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CC CCJ00148 Semana Aula 8

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DIREITO CIVIL III - CCJ0014
Título
SEMANA 8
Descrição
Caso Concreto 1
Analise a notícia adiante (Fonte: Superior Tribunal de Justiça):
[Omissis]. Decidiu a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar 
processo de casal de São Paulo que pretendia anular a doação de vários imóveis à filha, 
alegando que ela "nunca mais teve notícias de seus pais, não lhes dirigindo a palavra, ou 
mesmo telefonando para saber se estão passando bem, tendo, inclusive, após séria doença 
que acometeu o seu pai (...), deixado de comparecer ao hospital para visitá-lo (até mesmo 
depois desta operação), em total ignorância aos seus genitores". 
Os pais queixaram-se de ofensa ao artigo 1.183 do Código antigo (art. 557, CC/02), 
afirmando que os frutos e os rendimentos dos imóveis em questão cessaram, sendo-lhes 
negadas indiretamente fontes de alimento. Além de demonstração de abandono material e 
moral, devido à falta de visitação, carinho, respeito e atenção, ferindo, com isso, seus 
"mais frágeis sentimentos de filiação". Pleiteavam a revogação das doações feitas, 
restabelecendo os imóveis na propriedade dos doadores. 
Com o seguimento negado na origem, o casal entrou no STJ. O relator do processo, 
ministro Humberto Gomes de Barros, esclareceu que a doação, conforme dispõe o artigo 
1.181 do Código Civil de 1916 (art. 555, CC/02), pode ser revogada por três modos: 
pelos casos comuns a todos os contratos (vícios do negócio jurídico, incapacidade 
absoluta, ilicitude ou impossibilidade do objeto), por ingratidão do donatário e por 
inexecução do encargo, no caso de doação onerosa.
De acordo com o relator, apesar de se tratar de um negócio jurídico proveniente da 
liberalidade do doador, a lei, principalmente em respeito à segurança jurídica, limita o 
arbítrio do doador em desfazer tal liberalidade. Assim, o ministro reconheceu a 
taxatividade das hipóteses previstas no artigo 1.183 do Código Civil de 1916 (Código 
Beviláqua), segundo o qual só se podem revogar por ingratidão nas seguintes situações: 
se o donatário atentou contra a vida do doador, se cometeu contra ele ofensa física, se o 
injuriou gravemente, ou o caluniou, ou se, podendo ministrar-lhes, recusou ao doador os 
alimentos de que este necessitava. 
[...]
a) Identifique e defina o contrato em análise.
b) O STJ deveria ter anulado o contrato de doação em análise? Fundamente sua 
resposta.
Questão objetiva 1
(TJPA - Juiz Substituto - 2005) Assinale a alternativa correta quanto ao tratamento dado 
pelo Código Civil em matéria de doação:
a) A- O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às 
consequências da evicção ou do vício redibitório.
b) B- É inválida a doação feita ao nascituro, que não poderá ser aceita pelo seu 
representante legal.
c) C- Em qualquer hipótese, é inadmissível a doação verbal.
d) D- O doador pode estipular que os bens doados se revertam em favor de terceiro 
se o doador sobreviver ao donatário.
e) E- É renunciável antecipadamente o direito de revogar a doação por ingratidão do 
donatário. 
Questão objetiva 2
(TJMA - Juiz Substituto ? 2008) Assinale a alternativa correta:
a) A- É possível a revogação da doação quando o donatário atentar contra a vida do 
irmão do doador.
b) B- Não é lícita a compra e venda entre cônjuges, ainda que em relação aos bens 
excluídos da comunhão.
c) C- A doação, por ato de transferência de bens ou vantagens de uma pessoa a 
outra, por liberalidade, independe de aceitação do donatário.
d) D- A doação de ascendentes a descendentes importa no adiantamento do que lhes 
cabe por herança, ainda que o doador expressamente designe sair de sua parte disponível.
Desenvolvimento

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