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URBANIZAÇÃO E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
CLÁUDIA DANUSA ALVES RIBEIRO
URBANIZAÇÃO E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
(Produção textual interdisciplinar)
Montes Claros
2012
Cláudia Danusa Alves Ribeiro 
URBANIZAÇÃO E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
(Produção textual interdisciplinar)
Trabalho apresentado ao Curso Superior em Gestão Ambiental da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Saúde e meio ambiente; Planejamento urbano ambiental; Planejamento agroflorestal e meio ambiente; Estat;istica e meio ambiente.
Professores: Willian; Kênia; Thiago e Luciana.
 
Montes Claros
2012
INTRODUÇÃO
Diante do grande processo de degradação do meio ambiente causado pelo crescimento das cidades, sem obedecer a um planejamento urbano, visando uma sociedade extremamente capitalista, o espaço ocupado pelo homem esta sofrendo modificações devido ao aumento na geração de resíduos que geralmente são dispostos de forma inadequada. Além disso, grande quantidade de CO2, CFC, chumbo, dióxido de carbono, metano, lançados na atmosfera, aliados aos desmatamentos sem controle, aceleram o processo natural do aquecimento global. 
Desta forma, torna-se importante e imprescindível um trabalho de sensibilização da população para os perigos do descaso para com o meio ambiente e para se conscientizarem de que, de forma alienada, estão colaborando para o aumento das consequências causados pelo crescimento desordenado que tem como principal objetivo o acúmulo de capital e bens. A educação ambiental aparece assim como uma ferramenta eficiente para capacitar, sensibilizar e conscientizar as pessoas de que não podemos só consumir, mas que é necessário manter um meio ambiente equilibrado onde todos possam viver com qualidade.
Neste contexto, o principal objetivo do estudo foi 
URBANIZAÇÃO E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
Segundo Rolinik (1998) cidade é o local da participação dos cidadãos na vida pública, local de trocas, práticas políticas e colaboração entre os homens, local da divisão do trabalho potencializando a capacidade produtiva de cada indivíduo para o mesmo sobreviver.	
A cidade é uma forma de apropriação do espaço urbano (CARLOS, 1992) onde o negro, o branco, o amarelo, o rico e o pobre se encontram juntos, onde os mesmos têm acesso aos bens públicos como educação, saúde, lazer e segurança. O capitalismo separa a sociedade em classes, comunidades são separadas pelo poder aquisitivo, modo de vida, formas de fazer e nível cultural.
“O relacionamento do indivíduo com a cidade repousa na hierarquia social: o lugar onde localiza a residência de um lado descrimina e adjetiva o habitante e de outro delimita seus contatos e relações com os outros” (CARLOS 1992, p. 25).
De acordo com Corrêa (2003), as cidades cresceram e se desenvolveram baseado no grande processo industrial, nos promotores imobiliários, nos proprietários fundiários, nos estados e em grupos sociais excluídos. Espaço urbano que se apodera da natureza, de maneira catastrófica, provocando, a divisão social e espacial do trabalho, contraste e desigualdade de renda, e com isso, trazendo mudanças radicais na vida do homem, determinando, pontos e locais onde se concentraram o capital, ponto de atração da atividade capitalista (CARLOS 1988).	
Com o crescimento das cidades houve grandes transformações no campo, cidades absorveram áreas rurais, criando subespaços rurais no espaço urbano, espaços que se organizaram baseado em relações sociais específicas, com diferentes formas de produzir e, conforme Rocha; Pizzolatto (2005, p. 49), “mesmo residindo na cidade, muitos habitantes provenientes das áreas rurais reproduzem os contornos da vida do campo no espaço urbano, não apenas pela vivência, como por serem representantes de uma economia rural no interior da economia citadina. Assim, muitas vezes o crescimento econômico é tão rápido que a cidade não consegue andar na mesma velocidade do desenvolvimento gerado por ele, crescimento que fomenta e direciona forças que desenvolvem e mudam a sociedade apoderando e ocupando novos espaços desprezando o meio ambiente e os homens.
De acordo com Branco (2004) todos os danos causados ao meio ambiente são em conseqüência do excesso de população humana em áreas restrita. Com isso há uma grande demanda por alimentos, moradia, energia e transporte, causando grande impacto ambiental. Impacto ambiental é um trauma ecológico que se segue ao choque causado por uma ação ou obra humana em desarmonia com as características e o equilíbrio do meio. 
