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senac
Departamento Regional do Distrito Federal
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Segurança do Trabalho
�
AVALIAÇÃO AMBIENTAL QUANTITATIVA DO RISCO QUÍMICO-FUMOS METÁLICOS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL: CANTEIRO DE OBRA DO DF
Trabalho apresentado ao curso Técnico de Segurança do Trabalho, como requisito para obtenção do título de Técnico em Segurança do Trabalho. 
Orientador: Profº Pedro Ivo Garcia Paulino
Brasília – DF
2013
AVALIAÇÃO AMBIENTAL QUANTITATIVA DO RISCO QUÍMICO-FUMOS METÁLICOS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL: CANTEIRO DE OBRA DO DF
	Trabalho de autoria de Daiane Altamira da Silva, intitulado Avaliação ambiental do risco químico-fumos metálicos na indústria da construção civil: canteiro de obra do DF defendida e aprovada, em (data) pela banca examinadora constituída por:
________________________________
Professor Pedro Ivo Garcia Paulino
Orientador
Brasília
2013
Avaliação ambiental quantitativa do risco químico-fumos metálicos na indústria da construção civil: canteiro de obra do DF
Daiane Altamira da Silva
O autor da pesquisa autoriza o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC, por intermédio da Coordenação do Curso de Segurança do Trabalho, a produção de cópias, emprestar ou mesmo submeter à pesquisa a congressos, revista ou qualquer outro meio de comunicação cientifica. Também fica autorizado que a pesquisa, a critério do Curso de Segurança do Trabalho, seja submetida à análise e contribuição de outra (s) pessoa (s) e que essa (s) figure (m) como autores da mesma. Não sendo, portanto, necessário qualquer autorização prévia por parte do autor para a execução dos atos de gestão a serem tomados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.
Taguatinga – DF; 02 de Março de 2013.
ABREVIATURAS E SIGLAS
NHO- Norma de Higiene Ocupacional
NR- Norma Regulamentadora
ACGIH- American Conference of Industrial Hygienists
TLV - Threshold Limit Value
DPOC- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 AWS Sociedade Americana de Solda
SNC-Sistema Nervoso Central 
VEF - Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo
CVF- Capacidade Vital Forçada
NIOSH- National Institute for Occupational Safety and Health 
OSHA- Occupational Safety and Health Administration
EPI- Equipamento de Proteção Individual
Mg- Manganês 
Pb- Chumbo
FISPQ – Ficha de informação de Segurança de produtos Quimicos
MTE- Ministério do Trabalho e Emprego
OMS- Organização Mundial de Saúde
RESUMO
 
Os ambientes de trabalho contem vários riscos ambientais que são identificados como químicos, físicos, biológicos, ergonômico ou de acidente. O presente trabalho analisou-se os agentes químicos presentes na função do soldador nos canteiros de obras na indústria da construção civil do DF. Foram analisados os níveis de exposição dos trabalhadores verificando se esses agentes químicos presentes nos fumos metálicos podem gerar doenças ocupacionais durante a atividade laboral do funcionário. Esses níveis foram analisados de acordo com limite de tolerância permitido pela NR- (Norma Regulamentadora) e pela ACGIH (American Conference of Industrial Hygienists). A partir dessa analise foi observado quais são os elementos químicos presente nos fumos metálicos, os efeitos que podem causar no organismo, as vias de penetração e as doenças ocupacionais com os principais sintomas que podem ser desenvolvidas pela exposição aos agentes químicos, informando qual é o melhor Equipamento de Proteção Individual (EPI) que os soldadores devem utilizar durante sua atividade para diminuir a absorção dos agentes químicos presente fumos metálicos.
Este estudo foi desenvolvido através de avaliação quantitativa por coleta de dados, os dados coletados foram analisados e comparados com os limites de tolerância permitidos por lei comprovando que o trabalhador que fica exposto ao agente químicos-fumo metálico, está exercendo sua função em um ambiente salubre.
SUMÁRIO
71.	INTRODUÇÃO	�
81.1	Objetivo geral	�
81.2	Objetivo específico	�
81.3	Justificativa	�
92.	REFERENCIAL TEÓRICO	�
92.1	Agentes químicos presentes nos fumos metálicos	�
102.2	Efeitos a Fumos Metálicos	�
112.3	Doenças provocadas por exposição aos fumos metálicos	�
132.4	Exame Clínico e Diagnóstico	�
162.5	Bomba de Amostragem	�
182.6	Critério de avaliação e limites de exposição aos agentes químicos	�
202.1	EPI- Equipamento de Proteção Individual	�
212.7.1	Equipamentos de Proteção Individual EPI usado na função de soldador nos canteiros de obra do DF	�
222.8	Acidente de Trabalho	�
232.9	Riscos Ambientais	�
232.9.1	Risco Químico	�
243.	METODOLOGIA	�
243.1	Considerações Gerais	�
243.2	Local de Estudo	�
243.3	Apresentação de Dados	�
273.4	Relatório de analise Risco Químico no canteiro de obra do DF	�
294.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
�
INTRODUÇÃO
Segundo dados do National Institute for Occupational Safety and Health-NIOSH, a cada dia, em média, 137 pessoas morrem devido a doenças relacionadas com o trabalho. 
