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CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA

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CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA: 
ESTUDO DE VIABILIDADE DA 
IMPLANTAÇÃO DE UM BANCO 
CAPACITOR EM UMA EMPRESA DE 
MINERAÇÃO LOCALIZADA EM 
CATAGUASES - MG 
 
Ricardo Fazionato Pereira (FIC/UNIS) 
ricardofazionato@hotmail.com 
Alvaro Pereira Milani (FIC/UNIS) 
alvaromilani93@gmail.com 
Luana Gouvea Meireles (FIC/UNIS) 
luana.rec@gmail.com 
Silvio de Jesus Camargo (FIC/UNIS) 
silvio@bauminas.com.br 
Murillo Augusto Vilela de Sousa (FIC/UNIS) 
maugusto_vs@hotmail.com 
 
 
 
O crescente aumento de preço de energia tem causados grandes 
distúrbios e reações adversas nas micros, médias e grandes empresas. 
Para amenizar e contornar tal sinistro, muitos empresários buscam a 
implantação de banco de capacitores, o que permite reduzir, controlar 
e gerenciar os níveis de potência reativa geradas pelos equipamentos 
utilizados no processo de produção. Desta forma, o presente estudo de 
caso tem como fundamentação estudar as variáveis relativas ao 
consumo de energia elétrica de uma empresa de Mineração localizada 
em Cataguases - MG. Faz-se também, através de uma pesquisa 
bibliográfica e exploratória examinar os aspectos das normas e leis 
vigentes no que tange a implantação de um banco de capacitor. Será 
realizado um estudo de viabilidade com intuito de verificar se a 
implantação é rentável financeiramente para empresa e se o processo 
permite trazer resultados positivo e perceptível em nível de produção e 
operação, possibilitando convergir redução dos custos e 
consequentemente maximização dos lucros. 
 
Palavras-chave: Fator de potência; Correção do Fator de Potência; 
Banco de Capacitor.
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção 
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. 
 
 
 
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção 
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. 
 
 
 
 
2 
 
1. Introdução 
Atualmente pode ser observado aumento de números de pesquisas relacionado à 
correção do fator de potência, fato esse veridicamente constatado devido à elevação do custo 
da energia elétrica, como também das dificuldades e influências provocadas nos processos 
produtivos e nos setores comerciais, como é notado nas obras de (COTRIM, 2003), 
(HAFTNER, LOPES; LIMA, 2005) e (MARTINS, COUTO; AFONSO, 2003). 
Segundo Fragoas (2008) para a movimentação de equipamentos elétricos como 
exemplos motores e transformadores é essencial que se tenha energias ativa e reativa. 
Entretanto a energia reativa é responsável pela geração dos campos magnéticos e elétricos nas 
bobinas dos equipamentos, já a energia ativa é aquela que executa as tarefas, a que produz o 
torque, a ação e o efeito do equipamento de se movimentar para executar as atividades diárias 
(VIEIRA, 1989). 
Contudo, apesar da energia reativa ser indispensável no processo de geração energia 
para rotação e funcionamento das máquinas, sua utilização deve ser a menor possível, visto 
que a mesma necessita de condutores de maior seção e uma estrutura da rede maior, 
ocasionando gasto e perdas técnicas por aquecimento e quedas de tensão (FRAGOAS, 2008). 
Cabe ressaltar que existem várias formas de reduzir as perdas de energia elétrica nas 
instalações consumidoras, uma das formas mais rentável e aplicável é através da implantação 
do banco de capacitores. Segundo Flarys (2006) os capacitores são instalados em plantas 
industriais como uma fonte de energia reativa com o objetivo de corrigir o fator de potência 
dos equipamentos elétricos, permitindo diminuição nas perdas de geração, transmissão, 
melhora no perfil de tensão e aumento da vida útil dos equipamentos. 
O fator de potência é corrigido por um equipamento (capacitor) capaz de acumular 
energia elétrica, constituído necessariamente por duas placas condutoras e isoladas, quando 
ligadas a uma fonte de tensão em suas extremidades, gera uma corrente elétrica indispensável 
para compensar a defasagem que é criada pelas cargas indutivas (MAMEDE, 2007). 
Em síntese, e em termos qualitativos, o fator de potência é um índice adimensional que 
representa a energia ativa perante a energia total (aparente e reativa) absorvida por um 
equipamento (ou uma instalação), com esse valor alternando entre 0 (zero) e 1 (um) indutivo 
ou capacitivo (SILVA, 2009). 
Antes mesmo de avançar no sentido do objetivo da pesquisa, vale resaltar que este 
artigo se propõe a explorar como premissa de estudo a implantação do banco de capacitores 
 
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção 
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. 
 
