ataque quimico

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Ataque Químico para Revelação da Microestrutura de Aços Ferríticos 
Henrique Massaoka, Luciana Montanari, Cleiton Assis, Naiana Bazanini 
Escola de Engenharia de São Carlos, USP, SP 
1. Objetivos 
Os ataques químicos aplicados a materiais têm 
como finalidade revelar sua microestrutura, 
assim como a morfologia das fases presentes 
e, em alguns casos, as impurezas que venham 
a estar dispersas na matriz microestrutural. As 
condições de ataque tais como, composição 
química, temperatura e tempo, podem ser 
variadas para atingir as mais diversas 
finalidades de contrastes [1]. A principal 
dificuldade na revelação da microestrutura de 
aços com baixo teor de carbono é delinear os 
contornos de grão da fase ferrita. O objetivo 
deste trabalho foi viabilizar um ataque químico 
para revelar a microestrutura de um aço 
ferrítico baixo carbono. 
2. Métodos/Procedimentos 
O material utilizado, fornecido pela Usiminas-
Cubatão na forma de chapa grossa, denomina-
se COS AR60. É um aço com 0,16%C e baixa 
quantidade de elementos de liga. As amostras, 
devidamente seccionadas passaram por 
processo de lixamento manual. Para 
espelhamento, foi realizado o polimento com 
óxido de alumínio (alumina), com tamanho de 
partículas de 1 µm e, posteriormente, 0,3 µm, 
e, em seguida, pasta de diamante de 0,25 µm. 
Após a etapa de preparação, as amostras 
sofreram ataques químicos sucessivos com 
Nital 2%, com tempo de exposição de 
aproximadamente 4 segundos, e entre cada 
novo ataque um leve polimento com pasta de 
diamante de 0,25 µm, por aproximadamente 4 
segundos, era realizado. O procedimento foi 
repetido até que a microestrutura revelasse 
nitidamente seus microconstituintes. 
3. Resultados 
Observa-se na imagem obtida por microscopia 
óptica (Figura 1) que a microestrutura 
apresenta matriz predominantemente composta 
por ferrita e perlita nos tons claros e escuros, 
respectivamente, com contornos de grão bem 
definidos, mesmo na interface ferrita-ferrita. Em 
geral, a morfologia dos grãos de ferrita e das 
colônias de perlita pode ser classificada como 
poligonal ou equiaxial, com ocorrência de 
microconstituintes alongados, especialmente as 
colônias de perlita, em faixas estreitas 
(direcionadas horizontalmente na Figura 1), 
efeito causado pela laminação da matéria 
prima, o que também explica o bandeamento 
do carbono gerando este padrão de distribuição 
de faixas de ferrita e de perlita. 
 
 
Figura 1: Microestrutura da amostra. 
4. Conclusões 
O ataque químico em etapas sucessivas de 
Nital 2% e polimento com pasta de diamante de 
0,25 µm entre os ataques foi eficiente na tarefa 
de delinear os contornos de grãos, 
especialmente na interface ferrita-ferrita. Essa 
proposta de ataque químico associada a 
polimento garantiu a revelação da 
microestrutura e de seus correspondentes 
micronstituintes. 
5. Referências Bibliográficas 
[1] Fazano, C. A. T. V. A Prática Metalográfica. 
1980.