A cada 10 segundos, um trabalhador é temporária ou permanentemente incapacitado e, no ano de 1994, estimou-se em US$ 121 bilhões o custo relacionado com as doenças ocupacionais. (BAGATIN, 2001)
 Dentre essas, as doenças pulmonares ocupacionais estão entre as maiores causas de morbimortalidade entre os trabalhadores. Estima-se em 20 milhões o número de trabalhadores que estão expostos a agentes químicos desencadeantes de asma ocupacional e de doença pulmonar obstrutiva crônica de causa relacionada com o ambiente de trabalho. (BAGATIN, 2001)
	Estudos anteriormente desenvolvidos pela Fundacentro demonstram que materiais particulados no ar, proveniente das condições de trabalho apresentam vários riscos á saúde do trabalhador quando exposto a um alto nível de concentração em ambiente sem controle surgindo assim às doenças ocupacionais. (NHO-08)
Estima-se, também, que 28% dos casos de asma brônquica têm origem ocupacional; 14% dos casos de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) são de origem industrial e 5% a 10% do câncer de pulmão esteja relacionado com o trabalho. No Brasil, estes dados são incompletos, inexistentes ou inconsistentes. (DR. DRAUZIO VARELLA)
 		De acordo com a Sociedade Americana de Solda (AWS), a exposição a concentrações excessivas de fumos de solda contendo zinco, magnésio, cobre e cádmio pode causar febre dos fumos metálicos, os sintomas geralmente ocorrem dentro de 4 horas de exposição e incluem calafrios, febre, sede, dor muscular, dores no peito, tosse, fadiga, náusea e gosto metálico na boca. Estes sintomas, que são parecidos com os sintomas de um resfriado, podem durar de 6 a 24 horas e a recuperação completa, sem intervenção médica, ocorre entre 24 e 48 horas. A exposição e longo prazo aos fumos metálicos podem causar doenças respiratórias e ate mesmo do coração. (REGO, 2006)
		A atividade nos canteiros de obras da construção civil expõe os trabalhadores a agentes ambientais originados de fontes naturais ou artificiais em níveis que geralmente ultrapassam os limites de exposição prevista nas normas técnicas e legais, de acordo com a legislação brasileira, as empresas devem identificar quantificar e controlar estes agentes dentro de níveis considerados salubres. Nessas atividades há a exposição dos trabalhadores a fumos metálicos que, apesar da baixa toxidade, ao longo de sua vida laborativa pode causar danos irreparáveis à saúde. Agentes ambientais são os classificados como químico físico e biológico, os agentes químicos podem ser relacionados os gases, vapores, fumos, névoas, poeiras e líquidos capazes de desenvolver doenças ocupacionais.
		Os fumos metálicos têm classificação aerodispersóides que suspensos no ar formam de partículassólidas metálicas geradas em um processo de condensação, partindo da sublimação ou volatilização de um metal, vem acompanhada, na maioria das vezes, de uma reação química (geralmente de oxidação). O seu tamanho varia de 0,001 a 0,5 μm. (REGO, 2006).
 	
Objetivo geral 
Verificar os agentes químicos presentes nos fumos metálicos na função dos serviços de soldas realizadas nos canteiros de obra da indústria da construção civil.
Objetivo específico 
Avaliar, quantitativamente, a exposição dos profissionais que atuam ao agente químico presentes no serviço de soldas.
Investigar as doenças ocupacionais que esses elementos químicos podem causar pela exposição ao agente químico fumos metálicos
Identificar estratégias preventivas para reduzir a inalação e absorção da fumaça dos fumos metálicos, que causa doenças ocupacionais.
Justificativa
Conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em 2012 a indústria da construção civil foi um setor que teve um grande crescimento, gerou mais de 149 mil empregos, provocando assim um aumento de trabalhadores expostos aos riscos ambientais. 
Com isso os índices de acidente do trabalho e de doenças ocupacionais podem aumentar conforme o ambiente de trabalho que os trabalhadores estão expostos. 
A American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH), determina os limites que os trabalhadores podem ficar expostos aos agentes químicos desenvolvidos pelo fumo de solda, porém a fiscalização, ainda, é muito falha em determinas situações e assim as doenças ocupacionais vão sendo adquiridas pelos trabalhadores no decorrer da sua vida laboral, doenças que na maioria dos casos são irreversíveis.
REFERENCIAL TEÓRICO
Agentes químicos presentes nos fumos metálicos
O chumbo um elemento químico abundante na crosta terrestre estando amplamente distribuído e sendo encontrado livre e em associação com outros elementos, seu símbolo na tabela periódica é Pb e número atômico é 82. (CORDEIRO; LIMA FILHO, 1995).
Nas condições ambientes é sólido, maleável e de cor branca azulada se cortado, caso contrário, quando exposto ao ar, adquire coloração acinzentada. 
