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Profissão de Auditor: Ética e Responsabilidade Legal. 1 “Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida: (1) quero?; (2) devo?; (3) posso? Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve.” Mario Sérgio Cortella Nálbia de A. Santos Agosto/2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE Mercado de Trabalho • Na opinião do portal administradores.com o rombo no caixa do Banco Panamericano levanta o debate sobre a carência de profissionais de auditoria no país e citam o levantamento feito pela consultoria Crowe Horwath RCS, no qual verificou que o Brasil é uma das nações com a menor taxa de auditores por habitante, na comparação com outros 20 países desenvolvidos e em desenvolvimento na América e Europa. • Enquanto nossa população chega a 24.600 pessoas para cada um auditor, o índice é quase o dobro do da Argentina e 27 vezes superior ao da Holanda, onde há, respectivamente, 13,2 mil e 900 habitantes por auditor. 2 Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/economia-e-financas/resultado-de-levantamentomostra-carencia-de- auditores-no-brasil/40045/ Mercado de Trabalho • Relação habitantes por auditor • Holanda 900 habitantes/auditor • Inglaterra 1.300 habitantes/auditor • Canadá 1.500 habitantes/auditor • EUA 2.300 habitantes/auditor • França 4.300 habitantes/auditor • Alemanha 4.500 habitantes/auditor • Chile 8.700 habitantes/auditor • Argentina 13.200 habitantes/auditor • Brasil 24.600 habitantes/auditor • Fonte: Crowe Horwath RCS • De acordo com o CFC somos 312.015 contadores, 149.650 na região Sudeste • Contadores são 590 habitantes/contador (Censo 2007) 3 Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/economia-e-financas/resultado-de- levantamentomostra-carencia-de-auditores-no-brasil/40045/ 4 Mercado de Trabalho • Na opinião de Jairo da Rocha Soares, sócio-diretor da divisão de auditoria da consultoria. "A pesquisa atesta a falta de uma cultura preventiva de gestão empresarial, capaz de comprometer seriamente a busca das companhias por mais transparência em suas atividades”. • Carreira em firmas de auditoria conceituadas tende a ser, conforme Perez Junior (2012), a seguinte: Trainees, Assistentes (diversos níveis: trainee a semissêniores), Auditor Sênior (diversos níveis), Gerente (Supervisor), Diretor e Sócio. 5 Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/economia-e-financas/resultado-de- levantamentomostra-carencia-de-auditores-no-brasil/40045/ Remuneração média 6 FONTE: http://www.pisosalarial.com.br/salarios/tabela-salarial/, 2017 profissão piso salarial média salarial maior salário Analista de Auditoria 2.692,41 2.991,57 3.685,91 Assistente de Auditoria 1.673,99 1.859,99 2.291,69 Assistente de Auditoria 1.963,49 2.181,66 2.688,02 Auditor 2.439,86 2.710,95 3.340,16 Auditor Contábil 2.474,81 2.749,79 3.388,02 Auditor de Contas Médicas 2.845,67 3.161,85 3.895,72 Auditor de Estoque 1.466,61 1.629,57 2.007,79 Auditor de Loja 1.170,23 1.300,26 1.602,05 Auditor de Processos 2.088,41 2.320,46 2.859,04 Auditor de Qualidade 1.870,95 2.078,83 2.561,33 Auditor de Sistemas 2.586,46 2.873,84 3.540,86 Auditor Externo 2.620,06 2.911,18 3.586,86 Auditor Financeiro 3.081,36 3.423,73 4.218,38 Auditor Fiscal 3.737,39 4.152,65 5.116,48 Auditor Interno 1.537,41 1.708,23 2.104,71 Auditor Noturno 1.537,41 1.708,23 2.104,71 Auditor Trainee 1.588,15 1.764,61 2.174,18 Auxiliar de Auditoria 1.035,50 1.150,56 1.417,60 Coordenador de Auditoria 7.098,53 7.887,25 9.717,88 Dentista Auditor 2.732,99 3.036,66 3.741,47 Enfermeiro Auditor 3.525,91 3.917,68 4.826,97 Estágio na área de Auditoria 819,23 910,25 1.121,52 Gerente de Auditoria 8.429,58 9.366,20 11.540,10 Médico Auditor 7.509,35 8.343,72 10.280,30 Supervisor de Auditoria 4.507,60 5.008,44 6.170,90 Remuneração média 7 FONTE: http://exame.abril.com.br/carreira/ferramentas/tabela-de-salarios-rh/?empresa=financeiro Compliance/ Auditoria