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24.06_-_Direito_do_Trabalho_-_Rodrigo_Carelli

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CURSO INTENSIVO I DE TRABALHO – SEMANAL 
Disciplina: Direito do Trabalho 
Prof. : Rodrigo Carelli 
Data: 24.06.2010 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO – PROFESSOR 
 
 
 
Trabalho Escravo 
Rodrigo de Lacerda Carelli 
Procurador do Trabalho 
Mestre em Direito e Sociologia 
Doutorando em Sociologia 
 
 
 
Trabalhar 
 
• Tripalium – instrumento de tortura 
• Grécia antiga – indignidade do trabalhador. 
• Escravidão antiga 
 
 
 
Denominação 
• Trabalho escravo 
• Trabalho degradante 
• Trabalho forçado 
 
 
Diferenças 
 
 
Trabalho escravo 
 
• Nomenclatura clássica nacional – redução da 
nomenclatura da lei penal 
 
Trabalho degradante 
 
• A partir da modificação na lei penal 
 
Trabalho forçado 
 
• Nomenclatura internacional - OIT 
 
 
 
 
 
Diferenças 
 
 
Jairo Sento-Sé 
 
Trabalho escravo como variante específica 
do trabalho forçado 
 
Luis Antônio Camargo de Melo 
 
Trabalho forçado e trabalho escravo como 
sinônimos 
 
Evanna Soares 
 
Trabalho em condições análogas de 
escravo = trabalho em condições 
degradantes 
 
José Cláudio Monteiro de Brito Filho 
 
Trabalho em condições análogas – gênero 
Trabalho degradante = espécie 
 
 
 
Trabalho escravo clássico 
 
 
• regime escravocrata 
• Ser humano como mercadoria 
• Até o século XIX – Lei Áurea – inserido na ordem jurídica 
 
 
 
Hodiernas práticas escravizatórias em sentido estrito 
 
• servidão, casamento servil, tráfico de mulheres, crianças e adolescentes para exploração 
sexual 
• Idéia de posse e propriedade fática e prática 
 
 
Trabalho Forçado 
• Declaração de Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, OIT, 1998: liberdade sindical, 
trabalho forçado, trabalho infantil e discriminação. 
• Convenção nº 29, OIT: 
• 1. Para fins desta Convenção, a expressão ‘trabalho forçado ou obrigatório’, compreenderá 
todo trabalho ou serviço exigido de uma pessoa sob ameaça de sanção e para o qual não se 
tenha oferecido espontaneamente. 
 
Elementos 
• Qualquer trabalho – urbano ou rural 
• Qualquer pessoa – adulto ou criança 
• Ameaça de sanção – não somente a sanções criminais mas também várias formas de 
coreção, como ameaças, violência, retenção de documentos de identidade, confinamento ou 
não pagamento de salários. Questão chave – liberdade de deixar o trabalho sem perda de 
direitos. 
• Voluntário – entrar sem nenhuma forma de ludibriação ou engano – consentimento livre e sem 
engano 
 
 
Não é trabalho forçado – OIT 
 
• - serviço militar ou cívico; 
• obrigação derivada de condenação judiciária 
• Trabalho em situações de emergência 
• Serviços comunitários 
 
 
Convenção 105, OIT 
• Eliminação do trabalho forçado 
 
 
Tráfico de Pessoas – Protocolo de Palermo 
 
• - Atividades: recrutamento, transporte, manutenção ou recebimento de uma pessoa 
• - meios: força, engano, rapto, coerção, fraude, ameaça ou abuso de poder ou uma posição de 
vulnerabilidade. 
• - Objetivo: exploração, incluindo trabalho forçado, sexual ou remoção de órgãos. 
 
• Condições de superexploração (sub-standard working position) 
• Não constitui trabalho forçado para o OIT 
• “toda a forma de trabalho escravo é trabalho degradante, mas o recíproco nem sempre é 
verdadeiro. O que diferencia um conceito do outro é a liberdade” - OIT 
 
• Constitui posição de vulnerabilidade para caracterizar o tráfico de pessoas 
 
 
 
 Trabalho forçado 
 
Tráfico de pessoas 
 
Economias industrializadas 
 
360,000 
 
270,000 
 
Economias em transição 
 
210,000 
 
200,000 
 
Ásia e Pacífico 
 
9,490,000 
 
1,360,000 
 
América Latina 
 
1,320,000 250,000 
 
África Sub-saariana 
 
660,000 
 
130,000 
 
Meio Oriente e Norte da 
África 
 
260,000 
 
230,000 
 
Mundo 
 
12,300,000 
 
2,440,000 
 
 
 
