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A Moreninha

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SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO..........................................................................................
	5
	
	
	CONTEXTO
 Sobre o autor
Importância do Livro
Apresentação
ENREDO
PERSONAGENS
Personagens Principais
 Personagens Secundários
ANÁLISE
 Espaço
Temática
Tempo 
 Linguagem
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS
	
INTRODUÇÃO
O trabalho é sobre a análise literária da obra “A Moreninha”, explicando os temas: Enredo, tempo, narração, análise dos personagens, espaço, clímax da obra, retrato da sociedade, análise da obra, temática da obra. Todos tópicos foram revisados e alguns apresentam trechos do livro. 
CONTEXTO
 
 SOBRE O AUTOR
Joaquim Manuel de Macedo (Itaboraí, 24 de junho de 1820 – Rio de Janeiro, 11 de abril de 1882) foi um médico e escritor brasileiro.
Joaquim Manuel de Macedo nasceu em Itaboraí em 1820. Em 1844 formou-se em Medicina no Rio de Janeiro, e no mesmo ano estreou na literatura com a publicação daquele que viria a ser seu romance mais conhecido, A Moreninha, que lhe deu fama e fortuna imediata.
Além de médico, Macedo foi jornalista, professor de Geografia e História do Brasil no Colégio Pedro II, e sócio fundador, secretário e orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, desde 1845. Em 1849 fundou, juntamente com Gonçalves Dias e Manuel de Araújo Porto-Alegre, a revista Guanabara, que publicou grande parte do seu poema-romance A nebulosa — considerado por críticos como um dos melhores do Romantismo. Foi membro do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866).
Joaquim Manuel de Macedo abandonou a medicina e criou uma forte ligação com Dom Pedro II e com a Família Imperial Brasileira, chegando a ser preceptor e professor dos filhos da Princesa Isabel. Era amigo íntimo e confidente de uma celebridade da Corte, Manuel José de Araújo Porto-Alegre, Cônsul do Brasil na Alemanha, de quem recebeu uma longa e histórica correspondência pela qual o remetente se declara um espírita convicto e apaixonado pelo credo que na metade do século XIX fora codificado por Allan Kardec, na França.
Macedo também atuou decisivamente na política, tendo militado no Partido Liberal, servindo-o com lealdade e firmeza de princípios, como o provam seus discursos parlamentares, conforme relatos da época. Durante a sua militância política foi deputado provincial (1850, 1853, 1854-1859) e deputado geral (1864-1868 e 1873-1881). Nos últimos anos de vida padeceu de problemas mentais, morrendo pouco antes de completar 62 anos.
 IMPORTÂNCIA DO LIVRO
 Apresenta uma linguagem simples, um enredo que prende o leitor com algum suspense e um final feliz típico dessa fase do movimento do Romantismo. A obra apresenta ao leitor a alta sociedade carioca em meados do século XIX. Joaquim Manuel de Macedo ganhou notoriedade na corte carioca, pois a obra caiu no gosto do público.
 APRESENTAÇÃO
 
                                            
“A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo, foi o primeiro romance do Romantismo brasileiro, garantindo a Macedo o pioneirismo de fato nesse gênero literário. A tentativa anterior de Teixeira e Sousa com “O Filho do Pescador” (1843) não alcançou fama literária e foi sendo esquecido com o decorrer do tempo.
O título do livro foi dado pela própria protagonista da história, a personagem Augusto, em homenagem a D. Carolina. Durante toda a história, evidenciam-se os traços da protagonista, principalmente a cor do rosto: pele morena. Por isso, as pessoas mais íntimas chamavam-na de Moreninha:
 
“— Sim... todos nós gostamos de chamá-la a Moreninha.” (Cap. V)
 
O sucesso de “A Moreninha” está vinculado à capacidade do autor de amarrar o leitor na atmosfera de lenda e de sonho do romance, o autor deixa curioso o leitor com enigmas, simples conflitos e uma leitura fácil e agradável. As características principais são uma narrativa fixada entre a lenda e o romance para formar uma obra de gosto popular.
 
