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A história do Petróleo

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Belo Horizonte, 28 de agosto de 2017
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Tópicos em Política Contemporânea: A Política Internacional da Energia
Resenha I – A História do Petróleo
Professor Klauss Guimaraes Dalgaard	
Laís Santos Maciel - 2012063009
Resenha I – A História do Petróleo
O documentário trata de forma linear a história do petróleo, abarcando aspectos técnicos, políticos, históricos e econômicos. 
Inicialmente mostra-se a descoberta de petróleo nos Estados Unidos, o estadunidense “coronel” Edwin Drake em 1859 constrói a primeira torre de petróleo na Pensilvânia, Estados Unidos. O líquido foi encontrado quando o poço atingiu 23 metros de profundidade, enquanto o primeiro poço de petróleo offshore foi perfurado em 1896 no Campo Petrolífero Summerland na costa da Califórnia. O petróleo tinha sua utilização como querosene para iluminação pública e nas casas – possibilitando que não se caçassem mais baleias para obtenção do óleo então usado na iluminação, assim como a narrativa de como se deu a formação da Standard Oil, de Rockefeller, primeira empresa integrada de petróleo no mundo e que seria dissolvida por ação do órgão anti-cartel americano de então. Duas de suas sucessoras são hoje unidas no que se chama de “Exxon-Mobil”. Mostra-se como Rockefeller agiu a fim de afastar os concorrentes e, ao mesmo tempo, integrar a produção e a distribuição de petróleo e querosene iluminante.
Com a decadência deste querosene, substituído pela iluminação elétrica pública, o petróleo passou a atender à nascente indústria do automóvel, uma parte importante é a do início de seu uso na aviação, em especial na Primeira Guerra Mundial, mesmo que ainda de forma incipiente.
Um trecho relevante do documentário trata das descobertas no Oriente Médio e a negociação das concessões para exploração por parte das grandes empresas. A procura por petróleo nesta região atendeu aos interesses dos governos, que buscavam uma forma de financiar os gastos públicos, e das empresas então em processo de expansão, que procuravam alternativas ao considerado na época em declínio petróleo norte-americano. Os anos pós-guerra marcaram o início de uma etapa caracterizada pela expansão econômica dos países industrializados.
Percebe-se o ganho de importância geopolítica do dito “ouro negro”, a ponto de ter sido decisivo na Segunda Grande Guerra: a Alemanha e o Japão começaram a perder a guerra ao terem ficado sem acesso a suprimentos contínuos de petróleo, o que “emperrou” a máquina de guerra dos dois países. A falta de acesso ao produto seria decisiva e faria a balança pender para o lado dos aliados, que puderam contar com o suprimento norte-americano em um esforço de guerra.
No decorrer da narrativa nota-se que os países produtores tomam consciência, primeiramente forçando aumentos de preço e, depois, com uma série de nacionalizações – estas basicamente na década de 70. Entretanto o primeiro movimento neste sentido foi ainda no México, em 1938, no governo de Lázaro Cárdenas. 
A quarta guerra árabe-israelense havia começado. As tropas do Egito cruzaram o canal de Suez e desembarcaram na margem esquerda. O ataque desferido no Yon Kippur, dia do perdão pegou os israelenses de surpresa e os fez recuar 15 quilômetros. A guerra era local, mas provocou a maior agitação da história do petróleo. Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, mais conhecida sigla OPEP, marcou a história com a reação perante a guerra do Yom Kippur em Outubro de 1973, cortando o abastecimento ao mundo ocidental - sobretudo os Estados Unidos, pelo fornecimento de armas a Israel no conflito com os países árabes - afetando imediatamente os preços e a produção – em 1979 a Revolução Islâmica no Irã desencadeou outro descontrole entre oferta e demanda, o que levou os preços novamente às alturas – e provocaria consequências duradouras, em especial nos países em desenvolvimento. 
Homens como Edwin Drake (o primeiro a perfurar de forma bem sucedida o petróleo), Rockefeller, Henri Deterding, Ford, Marcus Samuel, Yamani, Cárdenas e outros são uma boa forma de entender como se processou a evolução da indústria do chamado “oil”, assim como Churchill, Carter, o Xá do Irã, Saddam Hussein, o Rei Saud da Arábia Saudita e outros tantos nomes, com suas relações com o petróleo e suas atuações em momentos chave.
Nota-se no decorrer do documentário os ciclos de abundância e de escassez do produto, com a preocupação o tempo inteiro em um eventual declínio definitivo da produção e na busca por novas fontes de energia, tal como a energia nuclear, a solar e a eólica – mas estas sempre com desvantagem comparativa em relação ao petróleo.