 
Faturamento com o tráfico de pessoas em todo o mundo 
 
• 32 bilhões de dólares ao ano (44 bilhões o trabalho escravo movimenta) 
• Maior faturamento per capita: indústria do sexo 
• Maior faturamento por região: países industrializados – metade do faturamento 
 
 
Formas de trabalho forçado no mundo - OIT 
• Trabalho por dívida tradicional 
• Trabalho por dívida moderno 
• Trabalho forçado infantil 
• Trabalho forçado ligado à migração e contratos de trabalho de exploração 
• Trabalho forçado ligado ao tráfico organizado de pessoas 
 
 
Áreas da economia – trabalho forçado 
 
• Construção civil 
• agricultura 
• Mineração 
• Processamento de alimentos e empacotamento 
• Trabalho coméstico e serviço de limpeza 
• Trabalho em fábricas têxteis e vestuário 
• Restaurantes 
• Indústria do sexo e entretenimento 
• Transportes 
• Atividades de economia informal, como pedintes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Persecuções criminais no mundo – trabalho forçado 
 
ano 
 
Acusações 
 
condenações 
 
Países que 
alteraram 
legislação 
 
2003 7,992 
 
2,815 24 
2004 6,885 
 
3,025 39 
2005 6,618 
 
4,766 41 
2006 5,808 3,160 21 
 
 
Sugestões de ataque ao trabalho forçado – OIT 
 
• Introdução de mudanças 
• Pagamento de multas 
• Fechamento temoráro da firma até as mudanças Realocação do trabalhador 
• Retirada temporária ou permanente de licença de funcionamento 
• Pagamento de indenização por dano causado à vítima 
• Reparo de dano moral com uma quantia significativa 
• Confisco de bens 
• Privação de direitos a assinar contratos ou acionar fundos estatais 
• Prisão domiciliar ou penitenciária 
 
 
Trabalho escravo no Brasil 
• Base: lei penal brasileira – art. 149 - reduzir alguém à condição análoga à de escravo 
• Alteração Lei nº 10.083/2003: 
• Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos 
forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer 
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o 
empregador ou preposto: 
• Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 
 
• §1° Nas mesmas penas incorre quem: 
 
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local 
de trabalho; 
 
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais 
do trabalhador, com o fim de retê-lo no local do trabalho. 
 
§2° A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: 
 
 
I – contra criança ou adolescente; 
 
II - por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem 
 
 
Elementos do trabalho em condições análogas a escravo 
 
• Trabalho forçado em sentido estrito 
• Trabalho degradante ou em condições degradantes de trabalho 
 
 
Trabalho escravo por trabalho forçado 
• Mesmas condições do trabalho forçado da OIT 
• No tipo penal se destacam: restrição de locomoção – por meio de violência ou ameaça, 
restrição de transporte, aprisionamento de documentos ou por dívida com o empregador ou 
preposto 
 
Trabalho forçado 
• Coação – moral, psicológica ou física 
• Restrição de transporte – distância sem transporte e não recebimento de salários 
• Aprisionamento de documentos – passaporte, CTPS ou identidade 
• Dívida com empregador ou preposto – truck system, art. 462, § 2º, CLT : § 2º - É vedado à 
empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços 
destinados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento 
no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. 
 
 
Trabalho degradante como trabalho forçado 
 
 
• Tipobrasileiro mais aberto e inclusivo 
• Razões históricas, jurídicas e filosóficas 
 
Razões históricas 
• Condições de trabalho degradantes por analogia à escravidão negra 
 
Razões jurídicas 
• Princípio da dignidade da pessoa humana 
• A própria lei penal 
 
Razões filosóficas 
• Valorização do ser humano como sujeito de direitos 
 
 
 
Direitos Humanos e Direitos Fundamentais 
• Direitos fundamentais como direitos humanos 
• Direitos fundamentais como escolha de princípios pela comunidade política – manifestações 
positivas dos direitos humanos 
• Direitos Humanos – direitos reconhecidos no plano internacional em busca ou defesa da 
dignidade da pessoa humana 
• José Claúdio Monteiro de Brito Filho – conjunto de direitos necessários à preservação da 
dignidade da pessoa humana. 
 
