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Curso de Direitos Humanos e Cidadania para PRF

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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF) 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL 
AULA 1 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF) 
 
 
1. Breve Apresentação 
 
Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão, 
É com muito prazer que inicio o Curso de Teoria e Exercícios de 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA! 
Para quem ainda não me conhece, segue a minha breve 
apresentação: 
Meu nome é RICARDO GOMES, sou Bacharel em Direito pela 
Universidade Federal da Bahia (UFBA), formado no ano de 2007. Dei o 
primeiro passo na caminhada pelos concursos públicos no mesmo ano, quando 
fui aprovado exatamente no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). nos 
anos de 2006/2007. Após isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de 
Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do 
Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de 2008. Por 
último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central 
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do Brasil (BACEN), em 2009/2010. 
Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira 
pedra quem não é ou não foi! Rsrs. 
Trabalhei por mais de 1 ano no TSE. Posteriormente, trabalhei no 
TJDFT e, desde 2008, atuo como Analista de Finanças e Controle da 
Controladoria-Geral da União (CGU). 
 
 
 
2. Concurso PRF (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL) 
 
Informações Edital da PRF 2013 e dos Cursos que serão 
ministrados: 
1. Banca: CESPE. 
2. O Concurso foi Autorizado com 1000 VAGAS! Isso mesmo, serão + 
de 1000 Aprovados e nomeados para PRF!! 
3. Direitos Humanos e Cidadania é uma matéria específica bem 
pequena, de fácil estudo e assimilação. 
 
 
 
3. Metodologia e Conteúdo do Curso 
 
Registro que nos Cursos de Legislação Específica de concursos 
pretéritos (TJDFT, CNJ, STJ, TST, TSE, MP/RJ, MP/PI, TREs, TRTs e TJs 
Estaduais) nós abarcamos, em todos eles, 100% das questões cobradas 
na prova! A nossa intenção é repetir a mesma experiência nesse concurso da 
PRF-2013! Portanto, aos estudos! 
Com o estudo desse material, você, Aluno, não precisará 
preocupar-se com a aquisição de outros materiais adicionais ou Livros de 
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Direitos Humanos e Cidadania. A dica é estudar as Aulas Teóricas, fazer os 
Exercícios Comentados, ler a lei seca e repetir os exercícios com gabarito. 
Aconselho a ler o material pelo menos 3 VEZES, deixando 1 delas 
para a última semana antes da prova. 
Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos 
elaborados para determinados concursos (ex: PRF) é a abordagem específica 
de CADA PONTO DO EDITAL, fechando todas as lacunas possíveis de 
matérias e questões a serem cobradas pelo examinador. 
Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de 
assuntos, são muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua 
prova. Por outro lado, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levar 
ao aluno os principais tópicos a serem cobrados na prova, com base em cada 
item do edital, com comentários teóricos e por meio de exercícios de fixação 
dos assuntos especificamente estudados nas aulas. 
Seguindo a linha de nossos Cursos ministrados no Ponto dos 
Concursos, este Curso para terá um CARÁTER PRÁTICO, voltado para o que, 
efetivamente, vem sendo cobrado nas últimas provas de concursos. 
Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem 
que dominar, é fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e 
refaça quantos exercícios puder das matérias a ser estudadas, para que os 
conhecimentos apreendidos sejam verdadeiramente solidificados, 
aperfeiçoados e lapidados. 
Prova disso é que, mesmo após ser realizada uma leitura atenta e 
debruçada sobre determinado material, quando vamos responder às questões 
ficamos com um “montão” de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito, 
e ai dizemos: “mas eu estudei isto? como não sei responder à questão?” 
Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e 
entendimento não foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes, 
correndo o risco de errar questões relativamente fáceis pela ausência de 
prática e por não ter visto o assunto com “outros olhos”, outro viés. 
Desse modo, os exercícios propiciam exatamente isto aos alunos: 
lapidarem seus conhecimentos teóricos para atentarem facetas não 
percebidas ao longo do estudo teórico, além também de revisarem e 
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rememorarem a teoria. 
A maioria dos exercícios serão por mim elaborados ou adaptados 
das bancas mais relevantes, sendo realizados na forma de ITENS Certos ou 
Errados. 
Desse modo, teremos uma parte teórica, com destaques e dicas 
dos pontos altos, e uma lista de várias questões comentadas! 
Abarcaremos, ademais, os aspectos mais relevantes da legislação, 
da Constituição Federal e da atual jurisprudência dos Tribunais Superiores, na 
trilha do que tem cobrado as organizadoras, evitando-se as indesejáveis 
discussões teórico-doutrinárias (ineficientes para provas!), pouco frutíferas 
para o resultado almejado pelos concursandos, que é saber o necessário para 
gabaritar as questões de Direitos Humanos e Cidadania. 
Predisponho-me a ser um orientador dos estudos de cada um de 
vocês, e não um Professor que passa o conhecimento eminentemente técnico. 
Ao final de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado, 
destacando os pontos mais relevantes. 
Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia 
mais prática e didática, conseguiremos fechar a matéria de Direitos 
Humanos e Cidadania! Até porque comentaremos exaustivamente todos os 
pontos do Edital listados abaixo, sem qualquer lacuna. 
 
Gente, é assunto “pra caramba”!! Portanto, aos estudos! 
Conteúdo do Curso: 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA: 
1 Teoria geral dos direitos humanos. 
1.1 Conceito, terminologia,estrutura normativa, fundamentação. 
2 Afirmação histórica dos direitos humanos. 
3 Direitos humanos eresponsabilidade do Estado. 
4 Direitos humanos na Constituição Federal. 
6 Institucionalização dos direitos egarantias fundamentais. 
7 Política nacional de direitos humanos. 
8 Programas nacionais de direitoshumanos. 
9 Globalização e direitos humanos. 
10 As três vertentes da proteção internacional da pessoa humana. 
10.1 Direitos humanos, direito humanitário e direito dos refugiados. 
11. A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos humanos. 
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12 Aplicações da perspectiva sociológica a temas e problemas contemporâneos da sociedade 
brasileira: a questão da igualdade jurídica e dos direitos de cidadania, o pluralismo jurídico, 
acesso à justiça. 
13. Práticas judiciárias e policiais no espaço público. 
14Administração institucional de conflitos no espaço público. 
 
 
 
4. Cronograma do Curso 
 
Este Curso deDIREITOS HUMANOS E CIDADANIA, como 
veremos no cronograma abaixo, será ministrado em apenas 6 AULAS + Aula 
Demonstrativa, que se inicia linhas abaixo. 
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A programação das aulas será nos seguintes termos1: 
PRF - DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA: 
AULA 1 (21/06/2013) – 4 Direitos humanos na Constituição Federal. 
AULA 2 (28/06/2013) – 1 Teoria geral dos direitos humanos. 
1.1 Conceito, terminologia, estrutura normativa, fundamentação. 
2 Afirmação histórica dos direitos humanos. 
3 Direitos humanos e responsabilidade do Estado. 
AULA 3 (12/07/2013) – 6 Institucionalização dos direitos e garantias 
fundamentais. 7 Política nacional de direitos humanos. 8 Programas nacionais de 
direitos humanos. – Parte 1. 
AULA 4 (26/07/2013) - 7 Política nacional de direitos humanos. 8 Programas 
nacionais de direitos humanos. – Parte 2. 
AULA 5 (31/07/2013) –9 Globalização e direitos humanos. 
10 As três vertentes da proteção internacional da pessoa humana. 
10.1 Direitos humanos, direito humanitário e direito dos refugiados. 
11. A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos humanos. 
12 Aplicações da perspectiva sociológica a temas e problemas contemporâneos da 
sociedade brasileira: a questão da igualdade jurídica e dos direitos de cidadania, o 
pluralismo jurídico, acesso à justiça. 
AULA 6 (02/08/2013) –13. Práticas judiciárias e policiais no espaço público. 14 
Administração institucional de conflitos no espaço público. 
 
