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ANSIOLÓTICOS E HIPNÓTICOS

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ANSIOLÍTICOS 
E 
HIPNÓTICOS
Profa. Dra. Ciela Gimenes
cielagimenes@live.estacio.br
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ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
“Têm a propriedade de atuar sobre a ansiedade e a tensão. Drogas chamadas de tranqüilizantes, por acalmar a pessoa estressada, tensa e ansiosa. O principal efeito terapêutico é: diminuir ou abolir a ansiedade das pessoas, sem afetar em demasia as funções psíquicas e motoras. .....”
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ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
São as drogas mais usadas em todo o mundo.
Não são antineuróticos, antipsicóticos ou antiinsônia.
São uma classe de fármacos que atuam no Sistema Nervoso Central.
São coadjuvantes do tratamento psiquiátrico, quando a causa básica da ansiedade ainda não estiver resolvida.
Freqüentemente são associadas (ansiolíticos e hipnóticos) em virtude da sintomatologia apresentada pelo paciente.
Hipnóticos são utilizados no estímulo do sono - sedação (casos de insônia);
Ansiolíticos são fármacos que atuam na diminuição da atividade do SNC, são, por sua vez, hipnóticos e redutores da ansiedade. 
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ANSIEDADE
Emoção básica – diferente de doença ou sintoma de doença.
Essencial ao desempenho adequado do homem.
Se duradoura ou muito intensa – prejuízo no desempenho e sofrimento – exige intervenção terapêutica.
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ANSIEDADE
Deve-se diferenciar a Ansiedade Fisiológica da Ansiedade Patológica fazendo anamnese com o paciente e seus familiares.
Freqüentemente a ansiedade é associada a distúrbios depressivos.
Freud define dois tipos de ansiedade:
“Ansiedade resultante da libido frustrada (descarga da ansiedade com o intercurso sexual)”;
“Ansiedade decorrente de um sentimento difuso de preocupação ou temor que se origina de um pensamento ou desejo reprimido”.
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Sinais do SNA em resposta à Ansiedade:
Diarréias
Tonturas 
Hiperidroses 
Hipertensão Arterial 
Taquicardia 
Midríase pupilar
Inquietação
Tremores
Urgências Urinárias
Formigamentos.
ANSIEDADE
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Neurônio 
Dopaminérgico
Sítio disparador
da via mesolímbica
DOPAMINA – Sistema Límbico
Via Mesolímbica
Neurônio 
Serotoninérgico
Neurônio 
Adrenérgico
A grande dificuldade em tratar distúrbios do SNC, incluindo ansiedade, é a capacidade de inter-relações dos variados neurônios e seus neurotransmissores, não conseguimos atingir um “alvo-específico”. 
FARMACOLOGIA DA ANSIEDADE
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 BENZODIAZEPÍNICOS
 AGONISTAS SEROTONÉRGICOS
 BARBITÚRICOS
TRATAMENTO
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FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
BENZODIAZEPÍNICOS: Mais fisiológicos que existem, por isso os mais utilizados, por influírem pouco no sono REM, ocorrendo descanso do paciente.
BARBITÚRICOS
HIDRATO DE CLORAL
ETCLORVINOL
GLUTETIMIDA
MEPROBAMATO 
METIPRILONA	
PARALDEÍDO
ZOLPIDEM, ZOPICLONA
NÃO SUPLANTAM A AÇÃO DAS BENZODIAZEPINAS
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HIPNÓTICO IDEAL:
Deveria reproduzir a fisiologia normal do sono, sem provocar efeitos adversos. Nenhum dos disponíveis, no entanto, consegue atingir esses objetivos.
 TODOS OS HIPNÓTICOS COMPROMETEM A FASE REM, EM MAIOR OU MENOR PROPORÇÃO 
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ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
FASES DO SONO:
0 : ALERTA OU VIGÍLIA
1 : INDUÇÃO DO SONO, ESTADO DE SONOLÊNCIA.
2 – 4: REDUÇÃO DA ATIVIDADE ELÉTRICA CEREBRAL (SONO PROFUNDO).
REM (Movimento Rápido dos Olhos): SONO PARADOXAL.
Na fase de sono REM, é que ocorre o relaxamento muscular e os sonhos, podendo ocorrer movimentos espontâneos das extremidades, e movimentos oculares rápidos. NECESSÁRIO PARA O DESCANSO, SEM ESTA FASE OCORRE UM COMPLETO ESGOTAMENTO DO INDIVÍDUO.
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ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
EFEITO FARMACOTERAPÊUTICO
 Redução da ansiedade
 Redução da agressividade
 Sedação
 Indução do sono (manutenção)
 Redução do tônus muscular
 Efeito anticonvulsivante
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ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
FARMACOCINÉTICA
O equilíbrio da droga no organismo ocorre até depois de 3 dias de uso. 
Tem absorção mais lenta por via intramuscular, havendo necessidade de rapidez, a via oral ou endovenosa é preferível.
O efeito ansiolítico está relacionado com o sistema do GABA. GABA é um neurotransmissor com função inibitória capaz de atenuar as reações serotoninérgicas responsáveis pela ansiedade. 
