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COMPETIÇÃO DE PLANTAS DANINHAS x CULTURA Competição : São os efeitos detrimentais de duas ou mais plantas da mesma espécie ou de espécies diferentes que ocorrem num mesmo período de tempo e espaços definidos (Silva e Silva, 1991); Recursos recrutados: Nutrientes, luz e água; Tipos de competição Intraespecífica Interespecífica Fatores a considerar para se estudar competição a) Espécie da Planta Daninha; b) distribuição na área; c) duração da competição; d) densidade de infestação; e) espécie da cultura f) estádio de desenvolvimento; a) Espécie de planta daninha Exemplo: na cultura do milho % redução: Caruru 0; Guanxuma 25; Corda de Viola 40; b) Distribuição na área Maior competição na linha c) Duração da competição (Período crítico de competição): É o período compreendido entre: o ponto a partir do qual a planta daninha deve ser removida, e o ponto após o qual a infestação de plantas daninhas não afeta mais a produção. Ou o ponto onde se deve iniciar a capina é o ponto onde se pode parar a capina. d) Densidade e) Espécie da cultura – Rápido desenvolvimento inicial maior capacidade competitiva; maior área foliar maior capacidade de sombreamento. f) Estádio de desenvolvimento da planta daninha e da cultura; competição: Ex.: carurú (Amaranthus viridis) consome 54 kg/ha de K e guanxuma (Sida sp) 2 kg, em cafezal plantado num latossolo vermelho escuro; Competição pela água: Necessitam de grande quantidade de água para produzirem 1 kg de matéria seca. Estudos indicam que esta quantidade varia entre 110-450 kg. Ex.: ambrosia (Ambrosia arthemisifolia) consome 3 vezes mais água do que o milho (Zea mays L); CONCEITO DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS Manejo: Combinação de métodos de controle; Consiste na adoção de práticas que resultam na redução da população de plantas daninhas, mas não necessariamente em sua completa eliminação ou erradicação; Manejo: envolve consideração sobre: controle, erradicação, biologia plantas daninhas, benefícios e prejuízos causados, economia, conhecimento sobre métodos de controle e conhecimentos ecológicos. Controle x erradicação x prevenção: Controle: redução das plantas daninhas e dos seus dissemínulos, a nível que não causa danos; CONCEITO DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS preventivas Medidas erradicação controle Medidas Preventivas - Utilização de sementes de elevada pureza; - Limpar cuidadosamente máquinas, grades e colhedeiras; - Inspecionar cuidadosamente mudas adquiridas com torrão e toda a mat. Orgânica; - Limpar canais de irrigação; - Colocar animais comprados em quarentena; Medidas de Erradicação Completa eliminação das plantas daninhas. As vezes relação custo/benefício muito alta. Medidas de Controle Controlar a um nível que não causa danos econômicos; OBS: Controle de 100% não significa erradicação; Controle cultural; Controle biológico; Controle químico; Controle mecânico; Controle físico; Integração de métodos. Controle Cultural Conceito: Consiste no uso de práticas comuns ao bom manejo da água e do solo ou, em outras palavras, é tudo que se fornece as plantas cultivadas de modo a fazê-las competir de igual pra igual com as plantas daninhas; Objetivo: Fazer com que a cultura manifeste seu máximo potencial produtivo; Exemplos: Manejo de plantas daninhas na entressafra; rotação e consorciação de culturas; variação do espaçamento e densidade de semeadura; escolha de cultivares (adaptadas (ciclo, porte, pH e Al)) e época de plantio; período de controle; preparo do solo; adubação e correção do solo; plantas companheiras; controle de pragas e doenças; cobertura (morta ou viva); água de Irrigação e drenagem; Alelopatia como controle cultural; Controle físico Cobertura morta: Exs.: palhas secas de cana ou de napier; casquinha de algodão, bagaço de cana, e palhas de braquiária. Benefícios: - Diminuição da incidência de plantas daninhas; - Aumento no teor de matéria orgânica; - Aumento da conservação da umidade no solo; - Diminuição dos riscos de erosão. Cobertura verde: Plantio de leguminosas nas entrelinhas; A espécie deve ter hábito de crescimento determinado, e ter ciclo anual. Ex.: Mucuna anã - efeitos alelopáticos contra nematóide e tiririca. Controle físico (cont.) Uso do calor-fogo e vapor: Fogo → muito utilizado para limpeza em áreas de pastagens degradadas e infestadas, porém é proibido; Uso de lança chamas (portáteis, costais ou tratorizados); Filmes de polietileno → restrito a pequenas áreas – hortaliças ou canteiros; Solarização → utilização nos meses mais quentes; Vapor de água no solo → utilização de vapor em altíssimas temperaturas; Uso da água: inundação e drenagem: Inundação → a morte das plantas se dá pela falta de O2 nas raízes Controle de tiririca, grama-seda, capim kikuio; arroz-vermelho; Drenagem → controle de