O Chumbo é extremamente tóxico ao organismo se exposto em doses elevadas acima do limite permitido por lei pode causar os seguintes malefícios:
Anemia;
Aumento da pressão sanguínea;
Danos aos rins;
Abortos;
Deformações ao feto a partir da placenta da mãe;
A possibilidade de existência de canceres através da contaminação por Chumbo é bastante discutida, mas os estudos são ainda inconclusivos, porém a intoxicação por chumbo pode resultar na patologia considerada saturnismo. (LIRA, 2010)
Manganês (Mn) um elemento químico branco cinzento distribuído em diversos ambientes geológicos, encontrando-se na forma de óxido, hidróxidos, silicatos e carbonato. 
A intoxicação por manganês é chamada de manganismo, uma patologia que resulta de uma exposição ocupacional, sendo que o trato respiratório representa a principal porta de entrada.
 O manganês é muito utilizado na produção de ferro e aço. Trata-se de um componente-chave na produção de ligas de alumínio e acido inoxidável. (SANTIAGO, 2010).
Ferro um elemento químico muito reativo quando em contato com ar húmido sofre oxidação. (MAÇANITA, 2008).
Sua inalação em concentrações excessivas de poeira pode causar incômodos tais como tosse, espirro e diminuição da respiração. Sinais e sintomas de exposição crônica a estes elementos durante inalação e contato com os olhos podem causar manchas nos pulmões, o que desenvolve uma siderose, que é considerada como uma pneumonoconiose benigna e que não causa significantes danos fisiológicos. (FISPQ, 2011)
 Efeitos a Fumos Metálicos 
 	 Esses metais quando absorvidos pelo organismo podem produzir reações toxicas a danos a saúde.
Existem três vias de penetração no organismo;
Vias cutâneas: absorção pela pele à entrada do contaminante, geralmente líquido e sólido, com a absorção por meio da pele e da mucosa ocular. 
Vias digestivas: ingestão é entrada do contaminante, geralmente líquido e sólido, pelas vias aéreas ou pela boca e absorção no estômago e intestino. 
Vias respiratórias: inalação por vias aéreas; entrada do contaminante, geralmente em forma de gás, pó, poeira ou névoa, e absorção nos alvéolos pulmonares. 
 Fumos são irritantes dos olhos, nariz, peito e trato respiratório, causando tosse, respiração curta, bronquite, líquido nos pulmões (edema pulmonar) e aumentam o risco de pneumonia. (REGO, 2006)
 Estudos indicam que os soldadores podem ter o risco de câncer de pulmão aumentado em 30% a 40% quando comparado a outras ocupações. No entanto, as causas específicas para este aumento do risco não estão identificadas. Existem outras doenças respiratórias associadas com sobre-exposição à fumos metálicos, incluindo bronquites, asma, pneumonia, enfisema e siderose (causada pela presença de partículas de óxido de ferro nos pulmões). Os fumos metálicos podem causar doenças do coração, da pele, úlceras, danos aos rins, perda auditiva e problemas reprodutivos. O risco de ter silicose também pode ser maior entre os soldadores, resultante da exposição à sílica cristalina durante operações secundárias, como por exemplo, operações de esmerilhamento e lixamento. (REGO, 2006)
Os efeitos tóxicos dos metais eram considerados como eventos de curto prazo, agudos e evidentes, tais como a anúria e diarreia sanguinolenta, atualmente, ocorrências a médio e em longo prazo são observadas e as relações causa-efeito são pouco evidentes. Geralmente, esses efeitos são difíceis de serem distinguidos, pois podem ser provocados por outras substâncias tóxicas ou por interações aos agentes químicos. (ROCHA, 2009)
 A manifestação dos efeitos tóxicos está associada à dose e pode ser distribuída por todo o organismo, afetando vários órgãos, alterando os processos bioquímicos, e membranas celulares. (AUTOR DESCONHECIDO, 2007)
Doenças provocadas por exposição aos fumos metálicos
Conforme a Lei nº 8.213/1991 no seu Art. 20 inciso I e II citado por Monteiro e Silva (2011) é descrito como doença do trabalho e doença profissional:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
 II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
Segundo a mesma Lei § 1º não são consideradas como doença do trabalho:
A doença degenerativa; a inerente a grupo etário; a que não produza incapacidade laborativa; a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
As doenças ocupacionais desenvolvidas por trabalhadores expostos ao risco químico- fumos metálicos são as seguintes: 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença insidiosa de instalação lenta. 
 O primeiro sintoma é uma discreta falta de ar (dispneia) associada a pequenos esforços físicos como subir escadas, andar. Com o passar do tempo, a falta de ar vai fica mais intensa e acontece por esforços menores. Nas fases mais avançadas, a falta de ar se manifesta mesmo com o doente em repouso e agrava-se muito diante das atividades mais corriqueiras. (DR.DRAUZIO VARELLA)
A asma ocupacional é um espasmo reversível das vias respiratórias causado pela inalação de partículas ou de vapores existentes no ambiente de trabalho, que atuam como irritantes ou causam uma reação alérgica. Muitas substâncias presentes no local de trabalho podem causar espasmos das vias aéreas, tornando a respiração difícil. 
