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SOCIOLOGIA ORGANIZACIONAL AULA 03

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Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
1 
 
 
 
 
Sociologia Organizacional 
 
 
Aula 3 
 
 
 
Prof. Luciano Stodulny 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
2 
Conversa Inicial 
Vamos estudar neste momento como os primeiros sociólogos que 
organizaram essa nova ciência. 
Contextualizando 
A Sociologia como ciência recebe como base a análise desenvolvida 
pelas ciências naturais, tentando dessa forma adaptar a sociedade às mudanças 
ocorridas nas ciências sociais. 
A exemplo da física que busca as leis de funcionamento da natureza, a 
Sociologia busca as leis de funcionamento da sociedade, de maneira a 
compreender o processo de organização social e modificar a sociedade segundo 
seu próprio interesse. 
Tema 1: A Lei dos 3 Estados de Comte 
 Muitos autores consideram Auguste Comte como a pai da Sociologia, 
tendo apresentado essa nova ciência no seu livro Curso de Filosofia Positiva, 
deixando assim uma contribuição extremamente importante na compreensão do 
comportamento humano e no entendimento das relações sociais estabelecidas 
na sociedade. 
 Comte foi o primeiro autor que tentou aproximar as Ciências Naturais das 
Ciências Sociais, em especial a Física e a Biologia. Entendia ele que a Sociologia 
era uma espécie de “física social”, que buscava compreender as leis de 
funcionamento da sociedade, na tentativa de identificar problemas de ordem 
social, podendo intervir e reorganizá-la a fim de evitá-los. 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
3 
 Buscou ainda aproximar a ciência biológica no sentido de compreender 
como se dá o processo de evolução da sociedade, uma vez que os seres vivos 
passam por um processo natural de evolução. Entendia Comte que esse 
processo também ocorria na sociedade, pois esta passava de um estado inferior 
de desenvolvimento para um superior. Dessa forma, Comte elaborou a Lei dos 
3 Estados para explicar o processo de transformação da sociedade. 
KONFLANS, C. Auguste Comte, a Sociologia e o Positivismo. Disponível em: 
<http://slideplayer.com.br/slide/352664/>. Acesso em: 4 ago. 2016. 
A sociedade inicialmente se encontrava em um estado Teológico: o 
estado em que Deus está presente em tudo e as coisas acontecem por causa 
da vontade Dele. As coisas sem explicação são esclarecidas pura e 
simplesmente por Deus. Em uma análise histórica do desenvolvimento humano, 
o homem buscou explicações em Deus e no sobrenatural em um momento que 
não tinha outro tipo de conhecimento organizado que pudesse recorrer. Assim, 
impossibilitado de explicar os fenômenos da natureza de forma racional ou 
científica, busca nos seres sobrenaturais a tentativa de explicar tais fenômenos. 
O segundo estado é o Metafísico: no qual a ignorância da realidade e a 
descrença de um deus todo poderoso levam a crer em relações misteriosas entre 
as coisas, nos espíritos, por exemplo. O pensamento abstrato é substituído pela 
vontade pessoal e racionalidade, o homem busca assim uma explicação racional 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
4 
para os fenômenos antes desconhecidos por ele mesmo. Nesse momento, as 
explicações religiosas não têm mais a mesma importância na compreensão do 
mundo. O homem busca assim esclarecimentos que sejam aceitos pela 
racionalidade humana, esse momento também tem como característica 
determinante o uso da Filosofia. 
O último ou terceiro estado é o Positivo: a humanidade busca respostas 
científicas para todas as coisas. Esse estado ficou conhecido como Positivismo. 
A busca pelo conhecimento absoluto e esclarecimento sobre a natureza e seus 
fatos é o resultado da soma dos dois estágios anteriores. Os pensadores que 
não prosseguiram com a Teologia nem se mantiveram fiéis à metafísica aderiram 
necessariamente ao cientificismo. 
Desse conjunto de tendências intelectuais nasceram as Ciências Sociais 
Contemporâneas. Entre elas, centralmente, a Sociologia, criada com base em 
um pronunciamento epistemológico: para Auguste Comte, com efeito, as 
ciências surgem umas depois das outras e sobem, ao crescer em complexidade, 
até a ciência que a todas pressupõe, a Sociologia. 
O Positivismo se inicia como uma corrente filosófica de Auguste Comte, 
em que as ideias de percepção são baseadas na observação, exatidão e busca 
criteriosa pela confirmação, deixando de lado teorias e especulações da 
Teologia e da Metafísica, antes pautadas na religião e na razão. Segundo Comte, 
as ciências que são positivistas são a Matemática, a Física, a Astronomia, a 
Química, a Biologia e a recém-criada Sociologia que se baseia em dados 
estatísticos, pois essas ciências buscam leis para compreender o objeto 
pesquisado, diferenciando-se das outras que eram especulativas. 
Os positivistas acreditam que a ciência é cumulativa, transcultural. Novas 
ideias podem surgir sem ser continuação de conceitos velhos, como entidades 
de um tipo podem ser redutíveis às de outro, por exemplo. O que se passa na 
cabeça de uma pessoa pode ser explicado pelas reações químicas no cérebro. 
 