 
 
 
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em uma empresa de mineração na cidade de Cataguases – MG. Paralelamente verificar os 
benefícios técnicos e econômicos que possuem o uso de banco de capacitores na empresa 
estudada. 
Nesse sentido, será avaliado e analisado o custo benefício do investimento com 
relação à implantação e os ganhos gerados com o banco de capacitor, comparando assim as 
reduções comutadas na fatura de energia, buscando estreitar as relações e permitindo verificar 
a viabilidade e rentabilidade do investimento. 
2. Legislação: Classificação dos grupos e modalidades tarifárias 
A atual legislação do fator de potência é regida pela Agência Nacional de Energia 
Elétrica (ANEEL) - órgão brasileiro que controla a distribuição de energia elétrica no Brasil. 
Através da resolução normativa Nº 414/2010 artigo Art. 76, dispõem que o fator de potência 
de uma unidade consumidora do grupo A, deve ser verificado pela distribuidora por meio de 
medição permanente e obrigatória, prescreve ainda que o valor mínimo permitido para o fator 
de potência indutivo ou capacitivo seja de 0,92. 
De acordo com a Resolução Nº 456 da ANEEL, de 29 de novembro de 2000 (ANEEL, 
2000), tanto o excesso de energia reativa e indutiva como o de energia capacitiva é medida e 
faturada pelos consumidores do grupo A. De acordo com a legislação existente, a cobrança 
pelo baixo fator de potência, é realizada através do excedente de energia reativa gerada pela 
unidade consumidora faturada na estrutura tarifária horo-sazonal ou na estrutura 
convencional. 
Antes mesmo de avançar no sentido de classificação e modalidade do tipo tarifário da 
empresa consumidora estudada, é conveniente conhecer os tipos de grupos e subgrupos, e as 
atuais modalidades tarifárias aplicadas aos consumidores existentes (ANEEL, 2000): 
Grupo “B”: É o agrupamento de consumidores de unidades atendidas em tensão inferior a 2,3 
kV volts (Baixa tensão - BT). 
Grupo “A”: É o agrupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em 
tensão igual ou superior a 2,3 kV – (Alta tensão), esses consumidores são subdividido nos 
seguintes subgrupos: 
a) Subgrupo A1 - tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV; 
b) Subgrupo A2 - tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV; 
c) Subgrupo A3 - tensão de fornecimento de 69 kV; 
d) Subgrupo A3a - tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV; 
e) Subgrupo A4 - tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV; 
 
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f) Subgrupo AS - tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV. 
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) as modalidades tarifárias 
disponíveis, pode-se caracterizá-las da seguinte forma: 
Convencional: Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de energia elétrica 
(kWh) e/ou demanda de potência (kW) independentemente dos horários de utilizaçãono dia e 
dos períodos do ano. Essa estrutura é especifica e representada pelo grupo A e possui 
restrições quanto ao nível máximo de demanda de potência e consumo de energia elétrica 
contratada de ≤ a 300 kW. 
Horo-sazonal: Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de 
energia elétrica (kWh) e de demanda de potência (kW) de acordo com as horas de utilização 
no dia e dos períodos do ano. Essa estrutura é especifica e representada pelo grupo A. 
a) Horo-sazonal verde: É a aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia 
elétrica (KWh) de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano com 
tarifação única para demanda de potência. 
b) Horo-sazonal azul: É a aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia 
elétrica (KWh) de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano com 
tarifação diferenciadas para a demanda de potência. 
3. Definições e conceitos 
A Resolução Normativa Nº 414/2012 da ANEEL estabelece algumas definições que 
são fatores que serão abordados no desenvolvimento do trabalho, dessa forma é necessário 
que se tenha uma percepção do que é o conceito para fins de entendimento e clareza sobre o 
assunto que será dissertado. 
a) Consumo de Energia Elétrica: Quantidade de potência elétrica (W) consumida em um 
intervalo de tempo, expresso em quilowatt-hora (KWH), valor obtido através da 
potência do equipamento especifico em relação a seu período de utilização; 
b) Horário de Ponta: Corresponde ao intervalo de tempo composto de 3 (três) horas 
consecutivas, definido pela Distribuidora local, considerando a curva de carga do 
sistema elétrico com exceção feita aos sábados, domingos, e feriados definidos por lei 
federal. 
c) Horário Fora de Ponta: Período composto pelo conjunto das horas complementares às 3 
(três) horas consecutivas definidas no horário de ponta. 
 
