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Resumo Enterobius vermicularis

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RESUMÃO DE PARASITOLOGIA CLÍNICA: Enterobius vermicularis
Filo: Nematódeos / Nematódos / Nematelmintos
Características: vermes cilíndricos, maioria de vida livre, alongados, simetria bilateral, macho menor que a fêmea.
Representantes: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Larva migrans visceral, Strongyloides stercoralis, Ancilostomídeos, Enterobius vermicularis
Enterobius vermicularis
Nome vulgar: “caseira”, “oxiúros”,”largatinha”.
Distribuição: mundial, mas tem incidência maior nas regiões de clima temperado.
Morfologia:
Vermes adultos (macho e fêmea): dimorfismo sexual, cor branca, filiformes, expansões vesiculares típicas, chamadas “asas cefálicas”;
Ovos: apresenta o aspecto grosseiro de uma letra D, pois um dos lados é sensivelmente achatado e o outro é convexo; possui membrana dupla, lisa e transparente. No
momento que sai da fêmea, JÁ APRESENTA NO SEU INTERIOR UMA LARVA.
Habitat: CECO e APÊNDICE. As fêmeas repletas de ovos são encontradas na região perianal.
Ciclo biológico: tipo monoxênico, após a cópula, os machos são eliminados com as fezes e morrem.
 Fêmeas, repletas de ovos, se desprendem do ceco e dirigem-se para o ânus, principalmente á noite;
 Os ovos eliminados, já embrionados, se tornam infectantes em poucas horas e são ingeridos pelo hospedeiro;
 No intestino delgado, as larvas rabditoides eclodem e sofrem duas mudas no trajeto intestinal até o ceco;
 Chegando ao ceco se tornam vermes adultos;
 Um a dois meses depois as fêmeas são encontradas na região perianal;
 Não havendo reinfecção, o parasitismo extingue-se aí. 
Transmissão: pode ocorrer:
Heteroinfecção: quando os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro, também conhecido como PRIMOINFECÇÃO;
Indireta: quando os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou;
Auto-infecção externa ou direta: criança (frequentemente) ou adulto (raramente) levam os ovos da região perianal á boca. É o principal mecanismo responsável
pela cronicidade dessa verminose;
Auto-infecção interna – parece ser um processo raro, na qual as larvas eclodiriam ainda dentro do reto e depois migrariam até o ceco, transformando-se em
vermes adultos;
Retroinfecção: as larvas eclodem na região perianal (externamente), penetram pelo ânus e migram pelo intestino grosso chegando até o ceco, onde se
transformam em vermes adultos.
Patogenia e sintomatologia: Oxiuríase é a doença causada pelo Enterobius vermicularis.
 Na maioria dos casos passa despercebido, somente notando quando sente ligeiro prurido anal (preferencialmente á noite) ou quando vê o verme nas fezes;
 A alteração mais frequente e mais intensa é o prurido anal.
 Baixa taxa de hemoglobina;
Diagnóstico:
 Clínico: prurido anal noturno e continuado.
 Laboratorial: parasitológico de fezes não funciona para essa verminose intestinal;
 O melhor método é o da fita adesiva (transparente) ou método de Graham. 
Tratamento:
 Albendazol;
 Pamoato de pirantel;
 Ivermectina;
Profilaxia:
 A roupa de dormir e de cama usada pelo hospedeiro não deve ser “sacudida” pela manhã, e sim enrolada e lavada em água fervente, diariamente;
 Tratamento de todas as pessoas parasitadas da família (ou na coletividade) e repetir o medicamento duas ou três vezes, com intervalo de 20 dias, até que
nenhuma pessoa se apresente parasitada;
 Corte rente das unhas;
 Aplicação de pomada mercurial na região perianal ao deitar-se, banho de chuveiro ao levantar-se e limpeza doméstica com aspirador de pós.
Epidemiologia
Tem alta prevalência nas crianças em idade escolar;
Tem transmissão predominantemente doméstica ou de ambientes coletivos fechados (creche, asilos, enfermarias infantis);
Causas:
1. Somente a espécie humana alberga o E. vermicularis;
2. Fêmeas eliminam grande quantidade de ovos na região perianal;
3. Os ovos em poucas horas se tornam infectantes, podendo atingir os hospedeiros por vários mecanismos já citados;
4. Os ovos podem resistir até três semanas em ambientes domésticos, contaminando alimentos e “poeira”. 
Referências: NEVES. David Pereira. Parasitologia Humana. 11 ed. Atheneu. São Paulo. 2005.

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