Ecocardiograma: Método de Diagnóstico por Ultrassom

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Ecocardiograma
Som 
	O ultrassom é método de diagnóstico, que se baseia na reflexão do som. O método utiliza uma fonte produtora de som, em uma determinada frequência, um mecanismo de detecção dessas ondas sonoras e um mecanismo de processamento das ondas refletidas. O ouvido humano tem capacidade de perceber sons de frequência entre 20Hz e 20.000Hz. Abaixo dessa faixa, temos os infrassons e acima os ultrassons. 
	O feixe ultrassonográfico é produzido pela estimulação elétrica de um ou mais cristais que possuem efeito piezelétrico. O efeito Piezelétrico é a capacidade que materiais, como cristais tem de vibrarem em determinada frequência quando submetidos a uma pressão mecânica, como o som, transformando-a em impulsos elétricos. De uma forma simplificada, o efeito piezelétrico é responsável pela transformação de energia elétrica em sonora, e vice-versa. 
Ecocardiograma
	O ecocardiograma é um exame complementar de maior validade em casos de doenças valvares, pois ele estuda a sua performance hemodinâmica, que é a sua capacidade de bombear sangue. E além de identificar a valva acometida, também informa sobre a severidade da lesão, grau de regurgitação e dilatação de câmaras cardíacas afetadas.
	O exame ecocardiograma consiste no estudo das diversas estruturas cardíacas por meio de feixes de ultrassom
	O ultrassom é método de diagnóstico, que se baseia na reflexão do som. O método utiliza uma fonte produtora de som, em uma determinada frequência, um mecanismo de detecção dessas ondas sonoras e um mecanismo de processamento das ondas refletidas. O ouvido humano tem capacidade de perceber sons de frequência entre 20Hz e 20.000Hz. Abaixo dessa faixa, temos os infrassons e acima os ultrassons. 
	O feixe ultrassonográfico é produzido pela estimulação elétrica de um ou mais cristais que possuem efeito piezelétrico. O efeito Piezelétrico é a capacidade que materiais, como cristais tem de vibrarem em determinada frequência quando submetidos a uma pressão mecânica, como o som, transformando-a em impulsos elétricos. De uma forma simplificada, o efeito piezelétrico é responsável pela transformação de energia elétrica em sonora, e vice-versa. 
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	As modalidades ecocardiográficas convencionais incluem ecocardiograma bidimensional, ecocardiograma de modo M e ecocardiograma Doppler
	A ecocardiograma bidimensional (2D) é utilizada na avaliação qualitativa do coração e do espaço pericárdio, enquanto a ecocardiograma de modo M fornece informações quantitativas durante a sístole e a diástole e permite o cálculo de índice da função miocárdica 
	A ecocardiograma Doppler identifica a direção, velocidade e turbulência do fluxo sanguíneo e permite a análise quantitativa de regurgitação mitral (escoando anormal do sangue), estenose valvar (é um estreitamento da válvula aórtica) e “ Shunts” (desvio do sangue)
	As três modalidades de ecocardiograma são utilizadas em combinação para diagnosticar a doença cardíaca e monitorar a resposta ao tratamento.
Equipamento
	Para pacientes veterinários são necessários transdutores de várias frequências, devido a grande variação de peso corpóreo e tamanho de caixa torácica dos animais. 
	Os transdutores de maior frequência apresentam menor penetração e são utilizados para pacientes de pequeno porte, como filhotes de cães e gatos. Já os de maior penetração são utilizados para pacientes de porte maior.
	A maioria dos aparelhos ecocardiográficos utilizam as três modalidades, bidimensional, Modo M e Doppler.
	Os aparelhos de ecocardiograma são equipados com programas de análise cardíaca que permite o registro da espessura da parede, da dimensão cardíaca e do movimento valvar, e a partir dessas informações vários parâmetros são calculados automaticamente por softwares já instalados. 
O exame Ecocardiográfico
	Em animais que possuem muito pelo, deve se fazer a tricotomia prévia. E em animais com pouco pelame se utiliza umedecer o local onde é colocado o transdutor com álcool e após, aplica-se uma camada generosa de gel.
	O posicionamento do animal deve ser em decúbito lateral esquerdo em uma mesa normal, de modo que o transdutor seja colocado abaixo do animal. Com isso feito, posicionar o aparelho mais próximo ao coração. Quanto mais próximo, melhor a qualidade da imagem.
Modo Bidimensional
	A ecocardiograma bidimensional (2D), também conhecida como ecocardiograma em tempo real, registra uma imagem plana do coração, fornece uma visão anatômica exata do coração, de fácil compreensão, e as relações anatômicas entre as estruturas são facilmente definidas (identificação de neoplasia, valvas, grandes vasos sanguíneos e anormalidades no movimento da parede são percebidas facilmente). Permite melhor avaliação de ventrículo direito e átrios direito e esquerdo, porém a medição da espessura das paredes cardíacas é mais difícil.
Modo Doppler
	A ecocardiograma Doppler mede a direção e a velocidade das hemácias no coração e nos grandes vasos. 
	O efeito Doppler, em relação a ecocardiograma, estabelece que quando as hemácias se movimentam em relação a um receptor fixo (o transdutor), a frequência do som refletido pelos glóbulos vermelhos altera proporcionalmente a sua velocidade e direção. Caso as hemácias se movam em direção ao transdutor, a frequência do sinal refletido aumenta e caso se movam para longe, a frequência diminui. Essa alteração na frequência é a base do princípio Doppler e é denominada deslocamento da frequência Doppler. 