Obs: Sempre aconselho aos alunos a acompanharem a parte aberta do 
Curso, no Campo AVISOS, espaço onde postamos eventuais recados e informes 
durante a vigência do Curso, inclusive de possíveis alterações nas datas das aulas. 
 
 
 
 
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 Obs: o cronograma das Aulas poderá ser alterado a qualquer tempo mediante prévio aviso aos Alunos na parte aberta do curso, no 
Campo AVISOS. 
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Foquem suas mentes e estudos para esse concurso da PRF! Vocês trabalharão, em 
breve, em uma das unidades da PRF espalhadas pelo país! Tenham fé e preparem-se com 
antecedência... 
 
 
 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
 
• Direitos Humanos na Constituição Federal. 
 
 
 
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1. Direitos Humanos na Constituição Federal. 
 
 
Passemos agora para o estudo dos Direitos Humanos na Constituição Federal de 
1988 comentando do art. 5º ao 15º conforme o edital do Concurso. Por questões 
didáticas, depois do texto de introdução ao assunto, criei uma tabela que expõe o texto 
presente na constituição, o artigo “referência” da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos e, por fim, uma explicação acerca do princípio protegido. 
 
 No Brasil, a teoria dos direitos fundamentais ganhou FORÇA com a chegada de 
nossa CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 que gravou em seu conteúdo o 
entendimento de que a dignidade da pessoa humana é um valor que deve alicerçar 
e guiar as ações daqueles que estão no poder. Nesse sentido é o ensinamento do 
Professor Napoleão Casado Filho em sua obra “Direitos Humanos Fundamentais” quando 
afirma que: 
“A Constituição Cidadã rompeu de vez com o passado autoritário 
e, no lugar da supressão de liberdades imposta durante a ditadura 
militar, fez surgir novos valores, favoráveis à redução das 
desigualdades sociais, aos direitos fundamentais, à 
democracia e a todos os valores ligados à dignidade da 
pessoa humana. 
 Embora ainda exista um grande descompasso entre o texto 
constitucional e a realidade socioeconômica brasileira, são nítidos 
os avanços em matéria de direitos fundamentais com o 
advento do texto constitucional. 
 Este intento que norteou o processo constituinte se faz 
presente até mesmo na ordem em que os Direitos 
Fundamentais são trazidos pelo Constituinte: no início do 
texto, com notável destaque em relação às outras 
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disposições.”2(Grifei) 
 
Ratificando o entendimento de que a Constituição Federal de 1988 valorizou 
sobremaneira o ideário de DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, basta observar o 
insculpido no inciso III, art. 1º que firma a “promoção da dignidade da pessoa 
humana” como FUNDAMENTO da República e do Estado Democrático de Direito. 
Assim vejamos: 
 
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
(...) 
III - a dignidade da pessoa humana;”(Grifei) 
 
 Além disso, nossa Carta Magna considerou os DIREITOS FUNDAMENTAIS 
CLÁUSULAS PÉTREAS! Ou seja, não poderão ser abolidos nem por emenda 
constitucional! Vejamos o conteúdo do art. 60, § 4º inciso IV: 
“Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
(...) 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir: 
(...) 
IV - os direitos e garantias individuais.”(Grifei) 
Achando insuficientemente resguardados os direitos fundamentais, a Constituição, 
 
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 Folha 74, Direito Humanos Fundamentais, Coleção Saberes do Direito Volume 57 
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para refrear possíveis práticas abusivas emanadas dos agentes no poder, estabeleceu 
em seu texto os chamados REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS3, a ação civil pública e o 
sistema de controle de constitucionalidade. Como se observa, os direitos não foram 
apenas dispostos, mas foram criados mecanismos de proteção e efetivação dos 
mesmos. 
Resumindo, foi muito importante o PROCESSO DE CONSTITUICIONALIZAÇÃO 
DOS DIREITOS HUMANOS principalmente porquanto os PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS FORAM ELEVADOS, no próprio texto Constitucional, à CONDIÇÃO 
DE CLÁUSULA PÉTREA. Note-se que o texto é acompanhado por mecanismos 
institucionais e processuais. Essa condição reforça a proteção dos direitos fundamentais 
tendo em vista fatores como o aumento da força do Ministério Público. 
 A seguir estudaremos os principais direitos e garantias fundamentais insertos em 
nossa Constituição Federal de 1988. Vale dizer que esses direitos já estavam previstos 
em tratados internacionais ratificados pelo Brasil, todavia, não eram por diversas vezes 
considerados. Com sua incorporação ao texto Constitucional, essa situação está sendo 
alterada aos poucos. Passemos a analise dos artigos constitucionais e de alguns dos 
mais notáveis princípios que são referenciados por essa norma. 
 
 
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 Habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, mandado de injunção e ação popular 
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PRINCÍPIO DA IGUALDADE 
 
 
 
Constituição Federal 1988 Declaração Universal dos Direitos Humanos Direito protegido 
 “Art. 5º Todos são iguais perante a 
lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais 
em direitos e obrigações, nos 
termos desta Constituição;” 
Artigo I 
Todas as pessoas nascem livres e 
iguais em dignidade e direitos. São 
dotadas de razão e consciência e devem 
agir em relação umas às outras com 
espírito de fraternidade. 
DIREITO DE 1ª GERAÇÃO/DIMENSÃO 
(DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS) 
IGUALDADE: 
Na lição de Pedro Lenza em sua obra Direito 
Constitucional Esquematizado, 13ª edição: 
“O art. 5º, caput, consagra serem todos 
iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza. 
Deve-se, contudo, buscar não somente essa 
aparente igualdade formal (consagrada no 
liberalismo clássico), mas, principalmente, a 
igualdade material, na medida em que a lei 
deverá tratar igualmente os iguais e 
desigualmente os desiguais, na medida 
de suas desigualdades.” (g.n.) 
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IGUALDADE SEM DISTINÇÕES DE QUALQUER NATUREZA 
 
 
 
 
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“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em 
direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição;” 
(...) 
XLII - a prática do racismo constitui 
crime inafiançável e imprescritível, 
sujeito à pena de reclusão, nos termos da 
lei; 
Artigo II 
Toda pessoa tem capacidade para gozar 
os direitos e as liberdades estabelecidos 
nesta Declaração, sem distinção de 
qualquer espécie, seja de raça, cor, 
sexo, língua, religião, opinião política ou 
de outra natureza, origem nacional ou 
social, riqueza, nascimento, ou qualquer 
outra condição. 
DIREITO DE 1ª GERAÇÃO/DIMENSÃO 
(DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS) 
IGUALDADE: 
Tratar igualmente os iguais e desigualmente os 
desiguais, na medida de suas desigualdades. 
 