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5 
A herança do Positivismo pode ser encontrada na frase da bandeira 
brasileira que é baseada no lema de Comte sobre esse sistema. Ele dizia “amor 
como princípio e ordem como base; progresso como objetivo”, e o criador de 
nossa bandeira simplificou para “Ordem e Progresso”. Isso aconteceu no período 
em que a Monarquia foi derrubada e instalada a República pelas pessoas que 
seguiam os pensamentos de Auguste. 
O Positivismo influenciou o Brasil até a elaboração da constituição de 
1934, sendo o único país no mundo a ter uma constituição positivista. 
Tema 2: Durkheim e a Identidade Coletiva 
 Durkheim (1858-1917) é considerado um dos sociólogos mais notáveis da 
França, tendo publicado vários trabalhos, entre eles A divisão social do trabalho, 
As regras do método sociológico, Educação e sociedade e O suicídio. 
 A grande contribuição de Durkheim foi conferir o status de ciência à 
Sociologia, organizando as regras do método sociológico com esse objetivo, 
indicando como deveria ser a abordagem do método sociológico na análise dos 
problemas sociais e quais regras permitem o seu exame de forma neutra e 
imparcial. 
 A objetividade e a identidade na análise da vida social foram questões 
fundamentais na organização do método sociológico. 
 Durkheim define a consciência coletiva como uma organização social, 
sendo possível a sociedade ser uma organização intrínseca à consciência 
coletiva. Isso significa dizer que as atitudes individuais isoladas não interessam 
em nada no estudo e entendimento da sociedade, pois o meio social só pode ser 
apreendido pelo sociólogo por meio daquilo que move as pessoas de forma 
coletiva, o fato social. Como iremos estudar, são os fatos que direcionam a 
sociedade na construção da realidade com características próprias. 
 
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6 
 No trabalho de delimitação da Sociologia, Durkheim constata que o 
conceito de social é aplicado a quase todos os fenômenos que ocorrem no 
interior da sociedade. Utilizando essa ideia como referência, estabeleceu quais 
os tipos de fato mereceriam uma qualificação social. Dessa forma, a Sociologia 
teria um objeto para se ocupar enquanto ciência, apresentando suas 
características mais específicas, considerando assim as delimitações do fato 
social. 
 O indivíduo na sociedade encontra-se ligado diretamente a instituições 
pela construção de laços que constroem uma unidade. Assim, quando os 
indivíduos se sentem parte de um grupo, é como se este tivesseuma forma 
própria de pensar e seu comportamento fosse além das intenções individuais. 
 Imagine, por exemplo, se você fosse a um estádio assistir à partida do seu 
time de futebol. A cor do uniforme do seu time é verde, mas naquele dia você 
não prestou atenção e foi de roupa vermelha, cor esta que representa seu maior 
adversário. Você, nesse caso, sofreria uma pressão do grupo, pois seria difícil 
convencer todos os torcedores que você não estaria fazendo alusão ao 
adversário. 
 