 
ENREDO
 
A história de “A Moreninha” gira em torno de uma aposta feita por quatro estudantes de Medicina da cidade do Rio de Janeiro do fim da primeira metade do século XIX. Um deles, Augusto, é tido pelos amigos como namorador inconstante. Ele próprio garante aos colegas ser incapaz de amar uma mulher por mais de três dias. Um de seus amigos, Filipe, o convida juntamente com seus outros amigos, Fabrício e Leopoldo, a passarem o fim de semana em uma ilha, na casa de sua avó, D. Ana. Ali também estarão duas primas e a irmã de Filipe, Carolina, mais conhecida como "Moreninha". Por causa da fama de namorador do colega, Filipe propõe-lhe um desafio: se a partir daquele final de semana Augusto se envolver sentimentalmente com alguma (e só uma!) mulher por no mínimo 15 dias, deverá escrever um romance no qual contará a história de seu primeiro amor duradouro. Apesar de Augusto garantir que não correrá esse risco, no final do livro ele está de casamento marcado com Carolina e o romance que deveria escrever já está pronto. Nas linhas finais da obra, o próprio Augusto nos informa seu título: "A Moreninha".
O enredo apresenta unidade e organicidade pois a história possui início, meio e fim. O desenvolvimento da narrativa compreende  os fatos ocorridos na ilha, no início capítulo III  - “— Bem-vindo sejas, Augusto. Não sabes o que tens perdido...” - até o momento em que Augusto retorna para a ilha juntamente com seu pai, já no capítulo XXIII -  “Augusto, com efeito, saltava nesse momento fora do batel,e depois deu a mão a seu pai para ajudá-lo a desembarcar;...” . O conflito principal do romance se desenvolve no decorrer da narrativa - o amor de Augusto pela D. Carolina, a Moreninha.
Clímax
O clímax do romance ocorre quando D.Carolina revela a Augusto, ao deixar cair um breve contendo um camafeu, que é a mulher a quem ele tinha prometido se casar na sua infância, no final do Capítulo XXXIII:
“A menina, com efeito, entregou o breve ao estudante, que começou a descosê-Lo precipitadamente. Aquela relíquia, que se dizia milagrosa, era sua última esperança; e, semelhante ao náufrago que no derradeiro extremo se agarra à mais leve tábua, ele se abraçava com ela. Sé faltava a derradeira capa do breve.., ei-la que cede e se descose alta uma pedra... e Augusto, entusiasmado e como delirante, cai aos pés de d. Carolina, exclamando:
— O meu camafeu!…O meu camafeu!... “
Desfecho
E como todo bom romance, o desfecho dá-se no final da história quando Augusto e Carolina já estão de casamento marcado e Augusto perde a aposto que havia feito com Filipe.
 
 
PERSONAGENS
 
A Moreninha apresenta dois personagens principais planos, simples, construídos superficialmente, embora essa caracterização funcione de modo a destacá-los do grupo a que pertencem. Eles são sempre compostos de modo a tornar viável o que mais interessa nesse tipo de romance: a ação. São eles: Augusto e D. Carolina, a Moreninha. A figura de Augusto resume um certo tipo de estudante alegre, jovial, inteligente e namorador. Dotado de sólidos princípios morais, fez no início da adolescência um juramento amoroso que retardará a concretização de seu amor por Carolina. Esse impedimento de ordem moral permitirá o desenvolvimento de várias ações até que, ao final da história, Carolina revelará ser ela mesma a menina a quem o jovem Augusto jurara amor eterno.É muito jovem e "moreninha" e também travessa, inteligente, astuta e persistente na obtenção de seus intentos. Carolina encarna a jovem índia Ahy, que espera incansavelmente por seu amado Aoitin – uma antiga história da ilha que D. Ana conta a Augusto. No final ela revela para Augusto que era a menina para quem lhe prometera casamento.
PERSONAGENS PRINCIPAIS
 
Augusto: - A figura de Augusto resume um certo tipo de estudante alegre, jovial, inteligente e namorador. Tendo vários princípios morais, fez no início da adolescência um juramento amoroso que comprometeseu amor por Carolina. Esse impedimento continuará até o final da história, Carolina revelará ser ela a menina cuja Augusto havia jurado amor eterno. 
 
