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Coberturas em estruturas de madeira exemplos de cálculo
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Rayane Rhayra Franco
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decorre do vão adotado para a terça a faixa de carregamento para as tesouras, portanto, terças de grandes vãos diminuem o número de tesouras e estas ficam sujeitas a carregamentos de maior intensidade. Ou ainda, terças de pequenos vãos aumentam o número de tesouras e diminuem o carregamento individual de cada uma delas. Certamente a segunda opção, quando possível de ser adotada, conduzira a soluções mais seguras e confiáveis. As emendas de terças devem ser feitas com talas pregadas, nas seções de momento fletor nulo, com chanfros a 45° acompanhando o diagrama de momentos fletores. As terças devem possuir apoios nas duas direções em que ocorrem suas solicitações principais. Caso haja inversão de esforços provocada pela ação do vento, deve-se garantir a ancoragem da terça, através de parafusos passantes ou cantoneiras parafusadas. Caso isto não aconteça, o apoio lateral da terça passa a ser o mais importante, porque ele garantirá sua estabilidade. Neste caso as ligações são pregadas e pode-se usar para apoio lateral o prolongamento dos montantes das tesouras. Outros sistemas estruturais são possíveis de ser adotados para as terças, quando é imperativo vencer vãos maiores do que os acima indicados. O uso de seções transversais maiores do que as comerciais não é indicado, porque significa um menor aproveitamento dos recursos florestais existentes. Dentre as alternativas existentes podem ser relacionadas as seguintes: vigas armadas, vigas escoradas, vigas compostas e vigas treliçadas com banzos paralelos. Todas elas aumentam o consumo de mão de obra na execução do terçamento, Além de transferirem os esforços da trama para as tesouras (ou arcos, pórticos, etc.), as terças travam as pernas das tesouras, usualmente comprimidas. Nos casos em que ocorre inversão de esforços provocada pela ação de vento, as terças deverão ser do tipo escorada para que as mãos-francesas usadas possam travar os banzos inferiores das tesouras, então solicitados à compressão. 1,5,5. Estrutura de apoio A escolha do sistema estrutural treliçado em madeira para coberturas é provavelmente mais comum do que em qualquei outro material estrutural. Possivelmente, isso acontece devido à longa tradição no uso da madeira para estrutura, ou porque a estrutura treliçada permite que se explore melhor todo o potencial de um material, ou ainda possivelmente por causa da relativa facilidade com que formas usuais treliçadas podem ser fabricadas e montadas em madeira. Muitos dos perfis considerados como tradicionais são ainda especificados por razões arquitetônicas, e o engenheiro precisa estar familiarizado com as formas modernas e tradicionais do projeto de treliças. Segundo Calil Jr. e Dias (199?), a função estrutural da treliça de apoio é receber e transferir as cargas da trama para a edificação de modo eficiente e econômico. Essa eficiência depende da escolha de um perfil adequado coerente com as necessidades arquitetônicas e compatíveis com as condições de carregamento. Perfis típicos idealizados para três condições de carga são mostrados na Figura 1,14. Com um sistema simétrico de carregamento {particularmente importante no segun- do caso da Figura 1,14, que é um pórtico de quatro pinos e, portanto, instável), em cada caso idealizado, a transferência do carregamento é realizada sem barras internas, devido ao perfil do banzo coincidir com o momento fletor na condição de simplesmente apoiado ou à curva de pressão das cargas aplicadas. 0,5 Vi w J L . Vi w t - 1 t O.SW w w O.SVi VI Figure W- Perfis idealizados para três condições de carga (Modificada de Calil Jr.; Dias, 1997). 