Por prova de amor, namorado veste camisa de clube na torcida rival e quase é linchado 
A festa do título do Sporting Cristal, do Peru, sobre o Universitário quase acabou em tragédia 
para um torcedor em particular. Assistindo ao jogo “infiltrado” na torcida do rival para 
acompanhar a sua namorada, um jovem ouviu um pedido inusitado para provar o seu amor 
e quase acabou linchado pelos adeptos dos Cremas. 
“Fiz uma brincadeira, pedi que, se ele me amasse mesmo, pusesse a camisa do Sporting 
Cristal para comemorar o título. Só não imaginei que fossem bater nele”, afirmou a garota 
para o site Depor.pe, que não revelou os nomes dos parceiros. Depois de vestir o uniforme 
de seu time do coração, o rapaz presenciou a ira dos torcedores e teve que fugir para o 
banheiro feminino do Estádio Monumental de Lima até ser escoltado pela polícia. 
DUPLAT, E. Por prova de amor, namorado veste camisa de clube na torcida rival e quase é linchado. BN 
Esportes. Disponível em: <http://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/37470-por-prova-de-amor-namorado-
veste-camisa-de-clube-na-torcida-rival-e-quase-e-linchado.html>. Acesso em: 4 ago. 2016. 
 
 
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Existe de forma silenciosa a construção de uma identidade nos diferentes 
grupos existentes na sociedade. Imaginemos as instituições religiosas e 
sindicais, os grêmios, as categorias profissionais, os grupos que compartilham 
os mesmos gostos musicais e literários, enfim, na sociedade temos um número 
quase infinito de grupos que se organizam por algum tipo de interesse comum 
e, posteriormente, constroem uma identidade própria, determinando a forma 
como seus membros devem agir e se portar, desde a roupa que será aceita até 
a linguagem utilizada. 
 Quando prestamos atenção no comportamento social, percebemos que 
mesmo nossa linguagem sofre uma adaptação do meio ao qual estamos 
inseridos em um determinado momento. Somos uma pessoa quando falamos 
com nossos familiares, outra quando conversamos com nossos amigos, outra 
ainda quando frequentamos ambientes religiosos, isto é, agimos de diferente 
forma em cada ambiente. As diferenças são percebidas no nosso vocabulário, 
na maneira de nos vestirmos e comportarmos, dessa forma nos moldamos a 
cada grupo a fim de sermos identificados como seus membros. 
 Essa mudança quase imperceptível em nosso comportamento está 
relacionada à identidade social. A sociedade constrói um modelo 
comportamental e cobra de seus membros que sigam a referência social dada 
por cada grupo ao qual as pessoas estão inseridas. 
 A identidade social, porém, nem sempre é igual à soma das identidades 
individuais, pois ela tem características próprias e pode ser até diferente do 
comportamento individual, no entanto, quando os indivíduos fazem parte do 
grupo, eles agem como sendo o próprio grupo. 
 
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8 
 
 Imagine um indivíduo participando de um grupo, em uma ministração 
social, um encontro religioso, um show ou uma atividade coletiva no ambiente 
de trabalho, por mais que o indivíduo não queira, seu comportamento é orientado 
pelo grupo, pois ele é obrigado a seguir as regras comportamentais do grupo em 
que se encontra, não podendo agir de forma contraria, mesmo não concordando 
com todas as atividades realizadas por ele. 
 A identidade coletiva dessa forma molda a sociedade e seu 
comportamento de maneira tal que exerce sobre os indivíduos um poder em que 
os vincula ao grupo social, contribuindo na preservação da própria sociedade, 
estimulando os comportamentos e condicionando e padronizando as ações a fim 
de estabelecer uma coerção sobre os indivíduos. 
Tema 3: Fato Social 
 O fato social, conceito elaborado por Durkheim, permite identificar a 
maneira de ser, pensar e agir de uma sociedade. Esta tem um comportamento 
condicionado, sendo por vezes padronizado, permitindo assim que possamos 
compreender, estudar e prever determinados acontecimentos. 
 A sociedade se organiza em grupos com interesse comum. Nós 
participamos de inúmeros grupos existentes na sociedade: da nossa família, do 
Meca 
O Hajj é a maior peregrinação que ocorre na Meca, realizado todos os anos. Ao menos 
uma vez ao ano, milhares de muçulmanos de vários países fazem uma visita à cidade com 
o objetivo de orar em conformidade. O Hajj deve ser executado por adultos com saúde e 
condições financeiras para visitar a Meca. Eles ainda devem cuidar de seus dependentes e 
parentes durante a realização da viagem. O Hajj deve ser feito pelo menos uma vez na vida 
do muçulmano. 
ARAÚJO, F. Meca. Infoescola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/oriente-medio/meca/>. Acesso em: 4 
ago. 2016. 
 