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ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
EFEITOS COLATERAIS
O principal efeito é a sedação, variável de indivíduo para indivíduo. Um aumento da pressão intra-ocular pode ocorrer.
TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA
 A dependência aos benzodiazepínicos acontece.
 A tendência do paciente em aumentar a dose para obter o mesmo efeito, parece ser rara. Não sendo tratada a causa básica da ansiedade, haverá maior necessidade de drogas.
Em alguns pouquíssimos casos, observamos sintomatologia de abstinência. E os sintomas correspondem à ansiedade acentuada, tremores, visão turva, palpitações, confusão mental.
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BENZODIAZEPINAS
Administradas em grandes quantidades, os ansiolíticos provocam morte por parada cardiorespiratória;
O grupo dos Benzodiazepínicos constituem a categoria de drogas mais expressivas no uso clínico atual;
Associação com drogas que fazem bloqueio na recaptação da serotonina (5-HT) são eficazes.
1961- Diazepam: Tensil®
Triazolam: Halcion®
Lorazepam: Lorium® , Lorax®
Nitrazepam: Sonebom®, Sonetrat®
Midazolam: Dormonid®
Alprazolam : Frontal®
Clonazepam : Rivotril®
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BENZODIAZEPINAS
Todos os benzodiazepínicos possuem propriedades farmacológicas similares, não havendo evidência que haja um agente superior aos demais como ansiolítico.
Ação: Potencialização do ácido gama-aminobutírico (GABA), principal neurotransmissor inibitório do SNC, no sistema límbico.
Os benzodiazepínicos (BDZ) são drogas relativamente seguras, a não ser quando usados em combinação com o álcool ou outros depressores do SNC 
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MECANISMO DE AÇÃO DAS BENZODIAZEPINAS
 Variantes (BZ1;BZ2;BZ6) da unidade alfa do receptor seriam responsáveis pelos diferentes efeitos dos BDZ (ansiolítico, anticonvulsivante).
GABA – local de ação dos Benzodiazepínicos – canais GABAA 
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BENZODIAZEPINAS
Atuam de modo seletivo sobre os receptores GABAA
Ativam os neurônios GABA-érgicos aumentando o influxo de cloreto via GABA
Utilização do GABA endógeno
Anticonvulsivantes
Efeitos tóxicos, tolerância e dependência são observados
RESPIRAÇÃO: doses hipnóticas sem efeito significativo. Cuidados em crianças e hepatopatas.
CARDIOVASCULAR: doses pré-anestésicas diminuem PA.
TRATO DIGESTIVO: diminuem secreção.
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GABA
Cl-
Cl-
GABA
Cl-
Cl-
Cl-
Cl-
Extra-celular
Intra-celular
Cl-
Cl-
Cl-
Cl-
Cl-
Receptor GABAérgico
benzodiazepínicos
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A absorção IM dos BDZ é mais rápida, porém mais irregular. O uso EV de BDZ (sempre administrar lentamente para minimizar o risco de hipertensão e parada respiratória) é reservado para a sedação pré-operatória, o tratamento de convulsões ou para sérias emergências psiquiátricas. (Atenção: os BDZ só podem ser dados EV se o staff estiver treinado e equipado para lidar com possível parada respiratória).
São dotados de propriedades ansiolíticas, sedativas, anticonvulsivantes e miorrelaxantes. 
DIAZEPAM – agente mais empregado para manejo da ansiedade em adultos e boa opção para pacientes pediátricos também, porém carece de estudos.
 Alternativa: MIDAZOLAM. (meia-vida curta).
Lorazepam e Oxazepam são as drogas de escolha em paciente idosos ou com problemas hepáticos graves porque são metabolizados somente por conjugação com o ácido glicurônico e não têm metabólitos ativos. 
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Dado o risco de dependência dos BDZ que pode ocorrer mesmo em doses terapêuticas no tratamento prolongado (mais de seis meses) e ainda mais rapidamente com BDZ de alta potência (como Alprazolam e Lorazepam), recomenda-se sempre a utilização da dose efetiva mais baixa possível e apenas pelo menor tempo necessário para o alívio dos sintomas. 
Os BDZ devem ser evitados em pacientes com história de alcoolismo ou abuso de drogas, a menos que haja uma indicação precípua ou um acompanhamento cuidadoso.
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Os BDZ de eliminação rápida têm mais tendência
a produzir dependência ou fenômeno de "rebote" (ansiedade, insônia) ao ser suspenso o tratamento, enquanto que as de eliminação lenta produzem mais sedação diurna.
Tolerância – geralmente não ocorre fenômeno de tolerância (aumento gradual da dose para obter o mesmo efeito), mas alguns pacientes podem desenvolver tolerância aos BDZ levando ao aumento das doses e abuso.
Recaída – com a suspensão dos BDZ há um retorno dos sintomas originais.
Rebote – com a suspensão dos BDZ ocorre um retorno temporário dos sintomas originais, tais como ansiedade ou insônia, mas numa intensidade maior.
Abstinência – a abstinência, em contraste com a recaída e o rebote, geralmente inclui sintomas que o paciente não experimentou previamente.