 A asma ocupacional pode causar dificuldade respiratória, sensação de opressão no peito, sibilos (chio de peito), tosse, espirros, coriza e lacrimejamento. Contudo, emalguns indivíduos, o único sintoma são os sibilos noturnos. Os sintomas podem ocorrer durante a jornada de trabalho, mas, frequentemente, eles começam apenas algumas horas após o indivíduo ter terminado seu expediente. Além disso, os sintomas podem aparecer e desaparecer durante uma semana ou mais após a exposição. Por essa razão, é frequentemente difícil estabelecer a relação entre o ambiente de trabalho e os sintomas. Os sintomas comumente tornam-se mais leves ou desaparecem nos finais de semana ou durante os feriados. (MANUAL MERK, CAP: 37).
Siderose foi descrita primeiramente por Doig e McLaughlin, no ano de 1936, em um soldador de arco elétrico. O termo siderose é utilizado para caracterizar a deposição de ferro nos tecidos vivos. Habitualmente, diz respeito à patologia que acomete os pulmões, resultante da inalação de partículas de ferro. Esta patologia comumente acomete trabalhadores expostos a atividades extrativas de minério de ferro, produção de pigmentos naturais que contem óxidos de ferro em pisos e tintas, metalúrgicas, entre outras atividades similares. Esta patologia normalmente não causa sintomas, sendo conhecida como “pneumoconiose benigna”, ou seja, é uma doença pulmonar causada pela inalação de partículas de poeira que não resulta em muitos problemas para os seus portadores. (MELDAU, 2011)
Manganismo: Alguns estudos, realizados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) analisaram efeitos do manganês em vários segmentos do organismo tais como: fígado (alterações no fluxo da bile, necrose hepática, congestão hepática, alterações endoplasmáticas, aumento da síntese do colesterol, distúrbios no metabolismo dos lipídios e glicídios e um aumento da coagulação do sangue); aparelho cardiovascular (redução da pressão sanguínea e aumento da monoaminoxidase).
 Os sintomas da intoxicação por manganês são mais observados no trato respiratório e no SNC (Sistema Nervoso Central). Dentre as manifestações clínicas estão problemas de memória, alucinações, doença de Parkinson, embolia pulmonar e bronquite. Em casos de exposições prolongadas, os homens podem apresentar impotência sexual. Outros sintomas incluem: apatia, esquizofrenia, fraqueza muscular, cefaleia e insônia. (GOMES, USP)
Saturnismo é o termo conferido à patologia resultante da intoxicação por chumbo a absorção do mineral em questão, este alcança a corrente sanguínea, sendo, então, distribuído primeiramente para os tecidos moles, especialmente no epitélio dos túbulos renais e fígado, com parte sendo excretada juntamente com a bile; uma segunda é armazenada, enquanto uma terceira penetra na circulação na forma de fosfato de chumbo. Posteriormente, este último será redistribuído para o organismo, sofrendo deposição nos ossos, dentes e cabelo.
 A intoxicação aguda pelo chumbo provoca cefaleias agudas, paralisia motora, dores articulares, irritabilidade, neurites óticas, comportamento maníaco, distúrbios mentais gerais. Se não for corretamente tratado pode apresentar, ataxia, convulsões e até ocorrer morte.
A exposição crônica provoca anorexia, desconforto muscular, cefaleia, constipação intestinal, diarreia, gosto metálico, fadiga fácil, fraqueza muscular, insônia, pesadelos, irritabilidade, dor abdominal. Um dos sinais mais comuns de altos níveis de chumbo é a linha preta na gengiva. (MELDAU, 2011) 
 
Exame Clínico e Diagnóstico
Diante da suspeita de doença pulmonar relacionada ao trabalho, deve ser estabelecido de imediato o nexo causal entre os sintomas e achados clínicos apresentados pelo doente e a existência de atividade de trabalho conforme a quadro 01.
Quadro 01: Fluxograma para diagnostico de doenças respiratórias
Fonte: Jornal Brasileiro de Pneumonia
A associação dos agentes inalatórios e os respectivos ramos de atividades e ocupações está apresentada no quadro 02.
Quadro 02: Agentes inalatórios de importância e respectivos ramos de atividades e ocupações
	Agente inalatório
	Ramos de atividade
	Ocupações–Funções relacionadas
	Sílica Livre Cristalina
	Mineração em geral/pedreiras
Cerâmica de porcelana, isoladores e pisos
Metalúrgica/fundições
Construção Civil
Fabricação de abrasivos
	Perfuração e explosão de rochas
Moagem de minérios e rochas
Fabricação e esmaltação de cerâmicas
Jateamento de areia
Rebarbação de peças
Corte de pisos e tijolos refratários ou pedras de revestimento
Marmorarias
Reciclagem de abrasivos (rebolos e esmeris)
	Asbesto ou Amianto
	Mineração
Indústria de Fibrocimento
Metalurgia
Siderurgia
Isolamento térmico
Ferrovias
	Fabricação de caixas d’água e telhas de fibrocimento
Fabricação de freios e discos de embreagem
Isolamento de fornos, tubulações em siderúrgicas, fundições, cerâmicas
Isolamento de encanamentos e lareiras na construção civil
Manutenção de locomotivas e vagões de trens 
	Metais duros (cobalto). Carbeto de tungstênio.
