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UUnniivveerrssiiddaaddee ddoo SSuull ddee SSaannttaa CCaattaarriinnaa UUnniiddaaddee AAccaaddêêmmiiccaa ddee CCiiêênncciiaass TTeeccnnoollóóggiiccaass CCuurrssooss ddee EEnnggeennhhaarriiaa QQuuíímmiiccaa ee QQuuíímmiiccaa IInndduussttrriiaall IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO AAOOSS BBAALLAANNÇÇOOSS DDEE EENNEERRGGIIAA EEMM PPRROOCCEESSSSOOSS QQUUÍÍMMIICCOOSS PPrrooff.. EEvveerrttoonn SSkkoorroonnsskkii RReevviissaaddoo eemm OOuuttuubbrroo ddee 22000088 Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 2 1. Balanço de Energia em Estado Estacionário Além do balanço de massa discutido nos capítulos anteriores, outra grandeza conservativa de interesse na engenharia química é a energia. Assim como a massa, a energia não pode ser criada nem destruída apenas transformada. Dessa forma, a quantidade de energia presente nos diversos processos é conservada. Nesse capítulo iremos discutir as diversas formas em que a energia de um sistema pode se manifestar, bem como as formas pela qual ela é transportada. Os exemplos serão baseados em transformações que não envolvam reação química e que sejam conduzidos em estado estacionário. 1.1. Energia Cinética e Potencial Duas formas bastante comuns de expressarmos a energia contida em um corpo são a energia cinética (K) e a energia potencial (U). A energia cinética pode ser observada em um sistema quando o mesmo apresenta uma alteração na velocidade com a qual ele se move. Se um determinado sistema ganha energia, ele pode aumentar sua velocidade, sendo esse efeito uma manifestação do ganho de energia da vizinhança e armazenamento na forma de energia cinética. Se sua velocidade diminui, provavelmente ele estará perdendo energia armazenada na forma de energia cinética para a vizinhança. A energia cinética é um valor relativo e para os nossos cálculos o importante é avaliarmos a sua variação entre dois pontos distintos. A expressão matemática para o cálculo da energia cinética é: 2 v mK 2 .= A expressão acima calcula a energia cinética total contida em um corpo de massa m se movendo com uma determinada velocidade v. Além dessa forma de expressarmos a energia cinética, podemos também determinar a energia cinética específica )ˆ(K , ou seja, a energia por unidade de massa do sistema, através da seguinte equação: 2 vK m KK 2 = = ˆ ˆ Assim, a variação de energia cinética entre dois pontos é igual a: 12 KKK −=∆ − =∆ 2 vv mK 2 1 2 2 Anteriormente afirmamos que a energia cinética é uma grandeza relativa pelo fato de ela ser calculada em função da velocidade de um sistema. Como sabemos, a velocidade com a qual um determinado sistema se move é relativa. Considere por exemplo o automóvel a seguir (Figura 1). Ele Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 3 se move em uma determinada direção. Para uma pessoa que se encontra fora do automóvel ele se encontra em movimento e possui uma velocidade diferente de zero. Para uma pessoa que se encontra dentro do automóvel o mesmo se encontra parado em relação a ela. Para o primeiro caso, temos um sistema de referencial chamado de inercial. No segundo temos um referencial não inercial. Para avaliarmos a variação de energia cinética em um sistema devemos tomar como base apenas referenciais inerciais. Figura 1 – Automóvel em movimento discutido no exemplo anterior. Para o escoamento em uma tubulação, se o sistema for operado em regime permanente, ou seja, com vazão constante, teremos mudança de velocidade sempre que houver alteração no diâmetro da tubulação. Isso ocasionará, por conseqüência mudança na energia cinética do sistema: D 1 D 2 v1 v2 A energia potencial pode ser expressa em termos de energia potencial gravitacional, elétrica e elástica. Para os exemplos abordados em engenharia química a energia potencial gravitacional é aquela que apresenta a maior importância. A energia potencial gravitacional é decorrente da força gravitacional exercida pela terra sobre os corpos. Considere a Figura 2. Figura 2 – Diagrama esquemático ilustrando um determinado corpo dotado de energia potencial gravitacional. Quando um corpo de massa m se situa a uma altura h da terra ele possui uma energia potencial gravitacional denotada pela seguinte expressão: hgmU ..= Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 4 Assim como a energia cinética, a energia potencial também pode ser representada pela sua forma específica através de: m UU =ˆ hgU .ˆ = A variação da energia potencial também é a grandeza de interesse para os cálculos uma vez que os valores de altura são relativos, porém a distância entre dois pontos é um valor fixo. Dessa forma pela relação: hgmU ∆=∆ .. O valor de U∆ é definido enquanto o valor de U depende da altura adotada pelo observador. Como introdução ao balanço de energia, podemos tomar um exemplo onde as formas predominantes de energia envolvidas são a cinética e a potencial (Figura 3). Considere a bola atirada para cima como mostra a figura mencionada. No início do seu lançamento, a bola possui apenas energia cinética possuindo uma determinada velocidade. Ao passo que a bola vai ganhando altura, ou seja vai adquirindo energia potencial, sua velocidade vai diminuindo e ela perda energia cinética com a mesma magnitude que ganha energia potencial. Quando a bola chega na altura máxima, sua velocidade é zero e toda energia cinética da partida se transformou em energia potencial. Na sua queda ocorre o contrário. A bola perde energia potencial e vai ganhando energia cinética até no ponto mais baixo da trajetória toda energia potencial acumulada no ponto de altura máxima ter se convertido em energia cinética. Figura 3 – lustração do exemplo envolvendo o lançamento da bola. 1.2. Entalpia Segundo a termodinâmica, todo sistema possui energia acumulada na forma de ligações e também de movimento molecular. Essa quantidade de energia é denominada energia interna. Além dessa quantidade de energia existe também um teor de energia disponível no sistema para a realização de trabalho mecânico. Assim a energia total acumulada em um determinado sistema é representada pela entalpia, denotada por H e calculada através da seguinte expressão: pVUH += Onde p é a pressão do sistema e V é o seu volume. Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 5 A entalpia também pode ser escrita em sua forma específica, ou seja: m HH =ˆ A entalpia é uma propriedade que varia com a pressão e a temperatura do sistema. dP P HdT T HdH TP ∂ ∂ + ∂ ∂ = O termo dH representa a variação total de entalpia do sistema que é igual a soma das variações individuais da entalpia em termos da temperatura e da pressão. Já o termo dU varia com a temperatura e com o volume do sistema. dV V UdT T UdU TV ∂ ∂ + ∂ ∂ = As variações em função do volume e da pressão são pouco representativas nas equações anteriores. Assim podemos representar a entalpia e a energia interna por: dT T HdH P ∂ ∂ = e dT T UdU V ∂ ∂ = O termo PT H ∂ ∂ representa a capacidade calorífica (cp) do sistema a pressão constante e VT U ∂ ∂ representa a capacidade calorífica (cv) a volume constante. Dessa forma as equações anteriores ficam: dTcdH p= e dTcdU v= A equação da energia interna total do sistema (entalpia) pode ser diferenciada para calcularmos a relação entre as capacidades caloríficas a pressão constante e a temperatura constante. pVUH += dpVdUdH += VdppdVdTcdTc vp ++= Para processos a pressão constante temos: pdVdTcdTc vp += Para gases ideais: p RTV = Diferenciando a equação em termos da temperatura: dT dVp dT dT c dT dT c vp += += dT p RTd pcc vp Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Para soídos e líquidos temos que V varia muito pouco, ou seja dV Os valores de capacidade calorífica variam com a temperatura como mostra a Figura 4. Geralmente são expressos em gráficos ou então por equações empíricas em forma de polinômio. Figura 4 – Variação da capacidade calorífica de uma substância com a temperatura. As expressões assumem o formato constantes exclusivas de cada substânci termos por motivos de simplificação. Para cálculos mais refinados costuma termos da equação. Para processos que envolvem mudança de fase, a entalpia possui valores conhecidos com calores latentes de fusão e ebulição. Esses valores variam para cada substância e dependem da pressão do sistema. Durante uma transformação de fase a temperatura do sistema se mantém constante. Para a fase vapor, o inicio da transformação de fase possui sua integridade (vapor condensado). Ao passo que o processo é conduzido a fração mássica de líquido diminui enquanto a de vapor aumenta até termos uma quantidade integral de vapor (vapor saturado). A Figura 5 apresenta um di função da quantidade de energia adicionada a ela. Figura 5 – Curva de aquecimento para uma determinada subst Universidade do Sul de Santa Catarina Tecnológicas Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski Rcc vp += temos que V varia muito pouco, ou seja dV≅0 dTcdTc vp = vp cc = Os valores de capacidade calorífica variam com a temperatura como mostra a Figura 4. Geralmente então por equações empíricas em forma de polinômio. Variação da capacidade calorífica de uma substância com a temperatura. As expressões assumem o formato ...... 32p TDTCTBAc +++= , onde substância. Geralmente costuma-se truncar a expressão no segundo termos por motivos de simplificação. Para cálculos mais refinados costuma- Para processos que envolvem mudança de fase, a entalpia possui valores conhecidos com de fusão e ebulição. Esses valores variam para cada substância e dependem da pressão do sistema. Durante uma transformação de fase a temperatura do sistema se mantém Para a fase vapor, o inicio da transformação de fase possui a substância na fase líquida em sua integridade (vapor condensado). Ao passo que o processo é conduzido a fração mássica de líquido diminui enquanto a de vapor aumenta até termos uma quantidade integral de vapor (vapor saturado). A Figura 5 apresenta um diagrama geral envolvendo o aquecimento de uma substância em função da quantidade de energia adicionada a ela. Curva de aquecimento para uma determinada substância. 6 Os valores de capacidade calorífica variam com a temperatura como mostra a Figura 4. Geralmente então por equações empíricas em forma de polinômio. , onde A, B, C e D são se truncar a expressão no segundo -se utilizar os outros Para processos que envolvem mudança de fase, a entalpia possui valores conhecidos como de fusão e ebulição. Esses valores variam para cada substância e dependem da pressão do sistema. Durante uma transformação de fase a temperatura do sistema se mantém a substância na fase líquida em sua integridade (vapor condensado). Ao passo que o processo é conduzido a fração mássica de líquido diminui enquanto a de vapor aumenta até termos uma quantidade integral de vapor (vapor agrama geral envolvendo o aquecimento de uma substância em Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 7 Dessa forma quando aquecemos uma substância que está na fase sólida a uma temperatura T1 até ela se encontrar na fase de vapor a uma temperatura T2 a variação de entalpia sofrida por essa substância é: ∫∫∫ +∆++∆+= 2 eb eb f f 1 T T plebulição T T plfusão T T ps dTcHdTcHdTcHd ˆˆˆ 1.3. Calor O calor é uma forma de transferência de energia que possui como força motriz a diferença de temperatura entre a vizinhança e o sistema. Dessa forma, nenhum corpo armazena nem perde calor. As modalidades de energia que são passíveis de serem armazenadas foram apresentadas anteriormente, energia cinética e potencial e entalpia. Para os cálculos de balanço de energia é necessário conhecermos a velocidade pela qual o calor é transportado. A equação mais comum para representar essa grandeza é a expressão de Newton: TUQ ∆= .& Onde U representa o coeficiente global de transferência de calor. Esse coeficiente é determinado a partir dos conceitos de fenômenos de transferência de calor e depende de diversas propriedades como natureza química do meio que realizará o transporte de calor, suas dimensões, as condições de operação entre outras. Nesse curso usaremos o valor sem nos preocuparmos em como obtê-lo na literatura. O termo Q& representa a quantidade de calor que é transmitida ao longo do tempo e T∆ representa a diferença de temperatura entre os dois sistemas que estão transferindo calor. Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia 1.4. Trabalho Uma outra forma de transferirmos energia para um sistema é através da realização de trabalho mecânico. Quando deslocamos um determinado sistema por uma distância qualquer, necessitamos inserir energia nesse sistema para ele realizar o movimento. Essa quantidade de energia adicionada é transferida na forma de trabalho mecânico e armazenada em alguma das tr~es primeiras modalidades de energia vistas nesse capítulo. Matematicamente o trabalho pode s sistema pela distância que o mesmo foi deslocado: Na Figura 6 temos um exemplo simples de aplicação de trabalho. O objetivo é elevar os pesos a uma determinada altura. A energi esse efeito pode ser calculada pela equação anterior. Para tanto é necessário conhecer a força que é aplicada ao sistema e a distância que a mesma é elevada. Figura 8 – Esquema discutido para exempli Para os exemplos de engenharia química as bombas e as turbinas são os principais exemplos de sistemasque transferem energia na forma de trabalho. As bombas transferem energia na forma de trabalho para determinado potencial. Turbinas transferem energia na forma de trabalho para a vizinhança que a armazena sobretudo na forma de energia cinética. Figura 9 – Bomba centrífuga e turbina. Universidade do Sul de Santa Catarina Tecnológicas Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski Uma outra forma de transferirmos energia para um sistema é através da realização de Quando deslocamos um determinado sistema por uma distância qualquer, ergia nesse sistema para ele realizar o movimento. Essa quantidade de é transferida na forma de trabalho mecânico e armazenada em alguma das tr~es primeiras modalidades de energia vistas nesse capítulo. Matematicamente o trabalho pode ser calculado através do produto da força aplicada em um sistema pela distância que o mesmo foi deslocado: ∫= x xo dxxFdW ).( Na Figura 6 temos um exemplo simples de aplicação de trabalho. O objetivo é elevar os pesos a uma determinada altura. A energia que temos que adicionar ao equipamento para promover esse efeito pode ser calculada pela equação anterior. Para tanto é necessário conhecer a força que é aplicada ao sistema e a distância que a mesma é elevada. Esquema discutido para exemplificar a realização de trabalho mecânico. Para os exemplos de engenharia química as bombas e as turbinas são os principais exemplos de sistemas que transferem energia na forma de trabalho. As bombas transferem energia na forma de trabalho para determinados sistemas e esses armazenam na forma de energia cinética e potencial. Turbinas transferem energia na forma de trabalho para a vizinhança que a armazena sobretudo na forma de energia cinética. 8 Uma outra forma de transferirmos energia para um sistema é através da realização de Quando deslocamos um determinado sistema por uma distância qualquer, ergia nesse sistema para ele realizar o movimento. Essa quantidade de é transferida na forma de trabalho mecânico e armazenada em alguma das tr~es er calculado através do produto da força aplicada em um Na Figura 6 temos um exemplo simples de aplicação de trabalho. O objetivo é elevar os a que temos que adicionar ao equipamento para promover esse efeito pode ser calculada pela equação anterior. Para tanto é necessário conhecer a força que é Para os exemplos de engenharia química as bombas e as turbinas são os principais exemplos de sistemas que transferem energia na forma de trabalho. As bombas transferem energia s sistemas e esses armazenam na forma de energia cinética e potencial. Turbinas transferem energia na forma de trabalho para a vizinhança que a armazena Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 9 1.5. Balanço de Energia O balanço de energia é uma ferramenta utilizada para a análise e dimensionamento e análise de sistemas que possuam seu princípio de funcionamento baseado na transferência de energia. Considere o sistema representado na Figura 10. Entrada SaídaSISTEMA F, He, Ke, Ue F, Hs, Ks, Us Q (+) W (+) W (-) Q (-) Figura 10 – Diagrama representando as diversas formas de energia envolvidas em um sistema hipotético. Para sistemas operando em estado estacionário em relação à massa, os valores dos fluxos de entrada e saída são iguais. As modalidades de energia, cinética, potencial e entalpia somente poderão ser modificadas caso ocorra fluxo de calor e/ou trabalho para o interior e/ou exterior do sistema. Assim, o balanço de energia para o processo hipotético acima assumindo operação em estado estacionário e ausência de reação química fica: WQEnergiaEnergia entrasai && −=− WQHUKtFHUKtF eeesss && −=++∆−++∆ )ˆˆˆ.(.)ˆˆˆ.(. WQHUKF && −=∆+∆+∆ )ˆˆˆ.( Por convenção de sinais, o trabalho que entra no sistema possui sinal negativo enquanto que o calor que entra possui sinal positivo. Exercícios 1. Um compressor é utilizado para comprimir ar de 100 kPa a 255 K para 1000 kPa a 78K. Determinar a potência de compressor para que 100 kg/h de ar sejam comprimidos. Dados: H Ar – 255K = 489 kJ/kg (100 kPa) HAr – 278K = 509 kJ/kg (1000 kPa) Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 10 2. É requerido bombear 200 gal/h de água para um reservatório, situado a 165 ƒt do solo, cujo nível deve ser mantido constante. A fonte de água é um poço com 15 ƒt de profundidade. A tubulação d’água é completamente isolada, porém, devido a uma falha o isolamento, 25 000 BTU/h de calor são perdidos. Um sistema de aquecimento elétrico fornece 30000 BTU/h à tubulação d’água. Se a potência da bomba é 2 hp e 55% da potência da bomba é convertida em trabalho, determinar a temperatura da água no reservatório sabendo que a água no poço está a 35oF. 3. Um duto de transporte de água recebe calor a uma taxa de 2,5 kJ/s é agitado recebendo, do agitador, 1,5 kJ de trabalho para cada 1 kg de água transportada. Se o sistema for considerado em estado estacionário, determinar a temperatura da água na saída do duto se a entrada estiver a 0°C. 4. É desejado bombear água entre 2 reservatórios, um situado a 4,5m do solo e outro situado a 2m do solo. Para isso, é utilizada uma bomba de 1,5 kW de potência com capacidade de bombear 0,8m3/h. O reservatório mais baixo é alimentado continuamente de forma que o nível dos dois reservatórios pode ser considerado constante. A tubulação que liga os dois reservatórios é aquecida por uma linha de vapor (saturado), assim o fluido que está inicialmente a 20oC tem sua temperatura alterada. Determinar a temperatura final do fluido. Dados: Fluxo de vapor: 11kg/h Hvapor = 2897,96kJ/kg Hcondensado = 986,27kJ/kg Eficiência da bomba = 70% Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 11 5. Uma mistura composta de 80% e CH4 e 20% de etano em mols é aquecida à pressão constante, de 300 a 600K. Calcule a variação de entalpia para o aquecimento de 1gmol de mistura. Dados para cpm em kJ/kgmol.K e T em K. Etano cpm = 6,86 + 17,26.10-2 T -6,143.10-5 T2 + 7,28.10-9 T3 Metano cpm = 19,87 + 5,021.10-2 T + 1,268.10-5 T2 - 11,00.10-9 T3 6. Considere os sistemas abaixo, onde um trocador de calor é utilizado para fornecer uma certa quantidade de calor, Q, a fim de movimentar uma turbina para produzir trabalho W. Determinar Q e W, sabendo que os sistemas são