 
 
 
 
 
 
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PRINCÍPIO DO DIREITO À VIDA 
 
 
 
Art. 5º Todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País 
a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos 
seguintes: 
 
Artigo III 
Toda pessoa tem direito à vida, 
à liberdade e à segurança 
pessoal. 
 
DIREITO DE 1ª GERAÇÃO/DIMENSÃO (DIREITOS CIVIS E 
POLÍTICOS) 
DIREITO À VIDA 
Na lição do mestre Pedro Lenza: “O direito à vida, previsto de forma 
genérica no art. 5º, caput, abrange tanto o direito de não ser morto, 
privado da vida, portanto, o direito de continuar vivo, como também o 
direito de ter uma vida digna”. 
PRINCÍPIO DA LIBERDADE (DIREITO À LIBERDADE) 
Liberdade em sentido amplo. Liberdade para fazer tudo aquilo que a lei não 
proíbe (art.5º, II), liberdade de ir e vir (locomoção) (art.5º, XV e LXI), 
liberdade de pensamento (art.5º, IV e V), liberdade de consciência, de 
crença, liberdade e de culto (art.5º, VI e VIII), liberdade de atividade 
intelectual, artística, científica ou de comunicação e indenização no caso de 
dano (art.5º, IX e X), liberdade de profissão (art.5º, XIII), liberdade de 
informação (art.5º, XIV e XXXIII). 
DIREITO À SEGURANÇA PESSOAL 
Principalmente para proteger o indivíduo em sua integridade física e moral. 
Essa proteção compreende a segurança pública (dever de agir do 
Estado) e também contra ações desarrazoadas do próprio Estado. 
 
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DIREITO À LIBERDADE 
 
 
 
 
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a 
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, 
o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 64, de 2010) 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores 
urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
IV - salário mínimo , fixado em lei, 
nacionalmente unificado, capaz de atender a 
suas necessidades vitais básicas e às de sua 
família com moradia, alimentação, educação, 
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos 
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo 
vedada sua vinculação para qualquer fim; 
Artigo IV 
Ninguém será mantido em escravidão ou 
servidão, a escravidão e o tráfico de 
escravos serão proibidos em todas as suas 
formas. 
PRINCÍPIO DA LIBERDADE 
Tudo que restringe a liberdade e submete um indivíduo ao 
domínio de outrem é ESCRAVIDÃO. Assim, a escravidão 
deve ser combatida porquanto afronta todos os princípios 
que fundamentam uma sociedade DEMOCRÁTICA. 
Em nosso país, desde a abolição da escravatura, o 
poder público se preocupa em participar de acordos 
e tratados internacionais que repudiem a escravidão. 
Outrossim, a Constituição Federal de 1988 assegura - em 
seu artigo 5º, inciso XII - o livre exercício de qualquer 
trabalho, ofício ou profissão, desde que atendidas as 
qualificações profissionais estabelecidas em lei. Além disso, 
o artigo 6º de nossa Carta Magna insere o trabalho no rol 
dos direitos sociais sendo que o artigo 7º em seu inciso 
IV garante o direito de todo trabalhador ter, pelo menos, 
um salário mínimo pelos seus esforços. 
 
 
ABOLIÇÃO DA TORTURA 
 
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Artigo 5º, Inciso III - ninguém será 
submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
 
Artigo V 
Ninguém será submetido à tortura, 
nem a tratamento ou castigo cruel, 
desumano ou degradante. 
 
ABOLIÇÃO DA TORTURA 
Nenhum indivíduo será submetido à tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante.Como 
garantia a esse direito, a lei considerará crime 
inafiançável a prática da tortura (art. 5º, XLIII). 
Além disso, a Lei n. 9.455/97 integrou os 
normativos insertos na Carta Magna, ao definir os 
crimes de tortura. 
 
 
 
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IGUALDADE, EM TODO E QUALQUER LUGAR, PERANTE A LEI 
 
 
 
Art. 5º Todos são iguais 
perante a lei, sem 
distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos 
estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos 
seguintes: 
Artigo VI 
Toda pessoa tem o direito de ser, 
em todos os lugares, 
reconhecida como pessoa perante 
a lei. 
IGUALDADE DE TODOS EM QUALQUER LUGAR PERANTE A LEI. 
Em complemento ao princípio da legalidade, o artigo VI da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos apregoa que todos os 
indivíduos têm direito ao reconhecimento como pessoa perante a lei 
onde quer que estejam. Um exemplo disso é que todo estrangeiro 
deverá ser assistido pela Lei do país em que estiver em 
igualdade de condições com o cidadão local. Ex: Caso um 
cidadão brasileiro esteja em um país diferente terá direito de ser 
assistido pela Lei estrangeira. 
 
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IGUALDADE PERANTE A LEI 
 
 
 
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Art. 5º Todos são iguais perante 
a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
(...) 
II - ninguém será obrigado a 
fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei; 
Artigo VII 
Todos são iguais perante a lei e 
têm direito, sem qualquer 
distinção, a igual proteção da lei. 
Todos têm direito a igual proteção 
contra qualquer discriminação que 
viole a presente Declaração e contra 
qualquer incitamento a tal 
discriminação. 
 
DIREITO DE 1ª GERAÇÃO/DIMENSÃO (DIREITOS 
CIVIS E POLÍTICOS) 
IGUALDADE 
Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, 
na medida de suas desigualdades. 
LEGALIDADE 
Não há crime sem lei que o defina, nem pena sem 
cominação legal. 
 
 
DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
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Art. 5º 
 
(...) 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou 
de seus bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, 
com os meios e recursos a ela inerentes; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica 
integral e gratuita aos que comprovarem 
insuficiência de recursos; 
 
Artigo VIII 
 
Toda pessoa tem direito a receber dos 
tributos nacionais competentes remédio 
efetivo para os atos que violem os direitos 
fundamentais que lhe sejam reconhecidos 
pela constituição ou pela lei. 
 
DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA 
 
Também chamado de princípio da 
inafastabilidade do controle jurisdicional 
ou princípio do direito de ação, esse 
princípio tem o fito de resguardar o direito de 
todos, indistintamente, pleitearem as suas 
demandas junto aos órgãos do Poder 
Judiciário, desde que cumpridas as regras 
estabelecidas pela legislação processual para 
a fruição do direito. 
 