	A velocidade e a direção do fluxo sanguíneo (eixo Y) ao longo do tempo (eixo X) são apresentadas como um espectro de imagem, com o fluxo sanguíneo em direção ao transdutor, sendo exibido acima da linha de referência, enquanto o fluxo sanguíneo que se distancia ao transdutor é mostrado abaixo dessa linha de referência. 
-Modalidades
	O Doppler pulsátil, transmite ondas de ultrassom a uma certa frequência para um determinado ponto (amostragem ou “range gate”) do transdutor. O período entre as ondas de ultrassom (frequência de repetição de pulso) é determinado pela distância do transdutor ao volume da amostra. O Doppler pulsátil permite o exame de uma área específica do coração ou um grande vaso. O Doppler pulsátil detecta fluxo de alta velocidade, porém não consegue quantifica-lo 
	O Doppler de onda contínua, funciona de modo semelhante ao Doppler pulsátil, porém utiliza “range gate” múltiplos. O Doppler de ondas contínuas usa cristais duplos, de modo que as ondas de ultrassom podem ser enviadas e recebidas simultaneamente e continuadamente, permitindo a medição de um fluxo com velocidade mais rápida do que se consegue com o Doppler pulsátil.
	O som é refletido de todas as profundidades nas quais o raio de luz do ultrassom penetra e a imagem do coração pode ser obtida muito rapidamente, fornecendo informações sobre fluxos anormais (em velocidade ou direção)
	Imagem Doppler de fluxo colorido é uma forma de Doppler pulsátil, mas integra imagens anatômicas bidimensional ou Modo M com o fluxo sanguíneo. Sistemas de fluxo colorido comumente apresentam três tipos de mapas: vermelho/azul, intensificado e velocidade/variância. O movimento do fluxo sanguíneo que desloca em direção ao transdutor é mostrado em vermelho e o fluxo sanguíneo que se distancia do transdutor é azul. Uma cor acentuada indica fluxo sanguíneo mais rápido e cor mais escura indica fluxo sanguíneo mais lento. 1A variância é mostrada em verde e indica turbulência: velocidades e direções múltiplas no fluxo sanguíneo
Modo M
	A ecocardiograma modo M mostra imagens de tecidos ecogênicos (estruturas que originam ecos) em profundidades conhecidas e fornece uma visão de alta qualidade do coração. Permite também, realizar medições específicas das câmaras cardíacas e estruturas do coração, tanto em sístole como em diástole, como: câmara ventricular direita, septo interventricular, câmara ventricular esquerda e parede posterior do ventrículo esquerdo.
	Essas medições permitem dizer se o miocárdio se encontra dilatado ou hipertrofiado, o que nos permiteexecutar um diagnóstico definitivo de algumas cardiopatias. 
	Em modo M também se mede o diâmetro do átrio esquerdo e da artéria aorta, que servem para comparar os tamanhos destas estruturas e determina se há dilatação atrial. 
Ecocardiograma fetal
	
	É feito em fêmeas prenhas, onde pode confirmar
- A gravidez em torno de 20 dias após o acasalamento
- Estimar a idade do feto 
- Avaliar a evolução do desenvolvimento fetal. E na fase final da gestação é possível visualizar o desenvolvimento dos órgãos como rins, coração, intestino ... E a calcificação dos ossos
- Estimar a quantidade de fetos. O ultrassom não da 100% de certeza quantos fetos a fêmea esta gestando. O mais confiável é fazer a radiografia nos últimos dias da gestação, pois assim dirá com exatidão quantos serão
- Saber se todos os fetos estão vivos
Cardiopatias
	As doenças cardíacas (ou cardiopatias) são bastante comuns em cães e gatos, especialmente nos cães idosos. Elas podem ser adquiridas ou congênitas (o animal já apresenta a alteração cardíaca ao nascer). As cardiopatias adquiridas mais comuns em cães são: Doença na valva mitral, Cardiomiopatia dilatada.
	A regurgitação mitral é uma insuficiência da válvula mitral e uma alteração cardíaca grave, causada por um funcionamento anormal da válvula mitral, que separa o compartimento superior esquerdo (átrio esquerdo) do compartimento inferior esquerdo (ventrículo esquerdo). Cães que sofrem de insuficiência da válvula mitral mostram dificuldades ao se exercitar, apresentando uma tosse que aumenta em frequência à medida que a doença progride, que poderá chegar a um quadro de insuficiência cardíaca congestiva e edema pulmonar.
	Já a Cardiomiopatia dilatada (dilatação nas câmaras cardíacas) é o enfraquecimento da contratilidade do músculo cardíaco, sendo mais frequente em cães jovens ou idosos de raças de grande porte como Boxer, São Bernardo e Dobermann.
	Nos gatos a cardiopatia mais comum é a cardiomiopatia hipertrófica, nela ocorre espessamento no músculo da parede dos ventrículos (duas das quatro câmaras que constituem o coração), essa hipertrofia diminui o espaço dentro da cavidade, prejudicando toda circulação cardíaca. Os sinais clínicos nesse caso são falta de ar, dificuldade respiratória (ocorre edema pulmonar ou efusão pleural), dificuldade de locomoção com as patas traseiras (pode ocorrer incoordenação motora ou mesmo paralisia dessas patas), além da dor excessiva desses membros devido ao quadro de tromboembolismo, um agravamento comum neste tipo de cardiopatia.
Outras Cardiopatias: 
- Doenças do pericárdio
- Doenças da aorta torácica (aorta dilatada)
- Tumores cardíacos 
- Crescimento das cavidades atriais e ventriculares 
- Presença de coágulos dentro do coração que podem migrar para o corpo