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2014 2 AULA 03 EVOLUCAO HISTORICA DO ESTADO DIREITO

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Evolução histórica do Estado 
Profª: Ma. Socorro Moura
I - Estado Antigo
Formas típicas: 
Oriental ou Teocrático
Formas mais remotas do Estado
Confunde-se com as outras instituições sociais: 
família, economia e religião
Não se faz distinção entre o pensamento político e o pensamento religioso, moral, filosófico ou econômico.
Características fundamentais: 
a natureza unitária e a religiosidade
A natureza unitária
Assume a forma de unidade geral: 
não há divisões interiores, territoriais ou de funções
Religiosidade 
Traço mais marcante: 
serve também para denominar o Estado como Teocrático
Influência predominante da religião
A autoridade dos governantes e as normas de comportamento individual e coletivo: 
expressão da vontade divina
A teocracia: 
estreita relação entre a divindade e o Estado
Formas da relação divindade/Estado
1ª - Governo unipessoal
O governante: 
representante do poder divino
e
 confunde-se com a divindade
A vontade do governante = a vontade da divindade
O Estado: 
objeto submetido a um poder estranho e superior a ele
2ª - O poder do governante é limitado pela vontade da divindade
Utilização de uma instância de mediação
A classe sacerdotal: 
órgão especial veículo/emissário da divindade
Convivência de dois poderes: 
um humano e um divino
II - Estado grego
Característica fundamental: 
a cidade-Estado (a polis), sociedade política de maior expressão
Ideal visado: 
a autossuficiência, completa em si mesma 
Aristóteles:
 “sociedade constituída por diversos e pequenos burgos, possui todos os meios de abastecer a si mesma, atinge o ideal a que se propõe.”
A posição peculiar do indivíduo
Relações no âmbito público
O cidadão: 
Composição da classe política, parte da elite dirigente
Intensa participação nas decisões do Estado, nos assuntos públicos
Posição privilegiada para poucos: atende a critérios excludentes
Âmbito privado
Restrição da autonomia da vontade individual
III - Estado romano
Manutenção e superação das características da cidade-Estado, a civitas
Superação: 
pela expansão territorial e pelo Cristianismo
Poder de base familiar de organização: 
A gens patrícia
A Res publica 
Fase de participação direta do povo nas decisões políticas
O Povo:
 noção restrita às famílias patrícias 
Participação de outras camadas sociais: 
fruto da lenta evolução do Estado romano
O Império
Dupla cidadania: 
situação jurídica do povo romano, superior à das conquistas
Cidadania universal : 
integração jurídica dos povos conquistados,
Características político-administrativas “federativas”:
Forte concentração central combinada à relativa autonomia provincial
A “federação” imperial romana
As transformações do Estado romano: 
a pretensão universalista
Ano 212 d. C.: 
o Édito de Caracala (186 d.C.–217 d.C.)
A cidadania irrestrita: 
concessão de cidadania a todos os súditos do Império
Objetivos: 
Político: 
unificação do Império
Religioso: 
aumento dos adoradores dos deuses de Roma
Fiscal: 
captação de recursos mediante a obrigação dos peregrinos em pagar impostos nas sucessões (aquisição de propriedades)
Social: 
simplificação e facilitação das decisões judiciais
O declínio do Império:
tolerância cultural e neutralidade religiosa
O Édito de Caracala:
marca o começo do fim do Império
Tolerância cultural e cidadã
Transição para a influência cristã consolidada com o Édito de Milão (Constantino I, ano 313): 
Tolerância, legitimidade e liberdade religiosas no Império 
O Império ganha um sócio: 
o Cristianismo
IV-Estado medieval
Elementos definidores das características fundamentais:
o Cristianismo
as invasões bárbaras
o feudalismo
O Cristianismo e os “Estados” medievais
A revolução cristã no Ocidente
O Cristianismo:
elemento universalizante
Aspecto remanescente da ordem imperial romana
Fundamento da aspiração à universalidade:
afirmação da igualdade ignorando as origens
e
afirmação da unidade religiosa em detrimento da unidade política
Ideia de um Estado universal: 
todos os homens guiados pelos mesmos princípios 
A influência cristã:
a supremacia da Igreja Universal
A moral católica e cristã: 
adoção de um padrão de comportamento público e privado para todos
Marco dentro do qual se inseriam atos, pensamentos e fé de imperadores, príncipes, nobres e servos
Poder civil = poder religioso
O dualismo de poder
Fragmentação política X unidade religiosa
O Império da Cristandade X multiplicidade de centros de poder (reinos, senhores, comunas, corporações de ofício), autônomos em relação à autoridade imperial
Autonomia reclamada pelo imperador, em relação à Igreja 
Estado X Igreja: 
a confusão das esferas de poder
Competências distintas e autonomia recíproca das esferas
A estrutura política formal medieval:
o Sacro Império Romano Germânico
As invasões bárbaras (séc. III d. C. ao séc. VI)
Significado e consequências das invasões bárbaras
Movimento de povos de toda a Europa em direção a Roma
Introdução de novos costumes
Estímulo de independência política às regiões invadidas 
Promoção de graves perturbações e transformações na ordem estabelecida
Criação de muitos pequenos Estados 
O Feudalismo e as ordens políticas regionais 
A ordem política medieval:
 precariedade e instabilidade
A improvisação das chefias
Abandono ou transformação dos padrões tradicionais de poder
Constante situação de guerras
Indefinição das fronteiras políticas
A influência do Feudalismo
O localismo:
Economia agrária, lenta, localista, autossuficiente, de subsistência
Dificuldade do desenvolvimento do comércio pelas invasões e guerras internas
Valorização da posse da terra: 
único meio de subsistência 
A hierarquia social: 
Estamental, rigidez, nulidade de progressão e mobilidade social, dependente da propriedade e posse da terra
Sistema administrativo e organização militar com base na situação patrimonial:
exercício local de poder com base na hereditariedade e posse da terra
A confusão público/privado: fatores determinantes
A vassalagem: 
Relações baseadas na troca de favores e obrigações
Teia de relações ligadas à posse e propriedade da terra 
Proprietários menos poderosos a serviço do senhor feudal: 
para fins de proteção
Relação jurídica de caráter pessoal
O benefício 
Contrato de servidão: 
senhor feudal e o chefe de família sem patrimônio
O chefe de família: 
Recebia uma faixa de terra do senhor
O senhor feudal 
exercia domínio de vida e morte sobre o chefe e sua família
e
estabelecia as regras de comportamento social e privado 
A vassalagem e o benefício
Expressão e reconhecimento do poder político local e de fato do senhor feudal
Contribuem para a ordem jurídica própria do feudo
 