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SINTOMAS DA SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA
	• ANSIEDADE • IRRITABILIDADE • INSÔNIA • TREMORES • SUDORESE • ANOREXIA • NÁUSEA • DIARRÉIA • DESCONFORTO ABDOMINAL • LETARGIA
• FADIGA • TAQUICARDIA • HIPERTENSÃO SISTÓLICA • DELIRIUM • CONVULSÕES
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Sempre lembrar que o risco de desenvolver dependência, rebote e abstinência é maior nos tratamentos em longo prazo, com doses altas e com BDZ de alta potência.
A possibilidade de ocorrer e a gravidade do rebote e abstinência estão diretamente ligadas ao uso de BDZ de meia-vida curta (ex.: Alprazolam). 
Problemas com tolerância, rebote e abstinência podem ser minimizados sempre que são usados BDZ de baixa potência e meia-vida longa (ex.: Diazepam).
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O PROCESSO DE RETIRADA DOS BDZ DEVE SER SEMPRE FEITO DE FORMA GRADUAL. 
OS PRIMEIROS 50% DA DOSE DIÁRIA PODEM SER REDUZIDOS DE MODO MAIS RÁPIDO, OS 25% SEGUINTES LENTAMENTE E OS ÚLTIMOS 25% MUITO LENTAMENTE. 
VALE LEMBRAR QUE A TAXA DE REDUÇÃO DA MEDICAÇÃO DEVE SER SEMPRE ADAPTADA A CADA PACIENTE 
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02/2001
Prof. Carlos Eurico Pereira
Farmacologia
Prof. Carlos Eurico Pereira
Farmacologia
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 INTERAÇÕES DAS BDZ COM OUTRAS DROGAS 
	 AUMENTAM A DEPRESSÃO DO SNC
 • anti-histamínicos • barbitúricos • antidepressivos tricíclicos • etanol
	AUMENTAM NÍVEIS DE BDZ 
	• cimetidina • dissulfiram • eritromicina • estrogênios • fluoxetina • isoniazida DIMINUEM OS NÍVEIS DE BDZ 
	• carbamazepina e antiácidos 
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SUPERDOSAGEM DE BZD
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES BDZ
FLUMAZENIL
ANTAGONIZA A LIGAÇÃO DO BDZ NO SÍTIO ALOSTÉRICO DO RECEPTOR GABAA
ÚTIL NA REVERSÃO DA SUPERDOSAGEM EM PEQUENAS DOSES CONTÍNUAS.
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AGONISTAS DE RECEPTORES SEROTONÉRGICOS
Buspirona (Buspar®) tem grande afinidade por receptores 5 HT-1A localizados em regiões do cérebro que recebem projeções dos núcleos da rafe.
Atuam em receptores pré-sinápticos, inibindo a liberação de 5HT.
BUSPIRONA 
ANSIENON® ANSITEC® BROMOPIRIM® BROZEPAX® BUSPANIL® BUSPAR®
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INDICAÇÕES
Efeitos ansiolíticos demoram alguns dias.
Não produzem sedação ou incoordenação motora.
É indicado no tratamento de distúrbios de ansiedade e no alívio dos sintomas de ansiedade. 
AGONISTAS DE RECEPTORES SEROTONÉRGICOS
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ANSIEDADE PERSISTENTE GENERALIZADA manifestada por sintomas de três das seguintes quatro categorias:
TENSÃO MOTORA
HIPERATIVIDADE DO SNA
 EXPECTATIVA APREENSIVA
VIGILÂNCIA E VIGÍLIA
Estado de ansiedade sendo contínuo durante pelo menos um mês
AGONISTAS DE RECEPTORES SEROTONÉRGICOS
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BUSPIRONA
AÇÃO FARMACOLÓGICA: 
-   Antagonismo dopaminérgico 
-   Agonismo parcial de receptores de serotonina.
EFETIVIDADE: 
Semelhante ao diazepam, diferindo pelo fato de:
-         não produzir sedação importante, 
-         não interagir com álcool 
-         não induzir dependência.
DESVANTAGEM: 
Tempo de latência de cerca de 1 a 2 semanas.
BOA ALTERNATIVA AOS BENZODIAZEPÍNICOS NO TRATAMENTO PROLONGADO DA ANSIEDADE GENERALIZADA.
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FENOBARBITAL
PENTOBARBITAL
TIOPENTAL
TIONEMBUTAL
PENTOBARBITAL meia vida de aprox. 6hs. raramente utilizado como hipnótico.
TIOPENTAL meia vida de aprox. 3hs utilizado como anestésico.
BARBITÚRICOS
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Hipnóticos, sedativos e ansiolíticos usados no início do século. Até 1960 eram os mais utilizados.
Atividades depressoras do SNC semelhante aos anestésicos gerais administrados via inalações, inclusive do Centro Respiratório.
Causam morte por depressão cardiorespiratória
Atuam em canal GABAérgico aumentando o influxo de cloreto, atividade do GABA endógeno e bloqueio aos receptores AMPA
Anticonvulsivantes
Dependência e Tolerância são observados
Induzem Citocromos P450 
BARBITÚRICOS
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