	Metalurgia
	Afiação de ferramentas (ou facas) de torno e fresa (vídia)
	Berílio
	Ortodontia
Metalurgia
Indústria aeroespacial
	Protéticos dentários
Fabricação de rebolos especiais
Conserto de eletrodomésticos
	Fumos metálicos, óxido de Fe, ozona, óxidos de nitrogênio.
	Metalurgia
Montagem industrial
	Solda de ociacetileno
Solda elétrica em geral
	Fumos metálicos, chumbo Ferro, óxido (Fe2O3),manganês .
	Construção civil
	Solda 
	Gases ou substâncias voláteis (amônia, cloro, ácidos fortes).
	Indústria química
Indústria de fertilizantes
	Fabricação de soda cáustica (libera cloro)
Fabricação de fertilizantes fosfatados (amônia, HF, H2PO3, H2SO4)
	 Poeiras Orgânicas (Fungos, bactérias, proteínas, enzimas, madeiras, óleos de corte).
	Lavoura em geral
Sistemas de Silos de grãos e forragens
Pecuária
Indústria Alimentícia
Indústria Farmacêutica
Indústria da madeira
Metalurgia
	Trabalho com colheita e escolha de café
Estocagem e/ou fiação de algodão
Granjas, pocilgas (porcos)
Produção de cogumelos
Fabricação de biscoitos
Padarias e moinhos de trigo
Fabricação de medicamentos
Serrarias, marcenarias, carpintaria
Usinagem (trabalho com torno e fresa com aspersão de óleo de corte)
	Substâncias de química orgânica sensibilizante (TDI, ftalatos, resinas EPOXI).
	Indústria química em geral
Indústria de plásticos e polímeros em particular
Funilarias e pintura na indústria automobilística
	Fabricação de espumas de poliuretano
Pintura automotiva (tintas de poliuretano)
Fabricação de resinas de epóxi
Fonte: Livro Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, Pneumologia atualização e Reciclagem, 8ª Edição, 2009.
Alguns exames complementares que podem ser solicitados são para esclarecimento diagnóstico:
Radiograma: O exame radiológico deve ser realizado em PA e Perfil padronizados. Com relação às pneumoconioses, 10 a 20 % dos pacientes podem apresentar radiográfica de tórax normal. A asbestose e a doença do metal pesado, causada por cobalto, causam um padrão radiográfico reticular, predominante em bases. A formação de placas pleurais levanta a suspeita e asbestose.
A tomografia computadorizada de alta resolução deve ser realizada para a análise de detalhes do parênquima pulmonar, das alterações intersticiais e de enfisema. 
Prova de função pulmonar: deve ser realizada em todos os trabalhadores com risco de doença ocupacional e principalmente naqueles com queixa de dispneia ou que apresentam alterações radiológicas sugestivas de pneumoconiose. Nos casos suspeitos de asma ocupacional, a espirometria antes e após bronco dilatador ou as medidas seriadas de pico de fluxo expiratório com variabilidade de fluxo igual ou maior que 20% são de grande valia para o diagnóstico. Outros exames como a bronco provocação específica e inespecífica, câmaras de exposição, testes cutâneos e sorológicos podem contribuir para melhor definição da doença. 
A suspeita de DPOC ocorre na presença de sintomas respiratórios crônicos, associadosà história de exposição ao cigarro, fumaça ou poeira ocupacional e a confirmação diagnóstica é obtida pela demonstração espirometria de obstrução do fluxo aéreo relação entre o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF) e a capacidade vital forçada (CVF) abaixo de 70%, após uso de bronco dilatador de ação curta inalado em período estável de doença.
O teste do esforço também pode ser solicitado para avaliação da dispneia e do grau de comprometimento da capacidade funcional. Métodos invasivos como lavados broncos alveolares biópsia pulmonar transbrônquica e biópsia pulmonar aberta podem ser solicitados em casos de dúvida diagnóstica. (UNESP - SAMPAIO; RIBEIRO; GODOY;).
Bomba de Amostragem
A Bomba de amostragem é utilizada para analisar poeira e fumos nos ambiente de trabalho, tem por finalidade verificar qual o nível dos agentes químicos o trabalhador está exposto.
De acordo com a NHO (Norma de Higiene Ocupacional)- 08 a bomba de amostragem é um aparelho portátil leve com vazão de até 6,0 L/min, possui uma bateria recarregável e blindada contra explosão. A bomba deve possuir um sistema automático de controle de vazão com capacidade para mantê-la constante, dentro de um intervalo de ± 5%, durante o tempo de coleta. Conforme a figura 01.