O homem depende das florestas e outras formações vegetais que dependem de animais e microrganismos como insetos, pássaros, roedores e morcegos disseminadores de sementes, que por sua vez dependem de aranhas serpentes e animais carnívoros para manter suas populações estáveis. O homem depende da existência de um meio rico complexo e equilibrado para sua existência. Para Branco (2004):
Ao contrario do que geralmente se pensa, esses impactos não causam a destruição de apenas uma ou poucas espécies diretamente atingidas. Na maior parte das vezes, a morte de algumas espécies, ou mesmo de uma única espécie, provoca uma reação em cadeia que leva a desorganização e extinção de todo um sistema (BRANCO, 2004, p. 32).
A Constituição Federal (1988), sensível aos riscos e impactos ambientais que a expansão urbana provocaria determinou que a política de desenvolvimento urbano deveria ser colocada em prática pelo poder público municipal com os seguintes instrumentos: Lei Orgânica Municipal; Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano; Plano Plurianual; diretrizes Orçamentárias; Orçamento Anual. Definiu assim a necessidade da intervenção do estado norteando e diferenciando a ação de indivíduos ou grupos, atores dessa transformação urbana, para que essas ações trouxessem a infraestrutura necessária, visando resolver os problemas da sociedade em determinado tempo e espaço. 
Entretanto, apesar das determinações contidas em nossa carta magna em relação aos cuidados com os risco e impactos ambientais em decorrência da urbanização, o que se tem observado é que, no Brasil, devido ao processo de urbanização: 
A transformação da paisagem natural em cultural em atendimento aos interesses do sistema econômico vigente tem gerado, em contrapartida, impactos ambientais que precisam ser estudados, dentre eles, a degradação da beleza cênica das paisagens e a diminuição de áreas verdes tanto em torno das cidades quanto da malha urbana (SOUZA, 2009).
A ordenação desse crescimento se faz necessária, de modo que as influências que o mesmo possa ter sobre o meio ambiente, não se tornem prejudiciais aos habitantes. O planejamento não se deve limitar a ordenação do espaço, mas promover a sustentabilidade de um meio urbano com a proteção e restauração dos processos biológicos e mitigar o impacto gerado pelas cidades nos recursos terrestres, aquáticos e atmosféricos.
Muitas vezes isso não sai do papel, para conseguir por em prática alguns pontos deste planejamento tem que batalhar o espaço político dessa realização, desarticulando empreiteiros especuladores imobiliários e grandes caciques econômicos. Não é falta de ideias e soluções que entravam o planejamento sustentável e sim falta de articulação. Já não se trata mais de escolher entre o Estado e o privado, ente o social e econômico. O conceito-chave não é a escolha e sim a articulação (CEPAM, 1999, p. 5).
Nas últimas décadas, segundo Machado e Santos (2004), as áreas verdes tem sido um dos principais ícones na defesa do meio ambiente, pois a urbanização, em maior ou menor escala, provoca alterações nos ambientes das cidades, onde a vegetação natural é quase toda dizimada, sendo substituída por rudeiras ou por plantas exóticas, muitas vezes com pequena função ecológica. No entanto, a serventia das áreas verdes nas cidades esta intimamente relacionada com a quantidade, a qualidade e a distribuição das mesmasdentro da malha urbana. Com o decorre do tempo os espaços verdes têm sido uma consequência da necessidade de uma maior qualidade de vida. “O crescimento demográfico transformou-se em um grave problema ambiental, na medida em que o aumento da população resulta imediatamente na alteração da qualidade do meio, intensificando sua degradação” (MACHADO, SANTOS, 2004, p. 3).
 Segundo Angelis; Loboda (2005) as áreas verdes públicas são divididas em: espaço livre, área verde, praças, parque urbano. As áreas verdes urbanas têm diferentes funções, entre elas a função ecológica, a social, a estética, educativa e psicológica. 
 De acordo com Souza (2009) as áreas verdes no meio do centro urbanos funcionam 
(...) como indicadores para conhecer e avaliar as questões ambientais e suas interferências na qualidade de vida da população. A presença de vegetais de porte arbóreo é fundamental nas praças, parques, jardins públicos, bem como em canteiros e rede viária, pois desempenham múltiplos benefícios a saúde humana associados à melhoria da qualidade ambiental humana (SOUZA, 2009, p. 39).
	Entretanto, apesar da arborização urbana ter entre seus benefícios a redução da poluição por meio de processos de oxigenação, purificação do ar por depuração bacteriana e de outros microrganismos, reciclagem dos gases em processo fotossintético, fixação de gases tóxicos, de poeira e materiais residuais e de ser responsável pelo equilíbrio do clima e da vegetação, além de promover a melhoria da estética urbana, a grande maioria dos projetos de urbanização no Brasil não têm se servido de um programa de arborização viária para definir os padrões de arborização urbana. 