 
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9 
trabalho, dos amigos, da igreja, enfim, cada um de nós participa de vários grupos 
muitas vezes diferentes. 
 Os grupos existentes na sociedade são o objeto de estudo da Sociologia, 
segundo Durkheim, pois cada um age de forma diferente e padronizada, sendo 
a busca por esse padrão a preocupação da Sociologia. Porém, Durkheim define 
que são necessárias três características que permitam estudar o grupo: 
generalidade, externalidade e coercitividade. 
 A generalidade significa que as regras existentes em um grupo se aplicam 
a todos os seus indivíduos. Independente da atividade realizada, quando fazem 
parte de um grupo, são obrigados a seguir as suas regras. 
Essa característica permite compreender que todos dentro de um grupo 
são submetidos às regras sociais, que podem se modificar de acordo com o 
grupo ou a atividade desenvolvida individualmente, porém, todos são 
submetidos a esse processo. 
 Imagine uma empresa, cada pessoa nesse ambiente é encarregada de 
determinada atividade que tem uma série de regras a serem seguidas. Estas 
podem até ser diferentes quando pensamos no gestor e nos colaborados, 
todavia, todos são sujeitados a esse processo de forma determinística. O gestor 
não define todas as regras, como o pagamento dos tributos, porém, todos são 
submetidos às regras, independentemente de qualquer processo hierárquico, na 
visão de Durkheim. 
 A externalidade é a compreensão que toda regra é definida não por seus 
participantes, mas de forma externa ao grupo de análise. Todo grupo tem regras, 
porém elas não são definidas por ele, e sim externamente. O grupo deve se 
adequar ao padrão definido pela sociedade para ser aceito por ela. 
 
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 Inicialmente, pensamos que cada grupo define suas regras, mas na 
prática isso não ocorre. Ele segue o modelo adotado pela sociedade, dessa 
forma, ela define como cada grupo deve se comportar no ambiente social de 
maneira tal que não interfira na sua própria ordem. 
 Pensamos que existe uma livre interferência por parte dos indivíduos nos 
seus respectivos grupos de pertença, mesmo nos mais íntimos como a família, 
porém mesmo esta passa por uma padronização que está além das 
possibilidades individuais para a alteração desse processo. 
 Não podemos como indivíduos alterar o modelo de família caracterizado 
e aceito socialmente, pois a sociedade define e julga o que acreditaser correto, 
dessa forma, mesmo os indivíduos não concordado, eles não podem agir de 
forma contraria às regras definidas pela sociedade. 
 A coercitividade é a terceira característica do fato social, e podemos defini-
la como a característica mais marcante da sociedade. É a que nos obriga a 
seguir as regras definidas por ela, pois, caso contrário, sofreremos sanções 
estabelecidas pelos grupos e pela própria sociedade. 
 Quando observamos os grupos sociais, questionamos o porquê seguimos 
as suas regras, visto que nem sempre concordamos individualmente com um 
conjunto ou outro de regras ou por vezes com um uma regra, mas mesmo assim 
cumprimos o determinado. 
 A coercitividade é a característica que nos obriga a esse comportamento 
padronizado. Nós sabemos inconscientemente que se nosso comportamento for 
contra aos determinados pela sociedade sofreremos algum tipo de pena. A 
eminência da cobrança ou mesmo da punição nos obriga ao comportamento 
condicionado ao padrão esperado pela sociedade. 
 