Fixo/mês Variável** Remuneração Anual Diretor 22.000,00 - 35.000,00 6 - 10 439.000,00 - 805.000,00 Superintendente 17.000,00 - 25.000,00 5 - 8 290.000,00 - 525.000,00 Gerente 12.000,00 - 18.000,00 3 - 6 200.000,00 - 342.000,00 Analista Sr. 8.000,00 - 12.000,00 2 - 5 125.000,00 - 216.000,00 Analista Pl. 5.000,00 - 8.000,00 1 - 3 78.000,00 - 128.000,00 Analista Jr. 3.000,00 - 5.000,00 1 - 3 47.000,00 - 80.000,00 Profissional de Auditoria • Dilema Ético. • Código de Ética Profissional. • Padrões ou normas de auditoria e contábeis. • aumentar a independência do auditor • Agir com ceticismo profissional. 8 ACOMPANHAMENTO DE AUDITORES PELA CVM 9 I.A. Julgados Quant. % Quant. % Quant. % Absolvidos 24 23,00 08 13,30 32 19,50 Arquivados 03 3,00 05 8,30 08 4,90 Excluídos 02 2,00 -o- -o- 02 1,10 Penalizados 77 72,00 48 78,40 126 74,50 . Advertência 22 22,00 25 40,00 47 28,30 . Cassação 02 2,00 -o- -o- 02 1,20 . Inabilitação 01 1,00 -o- -o- 01 0,60 . Multados 36 32,00 23 38,40 58 34,60 . Suspensão 16 16,00 -o- -o- 16 9,80 Total 106 100,00 61 100,00 167 100,00 Fonte: http://www.cvm.gov.br/port/snc/20111011144020_2011146001%20(1).asp Profissional de Auditoria • As Normas ou Código de Ética indicam as diretrizes para resolver todos os Dilemas Éticos? • Seis passos para a escolha: • Obtenha dados sobre os fatos relevantes para a decisão. • Identifique as questões éticas presentes nos fatos. • Determine quem será afetado pela decisão, e de que forma. • Identifique as decisões alternativas. • Identifique as consequências de cada alternativa. • Faça a escolha. 10 BOYNTON, William C.; JOHNSON, Raymond N.; KELL, Walter G. Auditoria. Tradução José Evaristo dos Santos. São Paulo: Atlas, 2002. Normas sobre o Tema • NBC PA 01 – CONTROLE DE QUALIDADE PARA FIRMAS (PESSOAS JURÍDICAS E FÍSICAS) DE AUDITORES INDEPENDENTES • Esta Norma trata das responsabilidades do auditor (pessoa jurídica ou pessoa física, doravante referido como firma) por seu sistema de controle de qualidade para auditorias e revisões de demonstrações contábeis, assim como outros trabalhos de asseguração e serviços correlatos. Esta Norma deve ser lida juntamente com as exigências éticas relevantes. 11 (CFC). Normas sobre o Tema • Assuntos a serem tratados no sistema de controle de qualidade da firma para assegurar o cumprimento das exigências éticas (incluindo independência) e as NBC TAs relevantes são as NBC PA 01, 200, 220 12(CFC/IFAC, 2010). Normas – Visão Geral • A execução de um trabalho de qualidade começa com uma liderança forte na firma e sócios encarregados do trabalho comprometidos com os mais altos padrões éticos. • Existem Normas que abordam o desenvolvimento do sistema de controle de qualidade na firma, fornecendo orientações práticas sobre assuntos que precisam ser considerados sempre que uma firma decide executar trabalhos de auditoria. 13 (CFC). Normas – Visão Geral • A prestação de serviços de auditoria e serviços correlatos de qualidade é vital para: • salvaguardar o interesse público; • manter a satisfação dos clientes; • garantir um retorno justo pelos honorários recebidos do cliente; • assegurar o cumprimento das normas técnicas; e • estabelecer e manter uma reputação profissional. 14 (CFC/IFAC, 2010). Código de Ética Profissionaldo Contabilista – Visão Geral • O Código de Ética Profissional do Contabilista e os requisitos de independência profissional do auditor (NBC PA 290), foi revisado em 2009 reforçando alguns requisitos de independência, como: • Extensão dos requisitos de independência para auditorias de companhias abertas a todas as entidades de interesse público. • Exigência de um período de carência antes de certos membros da firma poderem assumir determinadas posições especificadas em clientes de auditoria de interesse público. 