Figura 01: Bomba de amostragem
FONTE:http://www.howstuffworks.com-
 	Um equipamento que possui um conjunto de coleta composto por porta-filtro, suporte do filtro, filtro de membrana que composto de filtro de malha rígida, uniforme e contínua, de material polímero, com tamanhos de poro determinados precisamente durante a fabricação, e quando necessário, um separador de partículas.
Para que seja desempenhada a coleta individual de amostras a bomba de estar devidamente calibrada, montar o sistema de coleta colocando o dispositivo à bomba por meio de uma mangueira flexível de material plástico com diâmetro e comprimento adequado para que não haja interrupção de fluxo e vazamento. O instrumento deve ser instalado no trabalhador ou posicionado em um tri pé no local da atividade desempenhada, conforme a figuras 02 e 03.
Figura 02 Amostragem individua
Fonte: Norma de Higiene Ocupaconal-08
Figura 03: Bomba de amostragem apiada em um tripé
 
 Fonte: Norma de Higiene ocupaconal-08
Conforme a NHO-07 o procedimento de calibração da bomba vem sendo aplicado desde quando começaram as avaliações quantitativas dos agentes químicos, esse processo é realizado para que tenha ausência de erros durante a coleta dos agentes químicos presentes no local. 
Critério de avaliação e limites de exposição aos agentes químicos 
 	 Avaliação dos agentes ambientais deve ser feitas através de métodos científicos e objetivos cujos resultados possam ser comparados com valores preestabelecidos. 
 	Em higiene ocupacional, concentrações de agentes químicos são expressas em termos volumétricos e massa. 
As unidades adotadas são:
Parte Por Milhão (PPM) = partes do contaminante por milhão de partes de ar;
Porcentagem (%) = Volume de contaminante em relação ao volume total de ar;
Miligrama por Metro Cúbico (Mg/M3) = Massa de contaminante, em miligrama, por metro cúbico de ar. (RODRIGUES, 2012)
Limite de Exposição
Limite de exposição são os valores regulamentados pela norma regulamentadora (NR-15) ou pelas entidades como ACGIH que determinam quanto a substancia química pode exposta pelo trabalhador.
Limite de Tolerância
É o valor limite da concentração do agente dentro do qual a maioria dos trabalhadores poderia permanecer exposta 8 horas diárias e 48 horas semanais durante toda a vida laboral, sem apresentar nenhum sintoma de doenças.
 Para o cálculo da concentração dos agentes químicos, a legislação brasileira admite a possibilidade de amostragem contínua e/ou instantânea. Para o caso da contínua os valores serão ponderados, em função do tempo de amostragem. Para o caso da amostragem instantânea, a exigência é de no mínimo 10 amostragens com intervalo de 20 minutos entre cada uma e o resultado expresso como a média aritmética das 10 amostragens. Nenhum dos resultados pode ultrapassar o “valor máximo”.
 Limite de Tolerância 
É o valor estabelecido na legislação brasileira que não pode ser ultrapassado em nenhum momento da jornada de trabalho. Este valor é igual ao “limite de tolerância”.
 Valor Máximo 
É o valor estabelecido na legislação brasileira e que não pode ser ultrapassado em nenhum momento da jornada de trabalho. Este valor é calculado como segue:
VALOR MÁXIMO = LT X FD
LT = limite de tolerância do agente químico
FD = fator de desvio;
TLV Threshold Limit Value 
É o termo americano que tem o mesmo significado que o nosso “limite de tolerância” com a exceção de que o TLV é para 8 horas/dia, 40 horas/semana e o “LT” brasileiro é para 8 horas diárias e 48 horas semanais.
TWA Threshold Limit Value Time Weighted Average
	
É o termo americano que expressa o limite de tolerância ponderado no tempo, que é a média ponderada de todas as exposições durante a jornada, calculada em função do tempo de exposição a cada nível.
Os valores de TLV - TWA, constantes nas tabelas da NIOSH, OSHA e ACGIH, são referentes às condições de 8 horas diárias e 40 semanais. Por esta razão, quando transpostos para o Brasil devem ser corrigidos para as condições da jornada real. Do mesmo modo, os valores de Limite de Tolerância constantes da NR 15 – Anexo- 11 são dados para 8 horas diárias e 48 semanais. Sempre que a jornada diária ou semanal do trabalhador for diferente deste padrão o TLV – TWA e o Limite de Tolerância devem ser corrigidos.
Uma fórmula simples para correção destes valores que é muito utilizada é a descrita no método de Brief e Scala e que é apresentada a seguir.
 
 
Onde:
FC = fator de correção diário ou semanal
Hpd = duração da jornada diária padrão, em horas, para a qual foi estabelecido o
limite de tolerância – USA e Brasil = 8 horas
Hd = duração da jornada de trabalho diário real, em horas
24 = Número total de horas do dia
Hps = duração da jornada semanal padrão, em horas, para a qual foi estabelecido o
limite de tolerância – USA = 40 horas; Brasil = 48 horas
Hs = duração da jornada de trabalho semanal.