plantas daninhas aquáticas; A B Queimadores arranjados paralelamente Queimadores arranjados em “V”. Outro método de controle físico Descarga elétrica de alta voltagem Utilizado em cultivos orgânicos em plantas daninhas anuais e perenes; Máquina dessecadeira → soja orgânica - Controle de buva; O equipamento, acoplado em um trator, passa sobre a terra um aplicador com eletrodos disparando choque elétrico de 5 mil volts, que paralisa a condução da seiva e causa a morte da planta em até uma semana; Fonte: http://www.sayyou.com.br/ https://www.youtube.com/watch?v=mq5a8IJfVDQ Métodos Biológicos Conceito: Objetivo: Manter população de planta daninha a um nível que não causa danos econômicos, sem no entanto eliminar a população. Para seu sucesso → é necessário a permanência de um pequeno número de plantas para manter a presença de inimigos naturais (agentes biológicos). Razões de interesse neste processo hoje - Cancelamento de brometo de metila como fumigante de solo; - Vários herbicidas mais antigos fora de mercado; - Alto custo para desenvolver e registrar novos herbicidas; - Falta de mercado de herbicidas para pequenas culturas e controle de aquáticas; - Culturas resistentes a herbicidas impedem outros métodos de controle; - Resistencia do público ao uso de plantas trangenicas resistentes aos herbicidas; - Desenvolvimento de populações de espécies daninhas resistentes a herbicidas; Razões de interesse neste processo hoje (cont.) - Política governamental para reduzir uso de herbicidas; - Preferência do público para métodos alternativos aos herbicidas; - União entre multinacionais diminuindo alguns herbicidas no mercado ; N. D. E. P o p u la çã o Controle Biológico Agente biológico Hospedeiro Tempo Táticas 1 – Clássica 2 – Bioherbicidas (micoherbicidas) Métodos de Aplicação: - inundativo - aumentativo •Tática Clássica - Mais adaptado para plantas perenes (pomares) e pastagens. •Tática dos Bioherbicidas - o agente de controle (ou agente biológico) é inoculado de forma maciça, semelhante à aplicação de herbicidas sintéticos. Ex. A) Collego: Colletotrichumgloeosporioides controla Aeschynomene virginica em arroz e soja. B) DeVine: Phytophtora palmivora, controla Merremia odorata (jitirana) em citrus; B) Biosedge: Puccinia sp controla tiririca. Tática dos Bioherbicidas Definição: São definidos como fitopatógenos, fitotoxinas oriundas de patógenos ou outros microorganismos para o controle de plantas infestantes. Subdivisões: toxinas e organismos vivos • Toxinas específicas: produzidas por patógenos (são de estruturas complexas); Ex.: maculosin produzida por Alternaria alternata afeta Centaurea maculosa. • Estas são de pouco interesse para a indústria, pois são muito específicas. Toxinas não específicas - de mais interesse pela indústria (afetam maior número de espécies dentro de uma cultura). Ex.: Tentoxin produzida por várias espécies de Alternaria controla várias espécies em soja e milho. Centaurea maculosa Comparações entre Táticas Vantagens Tática Clássica Tática BioHerbicidas Sistema Permanente Spp de difícil controle Sem resíduos Especificidade e Rapidez Não Polui o Meio Mais fácil domínio Mais Eficiente que Fungo Mais eficientes que fungos naturais Não Tóxico (insetos) Econômico Comparações entre Táticas Desvantagens Tática Clássica Tática BioHerbicidas Processo lento Registro caro Menos certo Investimento alto Específico p/certo no.spp Não erradica Não limitado em área Alvo Agente Opuntia Dactylopius Cyperus Puccinia Chondrilla Puccinia Sida Colletotrichum Angiquinho Colletotrichum Eichornia Cercospora Exemplos Toxinas x Organismos Vivos TOXINAS ORGANISMO VIVO Estável Menos estável Formulação e Aplicação simples Mais Complexas Chance de atingir outras sp = 0 Mais Sujeito Eficácia Previsível Menos Previsível Dependência do Meio = 0 Depende mais Alternativas de controle biológico • Alelopatia: Ex.: plantas de centeio exsudam substâncias capazes de controlar as espécies picão preto e picão branco. Isto significa um agente de controle (centeio) interferindo no desenvolvimento de espécies consideradas daninhas. Alternativas de Controle Biológico (cont.) • Herbicidas naturais – Bilanafos é um bio-herbicida sintetizado por Streptomyces hygroscopis → glufosinato; • Pastoreio por animais – Carneiros muitos usados em países como Nova Zelândia, Austrália; • Peixes - controle de aquáticas de difícil controle por outros meios. • De fato as alternativas mais usadas e estudadas são o uso de insetos e fungos. Dificuldade para o desenvolvimento de controle biológico Medo de importar novo problema; Baixo espectro de spp controladas; Pouco interesse da indústria; Difícil coincidir variedades com agentes; Controle não ocorre em tempo hábil; Alterações no efeito com outros métodos de aplicação; Bioherbicidas não permanente;
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