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO 
LEGAL 
“Ninguém será privado da liberdade ou 
de seus bens sem o devido processo 
legal. Corolário a este princípio, asseguram-
se aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral o 
contraditório e a ampla defesa, com os meios 
e recursos a ela inerentes.” Pedro Lenza 
 
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PRICÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL – REGRAS SOBRE PRISÃO 
 
 
 
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Art. 5º, incisos a seguir relacionados: 
(...) 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou 
de seus bens sem o devido processo legal; 
(...) 
LXI - ninguém será preso senão em 
flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de transgressão 
militar ou crime propriamente militar, definidos 
em lei; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente 
relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela 
mantido, quando a lei admitir a liberdade 
provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo 
a do responsável pelo inadimplemento 
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia 
e a do depositário infiel; 
Artigo IX 
Ninguém será 
arbitrariamente preso, 
detido ou exilado. 
DIREITO DE 1ª GERAÇÃO/DIMENSÃO (DIREITOS 
CIVIS E POLÍTICOS) 
REGRAS SOBRE PRISÃO 
Sobre esse assunto, vale o ensinamento do Dr. Prof. Pedro 
Lenza: 
� prisão: somente em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de transgressão militar 
ou crime propriamente militar, definidos em lei (vide 
também art. 136,§ 3.°, I, no caso de estado de 
defesa); 
� prisão ilegal: será imediatamente relaxada pela 
autoridade judiciária; 
� admissão pela lei de iberdade provisória, com 
ou sem fiança: ninguém será levado à prisão ou 
nela mantido; 
� prisão civil: não é admitida, salvo a do responsável 
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de 
obrigação alimentícia e a do depositário infiel. 
DEVIDO PROCESSO LEGAL 
Assevera que ninguém será privado da liberdade ou de 
seus bens sem o devido processo legal. 
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURA OU LEGAL 
 
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Art. 5º, Incisos XXXVII e LIII 
“(...) 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de 
exceção; 
(...) 
LIII - ninguém será processado nem 
sentenciado senão pela autoridade 
competente;” 
 
Artigo X 
Toda pessoa tem direito, em plena 
igualdade, a uma audiência justa e 
pública por parte de um tribunal 
independente e imparcial, para decidir 
de seus direitos e deveres ou do 
fundamento de qualquer acusação criminal 
contra ele. 
 
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL OU LEGAL 
A Constituição estabelece que não haverá juízo ou 
tribunal de exceção. Ou seja, ninguém pode ser 
processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente. 
“O conteúdo jurídicodo princípio pode ser 
resumido na inarredável necessidade de 
predeterminação do juízo competente, quer 
para processo, quer para o julgamento, 
proibindo-se qualquer forma de designação 
de tribunais para casos determinados. Na 
verdade, o princípio em estudo é um 
desdobramento da regra da igualdade. Nesse 
sentido Pontes Miranda aponta que a “proibição 
dos tribunais de exceção representa, no direito 
constitucional contemporâneo, garantia 
constitucional: é direito ao juízo legal comum”, 
indicando vedação à discriminação de pessoas ou 
casos para efeito de submissão a juízo ou tribunal 
que não o recorrente por todos os indivíduos.” 
(Grifei). L.A.D Araujo e V. Serrano Nunes Júnior, 
Curso de direito constitucional, 2002, p. 141. 
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PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA 
 
 
 
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Art. 5º 
LVII - ninguém será 
considerado culpado 
até o trânsito em 
julgado de sentença 
penal condenatória; 
 
Artigo XI 
1. Toda pessoa acusada de um ato 
delituoso tem o direito de ser 
presumida inocente até que a sua 
culpabilidade tenha sido provada de 
acordo com a lei, em julgamento 
público no qual lhe tenham sido 
asseguradas todas as garantias 
necessárias à sua defesa. 
2. Ninguém poderá ser culpado por 
qualquer ação ou omissão que, no 
momento, não constituíam delito 
perante o direito nacional ou 
internacional. Tampouco será imposta 
pena mais forte do que aquela que, no 
momento da prática, era aplicável ao 
ato delituoso. 
 
DIREITO DE 1ª GERAÇÃO/DIMENSÃO (DIREITOS CIVIS E 
POLÍTICOS) 
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (NÃO CULPABILIDADE) 
No que concerne ao princípio da presunção de inocência, vejamos o 
que ensina o Prof. Pedro Lenza em sua obra Direito Constitucional 
Esquematizado: 
“Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado 
de sentença penal condenatória. Assim, nada mais natural que a 
inversão do ônus da prova, ou seja, a inocência é presumida, 
cabendo ao MP ou à parte acusadora (na hipótese de ação penal 
privada) provar a culpa. Caso não o faça, a ação penal deverá ser 
julgada improcedente.”(Grifei) 
 
 
DIREITO À PRIVACIDADE 
 
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Art. 5º. Incisos X, XI e XII 
X - são invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua 
violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso 
de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da 
correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem 
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal; 
Artigo XII 
Ninguém será sujeito a interferências na sua 
vida privada, na sua família, no seu lar ou 
na sua correspondência, nem a ataques à 
sua honra e reputação. Toda pessoa tem 
direito à proteção da lei contra tais 
interferências ou ataques. 
 
DIREITO DE 1ª GERAÇÃO/DIMENSÃO 
(DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS) 
DIREITO À INTIMIDADE/PRIVACIDADE 
Aqui é consagrado o direito à privacidade. 
Assim sendo, aqueles que violarem a 
intimidade dos demais estarão sujeitos aos 
rigores da lei. É também em razão do direito à 
privacidade que são impostas regras rigorosas 
à violação/quebra do sigilo. Esse direito é tão 
sério que, uma escuta telefônica, sem a devida 
ordem judicial, pode acabar por anular o 
processo por inteiro. 
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DIREITO DE LOCOMOÇÃO E RESIDÊNCIA 
 
 
 
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Art. 5º, incisos XV e LXVIII: 
Inciso XV - é livre a locomoção no 
território nacional em tempo de paz, 
podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, 
nele entrar, permanecer ou dele sair com 
seus bens; 
 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" 
sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em 
sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; 
Artigo XIII 
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de 
locomoção e residência dentro das 
fronteiras de cada Estado. 
2. Toda pessoa tem o direito de deixar 
qualquer país, inclusive o próprio, e a este 
regressar. 
 
DIREITO DE LOCOMOÇÃO (MOVIMENTO) 
É ter a liberdade de ir, vir ou permanecer em 
determinado lugar. 
 
 
PRINCÍPIO DA CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO 
 
 
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Art. 4° A República Federativa do 
Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais pelos seguintes 
princípios: 
(...) 
X – concessão de asilo político. 
 
Art. 5º, Inciso LII: 
 
LII - não será concedida 
extradição de estrangeiro por 
crime político ou de opinião; 
Artigo XIV 
1.Toda pessoa, vítima de 
perseguição, tem o direito de 
procurar e de gozar asilo em 
outros países. 
2. Este direito não pode ser invocado 
em caso de perseguição 
legitimamente motivada por crimes 
de direito comum ou por atos 
contrários aos propósitos e princípios 
das Nações Unidas. 
PRINCÍPIO DA CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO 
Nas palavras do Prof. JOSÉ AFONSO DA SILVA, asilo 
político: 
 
“(...) consiste no recebimento de estrangeiros no 
território nacional, a seu pedido, sem os requisitos de 
ingresso, para evitar punição ou perseguição no seu 
país de origem por delito de natureza política ou 
ideológica. Cabe ao Estado asilante a classificação da 
natureza do delito e dos motivos da perseguição. É razoável 
que assim seja, porque a tendência do Estado do asilado é a 
de negar a natureza política do delito imputado e dos 
motivos da perseguição, para considerá-la comum. 
A Constituição prevê a concessão do asilo político, sem 
restrições, considerado como um dos princípios que regem 
as relações internacionais da República Federativa do 
Brasil.”(Grifei). 
Esse princípio institui o direito de qualquer indivíduo buscar 
um local seguro para se estabelecer e viver. 
 