D. Carolina: É muito jovem e "moreninha" e também travessa, inteligente, astuta e persistente na obtenção de seus intentos. Carolina encarna a jovem índia Ahy, que espera incansavelmente por seu amado Aoitin – uma antiga história da ilha que D. Ana conta a Augusto. No final ela revela para Augusto que era a menina para quem ele prometeu se casar.
PERSONAGENS SECUNDÁRIOS
 
Os personagens secundários compõem o quadro social necessário para colocar a história em movimento ou propiciar informações de certos dados essenciais à trama e representam, por meio de alguns tipos característicos, a sociedade burguesa da capital do Império. Sâo eles:
 
Rafael:
Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. É quem lhe prepara os chás e quem lhe atura o mau humor, levando castigos corporais (bolos) por quase nada.
 
Tobias:
Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-apessoado, falante, muito vivo quanto à questão de dinheiro.
 
Paula:
Ama-de-leite de Carolina; incentivada por Keblerc, bebeu vinho e ficou bêbada.Tem um canto muito bonito, que é ressaltado por Augusto.
 
D. Ana:
Avó de Filipe, é uma senhora de espírito e alguma instrução. Tem sessenta anos, cheia de bondade. Seu coração é puro e mostra habilidades com costura et mostra carinho e bondade por seus empregados, que possui muitos, pois é de um família abastada.Dona da casa na ilha, senhora amável de sessenta anos que nutre um carinho especial pela neta (a Moreninha) que criou após ter ficado órfã. 
 
Filipe: 
Irmão de Carolina, neto de D. Ana. Amigo de Augusto, Fabrício e Leopoldo. Também estudante de Medicina. Faz o convite aos colegas para passarem o feriado na casa de sua avó. 
 
D. Violante:
"D. Violante era horrivelmente horrenda, e com sessenta anos de idade apresentava um carão capaz de desmamar a mais emperrada criança." Meio estabanada, ela quebra a harmonia reinante no ambiente burguês, sem causar transtornos graves. Uma senhora amiga de D. Ana. Era inconveniente e chateou Augusto com lamentações e assuntos de doenças.
 
Keblerc:
Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na festa que se desenrola na ilha. Embriaga-se, mas não perturba o clima de harmonia em que se desenvolve a história.
 
Fabrício:
Amigo de Augusto, também estudante de Medicina. Está apaixonado por Joaquina, mas dela quer livrar-se por causa das exigências extravagantes da moça. Chega a pedir a ajuda de Augusto para livrar-se da namorada exigente, é prático e um tanto mesquinho quando se trata de relacionamentos. 
Leopoldo:
 O mais animado dos amigos de Augusto, também estudante de medicina. Amigo de Augusto, Filipe e Fabrício.
 
D. Joaninha:
Prima de Filipe, namorada de Fabrício. Exigia que o estudante lhe escrevesse cartas de amor quatro vezes por semana; que passasse por defronte da casa dela quatro vezes por dia; que fosse à miúdo ao teatro e aos bailes que frequentava; que não fumasse charutos de Havana nem de Manilha, por ser falta de patriotismo. Tem dezessete anos, cabelos e olhos negros, é pálida. 
 
D. Quinquina:
Moça volúvel, namoradeira. Namorava um tenente Gusmão da Guarda Nacional. Na festa da ilha, recebeu um cravo de um velho militar e ia passá-lo adiante, a um jovem de nome Lúcio. O cravo terminou, por acaso, nas mãos de Augusto.
 