operados continuamente e que não existem perturbações na corrente de água e na taxa de calor Q. Considere os sistemas delimitados pela linha pontilhada. Considere ainda densidade constante na fase líquida. Dados: Vazão = 100L/h Pressão = 1atm 7. É necessário bombear água de um reservatório (1) situado 4,572 m abaixo do nível de uma bomba para um reservatório (2) à 50,292 m acima da bomba. A vazão da bomba é de 0,757 m3/h. Tanto no reservatório (1), como no reservatório (2) o nível permanece constante. Um trocador de calor fornece 31651,675 kJ/h (Q1) de calor à tubulação d’água. A tubulação é totalmente isolada, contudo, uma Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 12 falhano isolamento permite que 26376,396 kJ/h de calor sejam perdidos. Sabendo que uma bomba de 1491,4 Watts é utilizada para bombear água a 1,67° C, e que apenas 55% da potência da bomba é convertido em trabalho, calcule a temperatura no reservatório (2). Considere o sistema delimitado pela linha pontilhada. 8. Uma caldeira é utilizada para fornecer vapor a fim de movimentar uma turbina para produção de trabalho (W). Determinar a quantidade de calor Q que deve ser fornecida à caldeira para que 12000 kJ/h de trabalho sejam produzidos. Sabendo que o sistema é operado em estado estacionário e que não existem perturbações na corrente de água e na taxa de calor Q, determine, também, a temperatura da corrente de saída. As condições de alimentação são vazão de alimentação igual a 100 L/h e pressão de 1 atm e 25° C. Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 13 2. Balanço de Energia em Sistemas com Reação Química O balanço de energia em sistemas onde ocorrem reações químicas é utilizado para previsão da energia liberada e/ou absorvida nesses processos. O conhecimento dessa energia envolvida é de extrema importância para o dimensionamento dos sistemas de aquecimento e/ou resfriamento em reatores químicos, o cálculo da energia liberada na queima de combustíveis para a geração de vapor, entre outras aplicações. 2.1. Variação de entalpia em uma reação química O cálculo da variação de entalpia em uma reação química é capaz de expressar a quantidade de calor que deve ser adicionado ou removido de uma reação. Por convenção, define-se a variação de entalpia como a diferença entre a energia interna contida nos produtos após a reação e a energia interna contida nos reagentes antes da reação. ��������� → � ��� � ∆����çã� = ��������������� − ���������������� Dessa forma se a energia contida nos produtos for maior que a energia contida nos reagentes temos uma reação do tipo endotérmica, ou seja, os reagentes necessitaram ganhar energia para se tornarem produtos. A energia contida nos reagentes e produtos pode ser analisada em função da energia acumulada em suas ligações. Assim, compostos mais energéticos possuem ligações com mais energia acumulada e compostos menos energéticos possuem ligações com menos energia interna. Por outro lado, se tivermos uma reação do tipo exotérmica, os produtos terão menos energia que os reagentes, ou seja, os produtos possuem ligações químicas com menos energia acumulada àquelas observadas nos reagentes. O caminho que uma reação química percorre pode ser ilustrado através da Figura 1. Figura 1 – O diagrama 1 representa o caminho percorrido por uma reação do tipo exotérmica. Os diagramas 2 e 3 representam a influência da temperatura na velocidade das reações. Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 14 No diagrama 1 da Figura 1 podemos observar que para a reação passar do estado de reagentes e se transformar em produtos é necessário o ganho de uma determinada quantidade de energia inicial. Essa quantidade de energia é denominada energia de ativação e o estado que as moléculas reagentes atingem é denominado complexo ativado. A energia de ativação é na verdade a energia requerida pelos reagentes para quebrar suas ligações e formar átomos que representam o complexo ativado. Nessa fase, para formação dos produtos é necessário a perda de energia. Assim, se a energia perdida for menor que a energia absorvida (energia de ativação) o sistema é endotérmico, pois o saldo energético é positivo, Isto é, o sistema reacional absorveu mais energia do que a perdeu. Caso a perda de energia seja maior que a energia absorvida o saldo energético é negativo e o sistema é exotérmico. A energia de ativação possui uma grande importância para fins cinéticos, ou seja, para avaliar a velocidade de uma reação química. Quando a energia de ativação da reação possui um valor elevado, é necessária a adição de uma grande quantidade de energia ao sistema de modo a levar os reagentes até o estágio de complexo ativado o que acaba retardando a velocidade da reação. Quando a energia de ativação requerida é pequena, a reação é mais rápida pelo fato de a reação necessitar de uma quantidade menor de energia para atingir o estágio de complexo ativado. Quando aumentamos a temperatura do sistema onde está ocorrendo uma reação química, automaticamente aumentamos a velocidade da reação pelo fato de ocorrer um maior número de choques entre as moléculas reagentes. Entretanto a energia de ativação da reação não é alterada. A única possibilidade para alterarmos a energia de ativação de uma reação é adicionar um catalisador ao meio reacional que tem a possibilidade de aumentar a velocidade da reação. Com relação ao equilíbrio químico, ou seja, a máxima conversão que uma reação pode alcançar para uma determinada condição experimental, o aumento da temperatura favorece apenas as reações endotérmicas, uma vez que essas necessitam de energia para acontecer. As reações exotérmicas são favorecidas pela diminuição da temperatura, uma vez que necessitam liberar energia para ocorrerem. Com base nisso, o cálculo da variação de entalpia em uma reação pode ser facilmente satisfeito se tivermos disponíveis os valores de entalpia de cada substância participante da reação, reagentes e produtos. Entretanto, não é possível determinarmos a entalpia absoluta de uma determinada substância apenas a variação de entalpia de um determinado processo. Dessa forma, como estamos interessados em determinar a variação de entalpia da reação, devemos adotar um determinado valor como referência e a partir dele calcular os demais valores de entalpia. Os valores de entalpia atribuídos foram direcionados às substâncias simples no seu estado mais estável, a 25ºC e 1atm, sendo seu valor igual a zero. Essas substâncias são: H2, O2, N2, Cl2, F2, Br2, Fe, Al, Na,Cgrafite, Srômbico, etc, ou seja, metais no seu estado de valência zero e gases a 25º e 1atm. Esse valor de entalpia é denominado entalpia padrão de formação e recebe o símbolo Ho ou ��o. Espécies químicas como H+, Cl-, O3, Na+, etc. possuem valor de entalpia padrão de formação diferente de zero. Para a medida da entalpia de substâncias simples em estado não padrão ou substâncias compostas em qualquer estado utilizamos o calorímetro (Figura 2). Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 15 Figura 2 – Calorímetro utilizado para medida da energia liberada em uma reação química. Na Figura 2, temos uma amostra a qual queremos determinar a sua entalpia de combustão, ou seja, a energia liberada pela oxidação desse composto na presença de O2. Como a reação é exotérmica, a energia liberada pela reação será totalmente absorvida pela água. A energia responsável pelo seu aquecimento pode ser facilmente calculada conhecendo-se a elevação de temperatura sofrida pela água e sua quantidade. Dessa forma, a variação de entalpia da água é numericamente igual ao calor liberado pela reação (variação de entalpia da reação). Substâncias compostas podem ter sua entalpia determinada a partir de sua reação de formação a partir de substâncias simples no estado mais estável. Por exemplo, podemos determinar a entalpia da água a partir da reação de combustão do hidrogênio gasoso conduzidaa 25ºC e 1 atm: 2�! + #! → 2�!# Ao calcularmos a variação de entalpia para essa reação temos: ∆����çã�� = $ ���������% − $ ����������% ∆����çã�� = &�'()� * − (&�'(� * + &�)(� *) Como as entalpias do gás hidrogênio e do gás oxigênio são iguais a zero, a entalpia da reação é numericamente igual a entalpia da água, que é o mesmo valor de energia de aquecimento da água do calorímetro. ∆����çã�� = &�'()� * Grande parte dos compostos possui sua entalpia determinada dessa forma, outros porem tem sua entalpia determinada a partir do cálculo de variação de entalpia para reações que envolvam substâncias com suas entalpias padrões de formação já determinadas. Quando o composto não se encontra no estado padrão, a sua entalpia pode ser determinada a partir da seguinte equação: ��(-) = ��� + . /��- 0 !123 Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 16 2.2. Balanço de Energia em um Reator Químico Considere a seguinte reação química onde temos 4 espécies químicas participantes: �4 + 56 → /7 + �8 De forma geral podemos dizer que a reação é conduzida no reator da seguinte maneira: A quantidade de calor adicionada ou removida do reator pode ser estimada medindo-se a quantidade de energia que abandona o mesmo e a quantidade de energia na entrada. Matematicamente: 9 = ���������: − ������������ 9 = ;<. ��< + ;> . ��> + ;3 . ��3 + ;? . ��? + ;@ . ��@ − (;<�. ��<� + ;>� . ��>� + ;3�. ��3� + ;?�. ��?�+;@�. ��@�) 9 = ;<. (��<� + . /�<��) 0ABíDB !123 + ;> . (��>� + . /�>��) 0ABíDB !123 + ;3 . (��3� + . /�3��) 0ABíDB !123 + ;? . (��?� + . /�?��) 0ABíDB !123 + ;@ . (��@� + . /�@��) 0ABíDB !123 − ;<� . (��<� + . /�<��) 0EFGHBDB !123 − ;>� . (��>� + . /�>��) 0EFGHBDB !123 − ;3�. (��<� + . /�3��) 0EFGHBDB !123 − ;?�. (��?� + . /�?��) 0EFGHBDB !123 − ;@�. (��@� + . /�@��) 0EFGHBDB !123 Como as quantidades de inertes que entram e saem do reator são iguais podemos cancelar os termos acima assinalados. Agrupando os termos de entrada e saída e aplicando o balanço de massa temos: A, HA, NA B, HB, NB C, HC, ND D, HD, ND Inertes, HI, NI Reator X=? Calor A, HAo,NAo B, HBo, NBo C, HCo, NCo D, HDo, NDo Inertes, HIo, NIo Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 17 9 = (;<� − I. ;<�)��<�+(;>� − 5I. ;<�)��>� + (;3� − /I. ;<�)��3� + (;?� − �I. ;<�)��?� − ;<� . ��<�� − ;>�. ��>�� − ;3� . ��3�� − ;?�. ��?�� + ;<. ( . /�<��) 0ABíDB !123 + ;>. ( . /�>��) 0ABíDB !123 + ;3 . ( . /�3��) 0ABíDB !123 + ;? . ( . /�?��) 0ABíDB !123 + ;@ . ( . /�@��) 0ABíDB !123 − ;<� . ( . /�<��) 0EFGHBDB !123 − ;>�. ( . /�>��) 0EFGHBDB !123 − ;3� . ( . /�3��) 0EFGHBDB !123 − ;?�. ( . /�?��) 0EFGHBDB !123 − ;@�. ( . /�@�� 0EFGHBDB !123 ) Cancelando os termos semelhantes e reagrupando as funções expandidas temos: 9 = ;<� . I. &��<� + 5��>� + /��3� + ���?�* + $ ;: . /�:�� 0ABíDB !1��í�� − $ ;: . /�:�� 0EFGHBDB !1����� O termo entre parênteses representa a variação de entalpia padrão da reação. 9 = ;<� . I. &∆�����çã�� * + $ ;: . /�:�� 0ABíDB !1��í�� − $ ;: . /�:�� 0EFGHBDB !1����� Essa equação representa o balanço de energia em um reator químico operando em estado estacionário com relação a massa e a energia. Exercícios 01.100kmol/h of reactant A, mixed with 900kmol/h of an inert substance D, are fed into a reactor at 200 oC where all of the A reacts to form B and C according to the following equation: - If the reaction is carried out isothermally, at what rate must heat be removed? - If the reaction is carried out adiabatically (i.e. with no heat removal or work done), at what temperature will the products leave the reactor? - In the latter case, what would happen if the reactant were fed into the reactor as a pure substance (ie if no D is present)? The average specific heat capacities are 40kJ/kmol.K for A and D and 20kJ/kmol.K for B and C. 02. 25000 te/yr of HCN is to be produced from methane and ammonia. Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 18 The reaction takes place in ceramic tubes coated with catalyst. If the reactor is designed to operate isothermally at 1250oC with the temperature on the outside of the tubes being maintained at 1400oC, estimate the heat transfer area, A (surface area of the tubes), required for an estimated overall heat transfer coefficient, U, (assuming turbulent flow in the tubes) of 300Wm-2K-1. You may assume an 8000 hour working year. The rate of heat transfer, Q, across the tubes is given in this case by 03. The gaseous feed to a reactor, in which ammonia reacts with air to produce nitrogen monoxide, comprises 340.9kmol/h NH3, 2379.2kmol/h N2, 632.4kmol/h O2 and 68.5kmol/h H2O. 97% of the ammonia reacts to give NO: and 3% reacts to give N2: If the temperature of the reaction at the Platinum Gauze, and thus of the products leaving the reactor, is to be maintained at 870oC determine the temperature at which the reactants should be introduced to the reactor. The reactor is adiabatic (i.e. no heat is added or removed, and no work is done). Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 19 3. Balanço de Energia em Estado Transiente O balanço de energia em estado transiente é utilizado para a modelagem matemática de processos onde a energia interna do sistema varia ao longo do tempo. O diagrama da Figura 1 representa as diversas formas de energia envolvidas durante um processo de interesse para a engenharia química. KL (+) 9L (−) M� N, P�N, Q� N M� N, P� N, Q� N 9L (+) KL (−) A quantidade de energia acumulada em um sistema pode ser determinada através da observação da variação de alguma propriedade do sistema ao longo do tempo como entalpia, energia potencial e cinética. Na equação que iremos deduzir a seguir, o sistema tomado como modelo está sendo operado em estado estacionário em relação à massa, não existe reação química ocorrendo no sistema, além de a corrente de saída ser representativa do interior do sistema, ou seja, sistema perfeitamente agitado sem gradientes em seu interior. Assim, a energia acumulada dentro do sistema pode ser escrita como: 4/úS�T �� ������� = ������������ − ���������: + /�T ���:U:����� − ���5�Tℎ ��U�W:�� S&���XY∆G − ���X* = Z&��� + [�� + \��*∆� − Z&��� + [�� + \��*∆� + 9L ∆� − KL ∆� Para escrever o termo de acúmulo de energia foi considerada somente a variação de entalpia no sistema por ser a mais relevante nos problemas de engenharia química. Isolando os termoscomuns e rearranjando a equação em termos de variação temos: S&���XY∆G − ���X*∆� = −Z&∆�� + ∆[� + ∆\�* + 9L − KL A equação anterior representa bem processos onde a variação da entalpia ao longo do tempo é linear (Figura 2). Entretanto para processos que envolvam uma variação não linear da energia do ��X → ��XY∆G \�X → \�XY∆G [�X → [�XY∆G SISTEMA Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 20 sistema ao longo do tempo devem ser analisados pontualmente (de forma infinitesimal) e depois devemos calcular uma média de todos os valores obtidos. A variação infinitesimal da energia ao longo do tempo é obtida tomando-se o limite da variação do tempo tendendo a zero. T�S∆�→% S&���XY∆G − ���X*∆� = −Z&∆�� + ∆[� + ∆\�* + 9L − KL S��� ∆� = −Z&∆�� + ∆[� + ∆\�* + 9L − KL A equação acima representa o balanço de energia para sistemas em estado estacionário ou transiente, com ausência de reação química e com fluxos de massa e saída constantes. Ela pode ser aplicada para verificar o tempo para atingirmos um certo estado do sistema, permitindo assim a previsão de determinadas transformações energéticas que ocorram ao longo do tempo. Exercícios Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 21 4. Exercícios extras Na ilustração que segue temos um sistema de aquecimento de um gás que será utilizado em uma etapa posterior de um determinado processo. O gás se encontra inicialmente a 298 K e deverá ser aquecido até 356 K. Deverão ser processados 15000 Kg/h de gás em cada trocador. O calor absorvido pelo gás será fornecido por trocadores de calor que funcionarão de formas distintas. O trocador de calor 01 utilizará como fluído quente vapor de água saturado a 10 atm, sendo o fluído quente de saída vapor condensado nas mesmas condições de pressão. O trocador de calor 02 utilizará como fluído quente água líquida a 180ºC, estando o fluído a 35ºC na saída. Deseja-se avaliar qual trocador de calor opera de forma mais econômica. A preocupação do valor econômico se deve a três motivos: - Para a água ser transformada em vapor ela deverá receber um tratamento prévio para evitar danos à caldeira e ao trocador de calor. O custo de tratamento é de 5,78 R$/m3 de água. - A geração de vapor se deve ao calor liberado na combustão completa de metano na caldeira. Cada m3 de metano custa 1,15 R$/m3 de gás a 200 atm e 25ºC. - A vazão da bomba é função da sua potência. Dessa forma cada kW.h gasto no processo custa 0,37 R$; Para realizar a avaliação econômica devemos realizar o balanço de energia no processo. Para tanto determine os seguintes parâmetros: i) Qual a quantidade de fluído quente necessária em cada trocador; ii) Qual a quantidade de gás natural necessária para condicionar a água líquida a 301K e 10 atm até as condições de fluído quente de entrada pertinente a cada trocador de calor. 2. Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 22 Considere que os reagentes (metano e ar em excesso de 350%) são alimentados na caldeira a 25ºC e 1 atm e os produtos de combustão saem a 170ºC; iii) Qual a potência gasta para bombear as quantidades de água necessária para cada trocador considerando as seguintes condições de bombeamento: Variável Nível do tanque Entrada da caldeira Temperatura e Pressão (K e atm) 298 e 1 301 e 10 Velocidade (m/s) 0 Desprezível Altura (m) 0 2 Durante o trajeto da água do reservatório até o trocador de calor, a coluna para tratamento da água impõe uma perda de carga de 5 m.c.a., ou seja, a altura de bombeamento (altura manométrica) é incrementada em 5 m. Com os valores determinados calcule o custo de processo para cada Kg de gás processado ou seja, R$/Kg de gás processado. Informações Adicionais: Dado Unidade Valor Cp H2O KJ/Kg.K 4,18 Cp gás KJ/KgK 1,78 Entalpia da água a 25ºC e 1 atm BTU/Lb 18,07 Entalpia da água a 301 K e 10 atm BTU/Lb 24,07 Entalpia vapor água saturado 10 atm BTU/Lb 1194,7 Entalpia vapor água condensado 10 atm BTU/Lb 332,19 Entalpia de formação do CH4 KJ/mol -74,8 Entalpia de formação da H2O KJ/mol -241,814 Entalpia de formação do CO2 KJ/mol -393,51 Cp do N2 KJ/Kmol.K 29,12 Cp do O2 KJ/Kmol.K 29,35 Cp do CO2 KJ/Kmol.K 37,11 Cp do CH4 KJ/Kmol.K 35,31 Temperatura de ebulição água 10 atm K 453,15 Fonte: PERRY, Robert H.. Perry's chemical engineers' handbook. 7. ed. New York: McGraw-Hill, 1997. Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 23 2 m Trocador de Calor 01 Trocador de Calor 02 Reservatório de Gás Coluna para Tratamento da Água Reservatório de Água Água (298K / 1atm) Água (301K / 10 atm) Caldeira Linha de Água Linha de Gás Legenda Fluído Frio (Entrada) Fluído Frio (Saída) Fluído Frio (Saída) Fluído Quente (Saída) Fluído Quente (Saída) Fluído Quente (Entrada) Recipiente de Gás Natural Ventilador Gases de Combustão Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 24 Solução Nesse exercício o custo de aquecimento do gás depende de fatores relacionados à quantidade de fluído quente necessária para o aquecimento. Os trocadores trabalham de forma independente, ou seja, quando o trocador 01 está em operação o trocador 02 está em manutenção e vice-versa. Assim, devemos prever a quantidade de energia consumida pela bomba para fazer água a 1atm ser inserida no interior da caldeira que se encontra a 10 atm, o custo de tratamento de água pra ser transformada em vapor e a quantidade de metano a ser queimada para