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DIREITO DE POSSUIR UMA NACIONALIDADE 
 
 
 
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Art. 12. São brasileiros: 
 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, 
ainda que de pais estrangeiros, desde que estes 
não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro 
ou mãe brasileira, desde que qualquer deles 
esteja a serviço da República Federativa do 
Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou 
de mãe brasileira, desde que sejam registrados 
em repartição brasileira competente ou venham 
a residir na República Federativa do Brasil e 
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a 
maioridade, pela nacionalidade 
brasileira; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 54, de 2007) 
 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a 
nacionalidade brasileira, exigidas aos originários 
de países de língua portuguesa apenas residência 
por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
Artigo XV 
1. Toda pessoa tem direito a uma 
nacionalidade. 
2. Ninguém será arbitrariamente privado 
de sua nacionalidade, nem do direito de 
mudar de nacionalidade. 
 
DIREITO FUNDAMENTAL A UMA 
NACIONALIDADE 
Direito Fundamental à Nacionalidade é a situação 
subjetiva na qual se atribui (constitucionalmente) 
a toda e qualquer pessoa um ordenamento pátrio 
com os Direitos e os Deveres inerentes a uma 
Nacionalidade. Assim, só será restringido esse 
direito em casos específicos, devidamente 
regulamentados, como se verifica nas situações 
previstas no art. 12, § 4º, incisos I, II de 
nossa Constituição, conforme explicitado abaixo: 
Art. 12 (...) 
 
4º - Será declarada a perda da nacionalidade do 
brasileiro que: 
 
I - tiver cancelada sua naturalização, por 
sentença judicial, em virtude de atividade nociva 
ao interesse nacional; 
Comentário: Assim sendo, a hipótese de que 
trata o inciso I só será aplicada a brasileiros 
naturalizados, sendo de competência da justiça 
federal essas ações. É o chamado cancelamento 
de naturalização. 
 
 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, 
residentes na República Federativa do Brasil 
há mais de quinze anos ininterruptos e sem 
 II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 3, de 1994) 
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condenação penal, desde que requeiram a 
nacionalidade brasileira.(Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 
1994) 
(...) 
No que tange às limitações ao direito a uma 
nacionalidade, assim dispõe nossa 
Constituição Federal em seu Art. 12, § 4º, 
incisos I, II, III: 
§ 4º - Será declarada a perda da 
nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por 
sentença judicial, em virtude de atividade 
nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo no 
casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade 
originária pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma 
estrangeira, ao brasileiro residente em estado 
estrangeiro, como condição para permanência 
em seu território ou para o exercício de 
direitos civis; 
 
Comentário: A essa ocorrência é dado o nome 
de nacionalidade voluntária (que é a segunda 
hipótese de perda da nacionalidade). Explico, 
caso um brasileiro adquira uma nova 
nacionalidade, perderá a nacionalidade brasileira 
(exceto nos casos de dupla nacionalidade). 
 
a) de reconhecimento de nacionalidade 
originária pela lei estrangeira; (Incluído 
pela Emenda Constitucional de Revisão nº 
3, de 1994) 
 
Comentário: Como depreende-se da leitura da 
alínea “a” essa hipótese só se aplica a brasileiros 
natos. 
b) de imposição de naturalização, pela 
norma estrangeira, ao brasileiro residente 
em estado estrangeiro, como condição 
para permanência em seu território ou 
para o exercício de direitos civis; 
 
Comentário: A CF abre uma exceção nesse caso 
por não ser uma opção voluntária do cidadão 
brasileiro adquirir outra nacionalidade, mas sim 
uma imposição do Estado estrangeiro 
 
PRICÍPIO DA LIBERDADE (ESFERA INDIVIDUAL) – CONTRAIR MATRIMÔNIO 
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
 
(...) 
 
Art. 226. A família, base da sociedade, 
tem especial proteção do Estado. 
Artigo XVI 
1. Os homens e mulheres de maior 
idade, sem qualquer retrição de raça, 
nacionalidade ou religião, têm o direito 
de contrair matrimônio e fundar uma 
família. Gozam de iguais direitos em 
relação ao casamento, sua duração e sua 
dissolução. 
2. O casamento não será válido senão 
com o livre e pleno consentimento dos 
nubentes. 
PRINCÍPIO DA LIBERDADE 
O Direito de contrair matrimônio aqui 
retratado consiste no DIREITO DE 
LIBERDADE consagrado mais uma vez 
em sua DIMENSÃO INDIVIDUAL. 
 
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DIREITO À PROPRIEDADE 
 
 
Art. 5º(...) 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função 
social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento 
para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, 
mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos 
nesta Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo 
público, a autoridade competente poderá 
usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização 
ulterior, se houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim 
definida em lei, desde que trabalhada pela 
família, não será objeto de penhora para 
Artigo XVII 
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só 
ou em sociedade com outros. 
2.Ninguém será arbitrariamente privado de 
sua propriedade. 
 
DIREITO À PROPRIEDADE 
Direito de propriedade é mais um direito 
individual protegido por nossa Constituição e 
também inserto na Declaração Universal dos 
Direitos Humanos. Assim como os demais 
direitos individuais, a Lei Máxima de 1988 
alçou esse direito à cláusula pétrea. Consiste 
no direito de uso, gozo, fruição e disposição 
de um determinado bem. 
No entanto, conforme insculpido nos incisos 
XXIV e XXV, NÃO se trata de um direito 
ABSOLUTO. 
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pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os 
meios de financiar o seu desenvolvimento; 
LIBERDADE DE PENSAMENTO, CONSCIÊNCIA E RELIGIÃO 
 
 
 
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileirose aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes: 
(...) 
IV - é livre a manifestação do pensamento, 
sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e 
de crença, sendo assegurado o livre exercício 
dos cultos religiosos e garantida, na forma da 
lei, a proteção aos locais de culto e a suas 
liturgias; 
VIII - ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para 
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e 
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada 
em lei; 
Artigo XVIII 
Toda pessoa tem direito à liberdade de 
pensamento, consciência e religião; este 
direito inclui a liberdade de mudar de 
religião ou crença e a liberdade de 
manifestar essa religião ou crença, pelo 
ensino, pela prática, pelo culto e pela 
observância, isolada ou coletivamente, em 
público ou em particular. 
DIREITO DE 1ª GERAÇÃO/DIMENSÃO 
(DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS) 
 
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE 
RELIGIÃO (DIREITO À LIBERDADE) 
Aqui, a liberdade encontra-se em sentido 
“stricto sensu”. O artigo, nesse caso, 
refere-se às liberdades de pensamento 
(art.5º, IV e V), de consciência, de crença 
e de culto (art.5º, VI e VIII). 
 