D. Clementina:
Moça que cortou uma madeixa dos cabelos, fez um embrulho e deixou-o sob uma roseira para ser apanhado por Filipe. Augusto antecipou-se ao colega e guardou o pacotinho.
 
D. Gabriela:
Moça que, por cartas, se correspondia com cinco mancebos. Certo dia, a senhora encarregada de distribuir as correspondências enganou-se na entrega de duas; trocou-as e deu a de lacre azul ao Sr. Juca e a de lacre verde ao Sr. Joãozinho.
 
O romance é narrado na terceira pessoa. O narrador está presente em todos lugares da história, característica essa que pode ser facilmente observada no romance: no banco de relva perto da gruta, enquanto Augusto conta para Sra. D. Ana à história de seus amores (Cap. VII); no gabinete das moças, relatando a situação de Augusto debaixo de uma cama que se achava no fundo do gabinete (Cap. XII); No gabinete dos rapazes, enquanto os quatros estudantes dormem (Cap. XV); Fora da Ilha, gabinete de Augusto e na Ilha relatando as modificações do comportamento de D. Carolina (Cap. XIX), dentre outros.
Em toda a narrativa, podemos observar que o narrador se dirige a uma outra pessoa, que o Cap. XV nos faz acreditar ser o próprio autor do romance, convidando-o para participar na narrativa como observador dos acontecimentos, não chegando, porém, a ser caracterizado como um narrador onisciente-intruso.
Vejamos alguns trechos da narrativa que poderão nos dar uma melhor visão da onipresença do narrador:
 
“Quanto aos homens ... Não vale a pena!... vamos adiante. (Cap. III)
 
“Um autor pode entrar em toda parte e, pois ... não. Não, alto lá! No gabinete das moças ... não senhor; no dos rapazes, ainda bem.” (Cap. XV)
 
“Sobre ela estão conversando agora mesmo Fabrício e Leopoldo. Vamos ouvi-los.” (Cap. XVI)
 
“Devemos fazer-lhe uma visita; ele está em seu gabinete ...” (Cap. XIX)
 
“Deixemos, portanto, o Sr. Augusto entregue a seus cuidados de moço, e tanto mais que já conhecemos o estado em que se acha. Vamos agora entrar no coraçãozinho de um ente bem amável, que não tem, como aquele, uma pessoa a quem confie suas penas, e por isso sofre talvez mais. Faremos uma visita à nossa linda Moreninha” (Cap. XIX)
 
ANÁLISE 
 ESPAÇO
O ambiente é físico e na história há várias descrições de lugares, o urbano é como todas as cidades que havia naquela época, mas no trecho “A ilha de... é tão pitoresca como pequena. A casa da avó de Filipe ocupa exatamente o centro dela. A avenida por onde iam os estudantes a divide em duas metades, das quais a que fica à esquerda de quem desembarca, está simetricamente coberta de belos arvoredos, estimáveis, ou pelos frutos de que se carregam, ou pelo aspecto curioso que oferecem. A que fica à mão direita é mais notável ainda fechada do lado do mar por uma longa fila de rochedos e no interior da ilha por negras grades de ferro, está adornada de mil flores, sempre brilhantes e viçosas, graças à eterna primavera desta nossa boa Terra de Santa Cruz...", podemos imaginar um pouco como era a casa de D. Ana e percebemos que a ilha é rural, que D. Ana vive de um jeito completamente diferente do que a cidade.
 TEMÁTICA
O tema da obra é a fidelidade ao amor de infância. Como crítica social vê-se o casamento, pois, na época o ajuste matrimonial era feito pelos pais dos jovens. A união dos filhos ganhava, pois, conotações de negócio indissolúvel, tratado com a seriedade dos adultos pensantes, consequência clara do amor arrebatador dos jovens; vemos também referência à escravidão embora sem grande relevo. Mas há, em A Moreninha, referência ao trabalho escravo e aos castigos corporais a que os negros eram submetidos.
   TEMPO
 