 
Superprincípio da Constituição Brasileira 
• Dignidade da pessoa humana – princípio base dos direitos humanos - Art. 1° da CR – indica 
no inciso III como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil “ a dignidade 
da pessoa humana”. 
• Bobbio – impossibilidade de definição do princípio da dignidade humana e dos direitos 
humanas 
• Fundamento do direito e dos direitos humanos – o próprio homem 
 
Definição da dignidade da pessoa humana 
• Ingo Sarlet – dignidade é a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz 
emrecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, 
implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a 
pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante ou desumano, como venham a 
lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida súdável, além de propiciar e 
promover sua participação ativa e co-responsável nos destinos da própria existência e da vida 
em comunhão com os demais seres humanos. 
 
 
Geração de direitos humanos 
• Direitos de primeira geração – civis 
• Direitos de segunda geração – políticos 
• Direitos de terceira geração – sociais e econômicos 
 
Pacto Internacional dos direitos econômicos, sociais e culturais 
• Art. 6º. Trabalho livre 
• Art. 7º. Remuneração digna, salário eqüitativo, existência decente, segurança e higine no 
trabalho, igualdade e descanso, lazer, limitação das horas de trabalho e férias periódicas 
remuneradas, assim como a remuneração dos feriados. 
 
 
Declaração Universal dos Direitos Humanos 
• Preâmbulo “Nós o povo das Nações Unidas, resolvidos a salvar as gerações vindouras do 
flagelo da Guerra, a qual por duas vezes em nossas vidas trouxe desgraça para a 
humanidade e reafirmar a fé nos direitos fundamentais, na dignidade e nos valores humanos 
da pessoa, na igualdade entre os direitos dos homens e das mulheres...” 
 
Declaração Universal dos Direitos do Homem 
• Artigo XXIII 
• 1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e 
favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 
 2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual 
trabalho. 
 3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe 
assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a 
que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 
 4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de 
seus interesses. 
 
 
Trabalho decente 
• Programa da OIT - Trabalho Decente é um trabalho produtivo e adequadamente 
remunerado, exercido em condições de liberdade, eqüidade, e segurança, sem quaisquer 
formas de discriminação , e capaz de garantir uma vida digna a todas as pessoas que vivem 
de seu trabalho. 
• Eixos - emprego de qualidade para homens e mulheres, a extensão da proteção social, a 
promoção e fortalecimento do diálogo social e o respeito aos princípios e direitos 
fundamentais no trabalho, expressos na Declaração dos Direitos e Princípios Fundamentais 
no Trabalho da OIT, adotada em 1998 
 
 
• Trabalho degradante = trabalho indecente = trabalho sem garantia da dignidade da 
pessoa humana 
 
 
Elementos do trabalho degradante 
• 1. submissão às condições precárias de trabalho pela falta ou inadequado fornecimento de 
boa alimentação e água potável; 
• 2. alojamentos sem as mínimas condições de habitação e falta de instalações sanitárias; 
• 3. falta de fornecimento gratuito de instrumentos para a prestação de serviços; 
• 4. falta de fornecimento gratuito de equipamentos de proteção individual (chapéu, botas, 
luvas, caneleiras....); 
• 5. falta de fornecimento de materiais de primeiros socorros; 
• 6. não-utilização de transporte seguro e adequado aos trabalhadores; 
• 7. não-cumprimento da legislação trabalhista, desde o registro do contrato na CTPS; 
• 8. falta de exames médicos admissionais e demissionais, até a remuneração ao empregado. 
 
 
Trabalho Escravo Rural no Brasil 
• 43% na pecuária 
• 27,6% no desmatamento; 
• a agricultura, 23,7% (cana de açúcar) 
• 3,9% o comércio de madeira. 
 
 
• Empregadores fiscalizados – resgates realizados – grupo móvel 
 
2003 2004 2005 2006 2007 2008 
188 276 189 209 206 290 
5.223 2.887 4.438 3.417 5.999 5.016 
 
 
 
Combate no Brasil 
• 1995 – MTE - Grupo Móvel de Erradicação no Trabalho Escravo 
• Setembro 2002 – MPT - Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo 
• CONATRAE - 2002 – Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, da 
Secretaria Especial de Direitos Humanos. 
• Atuação coordenada - Ministério do Trabalho e Emprego, a Comissão Pastoral da Terra - 
CPT, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura - FETAGRI’s, o Ministério Público 
Federal, a Polícia Federal e a OIT. 
 
