótico comum, podendo ser observados apenas no campo escuro, ou quando tratados com sais de prata que os tornam mais espessos. 
O T. pallidum é o patógeno predominante entre os espiroquetídeos. Morfologicamente, é uma célula afilada com cerca de 0,18 μm de diâmetro e 6 a 20 μm de comprimento, apresentando 6 a 14 hélices irregulares por célula e extremidades delgadas, possuindo filamentos responsáveis pelos movimentos de rotação e flexão que facilitam a invasão tecidual. Apresenta divisão transversal a cada 33 horas. 
Não é cultivável em meio de cultura, mas pode causar infecção experimental em coelhos e macacos. 
FATORES DE VIRULÊNCIA: 
Há fixação da bactéria através de adesivas, por meio de uma das suas extremidades ao receptor fibronectina existentes nos mucopolissacarídeos do tecido conjuntivo do hospedeiro. Produz também uma enzima, a mucopolissacaridase, que dissolve esse mucopolissacarídeo responsável pela união das células endoteliais, permitindo a passagem da bactéria para os espaços extravasculares. Além disso, a destruição desses mucopolissacarídeos leva ao colapso, à trombose e à obstrução vascular, produzindo necrose. 
A cápsula do T. pallidum constitui-se de ácido hialurônico e sulfato de condroitina, substâncias semelhantes às encontradas nos tecidos do organismo, sendo assim antifagocitária, pois sendo semelhante ao encontrado no organismo, as células fagocitárias não têm receptor para pumps desse antígeno. 
Alguns genes envolvidos com os fatores de virulência são: tpra_tprl que codificam proteínas com função de porinas e adesinas; e genes que codificam hemolisinas (exotoxinas produzidas por bactérias que provocam lise dos eritrócitos).

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