No romance “A Moreninha”, o tempo é linear, ou seja, os acontecimentos vão sendo incorporados à história em ordem cronológica, sem recuos nem avanços.
Os eventos narrados desenrolam-se durante os trinta dias pelos quais a aposta entre os estudantes Filipe e Augusto era válida. A aposta foi feita em 20 de julho de 18...:
"No dia 20 de julho de 18... na sala parlamentar da casa nº; ... da rua de..., sendo testemunhas os estudantes Fabrício e Leopoldo, acordaram Filipe e Augusto, também estudantes, que, se até o dia 20 de agosto do corrente ano, o segundo acordante tiver amado a uma só mulher durante quinze dias ou mais, será obrigado a escrever um romance em que tal acontecimento confesse; e, no caso contrário, igual pena sofrerá o primeiro acordante. Sala parlamentar, 20 de julho de 18... Salva a redação". (Cap. I)Quando a história se inicia, Augusto já estava no quinto ano de Medicina e conquistara, entre os amigos, a fama de inconstante. Nos capítulos VII e VIII, o autor conta-nos a origem da instabilidade amorosa do herói. Tudo começara há oito anos, quando Augusto contava 13, e Carolina 7 anos de idade, utilizando a técnica chamada deflashback, que consiste em voltar no tempo.
“— É uma história muito longa, mas que eu resumirei em poucas palavras. Com efeito, não sou tal qual me pintei durante o jantar. Não tenho a louca mania de amar um belo ideal, como pretendi fazer crer; porém, o certo é que eu sou e quero ser inconstante com todas e conservar-me firme no amor de uma só.” (Cap. VI)
 
 LINGUAGEM
 
O romance de Joaquim Manuel de Macedo é escrito numa linguagem ágil e viva, introduzindo o leitor diretamente no centro da ação. Ao longo do texto, o narrador limita-se a conduzir o leitor pelos ambientes e pelo interior dos personagens, como no caso do Capítulo XIX – "Entremos nos Corações". Desse modo, faz o leitor acompanhar todas as ações. Algumas vezes comenta irônica e metalingüisticamente essa atitude, como o exemplo abaixo, retirado do Capítulo XV – "Um Dia em Quatro Palavras":
 
"São seis horas da manhã e todos dormem ainda a sono solto. Um autor pode entrar em toda parte e, pois... não. Não, alto lá! No gabinete das moças... não senhor; no dos rapazes ainda bem. A porta está aberta."
 
Fiel à época romântica, Macedo exagera no uso dos adjetivos, tornando a linguagem derramada. Os rodeios excessivos fazem par com descrições exaustivas, principalmente quando se refere a Moreninha.
 
 
CONCLUSÃO
 
O romance “A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo nos mostra porque continua sendo um dos romances mais lidos,  com uma leitura interessante e agradável, vem provar mais uma vez a importância da redescoberta dos valores mais puros, honestos e genuínos presentes na alma do ser humano. A importância da obra dentro do Romantismo foi ter sido a primeira obra expressiva deste movimento literário no Brasil. O tema é a fidelidade a um amor de infância. A obra tem valor para o nosso tempo pois resgata sentimentos como honra, fidelidade e amor , valores que vêm sendo esquecidos na atualidade.
REFERÊNCIA
http://independencia.arteblog.com.br/55158/Analise-literaria-do-romance-A-Moreninha-Prof-Sonia/
http://obramoreninha.blogspot.com.br/2009/09/foco-narrativo-estilo-em-sua-obra.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Moreninha
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/a-moreninha.html
http://www3.universia.com.br/conteudo/literatura/A_moreninha_de_joaquim_manuel_de_macedo.pdf
http://professorclaudineicamolesi.blogspot.com.br/2012/12/analise-39-moreninha.html
http://pensador.uol.com.br
ANEXOS
Figura 1. 1915
Figura 2 Filme sobre a obra 'A Moreninha', década de 70.
Figura 3 Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, cenário de A Moreninha.

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