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Evolução histórica do Estado Profª: Ma. Socorro Moura I - Estado Antigo Formas típicas: Oriental ou Teocrático Formas mais remotas do Estado Confunde-se com as outras instituições sociais: família, economia e religião Não se faz distinção entre o pensamento político e o pensamento religioso, moral, filosófico ou econômico. Características fundamentais: a natureza unitária e a religiosidade A natureza unitária Assume a forma de unidade geral: não há divisões interiores, territoriais ou de funções Religiosidade Traço mais marcante: serve também para denominar o Estado como Teocrático Influência predominante da religião A autoridade dos governantes e as normas de comportamento individual e coletivo: expressão da vontade divina A teocracia: estreita relação entre a divindade e o Estado Formas da relação divindade/Estado 1ª - Governo unipessoal O governante: representante do poder divino e confunde-se com a divindade A vontade do governante = a vontade da divindade O Estado: objeto submetido a um poder estranho e superior a ele 2ª - O poder do governante é limitado pela vontade da divindade Utilização de uma instância de mediação A classe sacerdotal: órgão especial veículo/emissário da divindade Convivência de dois poderes: um humano e um divino II - Estado grego Característica fundamental: a cidade-Estado (a polis), sociedade política de maior expressão Ideal visado: a autossuficiência, completa em si mesma Aristóteles: “sociedade constituída por diversos e pequenos burgos, possui todos os meios de abastecer a si mesma, atinge o ideal a que se propõe.” A posição peculiar do indivíduo Relações no âmbito público O cidadão: Composição da classe política, parte da elite dirigente Intensa participação nas decisões do Estado, nos assuntos públicos Posição privilegiada para poucos: atende a critérios excludentes Âmbito privado Restrição da autonomia da vontade individual III - Estado romano Manutenção e superação das características da cidade-Estado, a civitas Superação: pela expansão territorial e pelo Cristianismo Poder de base familiar de organização: A gens patrícia A Res publica Fase de participação direta do povo nas decisões políticas O Povo: noção restrita às famílias patrícias Participação de outras camadas sociais: fruto da lenta evolução do Estado romano O Império Dupla cidadania: situação jurídica do povo romano, superior à das conquistas Cidadania universal : integração jurídica dos povos conquistados, Características político-administrativas “federativas”: Forte concentração central combinada à relativa autonomia provincial A “federação” imperial romana As transformações do Estado romano: a pretensão universalista Ano 212 d. C.: o Édito de Caracala (186 d.C.–217 d.C.) A cidadania irrestrita: concessão de cidadania a todos os súditos do Império Objetivos: Político: unificação do Império Religioso: aumento dos adoradores dos deuses de Roma Fiscal: captação de recursos mediante a obrigação dos peregrinos em pagar impostos nas sucessões (aquisição de propriedades) Social: simplificação e facilitação das decisões judiciais O declínio do Império: tolerância cultural e neutralidade religiosa O Édito de Caracala: marca o começo do fim do Império Tolerância cultural e cidadã Transição para a influência cristã consolidada com o Édito de Milão (Constantino I, ano 313): Tolerância, legitimidade e liberdade religiosas no Império O Império ganha um sócio: o Cristianismo IV-Estado medieval Elementos definidores das características fundamentais: o Cristianismo as invasões bárbaras o feudalismo O Cristianismo e os “Estados” medievais A revolução cristã no Ocidente O Cristianismo: elemento universalizante Aspecto remanescente da ordem imperial romana Fundamento da aspiração à universalidade: afirmação da igualdade ignorando as origens e afirmação da unidade religiosa em detrimento da unidade política Ideia de um Estado universal: todos os homens guiados pelos mesmos princípios A influência cristã: a supremacia da Igreja Universal A moral católica e cristã: adoção de um padrão de comportamento público e privado para todos Marco dentro do qual se inseriam atos, pensamentos e fé de imperadores, príncipes, nobres e servos Poder