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 A coerção é uma característica fundamental da vida em sociedade, pois 
os seres humanos tendem a padronizar os seus comportamentos, uniformizando 
o que é aceito. Dessa forma, a coerção sempre auxilia o indivíduo a agir de 
maneira correta a fim de ser aceito pela sociedade. 
 Há diferentes tipos de coerção social e eles podem ser pensados a partir 
das sanções legais ou espontâneas: as legais, quando existe uma prescrição 
pela sociedade ao julgar o que seria uma ilegalidade, aplicando imediatamente 
uma pena, como uma multa de trânsito; e as espontâneas, quando existe uma 
condenação pelo olhar da sociedade no que julga correto ou errado, são os 
olhares das pessoas que condenam as ações julgadas impertinentes. 
 O fato social precisa das três características para ser identificado como 
tal, assim passa a ser objeto de estudo da Sociologia, pois o comportamento de 
um grupo na sociedade é condicionado de tal maneira que permita identificar o 
padrão adotado pela sociedade. Dessa forma, a análise desta permite 
compreender e sempre que possível alterar o comportamento social, 
modificando o modelo comportamental aceito pelo grupo. 
O importante para a análise social é a realidade objetiva dos fatos sociais, 
os quais têm como característica a exterioridade em relação às consciências 
individuais e exercem ação coercitiva sobre estas. Mas sempre nos perguntamos 
de onde vem esta coercitividade. 
Pensemos em nossa sociedade atual. Fomos criados por nossos pais e 
pelos grupos sociais que participamos na sociedade, com a ideia de que não 
podemos fazer uma série de ações, como em um restaurante virar o prato de 
sopa e bebê-la de uma só vez, pois certamente as pessoas condenarão essa 
atitude ou irão rir ou ainda talvez achar um tanto quanto estranho, já que existem 
talheres para se tomar sopa. Não existem leis formais que impeçam quem quer 
que seja de virar o prato de sopa. No entanto, a grande maioria das pessoas se 
sentiria desconfortável de praticar isso. Da mesma forma, num escritório ou em 
 
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algum lugar formal, os homens estão de terno, e não de roupão ou outro tipo de 
roupa. 
Isso é a ação coercitiva do fato social, é o que nos impede ou nos autoriza 
a praticarmos algo, por exercer uma pressão em nossa consciência, dizendo o 
que podemos ou não fazer dentro do julgamento imposto pela sociedade como 
comportamento aceito. 
Tema 4: Coerção Social 
 A sociedade a partir dos seus grupos incute nos indivíduos um 
comportamento padronizado, de maneira tal que os obriga a agir muitas vezes 
de forma contraria aos seus valores individuais. Os grupos determinam a 
maneira de nos vestirmos, falarmos, agirmos. Passamos a fazer parte de um 
grupo mesmo sem almejar. 
 Os grupos exercem tal poder sobre os indivíduos que moldam por 
completo suas ações, assim convivem com a coerção o tempo todo, desde o 
momento que acordam até quando vão dormir. 
 O significado do termo “coerção” remete à definição em latim coercio que 
significa “ação de reprimir, de refrear; repressão; castigo”. Nesse sentido, a 
coercitividade social é caracterizada pela pressão e/ou repressão que a 
sociedade exerce sobre o indivíduo, obrigando-o a ter um comportamento 
padronizado e aceito pelo grupo de pertença. 
A coerção social manifesta-se de várias formas, seja por meio das leis e 
das normas sociais, seja de forma subliminar como regras comportamentais 
implícitas ao aceito ou condenado pela sociedade. As normas não estão 
necessariamente inscritas em forma de documentos legais, podendo estar 
inseridas de maneira simbólica no espaço, manifestando uma ideia que implica 
diretamente na organização e estrutura da sociedade. 
 
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A coerção social pode ser exercida de várias formas, seja por um grupo 
grande, seja por um grupo pequeno de indivíduos, manifestando-se também sem 
um padrão específico, podendo ser de forma física ou psicológica, o que torna 
mais difícil sua identificação. A pressão que sofremos para usarmos roupas 
apropriadas ao sair de casa de acordo com o local que iremos frequentar é um 
exemplo de coerção social, assim como usarmos talheres para comer ou não 
praticarmos crimes. 
A coerção social mais eficiente é a persuasiva, sendo internalizada pelo 
indivíduo a ponto de ele achar que as suas ações são determinadas por sua livre 
escolha, como colocar uma roupa que acredita ser bonita para ir a uma festa. 
Primeiramente, esse indivíduo foi convencido sobre o que é ser belo e como a 
sociedade define e aceita a referência para esse conceito. 
 Quando pensamos em persuasão, podemos identificar que em todos os 
grupos que participamos somos obrigados a agir de acordo com as suas regras. 
Esse tipo de comportamento é coerção, pois nos força a agirmos de maneira 
O que é coerção social? 
Um exemplo curioso que ganhou os noticiários foi o caso ocorrido na Grande Florianópolis, 
Santa Catarina, no bairro São José, onde moradores descontentes com a prática de 
prostituição de travestis no bairro resolveram utilizar-se da coerção social para acabar com 
a prática. Como a prostituição não é crime, eles não poderiam acionar o Poder Público para 
os retirar do local. Tiveram, então, a ideia de usar a coerção social sobre a clientela. 
Os moradores, em grupos de cinco a dez pessoas, passaram a noite na rua por alguns dias 
fotografando todo o movimento. Os clientes não querendo ser visto pela sociedade 
comprando os serviços dos travestis foram se afastando e deixando de frequentar o local. O 
resultado foi que os travestis ficaram sem clientes no local e tiveram que mudar para outra 
área não residencial. 
 