que possamos fornecer energia à água presente na caldeira e condicioná-la até as condições requeridas. Podemos, dessa forma, elaborar o seguinte roteiro de cálculo em função das condições fornecidas pelo problema: 1º) Dada a quantidade requerida de gás a ser aquecido, podemos estimar a quantidade de fluído quente requerida no trocador de calor; 2º) Essa quantidade de fluído quente é proveniente da caldeira, sendo possível estimar a quantidade de metano para produzi-la; 3º) A quantidade de água encontrada no item 1 é a mesma que deve ser bombeada para a caldeira, assim podemos determinar a potencia requerida pela bomba. Iniciamos pelo cálculo da quantidade de fluído quente: - Trocador de calor 01: Fazendo um balanço de energia para o gás a ser aquecido no trocador temos: Z&∆�� + ∆\� + ∆[�* = 9L − KL No sistema podemos desprezar o trabalho, e as variações de energia potencial e de energia cinética, situação típica de trocadores de calor. Assim temos: Z&∆��* = 9L No trocador 01 o fluído quente entra como vapor saturado e saí como condensado. A energia perdida pelo trocador é absorvida pelo nosso sistema (gás) de forma que: Z&∆��* = Z]����&��]�� − ��U���* 15000 \�ℎ &7�(-� − -�)* = Z]����(��]�� − ��U���) 15000 \�ℎ a1,78 \d \�. \ (356\ − 298\)h = Z]����(1194,7 6-[ T5 − 332,19 6-[ T5 ) Universidade do Sul de Santa CatarinaUnidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 25 Z = 772,64\�/ℎ Assim, é necessário essa quantidade de vapor saturado para aquecermos o gás nas condições mencionadas, estando o vapor na saída totalmente condensado. - Trocador de calor 02: No trocador 02 o fluído quente entra como água a 180ºC e sai a 35C. A energia perdida pelo trocador é absorvida pelo nosso sistema (gás) de forma que: Z&∆��* = Zkl�:�� m�����&7�(-� − -�)* 15000 \�ℎ &7�(-� − -�)* = Zkl�:�� m�����&7�(-� − -�)* 15000 \�ℎ a1,78 \d \�. \ (356\ − 298\)h = Zkl�:�� m�����(4,18 \d \�. \ (180 7 − 35 7)) Z = 2555,02\�/ℎ Assim, é necessária essa quantidade de água a 180ºC para aquecermos o gás nas condições mencionadas, estando a mesma à 35ºC na saída do trocador. Conforme podemos perceber a quantidade de água requerida no trocador de calor 01 é menor, tornando esse equipamento mais atraente sob o ponto de vista financeiro. Entretanto é necessário verificar o custo de energia requerida. O passo seguinte é estimar a quantidade de gás natural necessário na caldeira. Dessa forma, devemos determinar a quantidade de calor que a água que entra na caldeira deve receber para se transformar em vapor e em água quente a 180ºC. Em ambos os casos a água entra na caldeira à 301K e 10 atm, assim: - Trocador de calor 01: Nesse trocador a água é aquecida de 301K e 10 atm até 180ºC onde se transforma em vapor de forma que: 9L = Z(∆��) 9L = Z&∆��*n%opq1np + Z&∆��*o% ��r]�� 9L = 772,64 \�ℎ . 4,18 \d \�. \ . (453\ − 301\) + 772,64 \� ℎ . a 1194,7 6-[ T5 − 332,19 6-[ T5 h 9L = 2029810,0 \dℎ - Trocador de calor 02: Nesse trocador a água é aquecida de 301K e 10 atm até 180ºC somente, de forma que: 9L = Z(∆��) 9L = Z&∆��*n%opq1np Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 26 9L = 2555,04 \�ℎ . 4,18 \d \�. \ . (453\ − 301\) 9L = 1623370,21 \dℎ Essas são as quantidades de calor requeridas nos trocadores de calor 01 e 02. Podemos perceber que por esse ponto de vista o trocador de calor 02 é mais econômico. Iremos agora determinar as quantidades de gás natural requeridas. Iniciaremos fazendo o balanço de massa na fornalha: 7�q + 2#! s:�l��tuuv 7#! + 2�!# 4 + 26 s:�l��tuuv 7 + 28 A quantidade de metano na entrada pode ser definida por: ;<% A quantidade de oxigênio na entrada: ;>% = 2;<%. 4,5 ;>% = 9;<% A quantidade de nitrogênio na entrada/saída: ;w% = 7921 ;>% ;w% = 33,85;<% A quantidade de dióxido de carbono gerado: ;3 = ;3% + /I;<% ;3 = ;<% A quantidade de água formada na reação: ;? = ;?% + �I;<% ;? = 2;<% A quantidade de oxigênio em excesso na reação: ;> = ;>% − 5I;<% ;> = 7;<% A variação de entalpia padrão para essa reação é: ∆��� = $ ��x� − $ ��y� ∆��� = ��3� + 2��?� − ��<� − 2��>� ∆��� = −393,51 + 2. (−241,814) − (−74,8) − 2.0 ∆��� = −802,33 \dℎ Assim o balanço de energia pode ser aplicado: - Trocador de calor 01: 9 = ;<%. I. ∆��� + $ �: . 7 �- 0ABzDB 0HE{��: − $ �:� . 7 �- 0EFGHBDB 0HE{��: Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 27 Substituindo os valores encontrados de energia e o balanço de massa temos os valores de metano para os dois trocadores: - Trocador 01 ;<% = 3,36 pr�l| ou }<% = 0,410 r ~ | (200 5�� � 257) - Trocador 02 ;<% = 2,69 pr�l| ou }<% = 0,328 r ~ | (200 5�� � 257) A potência da bomba a ser utilizada em ambos os casos pode ser determinada realizando um balanço de energia entre o poço e a entrada da caldeira: Z&∆�� + ∆\� + ∆[�* = 9L − KL Z&∆�� + ∆[�* = −KL Substituindo os valores temos: - Trocador de calor 01: 772,64 \�ℎ a(24,07 6-[ T5 − 18,07 6-[ T5 + 10 S �! (2S + 5Sh = −KL K = −10775,74 \dℎ -trocador de calor 02: 2555,02 \�ℎ a(24,07 6-[ T5 − 18,07 6-[ T5 + 10 S �! (2S + 5Sh = −KL K = −35633,97 \dℎ O custo de aquecimento do gás em cada trocador de calor pode ser calculado da seguinte maneira: 7��� $\��á� = }�á�(Sn)\��á� . /��� $ Sn + }á��� �������(Sn)\��á� . /��� $ Sn + ������ (\K. ℎ)\��á� . /��� $ \K. ℎ 7��� $\��á� = 0,410 15000 . 1,15 + 0,772 15000 . 5,18 + 2,99 15000 . 0,37 7��� $\��á� = 0,00037 Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 28 7��� $\��á� = 0,328 15000 . 1,15 + 2,55 15000 . 5,18 + 9,89 15000 . 0,37 7��� $\��á� = 0,00110 Conforme podemos perceber o custo de aquecimento do gás é pouco mais de 3 vezes mais caro quando usamos água sem se encontra no estado de vapor. 