15 (CFC/IFAC, 2010). Código de Ética Profissional do Contabilista – Visão Geral • Extensão dos requisitos de rotação de sócios para todos os sócios- chave da auditoria. • Reforço de algumas das disposições relacionadas com a prestação de serviços que não de asseguração para clientes de auditoria, tais como planejamento tributário e outros serviços de consultoria. Algumas proibições podem ser aplicadas em casos de auditorias de entidades que não são de interesse público em relação a planejamento tributário e outros serviços de consultoria, bem como em assessoria de serviços fiscais. 16 (CFC/IFAC, 2010). Código de Ética Profissional do Contabilista – Visão Geral • Exigência de uma revisão antes ou depois da emissão do relatório de auditoria no caso de os honorários totais pagos por um cliente de auditoria de interesse público ultrapassarem 15% dos honorários totais da firma por dois anos consecutivos. • Proibição de os sócios-chave da auditoria serem avaliados ou remunerados com base em venda de serviços que não de asseguração a seus clientes de auditoria. • Essas regras são para atender o critério de independência do auditor. • O Código revisado entrou em vigor em 1º de janeiro de 2011. 17 (CFC/IFAC, 2010). Sistema de Controle de Qualidade • O sistema de controle de qualidade de uma firma de auditoria pode ser mapeado em cinco elementos do controle interno que os auditores devem avaliar como parte do entendimento de qualquer entidade que está sendo auditada. • Em uma firma, esses cinco elementos do controle interno também seriam aplicáveis a sistemas de controle (que não controle de qualidade), como horas e faturamento, fluxo de trabalho do escritório, controle de despesas e atividades de marketing. 18 (CFC/IFAC, 2010). Sistema de Controle de Qualidade • O diagrama a seguir mapeia os elementos do controle de qualidade descritos na NBC PA 01 e na NBC TA 220 para os cinco componentes do controle interno contidos na NBC TA 315, que são aplicáveis a entidades que estão sendo auditadas. • A NBC PA 01 determina que o objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade para obter segurança razoável que: (a) a firma e seu pessoal cumprem as normas técnicas e as exigências regulatórias e legais aplicáveis; e (b) os relatórios sobre demonstrações contábeis e demais relatórios emitidos pela firma e pelos sócios encarregados do trabalho são apropriados nas circunstâncias. 19 (CFC/IFAC, 2010). Sistema de Controle de Qualidade 20(CFC/IFAC, 2010). Elementos do Controle Interno (NBC TA 315) Elementos do Controle de Qualidade em Nível de Firma (NBC PA 01) Elementos do Controle de Qualidade em Nível de Trabalho (NBC TA 220) Ambiente de Controle (“Tom no Topo”) Responsabilidades da liderança pela qualidade na firma Exigências éticas relevantes Recursos humanos Responsabilidades da liderança pela qualidade das auditorias Exigências éticas relevantes Designação de equipes de trabalho Avaliação de Riscos (O que pode dar errado?) Aceitação e continuação de relações com clientes e trabalhos específicos Aceitação e continuação de relações com clientes e trabalhos de auditoria Riscos de que o relatório não seja apropriado nas circunstâncias Sistema de Controle de Qualidade 21(CFC/IFAC, 2010). Elementos do Controle Interno (NBC TA 315) Elementos do Controle de Qualidade em Nível de Firma (NBC PA 01) Elementos do Controle de Qualidade em Nível de Trabalho (NBC TA 220) Sistemas de Informação (Acompanhamento de desempenho) Documentação do sistema de controle de qualidade Documentação de auditoria Atividades de Controle (Controles para prevenção e detecção/correção) Execução do trabalho Execução do trabalho Monitoramento (Os objetivos da firma/do trabalho estão sendo alcançados?) Monitoramento contínuo das políticas e dos procedimentos de controle de qualidade da firma Aplicação de resultados do monitoramento contínuo em trabalhos de auditoria específicos Sistema de Controle de Qualidade – atividade de controle 22(CFC/IFAC, 2010). Responsabilidade Profissional • Ambiente Legal – Doutrinas de responsabilidades • Questões relevantes • Quais aspectos do ambiente legal permitem ações judiciais pesadas contra os auditores? • Por que os auditores são justificadamente responsáveis em certos casos? • O que os auditores podem fazer para minimizar sua exposição a ações judiciais? • É justo responsabilizar os auditores quando a administração faz um conluio para enganar investidores e se preocupa deliberadamente em enganar o auditor? 