0,5 Vi 0,S Vi Infelizmente, não é possível usar este perfil omitindo as barras internas, devido às condições assimétricas de carga que aparecem das ações de vento ou das ações permanentes. Condições assimétricas podem também ocorrer devido às condições de construção e monta- gem; entretanto, o engenheiro pode tentar usar o perfil da treliça com geometria próxima da do perfil ideal (diagrama de momento}, adicionando um sistema de barras capaz de estabilizar as cargas assimétricas. Dessa maneira, os esforços nas barras internas e nas conexões são mi- nimizados com um projeto simples e econômico. Certamente o engenheiro vai encontrar casos nos quais o perfil arquitetônico neces- sário é conflitante com o perfil preferido estrutural e, portanto, altas tensões podem aparecer nas barras internas e nas conexões. A economia pode então ser alcançada pela adoção do mais adequado sistema estrutural das barras internas, nas quais é necessário criar um balanço econômico entre material e mão de obra. A configuração das barras internas deve fornecer comprimentos entre os nós das barras na treliça e banzos, de tal modo a reduzir o número de nós. Por outro lado, a relação do índice de esbeltez dos banzos comprimidos e das diagonais internas não pode ser excessiva, a flexão local nos banzos não pode ser muito grande e o ângulo entre diagonais e os banzos não pode ser muito pequeno. O engenheiro é usualmente influenciado por considerações arquitetônicas, tipo e comprimento das telhas, condições de apoio, vão e economia, e provavelmente escolhe um dos tipos básicos de treliça: banzo inclinado para uma ou duas águas (Figura 1.15), treliça bowstring (Figura 1.16), belfast (Figura 1,17) ou de banzos paralelos (Figura 1.18). Figura í.TJ, Treliça de bonzos rndiíiados (CclHJr.; Dios, 1997). O.Í5L para 0.7U 0.12SL para . 0.35L Figurei 116. Treliça bowstmg (Calil Jr.;Dios, 1997) L pjra L 6 10 Figuro 117. Tteliço belfast (Calil Jr.; Dios, 1997) JL para L^ £ tO figyjü 118, Treliça de bonzos paralelos (Calil A; Dias, 1997). L jwraL. 6 19 A forma mais comum para uso doméstico e industrial é a treliça de banzo inclinado (Figura 1.15). A forma acompanha o diagrama de momento razoavelmente bem e é compatível com materiais tradicionais de cobertura, como as telhas para uso doméstico e chapas corrugadas para aplicações industriais. Parte da carga aplicada é transferida diretamente através das barras dos banzos para os nós de apoio, enquanto as barras internas transferem cargas de valores relativamente pequenos para médio, e os nós podem usualmente ser projetados para resistir a essas cargas com pouca dificuldade. Treliças de uma água são geralmente adequadas para vãos de até aproximadamente 9 m. Acima desse vão a altura vertical é muito grande por razões arquitetônicas, mesmo se a inclinação da trelíça é reduzida abaixo da inclinação necessária da telha, e, portanto, necessário o uso de manta betuminosa. Treliças domésticas de duas águas são para vãos de até 12 m, e tneliças industriais para vãos de até 15 m. Acima deste vão torna-se difícil o transporte. Para grandes vãos e uso industrial, as treliças bowstring (Figura 1.16) podem ser muito económicas, Isto pode ser considerado como uma alternativa para a tradicional treliça toda pre- gada belfast (Figura 1.17). Com carga uniforme e nenhuma grande carga concentrada, o perfil do banzo superior resiste a toda carga aplicada, e vãos de até 30 m não são incomuns. Um perfil parabólico, teoricamente, é a escolha mais eficiente para suportar cargas uniformes, mas considerações práticas de montagens usualmente a tornam mais conveniente ou necessária pela adoção de um perfil circular para o banzo superior, O banzo superior é usualmente laminado (não necessariamente com quatro ou mais barras), usando ou grampos de pressão ou pregos de pressão para a montagem, A curvatura pode ser introduzida enquan- to laminado ou, alternativamente, o banzo pode ser fabricado reto e então curvado para a requerida curvatura. O projetista precisa tomar cuidado com o método de fabricação, ou efe será incapaz de dar as corretas tensões de curvaturas. As menores tensões