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d) ERE: Representa o valor correspondente à energia elétrica reativa excedente à 
quantidade permitida pelo fator de potência de referência, no período de faturamento. 
 
4. Metodologia 
4.1. A empresa 
A empresa pela qual foi desenvolvido o trabalho está localizada no Município de 
Cataguases – MG possui um portfólio amplo de serviço na produção de pedras para obras 
civis e construção no geral. É importante ressaltar que o desenvolvimento deste trabalho foi 
consentido tanto pela direção da empresa quanto pela comissão da equipe do projeto, que 
documentou por escrito um termo de autorização (Anexo I), tratando da assinatura de um 
termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), respeitando os critérios éticos e legais em 
pesquisa relacionada ao tema em questão. Foi informada juntamente a direção da empresa que 
o referente estudo se tratava de um trabalho voluntário e que resultados gerados não trariam 
danos ou prejuízos à empresa, e que posteriormente analisados poderiam gerar benéficos a 
mesma na redução de custo de produção e despesas relacionado ao consumo de energia 
elétrica. 
A empresa estudada possui uma demanda contratada de 470 KW de potência, desta 
maneira segundo a legislação vigente, esta se enquadrada dentro da unidade consumidora 
grupo A no subgrupo A4 representado por tensão de fornecimento variando entre 2,3 KV a 25 
KV, sendo que a tensão de fornecimento pela Concessionária no município é de 22 KV. A 
empresa estudada esta enquadrada no regime horo-sazonal verde. 
4.2. Procedimento 
Para o desenvolvimento da pesquisa, realizou-se uma pesquisa exploratória em fontes 
eletrônicas, tais como: artigos, revistas eletrônicas, documentos e anais de congresso, com 
objetivo de agregar valor a pesquisa e todo o referencial teórico. Paralelamente foram 
verificadas as normas, resoluções e leis existentes no que regem aos estudos relacionados aos 
equipamentos do setor elétrico brasileiro. 
As seleções dos artigos científicos consultados foram feitas em conformidade com o 
tema proposto, descartando os estudos que, apesar de constarem na busca, não apresentaram 
metodologia em acordo com o tema deste artigo. 
Inicialmente buscou-se levantar por meio da Distribuidora de energia elétrica do 
município, a relação das empresas com maiores índices de energia reativa excedente (ERE) 
 
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em seu processo produtivo que consequentemente estão impactando diretamente no custo 
total da fatura de energia. Após a identificação da empresa a ser estudada, foi realizado a 
assinatura do TCLE, indispensável para o desenvolvimento dos trabalhos e ao acesso as 
faturas de energia. 
Começou-se a etapa investigativa e de posse das faturas levantadas e valores faturados 
no período de outubro de 2014 a março de 2015, foram realizadas simulações através de 
planilhas, visando contextualizar as despesas geradas mês a mês com a energia reativa gerada 
pelas máquinas e equipamentos em seu processo produtivo. 
Para verificação do custo da correção do fator de potência, solicitou-se orçamento de 
duas empresas locais que prestam o serviço de instalação e manutenção de banco de capacitor, 
tais orçamentos deveriam conter custo dos equipamentos, materiais e mão de obra, com a 
finalidade de verificarmos a viabilidade da implantação do banco de capacitor na empresa 
estudada. 
De posse dos dados acima, realizou-se análises e comparações de modo a demonstrar 
através de gráficos a eficiência da correção do fator de potência no seu processo produtivo, 
visando reduzir despesas e gerar rentabilidade e lucratividade ao negócio. 
4.3. Amostra 
A coleta dos dados foi realizada através de uma amostragem de seis meses da fatura da 
conta de luz e de informações de características técnicas do empreendimento, disponibilizada 
pela empresa, com o propósito de identificar a relação de benefício entre os valores pagos 
atualmente de energia reativa versus o custo do investimento que foi proposto. 
Conforme Marconi (2000), a amostra da pesquisa foi definida pelo processo não 
probabilístico, baseando-se uma abordagem descritiva de natureza quantitativa, relacionada 
aos dados coletados para fins de pesquisa e qualitativa no intuito de analisar (mensurar) os 
dados coletados para fins de correção e averiguação do fator de potência. Para Rudio (1996), a 
escolha da amostra deve-se justificar os motivos da seleção e as características da pesquisa. A 
amostra desta pesquisa se justifica pelo motivo de possuir um fator de potência de 0,87 abaixo 
do permitido pelo artigo Art. 76 da Resolução Nº 414/2010. 
A concessionária local para verificar e medir o cosumo mensal da empresa adota-se um 
medidor de energia elétrica de modelo PN-5D aprovado pelo INMETRO através da portaria 
vigente nº 085, de 04/06/1990, fabricado em 2000 pela Nansen SA, o qual realiza a medição 
da energia ativa, reativa e demanda consumida. De posse dos dados coletados pela empresa 
 
