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Processo Construtivo de Ferrovias OBSERVAÇÃO: Para mudar a imagem deste slide, selecione a imagem e exclua-a. Em seguida, clique no ícone Imagens do espaço reservado para inserir sua própria imagem. Características do Transporte Ferroviário O modal ferroviário caracteriza-se, especialmente, por sua capacidade de transportar grandes volumes, com elevada eficiência energética, principalmente em casos de deslocamentos a médias e grandes distâncias. Apresenta, ainda, maior segurança, em relação ao modal rodoviário, com menor índice de acidentes e menor incidência de furtos e roubos. Engenharia Ferroviária As operações fundamentais para o estabelecimento de uma estrada de ferro são três: Projeto Construção Tráfego Estudos Geológicos e Geotécnicos A caracterização geotécnica dos solos é procedida durante a locação por processos adequados, sondagens e outros, tendo por principais finalidades: A escolha do equipamento adequado à escavação e transporte de material; A fixação dos taludes em cortes e aterros; Determinação das características de compactação dos diversos solos; A localização de jazidas de materiais aproveitáveis na construção da estrada. OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA A infra-estrutura de uma ferrovia é o conjunto de obras destinadas a formar a plataforma da estrada que consiste em todas as obras situadas abaixo do greide de terraplenagem. Serviços de terraplenagem (cortes e aterros); Estrutura superficial de drenagem; Estrutura profunda de drenagem; Túneis; Pontes e pontilhões; Passagens inferiores; Passagens superiores. OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA FUNÇÕES DA INFRA-ESTRUTURA Permitir assentamento da superestrutura; Propiciar uma distribuição correta dos esforços provenientes da superestrutura; Permitir rápido escoamento das águas que atingem a plataforma através das drenagens, visando a conservação do corpo da estrada. OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA FUNÇÕES DA INFRA-ESTRUTURA TERRAPLENAGEM O corpo dos aterros são executados de forma a obter a seguinte compactação: Até um metro abaixo da superestrutura a compactação é feita em camadas de 20 cm, devendo-se obter peso específico aparente seco igual ou superior a 95% do peso específico obtido no ensaio de laboratório. Nas camadas finais o grau de compactação deverá ser de 100%. PLATAFORMA FERROVIÁRIA As plataformas ferroviárias têm como função, proporcionar apoio à estrutura da via, de modo que não sofra deformações que impeçam ou influam negativamente na exploração, sob as condições de tráfego que determinam o traçado da linha. Para isso, é necessário que a plataforma tenha certas características de resistência, que precisam ser alcançadas, sempre que possível, durante a própria construção. CARACTÉRISTICAS GEOTÉCNICAS Quanto ao aspecto geotécnico, é importante assinalar os dois elementos básicos que o definem: A natureza; O estado; PLATAFORMA FERROVIÁRIA Quanto ao estado, muitas vezes, pela natureza, um material pode ser de excelente qualidade mas por um motivo qualquer (excesso de água, gelo, etc.) pode encontrar-se em um estado que modifica inteiramente suas qualidades primitivas. A natureza do solo pode ser conhecida através dos seguintes fatores: Identificação visual; Granulometria; Sedimentação; Limites de Atterberg (métodos de avaliação da natureza de solos); CBR (A capacidade de suporte de um solo compactado pode ser medida através do método do índice de suporte, que fornece o “Índice de Suporte Califórnia - ISC” (California Bearing Ratio - CBR); Equivalente de areia (em alguns casos); Conteúdo do CO (monóxido de carbono), Ca (cálcio) e matéria orgânica. SUB-LASTRO Aumentar a capacidade de suporte da plataforma, permitindo elevar a taxa de trabalho no terreno, ao serem transmitidas as cargas através do lastro e, por conseguinte, permitir menor altura do lastro; Evitar penetração do lastro na plataforma; Aumentar a resistência do leito à erosão e a penetração da água, concorrendo, pois, para uma boa drenagem da via; Permitir relativa elasticidade ao apoio do lastro, para que a via permanente não seja rígida. RECOMENDAÇÕES EXECUTIVAS Grau de Compactação: 95% GC 105% Desvio de Umidade: 2% No caso de não se encontrar, nas proximidades da ferrovia, material que satisfaça às especificações anteriores, poderá se adotar uma das seguintes soluções: Estabilização granulométrica: mistura solo-agregado. Estabilização Química: mistura solo-cimento. Como o sublastro é um material muito mais barato e encontrado na faixa