Materiais Particulados – Critério ACGIH
Nas tabelas de limites de tolerância da ACGIH, publicadas anualmente, os materiais particulados apresentam limites de tolerância individuais especificados para a condição em que são considerados prejudiciais:
E – particulado que não contenha asbesto e com menos de 1% de sílica livre cristalizada;
I – particulado inalável;
T – particulado torácico;
R – particulado respirável.
Onde:
E – massa de particulado total existente no ar amostrado e que não contenha asbesto e que tenha menos de 1% de sílica livre cristalizada; 
I – massa de particulado inalavel ou massa de particulado existente no ar amostrado que oferece risco quando depositada em qualquer lugar do trato respiratório;
T – massa de particulado torácico ou massa de particulado existente no ar amostrado que oferece risco quando depositada na região de troca de gases;
R – massa de particulado respirável ou massa de particulado existente no ar amostrado que oferece risco quando depositada em qualquer lugar no interior das vias aéreas dos pulmões e da região de troca de gases. 
EPI- Equipamento de Proteção Individual
De acordo com a Norma Regulamentadora 06, que trata de Equipamentos de Proteção individual-EPI, item 6.1:
Considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Conforme a mesma Norma item 6.1.1: 
Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou maisriscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Ainda segundo esta Norma item 6.3 é de obrigação da empresa o fornecimento gratuito do EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e para atender a situações de emergência. 
Segundo esta mesma Norma itens 6.6 e 6.7 o empregado e o empregador têm suas responsabilidades que são:
Cabe ao empregador quanto ao EPI: adquirir o adequado ao risco de cada atividade; exigir seu uso; fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado guarda e conservação; substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. Cabe ao empregado quanto ao EPI: usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; responsabilizar-se pela guarda e conservação; comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. Conforme quadro 02.
Equipamentos de Proteção Individual EPI usado na função de soldador nos canteiros de obra do DF
	Quadro 02 - Uso do EPI na função do soldador
	TIPOS EPI
	ESPECIFIDADES
	FINALIDADE
	CUIDADOS COM O USO
	Máscara
	PFF-2
	Proteger contra: As vias aéreas contra partículas finas, fumos e névoas tóxicas aerossóis e produtos químicos.
	Deve ser trocada sempre que o usuário perceber um aumento na dificuldade de respiração através do filtro
	Avental
	Do tipo de Raspa de Couro (Vaqueta)
	Proteger contra respingos de solda, agentes abrasivos ou escoriantes.
.
	Trocar a cada turno e quando necessário, por procedimento.
	Luvas
	Luva de proteção em raspa e vaqueta
	Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra agentes abrasivos
e escoriantes.
	Limpar com pano limpo e umedecido em água, secando a sombra nunca secar ao sol.
	Óculos de segurança
	
	Utilizado para proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas volantes e raios ultravioletas.
	Lavar com água e sabão neutro;
 Secar com papel absorvente.
	Calçados
	Fechados, impermeáveis e com solados antiderrapantes.
	Proteger contra: Umidade proveniente de operações com uso de água; Materiais escoriantes e perfuro cortantes.
	Lavar semanalmente com água corrente e sabão; Uso exclusivo no ambiente de trabalho.
Fonte: Norma Regulamentadora 06.
Acidente de Trabalho
A Lei 8.213/1991 no Art. 19 denomina como Acidente do trabalho:
Aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
 § 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
 § 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.
Riscos Ambientais 
De acordo com a Norma Regulamentadora N° 09 que tem como tema Programa de Prevenção de Riscos Ambientais item 9.1.5:
Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
 Conforme a mesma Norma, item 9.1.5.1: 
Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som. 
 Ainda segundo a mesma Norma item 9.1.5.2: 
Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
De acordo com a Norma Regulamentadora 09 item 9.1.5.3:
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
 Risco Químico 
É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à exposição química incluem, desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão. Os danos à saúde podem advir de exposição de curta e/ou longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos, bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de câncer. (BRASIL, 2011- NR-09)
METODOLOGIA
Considerações Gerais
Foi realizada uma avaliação ambiental do tipo quantitativa do risco químico, a qual demonstrou os compostos químicos e o nível de exposição que soldador de tubulação da construção civil encontra-se exposto. 
Os dados encontrados foram comparados com o limite de tolerância permitido pela NR15 e pela ACGIH, constatando se o trabalhador encontra-se em um local salubre ou insalubre podendo desenvolver doenças ocupacionais.
Local de Estudo
O estudo realizado na obra Le Quartier Hotel & Bureau onde foi feita a análise quantitativa do risco químico-fumos metálicos na função do soldador no canteiro de obra, localizado na SHN QD 01 Bloco A, Asa Norte-DF conforme a figura 05, identificada pela demarcação em vermelho. 