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mensalmente, são mensurados, apurados e faturado para os consumidores do grupo A, sendo 
esses valores taxados e descritos na fatura de energia emitida pela concessionária. 
4.4. Tratamento estatístico 
Os dados foram coletados de forma real, buscando atentar aos mínimos detalhes de sua 
apuração e as exigências e normas internas da empresa sendo esses posteriormente tratados 
durantea pesquisa sem distorções da realidade. A utilizada baseou-se pelo método do desvio 
padrão, média ponderada, porcentagem, através da ferramenta Microsoft Office Excel, 
buscando apontar e demonstrar de forma mais clara e objetiva as principais evidências e 
resultados gerados (MAXWEL, 1997). 
5. Cálculos e dimensionamentos 
Segundo Duailibe (2000), a instalação de banco de capacitor é a ferramenta mais 
viável financeiramente e também tecnicamente para se corrigir o fator de potência de um 
empreendimento. 
A empresa possui uma potência instalada de 470 kW e um fator de potência conforme 
definido na amostragem estudada, com média fora da ponta de 0,87. Assim, a potência reativa 
consumida pela empresa atualmente é de aproximadamente 266,36 kVA. 
Figura 1: Energia Reativa com FP de 0,87. 
S= P S= 470 kW S= 540,22 kVA
cos Ø 0,87
Q= √(S² - P²) Q= 70,93 kVAR 
Fonte: Adaptado a partir de Duailibe (2000). 
 
Para o dimensionamento adequado do banco de capacitor, é necessário conhecer a 
potência reativa máxima consumida pela empresa, considerando uma fator de potência padrão 
especificado de acordo com a RN 414/2010, art 95, de 0,92. Conforme ilustrado abaixo, esse 
valor é de 200,22 kVAr. 
 Figura 2: Energia Reativa com FP de 0,92. 
S= P S= 470 kW S= 510,87 kVA
cos Ø 0,92
Q= √(S² - P²) Q= 200,22 kVAR 
Fonte: Adaptado a partir de Duailibe (2000). 
 
Considerando: 
S = Potência aparente (kVA). 
 
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P= Potência ativa (kW). 
Q= Potência Reativa (kVAR). 
Com a diferença entre as energias reativas é possível calcular o valor da potência do 
banco de capacitor a ser instalado. Assim, podemos concluir que atualmente a empresa 
ultrapassa seu consumo em 66,14 kVAr do limite especificado por norma. Este valor será 
compensando com a instalação de um banco de capacitor com potência correspondente a essa 
diferença. 
Figura 3: Dimensionamento do Banco de Capacitor. 
Qcap= Q - Q' Qcap= 266,36 - 200,22 Qcap= 66,14 kVAR 
Fonte: Adaptado a partir de Duailibe (2000). 
 
Onde: 
Qcap = Potência Reativa do Banco de Capacitor. 
Q= Potência Reativa com FP de 0,87. 
Q’= Potência Reativa com FP de 0,92. 
Para ilustração, abaixo estão representados os valores adequados das potências 
correspondentes à demanda da empresa com fator de potência especificado por norma. 
Figura 4: Triângulo das Potências. 
Ø
P= 470kW
Q=
 20
0,2
2k
VA
R
 
Fonte: Adaptado a partir de Duailibe (2000). 
 