ESTRELA, C. O que é coersão social? Blog Café com Sociologia.com. Disponível em: 
<http://cafecomsociologia.com/2013/01/o-que-e-coercao-socia.html>. Acesso em: 4 ago. 2016. 
 
 
 
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14 
contrária aos princípios individuais, muitas vezes para nos levar a um nível de 
aceitação do grupo. 
Ainda ao analisarmos as características da coerção identificamos que, por 
medo de ficar sozinho, o indivíduo se ajusta ao meio social em que está inserido, 
fase a fase, pagando o preço que lhe for exigido para ser aceito pelo grupo. 
Então, se era aceitável ser hippie quando novo, depois fica complicado quando 
ninguém mais do seu grupo segue esses princípios, dessa forma muda-se 
novamente a maneira de pensar. 
Finalmente, a coerção pode se apresentar de forma oculta, não permitindo 
sua clara influência no comportamento dos indivíduos. 
A pessoaque cumpre sempre com suas obrigações de bom grado e com 
satisfação não sente o peso da coerção sobre o seu comportamento, pois age 
pensando ser livre em suas ações. Outra que gosta de sua profissão, por 
exemplo, cumpre seus deveres profissionais com prazer, sem a necessidade de 
imposições. Mas a coerção nunca deixa de existir. Está sempre à espreita, 
apresentando-se apenas quando encontra o desvio de comportamento, 
criticando ou até punindo aquele que outrora agia de forma exemplar e com uma 
conduta intocável. 
A coercitividade assim se encontra presente nas normas de conduta ou 
de pensamento, sendo externas aos indivíduos, dotadas de poder coercitivo, 
porque se impõem a eles, existindo independentes de suas vontades. 
Quando aceitamos como válidas as maneiras de ser, agir, pensar e sentir 
do nosso grupo, conformando-nos com elas, de bom grado, não sentimos essa 
coerção, pois ela se torna, então, inútil, o que não significa que deixe de existir. 
A força coercitiva aparece quando tentamos opor resistência ao modelo adotado 
pelo grupo. 
 
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A coerção não necessita ser punitiva, igualmente são eficazes o riso, a 
zombaria ou o afastamento dos amigos quando nosso comportamento não 
constitui transgressões às leis, mas às convenções da sociedade. Exemplo: não 
se portar corretamente à mesa, vestir-se inadequadamente e falar de modo 
impróprio implicam em sofrer sanções de forma sútil e contínua. 
As sanções podem ser também indiretas. No mundo dos negócios, se não 
usarmos as modernas técnicas para vencer nossos concorrentes, a lei não nos 
punirá, mas provavelmente iremos à falência pelo descumprimento moral das 
regras sociais. 
Os usos e costumes de uma sociedade não são estáticos, eles se 
transformam continuamente de acordo com a dinâmica da própria sociedade, 
alguns comportamentos com maior e outros com menor rapidez. Geralmente, 
invenções que servem para aperfeiçoar e facilitar a execução de um trabalho são 
imediatamente aceitas; a moda, praticamente, modifica-se a cada ano; as regras 
de educação, geralmente a cada década; e a Constituição de um país perdura 
mais tempo e há a necessidade de determinadas pressões ou de uma nova 
configuração da sociedade para mudá-la. 
A religião é a estrutura da sociedade que se modifica mais lentamente. 
Portanto, podemos verificar que no campo da cultura material as mudanças são 
mais rápidas do que no da espiritual. 
As transformações significam que a sociedade tem inovadores, elementos 
que, pela sua atitude individual, modificam as normas e os costumes das 
sociedades, mas a coerção não deixa de existir, sempre se adaptando à nova 
sociedade e ao modelo vigente. 
A pressão dos fatos sociais manifesta-se de duas maneiras: 
subjetivamente, quando se impõe às nossas consciências; objetivamente, por 
meio da reação que a nossa não submissão a eles provoca no grupo. 
 