Políticas na erradicação do trabalho escravo 
• As POLÍTICAS PREVENTIVAS são aquelas que deverão ser implementadas visando prevenir 
a submissão de trabalhadores às condições análogas à de escravo, ao trabalho forçado e ao 
trabalho degradante. 
Estas políticas estão essencialmente voltadas para a conscientização e educação dos atores 
envolvidos no processo ou que futuramente poderão ser 
parte dele. 
 
As POLÍTICAS REPRESSIVAS são aquelas que são planejadas e executadas pelas 
instituições que detêm poder de polícia e buscam a inibição e a punição dos 
infratores que cometem o crime e/ou infração à legislação trabalhista, inclusive internacional. 
 
Enfim, as POLÍTICAS DE INCLUSÃO SOCIAL são aquelas em que buscam incluir ou reincluir 
os trabalhadores resgatados do trabalho forçado e das condições análogas à de escravo na 
sociedade, proporcionando-lhes, principalmente, direitos que lhe garantam cidadania e 
possibilidade de exercerem trabalhos dignos. São voltadas para a melhoria de vida desses 
trabalhadores e de suas famílias, através da qualificação profissional, emissão de 
documentos, educação, alfabetização e a proteção ao meio ambiente de trabalho. 
Forma de atuação do grupo móvel e MPT 
• Participação do MPT em todas as operações 
• Auditores-fiscais de diferentes estados 
• Lavratura de autos de infração 
• Resgate com o pagamento das verbas rescisórias e salários retidos 
• Termo de Compromisso ou ação civil pública 
 
 
Pedidos da Ação Civil Pública 
 
• Com pagamento da verbas: 
• 1) abster-se de submeter o trabalhador à condição análoga a de escravo; 
• 2) abster-se de admitir trabalhadores menores de 16 anos; 
• 3) efetuar o registro da CTPS de seus empregados, efetuar o registro em livros, fichas; 
• 4) efetuar o pagamento mensal dos salários até o 5º dia útil subseqüente ao vencido; 
• 5) adequar o alojamento, dotando-o de adequadas instalações sanitárias para o uso dos 
trabalhadores; 
• 6) fornecer água potável em condições higiênicas; 
• 7) fornecer EPI–necessários para a operacionalização da atividade do empregado: calçados 
de proteção, luvas, chapéu de palha; 
• 8) abster-se de coagir e induzir seus empregados a utilizarem armazéns ou serviços mantidos 
pela Fazenda; 
• 9) ao pagamento de multa diária por descumprimento das obrigações fixadas; 
• 10) pagamento de dano moral aos trabalhadores pelos danos causados aos direitos difusos e 
coletivos dos trabalhadores, reversíveis ao FAT 
 
Cadastro de empregadores com utilização de trabalho escravo 
• Cadastro de Empregadores previsto na Portaria n°. 540/2004 
• “Lista suja” 
• Art. 2º A inclusão do nome do infrator no Cadastro ocorrerá após decisão administrativa final 
relativa ao auto de infração lavrado em decorrência de ação fiscal em que tenha havido a 
identificação de trabalhadores submetidos a condições análogas à de escravo. 
 
Resgate de trabalhadores 
• Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990: 
 
> Art. 2º-C. O trabalhador que vier a ser identificado como submetido 
> a regime de trabalho forçado ou reduzido a condição análoga à de 
> escravo, em decorrência de ação de fiscalização do Ministério do 
> Trabalho e Emprego, será dessa situação resgatado e terá direito à 
> percepção de três parcelas de seguro-desemprego no valor de um 
> salário mínimo cada, conforme o disposto no § 2º deste artigo. 
> (Acrescentado pela L-010.608-2002) 
> 
> § 1º O trabalhador resgatado nos termos do caput deste artigo será 
> encaminhado, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, para 
> qualificação profissional e recolocação no mercado de trabalho, por 
> meio do Sistema Nacional de Emprego - SINE, na forma estabelecida 
> pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - 
> CODEFAT. 
 
 
Competência criminal 
 
• Súmula 115, do antigo Tribunal Federal de Recursos (jurisprudência de 1978), cristalizou o 
entendimento de os crimes contra a organização do trabalho ou crimes de trabalho forçado a 
ele conexos, para ser da competência da JF deverá ser demonstrada a dimensão 
coletiva. Se não for, será da JE.

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