Em resumo, a instalação de um banco de capacitor de 70 kVAR atende as 
especificações visando atendimento ao agente regulamentador. Resultando em uma redução 
de potência aparente de 540,22 kVA para 510,86 kVA, favorecendo a diminuição de perdas, 
consequente da redução de corrente nesta instalação. 
6. Orçamento 
Para alcançar a eficiência e correção do fator de potência, a fim de evitar perdas no 
sistema, faz-se necessário a montagem de um banco de capacitores. 
 
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Neste intuito, foi realizado um orçamento com uma empresa especializada no ramo 
que pode ser visualizada conforme a Tabela 1 descrita abaixo e foram adquiridos os seguintes 
valores de equipamentos e mão de obra: 
 
 
 
 
Tabela 1 – Orçamento para montagem de um banco de capacitores de 70 kVAr. 
Item Descrição Quantidade Preço (R$/un) Total (R$) 
1 Disjuntor 3x70 4 pç 73,00 511,00 
2 Contator 3 TF 44 4 pç 154,00 616,00 
3 Controladores PFWT 12 2 pç 2.060,00 4.120,00 
4 Banco Capacitor 20 kVAr 3 pç 320,00 960,00 
5 Banco Capacitor 10 kVAr 1 pç 198,00 198,00 
6 Botoeira Liga/Desliga 4 pç 18,50 74,00 
7 Cabo elétrico 10 MM 1 pç 302,00 302,00 
8 Mão de obra para instalação 10 hr 25,00 250,00 
Total R$ 7.031,00 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor. 
 
7. Resultados e discussões 
A fim de buscar melhores adequações aos parâmetros analisados, buscamos conhecer 
um pouco sobre a amostragem, buscando desta forma entender melhor a variação das 
grandezas estudadas tais como: Média, Desvio Padrão, Máximo e Mínimo. De posse dos 
dados observados no período 06 meses analisados referentes aos meses de outubro de 2014 a 
março de 2015, a tabela 2 demonstra a variação encontrada. 
Tabela 2: Características gerais da amostragem: 
Fator de Potência
Fora Ponta
out/14 0,92
nov/14 0,43
dez/14 0,94
jan/15 0,57
fev/15 0,54
mar/15 0,70
Máximo Mínimo
0,94 0,43
Mês/Ano Média 
0,68
Desvio 
Padrão 
0,21
 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor. 
 
Diante dos dados apurados, observa-se uma instabilidade bem apreciável e visível de 
observação com relação ao baixo fator de potência gerado, o que comulta grandes multas e 
 
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acréscimo de despesas nas faturas de energia. Diante dessa perspectiva e valores desajustados, 
observou a importância do diagnóstico e a aplicação de estudo para fins de correção e redução 
de custos. 
O gráfico 1 ilustra os valores gerados de energia reativa excedente (ERE) mês a mês 
referente ao período da amostragem. 
 
 
Gráfico 1 – Consumo de ERE (kVArh). 
 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor. 
 
Como pode ser verificado no gráfico acima, o valor de energia reativa gerada está 
elevado. Observou-se através dos relatórios mensais e nas faturas de energia referente aos 
meses composto pela amostragem estudada, que a energia reativa ponta está equilibrada 
(dentro do admissível), já com relação aos valores medidos nos horários fora ponta estão fora 
dos padrões toleráveis, sendo necessário implantar um banco de capacitores, para que o valor 
gerado possa trabalhar dentro do dimensionamento aceitável e regulado pela ANEEL. 
O gráfico 2 apresenta uma simulação comprovando a redução no valor da fatura de 
energia após a correção do fator de potência que se encontra em torno de 0,87 para o valor 
mínimo permitido de 0,92 (valor parametrizado e definido pela resolução 414 da ANEEL). 
Gráfico 2 - Simulação da fatura com o ajuste no fator de potência. 
 