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Tema 5: O Método da Análise Social 
 A pesquisa em Sociologia teve uma ruptura paradigmática no fim do 
século XIX, quando as pesquisas de campo passaram a exercer uma forte 
influência na produção do conhecimento. 
 Inicialmente, grande parte dos estudos foi produzida pelos chamados 
sociólogos de gabinete, desenvolvendo o conhecimento pela análise e pelo 
comparativo às exaustões a partir do conhecimento já catalogado. 
 Hoje, sabemos das limitações metodológicas acerca dessa metodologia 
puramente bibliográfica para a produção do conhecimento. Uma vez usada 
apenas essa metodologia, o pesquisador corre grande chance de produzir um 
conhecimento errado sobre o objeto pesquisado, visto que a análise sobre o 
comportamento social necessita de um contato direto com a realidade 
pesquisada, pois em um ou outro quesito o objeto pode se demonstrar como 
superior aos conceitos pré-formulados. 
 Ao realizar um trabalho de campo, o pesquisador passa a interagir 
diretamente com o objeto pesquisado, de maneira tal que não tenha uma visão 
errada nem deturpada da realidade, ele se torna o mais objetivo possível, 
levantando os dados sem a interferência externa e descrevendo a pesquisa com 
total neutralidade. 
 
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 Como podemos observar no quadro abaixo, a descrição realizada pelo 
pesquisador sem contato direto e profundo com o objeto pesquisado permite um 
falseamento da realidade, pois o conhecimento torna-se superficial e insuficiente 
na construção de um objeto eficiente de análise. 
 Isso não quer dizer, porém, que a Sociologia deva se desinteressar das 
questões práticas. Pôde-se ver, ao contrário, que nossa preocupação constante 
era orientá-la de maneira que pudesse alcançar resultados práticos, tendo como 
referência uma análise criteriosa da realidade. 
O papel da Sociologia, desse ponto de vista, deve justamente consistir em 
nos libertar de todos os partidos, não tanto por opor uma doutrina às outras, e 
sim por fazer os espíritos assumirem, diante de tais questões, uma atitude 
especial que somente a ciência pode proporcionar pelo contato direto com as 
coisas, participando dessa forma da construção de um conhecimento específico 
e verossímil acerca da pesquisa realizada. 
 
 
BRUN LE, C. América. Paris, 1619-1690. 
O quadro pretende mostrar os habitantes do continente americano e seus costumes, contudo, 
os ameríndios aparecem com feições apolíneas e cabelos anelados. Nessa representação, 
como em muitas outras, os personagens mais se assemelham aos europeus do que 
propriamente aos povos da América. O quadro, assim, acaba nos dizendo mais sobre o olhar 
do próprio europeu do que sobre aqueles que procurava retratar. A identidade dos grupos 
humanos é uma característica fundamental para a criação de um “nós coletivo” que, ao 
mesmo tempo, identifica e diferencia os grupos entre si. 
SOCIOLOGADO. Disponível em: <https://sociologado.wordpress.com/2011/02/13/uel-2006-14/>. Acesso em: 4 
ago. 2016. 
 
 
 