LIBERDADE DE OPINIÃO E EXPRESSÃO 
 
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
(...) 
IV - é livre a manifestação do 
pensamento, sendo vedado o 
anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou 
à imagem; 
(...) 
X - são invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação; 
Artigo XIX 
Toda pessoa tem direito à 
liberdade de opinião e 
expressão; este direito inclui a 
liberdade de, sem interferência, ter 
opiniões e de procurar, receber e 
transmitir informações e ideias por 
quaisquer meios e 
independentemente de fronteiras. 
 
DIREITO DE 1ª GERAÇÃO/DIMENSÃO (DIREITOS CIVIS 
E POLÍTICOS) 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO 
É corolário do princípio da liberdade. Destarte, mais uma vez, 
o princípio da liberdade é invocado em sua esfera individual. 
No caso em pauta é apresentado o direito à liberdade de 
opinião e expressão. Esse princípio encontra-se insculpido em 
nossa Constituição Federal no art. 5º, incisos IV, V e X e no 
caput e parágrafos 1º , 2º, 5º e 6º do art. 220 da 
Constituição Federal de 1988. 
Vale dizer que a Liberdade de expressão consiste no 
direito de todo o indivíduo manifestar livremente suas 
opiniões, suas ideias e seus pensamentos. Portanto, 
afigura-se como um conceito basilar para a preservação 
das democracias modernas, onde a censura não tem 
espaço no contexto social e moral. 
Entretanto, esse direito não é absoluto conforme inciso X do 
art. 5º que garante o direito de resposta e de indenização no 
caso de dano material, moral ou à imagem 
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LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO PACÍFICA 
 
 
 
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ART. 5º 
XVII - é plena a liberdade de associação para 
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
(...) 
XX - ninguém poderá ser compelido a 
associar-se ou a permanecer associado; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da 
lei, a de cooperativas independem de autorização, 
sendo vedada a interferência estatal em seu 
funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-
se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se 
ou a permanecer associado; 
(...) 
Art. 8º É livre a associação profissional ou 
sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado 
para a fundação de sindicato, ressalvado o registro 
no órgão competente, vedadas ao Poder Público a 
interferência e a intervenção na organização 
sindical; 
Artigo XX 
1. Toda pessoa tem direito à 
liberdade de reunião e 
associação pacíficas. 
2. Ninguém pode ser 
obrigado a fazer parte de 
uma associação. 
 
DIREITO DE 1ª GERAÇÃO/DIMENSÃO 
(DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS) 
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO 
PACÍFICA. 
Nunca é demais informar que se trata, mais uma vez, 
de uma consequência do princípio da Liberdade - em 
sentido restrito. 
Destarte, o princípio da liberdade de associação 
pacífica é exaltado, tendo em vista a sua estreita 
ligação com os ideais DEMOCRÁTICOS. 
Assim, o princípio em comento regulamenta o direito 
de todo o cidadão reivindicar seus direitos. É bom 
frisar que as manifestações populares põem à 
prova todos os demais princípios democráticos. 
A resposta do Estado às manifestações democráticas 
pacíficas (passeatas, reuniões, greve etc.) demonstra 
o grau de seu amadurecimento democrático. 
Nesse sentido, os indivíduos podem reunir-se 
pacificamente para desempenhar sua liberdade de 
expressão. 
Por fim, em uma sociedade civil democrática de fato, 
a contestação e o debate servem como instrumentos 
para o aprimoramento de ideias e de instituições. 
 
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V - ninguém será obrigado a filiar-se 
ou a manter-se filiado a sindicato; 
(...) 
 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, 
competindo aos trabalhadores decidir 
sobre a oportunidade de exercê-lo e 
sobre os interesses que devam por meio 
dele defender. 
§ 1º - A lei definirá os serviços ou 
atividades essenciais e disporá sobre o 
atendimento das necessidades inadiáveis 
da comunidade. 
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam 
os responsáveis às penas da lei. 
Art. 10. É assegurada a participação dos 
trabalhadores e empregadores nos 
colegiados dos órgãos públicos em que 
seus interesses profissionais ou 
previdenciários sejam objeto de 
discussão e deliberação. 
Art. 11. Nas empresas de mais de 
duzentos empregados, é assegurada a 
eleição de um representante destes com 
a finalidade exclusiva de promover-lhes o 
entendimento direto com os 
 
Todavia, o texto constitucional estabelece restrições a este 
direito, quais sejam: 
 
a) Veda a associação que tenha como propósito 
alcançar fins ilícitos, ou seja, proibidos por lei. 
Quanto a essa ilicitude, vale expor que a mesma não 
se limita ao cometimento de crimes (infrações insertas 
no código penal), mas também à prática de 
comportamentos repugnados pelo ordenamento 
jurídico aos quais não se atribui sanção de natureza 
penal; 
 
Vedação de associação que tenhamcaráter paramilitar, 
melhor dizendo, possuidoras de estrutura militar com o fito 
de praticar ações políticas. 
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empregadores. 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
 
 
 
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CAPÍTULO IV 
DOS DIREITOS POLÍTICOS 
Art. 14. A soberania popular será exercida 
pelo sufrágio universal e pelo voto direto 
e secreto, com valor igual para todos, e, 
nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
Artigo XXI 
1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte 
no governo de seu país, diretamente ou 
por intermédio de representantes 
livremente escolhidos. 
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso 
ao serviço público do seu país. 
3. A vontade do povo será a base da 
autoridade do governo; esta vontade será 
expressa em eleições periódicas e 
legítimas, por sufrágio universal, por 
voto secreto ou processo equivalente que 
assegure a liberdade de voto. 
DIREITOS POLÍTICOS E DIREITO À 
DEMOCRACIA 
Afigura-se como o direito, que a todos assiste, 
de eleger seus representantes ou de exercer 
diretamente sua cidadania por meio de 
instrumentos postos à disposição de cada 
indivíduo. É o governo do povo. A instituição 
do direito de eleger e participar diretamente 
das decisões governamentais. Ou seja, a 
prevalência da vontade da maioria no 
direcionamento dos programas de governo. 
Assim sendo, o pleno gozo dos direitos 
políticos é a regra. 
 