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11 
 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor. 
Através dos resultados apurados na simulação acima, a empresa estaria deixando de 
pagar pelo consumo de energia reativa excedente (ERE), reduzindo em média 8,94% o valor 
pago em sua fatura de energia mensal, sendo representado em valor monetário um 
quantitativo médio de R$ 2.395,70 mensal, e se tratando de uma simulação semestral, esse 
valor demonstraria uma economia de R$ 11.361,14. 
Considerando que na empresa, o custo com energia elétrica representa 10% do valor 
do custo da produção, a economia na conta de energia representaria uma redução de custo de 
produção em média de aproximadamente 0,89% com a correção do fator de potência, 
proporcionando ao proprietário da empresa aumento de receita e consequentemente 
maximização de seus lucros. 
Com base no orçamento e no cálculo de dimensionamento do banco de capacitores 
para suprir a carga reativa objetivando a correção do fator de potência aos níveis permitidos 
de acordo com a simulação acima, será necessário um investimento pela empresa de R$ 
7.031,00 (conforme demonstrado no item4.4 acima). De base dos dados e valores levantados 
foi elaborado cálculos de Payback e VPL (Valor Presente Líquido) para avaliar o tempo de 
retorno do investimento. 
O Payback é o indicador que fornecerá o prazo de recuperação do investimento. A 
partir do momento do payback, o investimento passa a ser vantajoso do ponto de vista 
financeiro, porém não deve ser considerado único, como afirmam Motta & Callôba (2002, p. 
97). 
De acordo com Wernke (2000), o VPL é o “conceito matemático que indica o valor 
atual de uma série uniforme de capitais futuros, descontados a uma determinada taxa de juros 
 
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compostos, por seus respectivos prazos” (WERNKE, 2000). Quando o cálculo do VPL 
retorna com valor maior que 0, subjetivamente pode ser considerado o inicial que o 
investimento trará lucratividade. 
Diante da parametrização do conceito exposto acima, considerando que o valor do 
investimento seja de R$ 7.031,00 e que foi obtida através de empréstimo bancário a taxa de 
juros de 1,8% ao mês, temos os seguintes valores de retorno mensais, conforme tabela 3 
abaixo: 
Tabela 3 - Cálculo de VPL. 
 
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 
Retorno R$ 1.987,75 R$ 1.952,60 R$ 1.918,08 R$ 1.884,16 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor. 
 
Fundamentado nos valores de retorno do investimento obtidos através da Tabela 2, 
iremos verificar pelo cálculo abaixo qual será a lucratividade através do mês 4 do 
investimento: 
VPL = [(1.987,75 + 1.952,60 + 1.918,08 + 1.884,16) – 7.031,00] 
VPL = 711,60 reais. 
Portanto, tendo como referência à análise que o investimento trará retorno financeiro, 
descontado a taxa de juros do investimento a partir do mês 4, ou seja, a partir deste período já 
observar-se pagos os valores do capital investido e o juros do empréstimo e obter lucro de R$ 
711,60. 
No intuito de demonstrar o retorno financeiro do investimento, foi elaborado o cálculo 
do payback descontado, conforme tabela 4: 
Tabela 4 - Payback Descontado. 
Payback Descontado 
 Investimento Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 
Fluxo de caixa -7000 1987,23 1952,09 1917,58 1883,67 2023 
Payback -7000 -5012,8 -3060,7 -1143,1 740,568 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor. 
 
Considerando uma taxa de juros de 1,8% ao mês, o payback ocorre no mês 4, mais 
precisamente com 3 meses e 19 dias. 
8. Conclusão 
Os resultados demonstrados acima vão de encontro à pesquisa de Leite Davi (2009), 
que demonstrou a viabilidade da correção de fator de potência, através da instalação de 
 
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Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção 
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bancos de capacitores no secundário de um transformador trifásico, corrigindo o fator de 
potência para os limites estabelecidos pela resolução 414. 
Observa-se que o gerenciamento das faturas de energia está se tornando cada vez mais 
indispensável ao negócio (empresa), visto que o enfoque desta questão representa redução de 
custo e consequentemente aumento da margem de lucro. 
Conforme resultado apurado através do dimensionamento da potência do banco de 
capacitor foi possível verificar a viabilidade financeira da correção do fator de potência com o 
uso do banco de capacitor. Desta forma, conforme verificado pelos cálculos de VPL e 
Payback, observou-se que o investimento se faz eficaz com retorno financeiro após 3 meses e 
19 dias, já no quarto mês a empresa terá pago o investimento acrescido dos juros de 
financiamento e lucro parcial de R$ 711,60 e consequentemente os meses posterior haverá 
redução dos custos com ERE e lucro médio de R$ 2.395,70. 
REFERÊNCIAS 
Agência Nacional de Energia Elétrica - (ANEEL). Resolução ANEEL nº 456. Brasília: ANEEL, 2000. p. 62. 
 
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Resolução Normativa Nº 414/2010. 
 
Cotrim, E. D. Projeto e Integração de um Sistema de Amostragem de tensão e corrente para aplicações em 
Sistemas de medição de energia elétrica. Itajubá (2003). 
 
