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Estudo de gramática - Karla Classes Gramaticais Substantivo Critério Semântico Nomeia seres Critério Morfológico Apresenta desinências de gênero e número próprias. Critério Sintático É núcleo de uma expressão que pode exercer funções sintáticas diversas Adjetivo Critério Semântico Caracteriza o substantivo ou o pronome Critério Morfológico Apresenta desinências de gênero e número em função do substantivo a que se refere Critério Sintático Subordina-se ao substantivo ou a um pronome Exemplos: grande, pequeno, bonito, feio, honesto, amarelo, rico Locuções adjetivas: Preposição + subst/pronome Refere-se à um substantivo ou pronome Qual é o seu escalão de idade? (locução adjetiva) Qual é o seu escalão etário? (adjetivo) Está sendo feito o tratamento de águas da chuva. (locução adjetiva) Está sendo feito o tratamento de águas pluviais. (adjetivo) A higiene da boca é muito importante. (locução adjetiva) A higiene bucal é muito importante. (adjetivo) Artigo - definido: o(s) e a(s); - indefinido: um, uns, uma(s) Critério Semântico Especifica ou generaliza o substantivo Critério Morfológico Constitui-se de desinências de número e gênero ou apresenta-as em função do substantivo a que se refere Critério Sintático Subordina-se ao substantivo e está sempre posicionado antes dele Verbo Critério Semântico Expressa processo (ação, estado, mudança de estado) Critério Morfológico Apresenta desinências número-pessoais e/ou modo-temporais Critério Sintático É o núcleo da oração (esta organiza-se em torno do verbo) Advérbio Critério Semântico Expressa circunstância em que se passa a ação ou intensifica um adjetivo, um advérbio ou um verbo Critério Morfológico É palavra invariável, ou seja, não apresenta desinências que marquem a flexão de gênero e número Critério Sintático Subordina-se a um verbo, um advérbio ou um adjetivo Exemplos: lugar (aqui), tempo (ontem), modo (pacientemente), afirmação (sim), negação (não), dúvida (talvez), intensidade (muito), exclusão (apenas), inclusão (mesmo), ordem (primeiramente) Locuções Adverbiais Preposição + subst/pronome Refere-se ao verbo de lugar: à esquerda, à frente, ao lado, em cima, por perto,… de tempo: pela manhã, de noite, à tarde, em breve, … de modo: em silêncio, de cor, ao contrário, às pressas,… de afirmação: por certo, com certeza, sem dúvida,… de negação: de modo algum, de forma alguma,… de intensidade: de muito, de pouco, de todo, em excesso,… de dúvida: com certeza, quem sabe,… Pronomes Pessoais do caso reto (s/ prep) substituem os substantivos e indicam as pessoas do discurso, assumindo maioritariamente a função de sujeito da oração. Eu fui ao cinema. Ele gosta de futebol. Exemplos: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Oblíquos (não se inicia oração) Tônicos → sempre precedidos de uma preposição + substituem um substantivo que tem função de objeto indireto. Pedro gosto de mim. Exemplos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas. Átonos → não são precedidos de uma preposição + podem substituir um substantivo que tem função de objeto direto ou de objeto indireto. Eu encontrei-o na praia. Exemplos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes de tratamento são formas mais corteses e reverentes de nos dirigirmos à pessoa com quem estamos falando ou de quem estamos falando. Vossa Excelência estará presente na cerimônia de abertura? Sua Eminência estará presente no conclave? Exemplos: você, senhor, senhora, senhorita, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Eminência, Vossa Santidade... Possessivos transmitem, principalmente, uma relação de posse, ou seja, indicam que alguma coisa pertence a uma das pessoas do discurso. Não sei onde pus minhas chaves. Você pode me emprestar sua caneta, por favor? Exemplos: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas. Demonstrativos situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso, em relação às próprias pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala, de quem se fala. Estes pronomes contraem-se com as preposições a, em e de. De quem é aquela mochila? Veja esta reportagem. Exemplos: este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Interrogativos referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical e são utilizados para interrogar, ou seja, para formular perguntas de modo direto ou indireto. Quem chegou? Diga-me, por favor, que horas são. Exemplos: que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas. Relativos relacionam-se sempre com o termo da oração que está antecedente ao mesmo, servindo de elo de subordinação das orações que iniciam. Eu comprei o vestido azul que estava na vitrine. A casa onde cresci era enorme. Exemplos: que, quem, onde, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas. Indefinidos se referem sempre à 3.ª pessoa gramatical, indicando que algo ou alguém é considerado de forma indeterminada e imprecisa. Foi apresentada alguma justificativa para o atraso na entrega da mercadoria? Ninguém se quer responsabilizar por esta tarefa. Exemplos: alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo, algum, algumas, nenhuns, nenhuma, todo, todos, outra, outras, muito, muita, pouco, poucos, certo, certa, vários, várias, tanto, tantos, quanta, quantas, qualquer, quaisquer, bastante, bastantes. UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO Exigência da norma-padrão para o uso de mesma pessoa gramatical ao dirigir-se ao mesmo interlocutor num discurso No Brasil, costuma-se usar o pronome de tratamento “você” – que corresponde à 3.a pessoa gramatical – para tratar com um receptor diretamente, mas esse uso não é uniforme, não é sempre o mesmo num texto ou discurso. “Você virá à escola hoje? Preciso te contar uma história.” 3.a pessoa gramatical 2.a pessoa gramatical Portanto, esse enunciado é considerado coloquial/ informal Para adequar o enunciado à norma-padrão, ou para torná-lo formal, basta respeitar a uniformidade de tratamento, ou seja, manter uma mesma pessoa gramatical para dirigir-se ao interlocutor. “Você virá à escola hoje? Preciso lhe contar uma história.” 3.a pessoa gramatical 3.a pessoa gramatical “Tu virás à escola hoje? Preciso te contar uma história.” 2.a pessoa gramatical 2.a pessoa gramatical O pronome reto só pode ser empregado como sujeito Esse bolo é para __eu__ comer? pronome reto = sujeito de “comer” Entretanto, se não faz função de sujeito, o pronome pessoal acompanhado de preposição deve ser oblíquo tônico: Esse presente foi dado para __mim___? Entre__mim___ e ela, não há mágoas. Na 3.a pessoa, o pronome “lhe” é empregado sempre que há uma preposição subentendida: Dei flores a ele = Dei-lhe flores. Entretanto, também na 3.a pessoa, o pronome “o/a” é empregado sempre que não há uma preposição subentendida: Dei flores a ele = Dei-as a ele Conforme prescrição da norma-padrão relativa ao uso de pronomes pessoais, não se inicia período com pronome oblíquo. Me contaram sua história. → coloquial/ informal Contaram-me sua história. → formal/ culto
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