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Resenha do livro Sociologia critica

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RESENHA CRÍTICA DOS CAPÍTULOS I, II E III DO LIVRO SOCIOLOGIA CRÍTICA 
Resenha do Livro: Sociologia Crítica: alternativas de mudança (Capítulos I, II, III).
GUARESCHI, A. Pedrinho. Sociologia crítica: alternativas de mudança, 61ª ed. Porto Alegre: Mundo Jovem, 2008. (cap. I, II, III).
CREDENCIAIS DO AUTOR
Pedrinho Arcides Guareschi nasceu em no município Colorado, no planalto médio do norte gaúcho, RS; possui graduação em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Imaculada Conceição (1969), graduação em Teologia pelo Instituto Redentorista de Estudos Superiores de SP (1964), Pós Graduação em Sociologia pela PUCRS (1965), graduação em Letras pela Universidade de Passo Fundo (1968), possui mestrado em Psicologia Social - Marquette University Milwaudee (1973), doutorado em Psicologia Social - University Of Wisconsin At Madison (1980). Pós-doutorado no departamento de Ciências Sociais na Universidade de Wisconsin (1991), pós-doutorado no departamento de Ciências Socias na Universidade de Cambridge (2002). Pós-doutorado na Università degli Studi La Sapienza, Roma, no departamento de Psicologia (2014/15). 
Atualmente é professor convidado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Conferencista Internacional. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: mídia, ideologia, representações sociais, ética, comunicação e educação. Trabalhou como professor convidado da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). 
Alguns livros publicados: Mídia, Educação e Cidadania: Para uma leitura crítica da mídia. O direito humano à comunicação: pela democratização da mídia. Territórios de Exclusão: Investigações em Representações Sociais. Psicologia Social do Cotidiano: Representações sociais em Ação, Mídia e Democracia. 
RESUMO DA OBRA
No livro Sociologia crítica: alternativas de mudança, 61ª ed. Porto Alegre, Mundo Jovem, 2008, 168 p. Pedrinho Guareschi apresenta a forma prática e com linguagem popular, ele explana aspectos básicos como: o que é teoria, o que é ciência, o conceito de ideologia e além de nos mostrar a importância do indivíduo ser crítico diante da realidade, apresentando também duas teorias primordiais a respeito desse contexto.
Pedrinho relata que o princípio de que por trás de tudo que nos é conhecido há uma ideologia, com o intuito de controlar a sociedade e manipulando os indivíduos que vivem nela, são expostas falsas ou meias verdades sobre a realidade, de acerto com os interesses e valores sejam eles nítidos ou não, como diz o autor: “... como as teorias, e consequentemente a ciência; não dizem tudo sobre a realidade” (p. 16), é necessário ter cuidado com as teorias, pois as vezes elas podem nos prejudicar.
No capítulo I o autor apresenta o conceito de teoria e ciência, mostrando como as leis tentam explicar a realidade, como por exemplo, “em dias de chuva acontece com mais frequência acidentes no trânsito, logo agrega – se a chuva e acidentes.” (p. 15), esse conjunto de leis que tentam explicar o que é a realidade, fatos concretos e singulares que são chamados de teoria. Assim temos o caso dos americanos, “quem vê o Fantástico todo domingo já tem sua teoria: os americanos são ricos, são mais inteligentes do que nós (pois mostram coisas lindas e gente que sabe muito), são melhores que nós (pois fazem coisas “fantásticas’’, maravilhosas)’’(p. 16), que são apontados como semideuses, ou seja, superiores. Sendo assim, certas teorias não são bem aceitas, que podem gerar preconceitos que modo possa julgar um individuo.
Em relação a ciência o autor define como o conjunto de teorias sobre um assunto; a concretização disso é a física, química, matemática, sociologia entre outros.
No capítulo II o autor apresenta o significado de ideologia, já que este assunto é bem abstruso, definindo assim a ideologia significa “estudo das ideias” (p. 18). Este significado pode ter uma figura tanto negativa e ruim; mas ainda se encontram o uso da ideologia como significado de ideias, valores e maneiras de pensar no seu sentido positivo.
De acordo com o estudo ideológico, nós somos o que os outros dizem e da forma que nos questionamos e encontramos as respostas é que formamos nossa identidade. Para entender o que é ideologia o autor cita alguns exemplos como: “conversando com uma empregada doméstica, ela me disse: Rico é aquela pessoa que soube poupar.”, “Quem trabalha mais e melhor e ganha mais” (p.19); será? Pode se afirmar que as pessoas ricas não são assim porque pouparam, e que quem trabalha mais e ganha mais não é uma verdade completa; no entanto, quando desconfiamos que as coisas não são precisamente exatas como acreditávamos que era, estamos diante de ideologias.
Os noticiários influenciam no pensamento dos indivíduos, esses por sua vez necessitam ter consciência de si próprio para fazer parte de um mesmo grupo e separar um processo de conscientização de classes, logo se um grupo não coincide com suas expectativas ele não tem sustentação por um longo período.
No capítulo III o autor nos trás a definição de sociologia, trazendo suas teorias e ideologias, ele diz que sociologia é “o estudo do social, ou da sociedade, ou de tudo o que se refira a mais pessoas, e não a uma só.” (p. 23), sendo assim, onde se encontra um grupo de pessoas, em organizações, ou órgãos e sempre que existir alguma coisa que implique outras pessoas a sociologia estará presente no assunto.
Neste capítulo o autor também relata a respeito da existência de varias sociologias, partindo desse contexto, o autor nos apresenta duas teorias raízes das outras que regem a sociedade, a primeira é a teoria positivista-funcionalista e a segunda é a teoria histórico – crítica; “a teoria positivista é chamada de positivismo porque ela supõe, implica, que a realidade está ai, isto é, a realidade é o que esta colocada, posto , na nossa frente”(p. 24), nesta teoria, o positivismo-funcionalista nada mais do que uma maneira encontrada por aqueles que estão no poder, de criar pessoas alienadas e permanecer no comando.
Na teoria histórico – crítico o autor aborda o enfoque principal do livro; além de ser a mais científica, devido explicação mais perfeita da realidade, relativiza – a pois prevê que tudo é passageiro, histórico, ou seja, do mesmo jeito que as coisas aparecem, desaparecem, nada é absoluto ou imutável. Opondo – se, a Teoria Positivista-Funcionalista que retêm-se a obviedade de que a realidade é o que está aí, “e que tudo caminha para um equilíbrio” (p. 25). Nessa teoria, a visão crítica é um hábito, costume, questionamentos dispostos a transformar a sociedade.
Os capítulos do livro sociologia crítica remetem uma nova visão sobre o que é sociologia, qual a necessidade de se falar, de como se usar, desmitificando de uma teoria e de uma ideologia, fazendo seu bom uso crítico no meio social com intuito de promover mudanças, sendo essas, que nos levam além explicar o que é utopia, e dar exemplo de sociedades utópicas, nos mostra que muitas coisas idealizadas anteriormente e que há alguns séculos eram impossíveis, hoje são possíveis graças às pessoas que acreditaram na sociologia crítica. 
E com estilo e clareza o autor nos faz um convite a não ficar estagnados no presente, mas pensarmos no futuro, já que ele também faz parte da realidade devemos vindicar o impossível para prosseguir na mudança.

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