civil = poder religioso O dualismo de poder Fragmentação política X unidade religiosa O Império da Cristandade X multiplicidade de centros de poder (reinos, senhores, comunas, corporações de ofício), autônomos em relação à autoridade imperial Autonomia reclamada pelo imperador, em relação à Igreja Estado X Igreja: a confusão das esferas de poder Competências distintas e autonomia recíproca das esferas A estrutura política formal medieval: o Sacro Império Romano Germânico As invasões bárbaras (séc. III d. C. ao séc. VI) Significado e consequências das invasões bárbaras Movimento de povos de toda a Europa em direção a Roma Introdução de novos costumes Estímulo de independência política às regiões invadidas Promoção de graves perturbações e transformações na ordem estabelecida Criação de muitos pequenos Estados O Feudalismo e as ordens políticas regionais A ordem política medieval: precariedade e instabilidade A improvisação das chefias Abandono ou transformação dos padrões tradicionais de poder Constante situação de guerras Indefinição das fronteiras políticas A influência do Feudalismo O localismo: Economia agrária, lenta, localista, autossuficiente, de subsistência Dificuldade do desenvolvimento do comércio pelas invasões e guerras internas Valorização da posse da terra: único meio de subsistência A hierarquia social: Estamental, rigidez, nulidade de progressão e mobilidade social, dependente da propriedade e posse da terra Sistema administrativo e organização militar com base na situação patrimonial: exercício local de poder com base na hereditariedade e posse da terra A confusão público/privado: fatores determinantes A vassalagem: Relações baseadas na troca de favores e obrigações Teia de relações ligadas à posse e propriedade da terra Proprietários menos poderosos a serviço do senhor feudal: para fins de proteção Relação jurídica de caráter pessoal O benefício Contrato de servidão: senhor feudal e o chefe de família sem patrimônio O chefe de família: Recebia uma faixa de terra do senhor O senhor feudal exercia domínio de vida e morte sobre o chefe e sua família e estabelecia as regras de comportamento social e privado A vassalagem e o benefício Expressão e reconhecimento do poder político local e de fato do senhor feudal Contribuem para a ordem jurídica própria do feudo Desvinculam o feudo do Estado: Significa que o exercício do poder político era ligado à posse da terra Afirmavam a independência do senhor em relação a qualquer autoridade maior Integração apenas nominal ao Estado: diante das vastas e imprecisas dimensões do Sacro Império Romano Germânico A imunidade Isenção de impostos às terras sujeitas ao benefício Desobrigação de doar terras ao Rei, como parte da gestão administrativa Conclusões sobre o Estado Medieval 01. Mais aspiração que realidade: poder de direito, como poder superior exercido pelo imperador Infinita pluralidade de poderes menores: a nobreza feudal e os poderes de fato Ausência de uma hierarquia de poder definida: a incontável multiplicidade de ordens jurídicas As ordens jurídicas: a ordem imperial, a ordem eclesiástica, o direito das monarquias menores, o direito comunal 02. Fragmentação política: instabilidade política,econômica e social 03. Intensa necessidade de ordem O Estado Moderno Unidade territorial dotada de um poder soberano O Estado Moderno Relação dialética com a Ordem Medieval: determinado pelas deficiências da sociedade política medieval Aumento da aspiração à antiga unidade imperial romana Força à afirmação de um poder soberano e legítimo, dentro de precisa delimitação territorial Características Soberania: define a especificidade do termo poder, autoridade ou governo com controle exclusivo da força Territorialidade: Prescrição da influência jurisdicional sobre dado território Ligada à noção de soberania específica Povo: Dúbio sentido: Partícipe das decisões estatais (Sociedade civil, separada do Estado) o elemento humano submetido, composto de traços culturais específicos (Nação) à soberania em dado território O vínculo jurídico: o Direito A finalidade: a regulação global da vida social e a defesa comum (soberania interna e externa) A formação do Estado moderno
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