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O segredo das Sete Irmãs

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Aluna: Mariana Alves de Almeida
Resenha acerca da parte quatro do documentário “O segredo das Sete Irmãs – A Vergonhosa História do Petróleo”, episódio “Tempo de Mentiras”
O episódio “Tempo de Mentiras” tem seu início em um encontro com Colin Campbell, um renomado geólogo conhecido por prever o fim do petróleo e, evidentemente, o fim de sua produção. Campbell afirma, ainda, que ele acredita ter sido em 2010 o pico do petróleo em todas as categorias, inclusive águas profundas. Mais adiante, Colin afirma, então, que o declínio do petróleo criará uma ainda maior pressão estadunidense, chinesa e europeia sobre os países produtores, em especial no Oriente Médio para o produzirem em maiores quantidades. Em seguida, o documentário enfoca a maior refinaria do mundo em Port Arthur, Texas, nos Estados Unidos, onde o ar é quase irrespirável, o que explica a alcunha de “Beco do Inferno”. Assim, evidencia-se o apetite do país pelo ouro negro finito e o preço do modo de vida americano. 
Nesse sentido, o episódio “Tempo de Mentiras” acusa, ainda, através do comentário do professor venezuelano Mario Sanoya, o cartel das Sete Irmãs – a princípio as sete maiores companhias transnacionais de petróleo, embora hoje sejam apenas quatro – de formarem uma verdadeira máfia internacional, partilhando não somente os lucros do petróleo, mas o controle do mundo. Dessa forma, o documentário trata do envolvimento de “homens do petróleo” na política, usando como exemplo a família Bush e seus dois representantes na presidência dos Estados Unidos, George H. W. Bush e George W. Bush. 
O petróleo é dispendioso de se produzir nos Estados Unidos e os políticos veem-se, portanto, obrigados a proteger os pequenos investidores. É uma equação simples: com leis de proteção ecológica mais brandas e o preço alto do barril, o petróleo americano pode tornar-se mais rentável. É por essa razão que os “homens do petróleo” quando não se envolvem diretamente na política, como os Bush, financiam as campanhas presidências como forma de garantir seus interesses. Além disso, fica evidente no episódio que além de posicionarem-se incisivamente em questões nacionais, os “homens do petróleo” americanos intervêm também em escala global. 
Um dos exemplos levantados pelo documentário com relação à defesa dos interesses das Sete Irmãs em âmbito internacional é o caso da invasão do Iraque, onde se encontram as maiores reservas de petróleo depois da Arábia Saudita. Nesse país do Oriente Médio, os “homens do petróleo” apoiaram e ajudaram a financiar a intervenção militar que depôs Saddam Hussein, que desde sua subida ao poder, em 1972, tinha nacionalizado o petróleo. Hoje, o petróleo iraquiano está sob controle americano, o que levou Ali Nasser, diretor do terminal petrolífero Al Bakr, a afirmar que, durante a Era Saddam, o povo iraquiano foi castigado duas vezes: enquanto ele estava vivo e depois da sua morte. Enquanto ele estava vivo, sofreu suas injustiças e, depois de sua morte, chegaram os americanos. 
Em síntese, o documentário busca evidenciar a relevância do petróleo como forma de garantir a manutenção do modo de vida americano e o crescimento econômico das principais potências que por ele disputam. Em especial, o episódio demonstra a atuação e influência das Sete Irmãs e seus “homens do petróleo” nas políticas externa e interna estadunidense. Por meio da análise do conteúdo em questão, pode-se inferir, então, que a invasão ao Iraque e, anteriormente, ao Afeganistão, teve como principal objetivo, não disseminar os ideias de democracia e liberdade, ou de combater o Perigo Verde, mas sim assegurar o abastecimento de petróleo aos Estados Unidos. O ex-presidente George W. Bush, neoconservador e, como explicitado no documentário, um nato “homem do petróleo”, teve como prioridade em seu governo aumentar o fluxo de petróleo do exterior, devido à redução dos estoques de petróleo e gás natural nos Estados Unidos e aos recorrentes blackouts que vinham ocorrendo na época. Sob a consigna da “war on terrorism”, os Estados Unidos intensificou, então, a militarização da sua política externa, fazendo uma mudança estratégica na sua segurança nacional, antes de contenção e dissuasão para a política de ataques preventivos. Dessa forma, acredito que a guerra contra o terrorismo no Oriente Médio e também contra o narcotráfico na América Latina é mais um eufemismo para disfarçar os reais objetivos norte-americanos – controlar as áreas onde se encontram grandes jazidas de petróleo – do que um puro desejo de proteger as populações americana e mundial. 
Eu, Mariana Alves de Almeida, autorizo a publicação deste trabalho por João Pedro Barretto no site Passei Direto (PD produtores).

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