Desvinculam o feudo do Estado: 
Significa que o exercício do poder político era ligado à posse da terra
Afirmavam a independência do senhor em relação a qualquer autoridade maior
Integração apenas nominal ao Estado: 
diante das vastas e imprecisas dimensões do Sacro Império Romano Germânico
A imunidade
Isenção de impostos às terras sujeitas ao benefício
Desobrigação de doar terras ao Rei, como parte da gestão administrativa
Conclusões sobre o Estado Medieval
01. Mais aspiração que realidade: 
poder de direito, como poder superior exercido pelo imperador
Infinita pluralidade de poderes menores: a nobreza feudal e os poderes de fato
Ausência de uma hierarquia de poder definida: a incontável multiplicidade de ordens jurídicas
As ordens jurídicas:
 a ordem imperial, a ordem eclesiástica, o direito das monarquias menores, o direito comunal 
02. Fragmentação política: instabilidade política,econômica e social
03. Intensa necessidade de ordem
O Estado Moderno
Unidade territorial dotada de um poder soberano
O Estado Moderno
Relação dialética com a Ordem Medieval:
determinado pelas deficiências
da sociedade política medieval
Aumento da aspiração à antiga unidade imperial romana
Força à afirmação de um poder soberano e legítimo, dentro de precisa delimitação territorial
Características
Soberania: 
define a especificidade do termo
poder, autoridade ou governo com controle exclusivo da força
Territorialidade:
Prescrição da influência jurisdicional sobre dado território
Ligada à noção de soberania específica
Povo: 
Dúbio sentido:
Partícipe das decisões estatais (Sociedade civil, separada do Estado) 
o elemento humano submetido, composto de traços culturais específicos (Nação) à soberania em dado território
O vínculo jurídico: o Direito
A finalidade: 
a regulação global da vida social e a defesa comum (soberania interna e externa)
A formação do Estado moderno

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