PALESTRA DR. MURILO DE ARAGÃO XX CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO CONSTITUCIONAL

Prévia do material em texto

DR. MURILO DE ARAGÃO
(Cientista Politico e Jornalista)
Demonstrou suas impressões e a vivencia como analista político frente ao momento que vivemos no Brasil e de que certa forma tangencia a realidade no mundo.
Recente o Dr. Murilo Aragão publicou um artigo intitulado: “Desaprender o mau. “
Com trës temas enfatizados:
•	Representação
•	Representatividade e a 
•	Legitimidade
Fez uma analogia, citando La fontaine, quando se referia a peste na Europa, com a seguinte frase: “Nem todos morriam, mas estavam todos contaminados.” A crise política que se estabeleceu no Brasil hoje, pode não matar todos os políticos, mas o mundo político está contaminado”. E ao lado da questão conjuntural há uma questão estrutural de perda de legitimidade onde parte das nossas lideranças políticas não é reconhecida como legítima para cuidar dos nossos negócios públicos. É um processo universal e muitos países do mundo ocorre o mesmo sentimento, e um dos fatores apontados para esse sentimento de perda de reconhecimento, foi apontado por Moisés Nain no livro magistral: “O fim do Poder”, diz ele que o Poder está passando por uma transformação histórica, ele está se dispersando cada vez mais, e os tradicionais atores são confrontados com novos e surpreendentes rivais. Alguns muito menores, em tamanhos e recursos. Para ele no sec. 21 o poder é mais fácil de obter, mais difícil de ultilizar, e mais fácil ainda de perder! E sendo mais fácil de perder e sendo mais difícil de ultilizar, ele é muito fácil de ser questionado. Em especial, quando não atende as expectativas da sociedade. E as expectativas dos dias de hoje são mais complexas e mais elevadas, por conta da globalização e o poder constituído não consegue acompanhar as expectativas. Isso ocorre no mundo inteiro e em países menos desenvolvidos como o nosso, a situação é mais dramática. No fim a política não reflete o que a sociedade gostaria. Um dos motivos é em consequencia da corrupção e também pela excessiva dependencia que a sociedade tem do poder público. Ou seja uma sociedade subviente, subalterna ao Estado. Desejosa de um emprego público, desejosa de uma verba pública, desejosa de uma aposentadoria Estatal Pública, enfim, desejosa de uma mordomia. Não criamos uma sociedade no qual o trabalho individual, ou iniciativa individual fosse efetivamente valorizado. Mas por que aqui ainda é pior do que em outro Países?
Porque o sistema eleitoral como sendo absolutamente defeituoso, poluído pelo poder economico e poluido pelo abuso sindical, poluido pelo abuso da máquina estatal. O Sistema eleitoral é injusto, pois não expressa a vontade do eleitor, além de não representar a vontade da sociedade. Quando se diz que os é a vontade do povo, é uma mentira, é um embuste, uma falácia. Quando se fala da representatividade, não temos como não falar das coligações partidárias, havedo assim uma forte fragmentação partidária. Ou seja há uma divergencia muito grande dentro dos próprios partidos. Resultando o sentimento de insatisfação da representatividade política. Enfim, trouxe uma reflexão afunda da nosssa realidade no Brasil.