2. Deseja-se efetuar o bombeamento de 20.000 L/h de água que se encontra inicialmente a 20ºC. Durante o trajeto existe o aquecimento da água por meio de uma serpentina. Na entrada da serpentina existe vapor saturado e na saída condensado saturado. Em função de problemas no isolamento existe a perda de 20KJ/Kg de fluído transportado durante o trajeto. Sabendo que mensalmente a bomba fica ligada 10 horas durante 20 dias, o consumo de energia mensal com a bomba é de 180 kW.h e o seu rendimento é de 50%, determine a quantidade de vapor necessária em Kg/h para que a temperatura da água no reservatório superior se situe por volta de 35ºC. Considere desprezíveis as mudanças de velocidade nos pontos considerados e um desnível de 2,5m. 3. Em uma empresa de fertilizantes é produzido diariamente 10 toneladas de fosfato de cálcio a partir da neutralização estequiométrica de hidróxido de cálcio (7�(#�)!) com ácido fosfórico (�n #q). O hidróxido de cálcio se encontra em uma solução de 10% em termos de massa de base e o ácido consiste em uma solução aquosa de 50% (m/m). Em virtude dessas informações determine: a) As quantidades de solução de base e ácido necessárias para fabricação do fertilizante em toneladas/dia; b) Se as soluções são alimentadas na temperatura de 25ºC, determine a temperatura de saída dos produtos considerando o reator adiabático; c) Qual a quantidade de calor em KJ/dia que deve ser removida para que os produtos sejam obtidos a 30ºC; Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 29 4. Uma solução de capacidade calorífica nas vizinhanças de 1,2 cal/g.K necessita ser aquecida em um reator encamisado, o qual circula vapor com temperatura constante de 180ºC, para ser inserida em um processo reacional. A taxa de transferência de calor na camisa pode ser determinada através da seguinte equação: 9L = [(∆-) Onde U vale 48 KJ/h.K. O agitador não acrescenta ganhos energéticos consideráveis. A vazão de solução alimentada é de 50Kg/h. A partir dessas informações determine: a) a temperatura máxima que a solução de saída pode alcançar; b) o tempo necessário para que a temperatura da solução atinja um valor 1ºC abaixo do esperado no estado estacionário. 5. Deseja-se determinar o rendimento de uma bomba centrífuga para comparação com o valor indicado pelo fabricante. O circuito utilizado para medição de encontra-se ilustrado a seguir:A quantidade de água transportada é na ordem de 10 m3/h, sendo o transporte realizado por uma bomba centrífuga de 2,5CV (potência elétrica). Durante o trajeto existe o aquecimento da água Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 30 em um trocador de calor que opera com 5Kg/h de vapor saturado na entrada do trocador e abandona o mesmo como condensado saturado. Apesar do aquecimento existe a perda de energia na razão de 0,1KJ/Kg de fluído transportado. Os dados de velocidade, temperatura e altura dos pontos utilizados para realização do balanço de massa se encontram ilustrados na figura. Com base nos dados apresentados determine o rendimento da bomba, ou seja, a razão entre a potência entregue ao fluído pelo equipamento e a sua potência elétrica. Determine também o custo de bombeamento mensal desse fluído, supondo 30 dias de funcionamento durante o mês e 12 horas trabalhados ao dia, considerando que o KW.h custa 0,376 reais. 6. Nos últimos noticiários, reportagens mostraram que a falta de gás natural induz a utilização de diesel em caldeiras para a produção de energia. O poder calorífico do diesel é de 10824 Kcal/Kg enquanto que a entalpia de combustão padrão do metano é de 802 KJ/mol, ambos sendo medidos a 25ºC e 1atm. Considere uma caldeira que necessita de 2.107 KJ/h de calor proveniente da queima de ambos os combustíveis utilizando ar em excesso de 25%. Sabendo que em ambos os casos os reagentes são alimentados a 25ºC e os produtos de combustão são obtidos a 180ºC, determine os custos mensais de operação da caldeira sabendo que o preço do diesel é 2,05 reais por litro (densidade 0,84 Kg/L) e o do gás natural é de 1,60 R$/m3 (200 atm e 25ºC). 7. Deseja-se evaporar 1m3/h de água que se encontra impura com o objetivo de promover sua reutilização. O processo ocorrerá em um evaporador que se encontra a pressão atmosférica. Na entrada do evaporador a água está a 25ºC. Como a pressão atmosférica é 1atm, a ebulição irá acontecer por volta de 100ºC. Existem duas alternativas para o aquecimento, utilizar a energia liberada pela queima de metano com ar em excesso de 400% ou utilizando energia elétrica. Cada 1m3 de metano estando a 25ºC e 200 atm é vendido a R$1,46 enquanto que cada kW.h de energia custa R$0,37. Dessa forma, determine o custo de evaporação da água utilizando as duas metodologias. Antes da serpentina existe uma câmara de combustão onde o metano e o ar são alimentados a 25ºC. Após a reação, os gases de combustão invadem a serpentina e saem dela a 170ºC. O processo é semelhante ao de uma caldeira fogotubular. Para o aquecimento elétrico considere que exista uma resistência elétrica. Utilize os dados da tabela a seguir. Dicas: - Calcule a quantidade de calor necessária para evaporar a água; Verifique a quantidade de metano que deve ser queimada para liberar essa quantidade de energia levando em conta a temperatura que entram e saem os reagentes. - Utilize os seguintes dados: Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 31 Dado Unidade Valor Cp H2O KJ/Kg.K 4,18 Entalpia de vaporização da água a 1atm cal/g 560 Entalpia de formação do CH4 KJ/mol -74,8 Entalpia de formação da H2O KJ/mol -241,814 Entalpia de formação do CO2 KJ/mol -393,51 Cp do N2 KJ/Kmol.K 29,12 Cp do O2 KJ/Kmol.K 29,35 Cp do CO2 KJ/Kmol.K 37,11 Cp do CH4 KJ/Kmol.K 35,31 Temperatura de ebulição água 1 atm K 373,15 Densidade da água g/ml 1,00 8. O diagrama abaixo apresenta um reator encamisado, dentro do qual está sendo conduzida uma reação exotérmica que libera 800KJ/molreagente limite. Para o resfriamento do reator, circula pela camisa água, que entra a 20ºC e sai aquecida do reator. Devido a problemas de isolamento, existe uma perda de calor do líquido presente na camisa, para o ar, que se mantém a 20ºC. O fluxo de água na camisa é de 100L/h. Para uma alimentação de reagente limite de 100 mol/h, determine qual o volume da camisa necessário para que a água em seu interior se encontre na temperatura de 50ºC em 1,5 horas, considerando a temperatura inicial da água na camisa igual a 25ºC. Determine também qual deve ser a temperatura atingida no estado estacionário. Dados : ρágua = 1,0Kg/m3, Cp = 4,0 KJ/KgoC e Qperda (KJ/h) = 1200 (Tmaior - Tmenor). Vapor Saturado Água líquida (25ºC) Aquecimento (Serpentina ou resistência elétrica) Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Disciplina de Balanços de Massa e Energia Prof. M.Sc. Everton Skoronski 32 Água a 20C Água Reator Dados Gerais para Todos os Exercícios: Composto 7� (cal/mol.K) ∆�k� (Kcal/mol) 7�(#�)! 20,91 -35,68 7�n( #q)! 54,45 -928,5 �n #q 25,35 -305,7 �!# 17,99 -68,31 Ítem Unidade Valor Cp H2O KJ/Kg.K 4,18 Entalpia vapor água saturado 10 atm BTU/Lb 1194,7 Entalpia vapor água condensado 10 atm BTU/Lb 332,19 Cp do N2 KJ/Kmol.K 29,12 Cp do O2 KJ/Kmol.K 29,35 Cp do CO2 KJ/Kmol.K 37,11 Cp do CH4 KJ/Kmol.K 35,31 Formula molecular média Diesel - C18H38 Formula molecular média Gás Natural - CH4 Cp do Diesel KJ/Kmol.K 376,00 Calor perdido Reagente Calor da reação
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