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Art. 15. É vedada a cassação de direitos 
políticos, cuja perda ou suspensão só se dará 
nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por 
sentença transitada em julgado; (PERDA 
DOS DIREITOS POLÍTICOS SEGUNDO 
DOUTRINA MAJORITÁRIA) 
II - incapacidade civil absoluta; 
(SUSPENSÃO) 
III - condenação criminal transitada em 
julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
(SUSPENSÃO – ATÉ A EXTINÇÃO DA 
PUNIBILIDADE) 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos 
imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art. 5º, VIII; (DOUTRINA 
MAJORITÁRIA INTERPRETA ESSE CASO 
COMO PERDA, SITUAÇÃO DE “ESCUSA 
DE CONSCIÊNCIA) 
V - improbidade administrativa, nos termos 
do art. 37, § 4º. (SUSPENSÃO) 
 Entretanto, nossa Carta Magna enumera 
determinadas situações - nos incisos I, II, 
III, IV e V do art. 15 - em que há PERDA ou 
SUSPENSÃO desse direito. Vale dizer que a 
PERDA tem caráter DEFINITIVO enquanto 
a SUSPENSÃO tem caráter TEMPORÁRIO. 
A doutrina majoritária ensina que as 
hipóteses de PERDA estão elencadas nos 
incisos I e IV do art. 15. Já as hipóteses de 
SUSPENSÃO, nos incisos II, III e V do 
referido artigo. 
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SEGURANÇA SOCIAL 
 
 
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Art. 6º São direitos sociais a educação, a 
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, 
o lazer, a segurança, a previdência social, 
a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 64, de 2010) 
Artigo XXII 
Toda pessoa, como membro da sociedade, 
tem direito à segurança social e à 
realização, pelo esforço nacional, pela 
cooperação internacional e de acordo com a 
organização e recursos de cada Estado, dos 
direitos econômicos, sociais e culturais 
indispensáveis à sua dignidade e ao livre 
desenvolvimento da sua personalidade. 
 
DIREITO DE 2ª GERAÇÃO/DIMENSÃO 
(DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E 
CULTURAIS) 
SEGURANÇA SOCIAL 
Quando falamos em segurança social para 
todos, significa dizer que todo o indivíduo deve 
ter assegurado pelo Estado o mínimo 
necessário para exercer sua cidadania. 
Principalmente em situações de 
vulnerabilidade como desemprego 
(assistência), doença (saúde) e idade 
avançada (previdência). 
Assim, é basilar para nosso entendimento o 
insculpido no art.194 de nossa Constituição de 
1988: 
“Art. 194. A seguridade social compreende 
um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos relativos 
à saúde, à previdência e à assistência 
social.” 
 
DIREITO DOS TRABALHADORES 
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Art. 5º 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, 
ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
(...) 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente 
unificado, capaz de atender a suas necessidades 
vitais básicas e às de sua família com moradia, 
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, 
higiene, transporte e previdência social, com reajustes 
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo 
vedada sua vinculação para qualquer fim; 
(...) 
 
Artigo XXIII 
1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à 
livre escolha de emprego, a condições 
justas e favoráveis de trabalho e à proteção 
contra o desemprego. 
 
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, 
tem direito a igual remuneração por igual 
trabalho. 
 
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a 
uma remuneração justa e satisfatória, 
que lhe assegure, assim como à sua 
família, uma existência compatível com 
a dignidade humana, e a que se 
acrescentarão, se necessário, outros meios 
de proteção social. 
DIREITO DE 2ª 
GERAÇÃO/DIMENSÃO 
(DIREITOS ECONÔMICOS, 
SOCIAIS E CULTURAIS) 
DIREITO AO TRABALHO 
Consiste na defesa dos trabalhadores 
contra discriminação e maus-tratos no 
exercício de suas funções. Em suma, é 
assegurar que nenhum trabalhador 
tenha que trabalhar até o 
exaurimento, que seja obrigado a 
trabalhar em situações de risco à sua 
integridade física, em troca de um 
salário inferior ao mínimo necessário 
para o atendimento de suas 
necessidades e de sua família. 
 
 
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XXX - proibição de diferença de salários, de 
exercício de funções e de critério de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
Art. 8º É livre a associação profissional ou 
sindical, observado o seguinte: 
 
4. Toda pessoa tem direito a organizar 
sindicatos e neles ingressar para 
proteção de seus interesses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO AO REPOUSO E AO LAZER 
 
 
 
 
 
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Art. 6º São direitos sociais a educação, a 
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, 
o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 64, de 2010) 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores 
urbanos e rurais, além de outros que visem 
à melhoria de sua condição social: 
(...) 
 
Artigo XXIV 
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, 
inclusive a limitação razoável das horas 
de trabalho e férias periódicas 
remuneradas. 
 
DIREITO DE 2ª GERAÇÃO/DIMENSÃO 
(DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E 
CULTURAIS) 
 
DIREITO AO REPOUSO E AO 
LAZER/DIVERSÃO 
 
Esse direito, às vezes menosprezado frente aos 
demais, mostra-se de grande importância em 
nossa sociedade moderna. Pesquisas alertam 
para o aumento de doenças relacionadas ao 
stress e à depressão. 
 
 
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IV - salário mínimo, fixado em lei, 
nacionalmente unificado, capaz de atender a 
suas necessidades vitais básicas e às de sua 
família com moradia, alimentação, educação, 
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte 
e previdência social, com reajustes 
periódicos que lhe preservem o poder 
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim; 
(...) 
XIII - duração do trabalho normal não 
superior a oito horas diárias e quarenta 
e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da 
jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 
5.452, de 1943) 
XIV - jornada de seis horas para o 
trabalho realizado em turnos 
ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, 
preferencialmente aos domingos; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas 
 Portanto, o Direito à Diversão se afigura 
como um direito de vanguarda que 
objetiva resguardar a saúde e o bem-
estar dos indivíduos. 
 
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com, pelo menos, um terço a mais do que o 
salário normal; 
 
COMIDA, VESTUÁRIO, CUIDADOS MÉDICOS E ABRIGO PARA TODOS 
 
 
 
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Art. 6º São direitos sociais a educação, a 
saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o lazer, a segurança, a previdência 
social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na 
forma desta Constituição. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 64, de 2010) 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos 
e rurais, além de outros que visem à melhoria 
de sua condição social: 
(...) 
IV - salário mínimo, fixado em lei, 
nacionalmente unificado, capaz de atender a 
suas necessidades vitais básicas e às de sua 
família com moradia, alimentação, 
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com 
reajustes periódicos que lhe preservem o poder 
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim; 
Artigo XXV 
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de 
vida capaz de assegurar a si e a sua família 
saúde e bem estar, inclusive 
alimentação, vestuário, habitação, 
cuidados médicos e os serviços sociais 
indispensáveis, e direito à segurança 
em caso de desemprego, doença, 
invalidez, viuvez, velhice ou outros casos 
de perda dos meios de subsistência fora de 
seu controle. 
2. A maternidade e a infância têm direito 
a cuidados e assistência especiais. Todas as 
crianças nascidas dentro ou fora do 
matrimônio, gozarão da mesma proteção 
social. 
DIREITO DE 2ª GERAÇÃO/DIMENSÃO 
(DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E 
CULTURAIS) 
 
DIREITO À ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO, 
CUIDADOS MÉDICOS E ABRIGO PARA 
TODOS 
O Estado deve promover condições 
mínimas de subsistência e moradia aos 
indivíduos. 
Assim, a pobreza deve ser combatida pelas 
instituições que compõem o Estado com 
empenho máximo. 
Outrossim, o Estado deve proteger as pessoas 
que se encontram em situações de 
vulnerabilidade tais como doença, velhice, 
maternidade e desemprego. 
 