de domínio da via, gera grande economia à superestrutura ferroviária, além de melhorar o padrão técnico da via permanente e baratear a manutenção da mesma. OBRAS DE SUPERESTRUTURA A superestrutura de uma ferrovia consiste no conjunto de elementos que formam a via permanente e que constitui a superfície de apoio e de rolamento para os veículos ferroviários. OBRAS DE SUPERESTRUTURA A superestrutura recebe os impactos diretos das cargas rodantes e compreende: 1 2 3 Lastro (1); Dormentes (2); Trilhos (3); Bitola (4); Acessórios de trilhos ( de ligação e de fixação, que pode ser rígida ou elástica); Talas de junção; Parafusos (5); Arruelas; Giradores; Pêras; Aparelhos de mudança de via; Sinais; Marcos quilométricos. 4 5 SUB-LASTRO OBRAS DE SUPERESTRUTURA A superestrutura está sujeita à ação de desgaste das rodas dos veículos e do meio (intempéries) e é construída de modo a ser renovada quando o seu desgaste atingir o limite de tolerância exigido pela segurança ou comodidade da circulação e a ser substituída em seus principais constituintes quando assim o exigir a intensidade de tráfego ou o aumento de peso do material rodante. LASTRO É o elemento da superestrutura da ferrovia situado entre os dormentes e o sublastro. Deve ser uma camada de material permeável e resistente, onde os dormentes serão assentados. FUNÇÕES PRINCIPAIS Distribuir a carga da linha e do material rodante, uniformemente sobre a plataforma, com pressão uniforme reduzida (sem o lastro os dormentes afundariam na plataforma); Atenuar as trepidações resultantes da passagem dos veículos; Suprimir as irregularidades da plataforma, formando uma superfície contínua e uniforme para os trilhos e dormentes; Impedir os deslocamentos dos dormentes; Facilitar a drenagem da superestrutura; Estabilizar vertical, longitudinal e lateralmente a via; Assegurar o perfeito alinhamento e nivelamento dos trilhos, nas tangentes e no arredondamento das curvas; LASTRO MATERIAIS PARA LASTRO Cascalho: é um ótimo tipo de lastro, principalmente quando quebrado, formando arestas vivas e lavado, para retirar as impurezas. Escórias: têm dureza e resistência suficiente para serem usadas como lastro, principalmente próximo às usinas siderúrgicas. Exemplo: Utilizada na Estrada de Ferro Vitória a Minas. Pedra britada (brita no 3): é o melhor tipo de lastro por ser resistente, permeável e inalterável aos agentes atmosféricos e não produz poeira. PEDRA BRITADA Deve-se escolher pedra britada oriundas de rochas duras. Principais Rochas: Diorito, Basalto, Diabase, Granito, Gneiss, Micaxisto, Quartzito. Nem sempre satisfazem às especificações o Arenito, Calcário, Mármore, Dolomita. DORMENTES É o elemento da superestrutura ferroviária que tem por função receber e transmitir os esforços produzidos pelas cargas dos veículos ferroviários ao lastro, servindo de suporte dos trilhos, permitindo a sua fixação e mantendo invariável a distância entre eles (bitola). FUNÇÕES PRINCIPAIS As suas dimensões, no comprimento e na largura, devem fornecer uma superfície de apoio suficiente para que a taxa de trabalho no lastro não ultrapasse certo limite; Sua espessura deve dar a necessária rigidez, permitindo entretanto alguma elasticidade; Deve ter suficiente resistência aos esforços; Deve permitir, com relativa facilidade, o nivelamento do lastro (socaria), na sua base; Deve permitir uma boa fixação do trilho, isto é, uma fixação firme, sem ser excessivamente rígida. DORMENTES TIPOS DE DORMENTE Madeira Aço Concreto Polímerico TRILHOS Trilho é o elemento da superestrutura que constitui a superfície de rolamento para as rodas dos veículos ferroviários servindo-lhes, ao mesmo tempo, de apoio e guia. FUNÇÕES PRINCIPAIS As características necessárias para que o trilho exerça suas funções, são: Dureza; Tenacidade; Elasticidade; Resistência à flexão. Entre os materiais disponíveis, atualmente, é o aço o que atende melhor, a estas exigências. A maior parte dos trilhos fabricados no mundo é de aço-carbono. Em vários países, são também fabricados trilhos de “aços-liga”. VIABILIDADE O estudo do Ilos ainda mostra que, para transportar mil toneladas de carga em uma ferrovia brasileira, é preciso gastar R$ 43 por quilômetro. Já nas rodovias esse valor é de R$ 259 — seis vezes mais. Rodovias transportam 3 vezes mais cargas que ferrovias, mas custo é 6 vezes maior. FERROVIA - US$ 440 mil/km RODOVIA - US$ 1,4 milhão/km CUSTO MÉDIO DE IMPLANTAÇÃO Fonte: Departamento Hidroviário da Secretária dos Transportes do Estado de São Paulo Processo Construtivo
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