	De acordo com Souza (2009, p. 60) os problemas da falta de arborização “condizem com a falta de planejamento especifico para tal atividade, plantios irregulares de espécies sem compatibilidade com o espaço disponível como: tamanho do passeio, fiação elétrica e rede de saneamento canalização subterrânea entre outros”.
 	O sucesso do projeto de arborização é diretamente proporcional ao comprometimento e a participação da população local. De acordo com a Prefeitura da cidade de São Paulo (2005) com o objetivo de se obter sucesso com o projeto de arborização poderão ser desenvolvidas atividades de educação ambiental, atendendo prioridades como: (a) divulgação de informações sobre a importância da arborização urbana, preservação e manutenção do patrimônio público e da recuperação ambiental; (b) sensibilização de empresários e grupos comunitários para estabelecer parcerias.
Segundo Leite e Pereira (2006), as cidades brasileiras cresceram sem planejamento, trazendo uma série de problemas sociais, econômicos e ambientais, e a mobilidade urbana que segundo Almeida e Pereira (2005) é um dos atributos das cidades e se refere à facilidade de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano foi prejudicada por esta falta de planejamento. Este é o caso de Montes Claros – Minas Gerais, onde o crescimento urbano sem planejamento resulta em graves problemas ambientais e de mobilidade, sendo possível ver que agora carros, motos e bicicletas disputam espaço com crianças brincando, correndo, jogando bola, empinando pipas, pessoas utilizam calçadas e ruas para conversarem, mães com carrinhos de bebê e crianças no colo procuram o pouco espaço de sombra para saírem da rotina dos afazeres domésticos. 
CONSIDERAÇOES FINAIS
As cidades, nas ultimas décadas têm crescido de forma rápida e desordenada provocando grandes impactos no meio ambiente acelerando o processo de aquecimento global. Na tentativa de tentar atenuar esses efeitos as áreas verdes urbanas desempenham um papel de suma importância e, se forem projetadas de forma adequada seguindo padrões e técnicas cientificas passam a nos beneficiar como abafadores de ruído, purificando o ar, promovendo bem estar e melhorando a qualidade de vida. 
Em Montes Claros – Minas Gerais, a ocupação urbana de forma desordenada é feita por uma população com pouca consciência ambiental, o que leva a considerar que não havendo conhecimento suficiente não há como querer uma população atuante que luta pelos seus direitos, que pede, exige e reivindica melhorias, já que a população é passiva, alienada e não consegue associar arborização com qualidade de vida.
Desta forma, além de educação ambiental em nível de escola, considera-se importante que a municipalidade deve preparar com urgência um projeto para implantação de arborização nas áreas urbanas ocupadas, totalmente carente de árvores.
REFERÊNCIAS 
 ALMEIDA e PEREIRA. A qualidade Ambiental na Cidade de Montes Claros. Revista Verde Grande. Montes Claros. Editora Unimontes. 2005.
ANGELIS, Bruno Luiz Domingos de; LOBODA, Carlos Roberto. Áreas Verdes Públicas Urbanas: Conceito, Usos e Funções. Guarapuava. 2005
BRANCO, Samuel Murgel. O Meio Ambiente em Debate. 3º Ed. São Paulo. Editora Moderna. 2004.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. A Cidade. São Paulo. Editora Contexto. 1992.
CORRÊA, Roberto Lobato. O Espaço Urbano. São Paulo. Editora Ática. 2003.
LEITE, Marcos Esdras; PEREIRA, Anete Marilia. Metamorfose do Espaço Intra-Urbano de Montes Claros/MG. Montes Claros. Editora Unimontes. 2006.
ROCHA, Fernando Goulart; PIZZOLATTI, Roland Luiz. Cidade: espaço de descontinuidades. Estudos Geográficos. n.3, v. 2. Rio Claro: dezembro/2005, p. 46-53.
ROLNIK, Raquel. O que é Cidade. 3º Ed. São Paulo. Editora Brasiliense. 1998.
MACHADO, Lucy Marion Calderini Philadelpho; SANTOS, Vera Lucia dos. A crise ambiental na sociedade atual: uma crise de percepção. Estudos Geográficos. n. 2, v. 2. Rio Claro: dezembro/2004, p. 81-86.
SOUZA, Rosemeri Melo E. Território, Planejamento e Sustentabilidade. São Cristovão. Editora UFS. 2009.

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