DIREITO À EDUCAÇÃO 
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Art. 6º São direitos sociais a educação, a 
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 64, de 2010) 
 
Artigo XXVI 
1. Toda pessoa tem direito à instrução. 
A instrução será gratuita, pelo menos nos 
graus elementares e fundamentais. A 
instrução elementar será obrigatória. A 
instrução técnico-profissional será acessível 
a todos, bem como a instrução superior, 
esta baseada no mérito. 
2. A instrução será orientada no sentido do 
pleno desenvolvimento da 
personalidade humana e do 
fortalecimento do respeito pelos 
direitos humanos e pelas liberdades 
fundamentais. A instrução promoverá a 
compreensão, a tolerância e a amizade 
entre todas as nações e grupos raciais ou 
religiosos, e coadjuvará as atividades das 
Nações Unidas em prol da manutenção da 
paz. 
3. Os pais têm prioridade de direito na 
escolha do gênero de instrução que será 
ministrada a seus filhos. 
DIREITO DE 2ª GERAÇÃO/DIMENSÃO 
(DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E 
CULTURAIS) 
DIREITO À EDUCAÇÃO 
A educação é um direito humano fundamental 
que deve ser garantido pelo Estado porquanto 
impulsiona o desenvolvimento das 
pessoas e do país. A ampliação do acesso à 
educação promove a distribuição de renda 
e diminui as desigualdades entre 
indivíduos e regiões. Dai a importância 
desse direito, tendo em vista que o 
aprimoramento do indivíduo e da 
sociedade dependem do alcance e da 
qualidade da educação. 
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DIREITOS AUTORAIS 
 
 
 
Art. 5º 
XXVII - aos autores pertence o direito 
exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos 
herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
Artigo XXVII 
1. Toda pessoa tem o direito de participar 
livremente da vida cultural da comunidade, 
de fruir as artes e de participar do processo 
científico e de seus benefícios. 
2. Toda pessoa tem direito à proteção 
dos interesses morais e materiais 
decorrentes de qualquer produção 
científica, literária ouartística da qual 
seja autor. 
DIREITOS AUTORAIS 
O valor dos direitos autorais reside no 
estímulo da atividade criativa, visto que os 
autores têm a certeza/segurança que 
receberão as vantagens advindas de seus 
esforços. É um incentivo ao desenvolvimento 
por meio da proteção dos direitos daqueles 
que promovem avanços nas diversas áreas 
do conhecimento humano. 
 
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DIREITO A UM MUNDO LIVRE E JUSTO 
 
 
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Art. 5º 
§ 2º - Os direitos e garantias expressos 
nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela 
adotados, ou dos tratados internacionais 
em que a República Federativa do Brasil 
seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos que forem aprovados, 
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos 
aprovados na forma deste parágrafo). 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de 
Tribunal Penal Internacional a cuja 
criação tenha manifestado adesão. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
Artigo XXVIII 
Toda pessoa tem direito a uma ordem 
social e internacional em que os direitos 
e liberdades estabelecidos na presente 
Declaração possam ser plenamente 
realizados. 
 
UM MUNDO LIVRE E JUSTO 
Esse conceito abraça os demais direitos e 
extrapola as fronteiras de espaço. Assim, 
onde quer que as pessoas estejam, têm o 
direito de serem respeitadas, livres, tratadas 
com justiça e igualdade sem preconceitos de 
qualquer natureza. 
 
LIBERDADE COM RESPONSABILIDADE 
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Art. 5º (...) 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; 
(...) 
VIII - ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para 
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e 
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada 
em lei; 
 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, 
competindo aos trabalhadores decidir sobre a 
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses 
que devam por meio dele defender. 
(...) 
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os 
responsáveis às penas da lei. 
 
Artigo XXIX 
1. Toda pessoa tem deveres para com a 
comunidade, em que o livre e pleno 
desenvolvimento de sua 
personalidade é possível. 
2. No exercício de seus direitos e 
liberdades, toda pessoa estará sujeita 
apenas às limitações determinadas 
pela lei, exclusivamente com o fim de 
assegurar o devido reconhecimento e 
respeito dos direitos e liberdades de 
outrem e de satisfazer às justas 
exigências da moral, da ordem pública 
e do bem-estar de uma sociedade 
democrática. 
RESPONSABILIDADE COROLÁRIO DA 
LIBERDADE 
Quem já não escutou a frase “liberdade com 
responsabilidade”. Assim, caso todos 
fizessem aquilo que desse na cabeça, 
provavelmente invadiríamos os direitos dos 
outros. Logo, a liberdade vem 
acompanhada de responsabilidades ou 
deveres. 
Nessa linha de raciocínio, também são 
responsabilidades ou deveres do cidadão: 
1) Votar para escolher nossos governantes e 
nossos representantes nos poderes executivos 
e legislativo; 
2) Cumprir a leis; 
3) Respeitar os direitos sociais de outras 
pessoas; 
 
LIBERDADE RESPONSABILIDADE 
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Art. 14. A soberania popular será exercida 
pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos 
termos da lei, mediante: 
(...) 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de 
dezoito anos; 
Art. 144. A segurança pública, dever do 
Estado, direito e responsabilidade de 
todos, é exercida para a preservação da 
ordem pública e da incolumidade das 
pessoas e do patrimônio, através dos 
seguintes órgãos 
3. Esses direitos e liberdades não podem, em 
hipótese alguma, ser exercidos 
contrariamente aos propósitos e princípios 
das Nações Unidas. 
4) Prover o seu sustento com o seu trabalho; 
alimentar parentes próximos que sejam 
incapazes; 
5) Educar e proteger nossos semelhantes, 
Proteger a natureza; 
6) Proteger o patrimônio comunitário; 
Proteger o patrimônio público e social do 
país; Colaborar com as autoridades 
 
 
 
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Como visto nas tabelas acima, a maioria dos artigos da Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, que trazem em seu texto princípios fundamentais, encontram-se 
gravados em nossa Norma Maior de 1988. Também pode ser notado que os princípios 
não estão isolados em determinados artigos. Eles estão presentes em mais de um 
artigo constitucional, como é o caso do princípio da DA CONCESSÃO DE ASILO 
POLÍTICO que está presente nos artigos 4° e 5º de nossa Constituição 
SIMULTANEAMENTE. 
Por fim, notem que o artigo XXX não foi comparado com artigo da Constituição de 
1988. Isso ocorre porquanto esse artigo é um mecanismo de proteção dos direitos 
elencados na própria Declaração dos Direitos Humanos. Assim, o artigo XXX estabelece 
que ninguém poderá retirar de outrem os direitos estabelecidos na Declaração Universal 
dos Direitos Humanos. Ou seja, ninguém pode tirar de você o que foi instituído como 
Direito na Declaração Universal. Segue abaixo a transcrição do dito artigo para melhor 
entendimento do assunto: 
 
“Artigo XXX 
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada 
como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de 
exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição 
de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.”(Grifei) 
Também o art. 13 da Constituição Federal de 1988 não foi comentado em nossa 
aula tendo em vista que trata de nosso idioma oficial e dos símbolos da República 
Federativa do Brasil, Estados, DF e Municípios. Assim vejamos: 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do 
Brasil. 
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as 
armas e o selo nacionais. 
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DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL 
AULA 1 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 62 
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter

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