23 GRAMLING, Audrey A.; RITTENBERG, Larry E.; JOHNSTONE, Karla M. Auditoria. Tradução Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Cengage Learning, 2012. Responsabilidade Profissional • Conforme Perez Junior (2012) o grau de responsabilidade profissional se eleva, conforme a categoria profissional que o auditor trabalha: • Trainees – baixo • Assistentes – baixo • Sênior – médio • Supervisor – médio algo • Gerente – alto • Diretor – alto • Sócio – alto/total. 24 Responsabilidade Profissional – alcance da auditoria • O alcance do trabalho do auditor e a opinião fornecida restringem-se a se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. • Dessa forma, um relatório do auditor não modificado não fornece nenhuma segurança sobre a viabilidade futura da entidade, nem sobre a eficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da entidade. 25 (CFC/IFAC, 2010). Responsabilidade Profissional – alcance da auditoria • Qualquer extensão dessa responsabilidade de auditoria básica, como a exigida por leis locais ou regulamentos do mercado de capitais, exigiria que o auditor executasse trabalho adicional, consequentemente modificando ou expandindo o seu relatório. 26 (CFC/IFAC, 2010). Responsabilidade Profissional – pressuposto de continuidade operacional • A NBC TA 570 fornece orientações sobre a responsabilidade do auditor na auditoria de demonstrações contábeis com relação ao pressuposto de continuidade operacional e sobre a avaliação pela administração da capacidade da entidade de manter sua continuidade operacional. 27 (CFC/IFAC, 2010). Responsabilidade Profissional – pressuposto de continuidade operacional 28(CFC/IFAC, 2010). Responsabilidade Profissional – pressuposto de continuidade operacional - relatório 29(CFC/IFAC, 2010). Responsabilidade Profissional – pressuposto de continuidade operacional – Novo Relatório do Auditor • Novas descrições das responsabilidades da administração e do auditor com relação à continuidade operacional. • Quando existir incerteza quanto à continuidade operacional e todas as divulgações necessárias forem realizadas, uma nova seção nomeada “Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional” será incluída no relatório do auditor. • Adicionalmente, o auditor passa a ser requerido a desafiar a adequação das divulgações em caso de close call (quando eventos e condições geram dúvidasquanto à capacidade de continuidade operacional da entidade, mas por meio dos planos da Administração conclui-se que não há uma incerteza material). 30 (MOLINA, 2017). Responsabilidade Profissional - Lei da Lavagem de Dinheiro - Fases 31 • O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por um conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na economia de cada país, de modo transitório ou permanente, de recursos, bens e valores de origem ilícita e que se desenvolvem por meio de um processo dinâmico que envolve, teoricamente, três fases independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente. Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) http://www.coaf.fazenda.gov.br/backup/pld-ft/sobre-a- lavagem-de-dinheiro Responsabilidade Profissional - Lei da Lavagem de Dinheiro - Fases 32 Responsabilidade Profissional - Lei da Lavagem de Dinheiro • Em 2012, a Lei nº 9.613, de 1998, foi alterada pela Lei nº 12.683, de 2012, que trouxe importantes avanços para a prevenção e combate à lavagem de dinheiro, tais como: • a extinção do rol taxativo de crimes antecedentes, admitindo-se agora como crime antecedente da lavagem de dinheiro qualquer infração penal; • a inclusão das hipóteses de alienação antecipada e outras medidas assecuratórias que garantam que os bens não sofram desvalorização ou deterioração; • inclusão de novos sujeitos obrigados tais como cartórios, profissionais que exerçam atividades de assessoria ou consultoria financeira, representantes de atletas e artistas, feiras, dentre outros; • aumento do valor máximo da multa para R$ 20 milhões 33http://www.coaf.fazenda.gov.br/backup/pld-ft/sobre-a-lavagem-de-dinheiro Responsabilidade Profissional - Lei da Lavagem de Dinheiro 34http://www.coaf.fazenda.gov.br/backup/pld-ft/sobre-a-lavagem-de-dinheiro Responsabilidade Profissional - Lei da Lavagem de Dinheiro 35http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/10/Perguntas_Respostas_Lavagem_Dinheiro.pdf. • Em 23 de julho de 2013, o Conselho Federal de Contabilidade editou a Resolução CFC nº 1.445, Dispõe sobre os procedimentos a serem observados pelos profissionais e Organizações Contábeis, quando no exercício de suas funções, para cumprimento das obrigações previstas na Lei n.º 9.613/1998 e alterações posteriores. Responsabilidade Profissional Resolução CFC nº 1.445 • Quem? Aos profissionais e organizações contábeis que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, nas operações elencadas no Art. 1º da Resolução, exceto, o Contador e Técnico em Contabilidade empregado de empresa em geral. • O que deve fazer? Comunicar as atividades desenvolvidas que são consideradas sensíveis pelo legislador à prática do crime de lavagem de dinheiro; por esse motivo, por esse motivo, seus executores estão obrigados a elaborar mecanismos de identificação e controle. • Além de informar aos órgãos competentes as operações que julgarem suspeitas de irregularidade nas atividades desenvolvidas. 36http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/10/Perguntas_Respostas_Lavagem_Dinheiro.pdf. Responsabilidade Profissional Resolução CFC nº 1.445 • Quais as operações que devem ser informadas pelos profissionais e organizações contábeis ao Coaf? • As operações consideradas suspeitas de acordo com os Arts. 9º e 11 da Lei n.º 9613/98, regulados pelo Art. 1º, 9º e 10 da Resolução CFC n.º 1.445/13. Ressalta-se que as operações listadas no Art. 10 da Resolução CFC, devem ser comunicadas ao Coaf, independentemente de análise ou de qualquer outra consideração. • a) negociações de imóveis, comerciais ou industriais; • b) participações societárias; • c) gestão de fundos e valores mobiliários ou outros ativos; 37http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/10/Perguntas_Respostas_Lavagem_Dinheiro.pdf. Responsabilidade Profissional Resolução CFC nº 1.445 • d) abertura ou movimentação de contas bancárias de poupança ou outros investimentos bancários; • e) criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza; • f) aquisição de direitos sobre contratos de atividades desportivas e artísticas profissionais. 38http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/10/Perguntas_Respostas_Lavagem_Dinheiro.pdf. Responsabilidade da Administração • É responsabilidade da administração e dos responsáveis pela governança a prevenção e detecção de não conformidade da entidade com leis e regulamentos. • A elaboração das demonstrações contábeis é de responsabilidade da administração e dos responsáveis pela governança. • O uso de uma organização prestadora de serviços para a elaboração das demonstrações contábeis não isenta a administração (e os responsáveis pela governança) de sua responsabilidade pelas demonstrações contábeis. • A manutenção de adequados sistemas de controles internos 39(CFC/IFAC, 2010). Responsabilidade da Administração • Lei Anticorrupção - Entenda a Regulamentação • Agora as empresas são responsabilizadas por práticas ilícitas contra a Administração Pública e poderão pagar multas de até 20% de seu faturamento. Saiba mais sobre os cinco pontos do decreto n° 8.420, de 18 de março de 2015, que regulamenta a Lei Anticorrupção, a exemplo da forma de cálculo da multa e das regras para o acordo de leniência. 