 
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Outra característica do método é a sua objetividade. Ele é inteiramente 
dominado pela ideia de que os fatos sociais são coisas e como tais devem ser 
tratados. 
O sociólogo deve se afastar das noções antecipadas que tinha dos fatos, 
a fim de colocar-se diante dos reais fatos: como deveria atingi-los por seus 
caracteres mais objetivos; como poderia requerer deles próprios o meio de 
classificá-los em saudáveis e em mórbidos; como, enfim, deveria seguir o 
mesmo princípio tanto nas explicações que tentava quanto na maneira pela qual 
provava essas explicações. Pois, quando se tem o sentimento de estar em 
presença de coisas, nem sequer se pensa mais em explicá-las por cálculos 
utilitários ou raciocínios de qualquer espécie. Compreende-se muito bem a 
distância que há entre tais causas e efeitos. 
As explicações não apenas são outras, como são demonstradas de outro 
modo, ou melhor, é somente então que se sente a necessidade de demonstrá-
las. Se os fenômenos sociológicos forem apenas sistemas de ideias objetivas, 
explicá-los é repensá-los em sua ordem lógica, e essa explicação é a sua própria 
prova, quando muito será o caso de confirmá-la por alguns exemplos. Ao 
contrário, somente experiências metódicas são capazes de arrancar das coisas 
seu segredo. Mas, se consideramos os fatos sociais como coisas, é como coisas 
sociais. É um terceiro traço característico de nosso método, o de ser 
exclusivamente sociológico. 
Muitas vezes se pensou que tais fenômenos, por causa de sua extrema 
complexidade, ou eram refratários à ciência ou só poderiam entrar nela 
reduzidosas suas condições elementares, sejam psíquicas, sejam orgânicas, 
isto é, despojados de sua natureza própria. Procuramos estabelecer, ao 
contrário, que era possível tratá-los cientificamente sem nada retirar-lhes de 
seus caracteres específicos. Inclusive recusamos reduzir a imaterialidade sui 
generis que os caracteriza àquela, não obstante já complexa, dos fenômenos 
 
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psicológicos. Mostramos que um fato social só pode ser explicado por outro, e, 
ao mesmo tempo, indicamos de que maneira esse tipo de explicação é possível 
ao assinalarmos no meio social interno o motor principal da evolução coletiva. 
A Sociologia, portanto, não é igual a nenhuma outra ciência; ela própria é 
uma ciência distinta e autônoma, e o sentimento da especificidade da realidade 
social é inclusive tão necessário ao sociólogo que somente uma cultura 
especificamente sociológica é capaz de prepará-lo para a compreensão dos 
fatos sociais. Consideramos que esse progresso é o mais importante dos que 
restam a ser feitos em Sociologia. 
Certamente, quando uma ciência está por nascer, somos obrigados, para 
formá-la, a nos referir aos únicos modelos existentes, ou seja, às ciências já 
constituídas. Existe aí um tesouro de experiências prontas que seria insensato 
não aproveitar. Entretanto, uma ciência só pode considerar-se definitivamente 
constituída quando conseguir formar uma personalidade independente. Pois ela 
só terá razão de ser se tiver por objeto uma ordem de fatos que as outras ciências 
não estudam. Ora, é impossível que as mesmas noções possam convir 
identicamente a coisas de natureza diferente. Tais nos parecem ser os princípios 
do método sociológico. 
Esse conjunto de regras talvez parecerá inutilmente complicado se o 
compararmos aos procedimentos correntemente utilizados. Todo esse aparato 
de precauções pode parecer muito trabalhoso para uma ciência que, até aqui, 
reclamava dos que a ela se consagravam pouco mais do que uma cultura geral 
e filosófica, e é certo que pôr em prática tal método não poderia ter por efeito 
vulgarizar a curiosidade das coisas sociológicas. 
Quando se pede às pessoas, como condição de iniciação prévia, para se 
desfazerem dos conceitos que têm e do hábito de aplicar a uma ordem de coisas 
para repensá-las com novos esforços, não se pode esperar recrutar uma 
clientela numerosa. Mas esse não é o objetivo que almejamos. Acreditamos, ao 
 
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contrário, que chegou, para a Sociologia, o momento de renunciar aos sucessos 
mundanos, por assim dizer, e de assumir o caráter esotérico que convém a toda 
ciência. Ela ganhará assim em dignidade e em autoridade o que perderá talvez 
em popularidade. Pois, enquanto permanecer misturada às lutas dos partidos e 
se contentar em elaborar, com mais lógica do que o vulgo, as ideias comuns e, 
por conseguinte, enquanto não supuser nenhuma competência especial, ela não 
estará habilitada a falar suficientemente alto para fazer calar as paixões e os 
preconceitos. 
Seguramente, ainda está distante o tempo em que ela poderá 
desempenhar esse papel com eficácia; no entanto, é para torná-la capaz de 
representá-lo um dia que precisamos, desde agora, trabalhar. 
Referências 
COSTA, C. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 3ª ed. ampliada e 
revista. São Paulo: Moderna, 2005. 
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Sociologia geral. São Paulo: Atlas, 1999. 
PAIXÃO, A. E. da. Sociologia geral. Curitiba: Ibpex, 2010. (Série Fundamentos 
da Sociologia).

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