Figura 05 SHN Q. 01 Asa Norte
Fonte: Google Mapas (2013) 
Apresentação de Dados	
No dia 19 de março de 2013 as 10h20mim foi realizada uma avaliação ambiental do tipo quantitativa no canteiro de obra Le Quartier Hotel & Bureau onde foi verificada a real exposição do trabalhador cuja função é solda em tubulações ao risco químico fumos metálicos. A avaliação demonstrou o tempo de exposição que esse trabalhador fica exposto aos fumos metálicos, verificando se o ambiente de trabalho onde o soldador exerce sua função encontra-se salubre.
Avaliação foi realizada por meio da Bomba de Amostragem DBX II de alta vazão para analise de poeiras e fumos do tipo individual, um instrumento leve e portátil com vazão de ate 6 L/mim, de acordo NHO- 08: coleta de material
Particulado sólido Suspenso no ar de Ambientes de trabalho item 5.1. Conforme a figura 06
5.1 Instrumentos portátil e leve, que forneça uma vazão de até 6,0 L/min,
com bateria recarregável e blindada contra explosão. A bomba deve
possuir um sistema automático de controle de vazão com capacidade
para mantê-la constante, dentro de um intervalo de ± 5%, durante o
tempo de coleta. 
 Figura 06: Bomba de Amostragem
 
 Fonte: Engenheiro de Segurança Benito
Esse sistema de coleta écomposto por um conjunto que contém porta-filtro (cassete), suporte do filtro, filtro de membrana de PVC, 5 μm de poro, 37 mm de diâmetro, um porta-filtro com face fechada de poros, com vazão de 1L/min a 2 L/min onde ficam retidas as partículas suspensas no ar, presente no ambiente de trabalho, conforme a figura 07.
 Figura 07: Porta filtro
 Fonte: Engenheiro de Segurança- Benito
O sistema foi instalado na cintura do trabalhador com o filtro coletor afixado na sua lapela na altura do seu campo respiratório, com a mangueira passando por detrás de suas costas, de forma a não atrapalhar os seus movimentos. Conforme a figura 08 e 09.
A Retirada do equipamento deve ser feita cuidadosamente, acondicionando de forma adequada para envio ao laboratório de análise. Os laboratórios de análises químicas seguem normas internacionais, metodologia da FUDACENTRO e também prescrições ABNT/INMETRO.
Figura 08: Instalação do Equipamento
Engenheiro de Segurança- Benito
Foto 09: Instrumento na área respiratória
Fonte: Engenheiro de Segurança- Benito
Relatório de analise Risco Químico no canteiro de obra do DF
.
O relatório apresentado no quadro 03 informa dados que comprova que o soldador de tubulações na construção civil da obra Le Quartier Hotel & Bureau, localizado na Asa Norte-DF exerce sua função em um ambiente salubre, dessa forma este trabalhador não ira desenvolver as doenças ocupacionais citadas no item 2.3 deste.
Conforme com a NR-15, anexo 11 quadro 01 os agentes químicos (chumbo, manganês e ferro-oxido) encontrados no ambiente de trabalho não estão acima do limite de tolerância, pois o trabalhador que fica exposto ao agente químico chumbo pode ficar exposto a 0,1 mg/m³ sendo que de acordo com relatório de analise esse encontra-se exposto a 0,0007mg/m³, o agente químico manganês também presente no ambiente de trabalho é permitido a exposição de 1mg/m³ e o trabalhador fica exposto a 0,0101. O ferro-oxido não tem limite de tolerância determinado pela a norma.
Conforme a ACGIH, os trabalhadores expostos ao agente químico chumbo podem permanecer exposto por 0,05 mg/m³, o agente químico manganês pode ficar exposto a 0,2mg/m³.
Quadro 03: relatório de analise. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O relatório de analise apresentado neste trabalho demostrou que o trabalhador que desempenha a função de soldador de tubulações no canteiro e obra do DF exerce a mesma em um ambiente que se encontra salubre, assim esse trabalhador não ira desenvolver doenças ocupacionais, pois os níveis exposição onde o trabalhador está exposto não ultrapassaram os limites de tolerância permitidos pela ACGHI, e pela NR-15.
 Como os limites de tolerância não foi ultrapassado a empresa deve continuar utilizando as medidas de controle já adotadas e continuar fornecendo os Equipamentos de Proteção Individual adequado para função de solda em tubulações como:
O protetor facial e a mascara respirável que vai evitar a inalação de fumaça dos fumos metálicos.
Os óculos de segurança, que vai proteger o trabalhador contra impactos mecânicos, partículas volantes e raios ultravioletas. 
O avental de raspa e o mangote equipamentos que irão diminuir a absorção pela e pele e evitar queimaduras na pele do trabalhador. 
E orientá-los da importância do uso do EPI para que não desenvolva doenças ocupacionais e nem mesmo acidentes de trabalho durante sua atividade laboral.
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AVALIAÇÃO AMBIENTAL QUANTITATIVA DO RISCO QUÍMICO-FUMOS METÁLICOS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL: CANTEIRO DE OBRA DO DF
 Autor (as): Daiane Altamira da Silva
 Orientador: Pedro Ivo Garcia Paulino 
	 
2013
BRASILIA
Cassete
Bomba
Mangueira
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