40 (CGU, 2015). Responsabilidade da Administração 41 (CGU, 2015). Responsabilidade da Administração • Lei Anticorrupção - Responsabilização Administrativa • No caso de ato lesivo contra órgão da administração direta, cabe ao ministro de estado instaurar e julgar o Processo Administrativo de Responsabilização (PAR). Nas estatais, a competência é da autoridade máxima da entidade. A CGU, de forma exclusiva, pode avocar (chamar para si) os processos instaurados nos demais órgãos para exame de sua regularidade ou para corrigir-lhes o andamento. 42 (CGU, 2015). Responsabilidade da Administração 43 (CGU, 2015). Responsabilidade da Administração • Lei Anticorrupção – Multa • A lei tem um parâmetro muito importante: a punição nunca será menor do que o valor da vantagem auferida de forma ilícita pela empresa. Dessa forma, o decreto especifica o cálculo da multa a partir do resultado da soma e subtração de percentuais incidentes sobre o faturamento bruto da empresa. 44 (CGU, 2015). Responsabilidade da Administração 45(CGU, 2015). Responsabilidade da Administração • Lei Anticorrupção - Acordo de Leniência • O acordo de leniência tem o objetivo de fazer com que as empresas colaborem efetivamente com as investigações e com o processo administrativo. Dele deve resultar a identificação dos demais envolvidos na infração administrativa, quando couber; e a obtenção célere de informações e documentos que comprovem a infração sob apuração. É dever da empresa a reparação integral do dano. 46 (CGU, 2015). Responsabilidade da Administração 47 (CGU, 2015). Responsabilidade da Administração • Lei Anticorrupção - Programa de Integridade • O programa de integridade deve ser estruturado, aplicado e atualizado de acordo com as características e riscos atuais das atividades de cada pessoa jurídica. 48 (CGU, 2015). Responsabilidade da Administração 49 (CGU, 2015). Responsabilidade da Administração • Lei Anticorrupção - Cadastros Nacionais • O cadastros são geridos pela CGU e o fornecimento dos dados será realizado pelos órgãos e entidades dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e das três esferas da federação (União, Estados e Municípios). 50 (CGU, 2015). Responsabilidade daAdministração 51(CGU, 2015). Referências • BOYNTON, William C.; JOHNSON, Raymond N.; KELL, Walter G. Auditoria. Tradução José Evaristo dos Santos. São Paulo: Atlas, 2002. • CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE/INTERNATIONAL FEDERATION OF ACCOUNTANTS (IFAC). Guia de utilização de Auditoria em Auditorias de Entidades de Pequeno e Médio Portes: conceitos básicos. 2 ed. Volume 1, outubro de 2010. • CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC). Perguntas e Respostas sobre a aplicação da Resolução CFC n.º 1.445/13. http://portalcfc.org.br/wordpress/wp- content/uploads/2013/10/Perguntas_Respostas_Lavagem_Dinheiro.pdf • CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO. Lei Anticorrupção. Disponível em: http://www.cgu.gov.br/assuntos/responsabilizacao-de-empresas/lei-anticorrupção. Acesso em 13/08/2015 • GRAMLING, Audrey A.; RITTENBERG, Larry E.; JOHNSTONE, Karla M. Auditoria. Tradução Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Cengage Learning, 2012. • LONGO, Cláudio Gonçalo. Manual de Auditoria e Revisão de Demonstrações Financeiras: Novas Normas Brasileiras e Internacionais de Auditoria. 2 ed, São Paulo: Atlas, 2011. • MOLINA, Carolina (2017). Novo Relatório do Auditor Independente e seus Impactos sobre a Governança e a Administração de Empresas Auditadas. In: Deloitte. Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 Assuntos emergentes no mercado. Auditoria da Deloitte • PEREZ JUNIOR, José Hernandez. Auditoria de Demonstrações Contábeis: Normas e Procedimentos. 5 ed, São Paulo: Atlas, 2012. 52
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