Duailibe, Prof Paulo. Consultoria para uso Eficiente de Energia. Janeiro – 2000. Disponível em: 
<www.uff.br/lev/downloads/apostilas/Capacitores.pdf>. Acesso em: 17 de Abril de 2015. 
 
Fragoas. A. G. Estudo de caso do uso de bancos de capacitores em uma rede de distribuição primária – 
indicativos da sua viabilidade econômica. Curso de Engenharia Elétrica. Universidade de São Paulo – São 
Carlos, 2008. 
 
Hafner, A., Lopes, H. S., & Lima, C. R. (2005). Implementação de um Medidor de Qualidade de Energia Usando 
Computação Reconfigurável por Hardware. VII SBAI/ II IEEE LARS. São Luís. 
 
Martins, J. S., Couto, C., & Afonso, J. L. Qualidade de energia elétrica. 3º Congresso Luso-Moçanbicano de 
Engenharia – CLME’2003. Maputo – Moçambique (2003). 
 
Mamede Filho, J. (2007). Instalações Elétricas Industriais (7ª ed.). Rio de Janeiro, RJ, Brasil: LTC. 
 
Marconi, Marina de Andrade, Lakotos, Eva Maria. Metodologia científica: ciência e conhecimento; métodos 
científicos; teoria, hipóteses e variáveis; metodologia jurídica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
Maxwell, Kenneth. O Marques de Pombal: Paradoxo do Iluminismo, São Paulo: Paz e Terra, 1997. 
 
Motta, Régis da Rocha. CALÔBA, Guilherme Marques. Análise de investimentos: tomada de decisão em 
projetos industriais. São Paulo: Editora Atlas, 2.002. 
 
Rudio, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 20. ed. Petrópolis:Vozes, 1996. 
 
Silva, M. C. I. Correção do Fator de Potência de Cargas Indústrias com Dinâmicas Rápidas. PPGEE – Programa 
de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Belo Horizonte – MG, 2009. Disponível em: 
<www.ppgee.ufmg.br/defesas/129M.PDF>. Acesso em: 18 de abril de 2015. 
 
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Silva; D. L.Controle de Fator de Potência no Secundário (Lado da Carga) de um Transformador Trifásico. 
Universidade Federal de Ouro Preto, 2009. 
 
Vieira, A. C. G. Correção do Fator de Potência. 2º Edição. Rio de Janeiro: Editora Manuais CNI, 1989, p. 155. 
Flarys, F. Eletrotécnica Geral (1ª Edição ed.). São Paulo: Editora Manole, (2006). 
 
Wernke, Rodney. Aplicações do conceito de valor presente na contabilidade gerencial. Revista Brasileira de 
Contabilidade. Conselho Federal de Contabilidade, n. 126. Brasília: novembro/dezembro, 2000. 
 
ANEXO I 
TERMO DE CONSENTIMENTO 
Sr (a) foi selecionado (a) e está sendo convidado (a) para participar da pesquisa intitulada: 
CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA: ESTUDO DE VIABILIDADE DA 
IMPLANTAÇÃO DE UM BANCO CAPACITOR, que tem como objetivos: Implantação 
de um banco de capacitor possibilitando convergir redução dos custos e consequentemente 
maximização dos lucros. 
Este é um estudo baseado em uma abordagem qualitativa, utilizando como métodos 
questionários e medições de variáveis relacionado a energia elétrica. 
Suas respostas serão tratadas de forma anônima e confidencial, isto é, em nenhum momento 
será divulgado o seu nome em qualquer fase do estudo. Quando for necessário exemplificar 
determinada situação, sua privacidade será assegurada uma vez que seu nome será substituído 
de forma aleatória. Os dados coletados serão utilizados apenas NESTA pesquisa e os 
resultados divulgados em eventos e/ou revistas científicas. 
Sua participação é voluntária, isto é, a qualquer momento você pode recusar-se a responder 
qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seuconsentimento. Sua recusa não trará 
nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição que forneceu os seus 
dados, como também na que trabalha. Sua participação nesta pesquisa consistirá em 
responder as perguntas a serem realizadas sob a forma de questionários fechados. O 
benefício relacionado à sua participação trará reduções na fatura de energia elétrica e 
consequentemente maximização de lucros. 
 
_____________________________ 
Nome do Pesquisador 
Eu abaixo assinado, estou ciente que faço parte da pesquisa. 
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________

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