Buscar

Universidade Estácio de Sá

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Estácio de Sá
Curso de Licenciatura em História
 
Allen Charles Nunes Oliveira Junior
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado Licenciatura em História II
Manoel Vitorino-BA
10 de Setembro de 2017
Allen Charles Nunes Oliveira Junior
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado Licenciatura em História II
Relatório de Estágio apresentado à Universidade Estácio de Sá como um dos requisitos para a aprovação na disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado II, do curso de Licenciatura em História.
Supervisor: Prof ª: Rubens Galaxi Costa Gomes
Manoel Vitorino – BA
10 de Setembro 2017
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1-Sala de aula. ............................................................................. 18 
Figura 02 - Biblioteca. ..................................................................... 18 
Figura 03 - Cozinha/Refeitório. ................................................................... 18 
Figura a 06 - Gabinete da direção. ........................................................... 18 
Figura 07 - Sala dos professores. ................................................................. 19
Figura 08 - Banheiros dos alunos. ................................................................ 19 
Figura 09 - Quadra de esportes. ................................................................. 19 
Figura 10 - Pátio da escola. .................................................................. 19 
 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................. 5
2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA.
2.1. ASPECTO FISICO, HUMANO E MATERIAL............ 6
2.2. PROJETO POLITICO-PEDAGOGICO.......................... 08 
2.3. A ESCOLA COMO UM GRUPO SOCIAL..................... 12
 
2.4. ATIVIDADES DOCENTES E DISCENTES................. 13 
3. DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS... 15
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................... 16 
5. REFERÊNCIAS.....................................................................17 
6. ANEXOS................................................................................... 18
INTRODUÇÃO
 Este relatório é uma reflexão acerca da experiência obtida na prática de Ensino e Estágio Supervisionado II - disciplina oferecida no curso de licenciatura em História da Universidade Estácio de Sá – e tem como objetivo central a inserção do aluno no campo de estágio e sua preparação para a prática docente. Representa, ainda que resumidamente, um momento único para o processo de formação do professor de História, que pode pela primeira vez estabelecer o diálogo entre as teorias discutidas na Universidade e a Prática docente aplicada diretamente no cotidiano escolar. Através da observação e reflexão da complexidade presente na escola; suas múltiplas redes de convivência; diferentes aspectos e sujeitos relacionados, compreendendo toda a comunidade escolar como formada por agentes educadores e todo espaço como cenário de ensino-aprendizagem, o aluno tem a possibilidade de articular sua formação acadêmica com situações reais do trabalho docente e adquirir elementos que contribuam para o desenvolvimento da sua capacidade crítica frente à realidade organizacional da escola. 
 Nessa perspectiva, o meu período de observação do estagio ocorreu em etapas pré- estabelecidas por meu orientador, professora Rubens Galaxi Costa Gomes, buscando inicialmente a minha compreensão do espaço escolar e suas estruturas, examinando a organização do seu cotidiano; o entorno e sua relação com o ambiente escolar. Em seguida, acompanhado pela professora Keu , observei a prática do processo de elaboração das aulas e planejamentos; princípios, finalidades e objetivos, bem como os meios utilizados para viabilizar a realização de ações concretas que permitam atingir as metas direcionadas pelo Projeto Político Pedagógico da instituição, suas relações interdisciplinares voltadas à ampliação da percepção dos alunos sobre os assuntos e como eles se inserem na sua realidade, o comprometimento da comunidade escolar; dos gestores, alunos, pessoal de apoio e da família com os objetivos apontados pelo projeto e, os processos de avaliação do desempenho dos discentes e de auto- avaliação da própria escola sobre como desempenha seu papel neste processo de formação de cidadãos conscientes. Como os meios utilizados para viabilizar a realização de ações concretas que permitam atingir as metas direcionadas pelo Projeto Político Pedagógico da instituição, suas relações interdisciplinares voltadas à ampliação da percepção dos alunos sobre os assuntos e como ele se inserem na sua realidade, o comprometimento da comunidade escolar; dos gestores, alunos, pessoal de apoio e da família com os objetivos apontados pelo projeto e, os processos de avaliação do desempenho dos discentes e de auto- avaliação da própria escola sobre como desempenha seu papel neste processo de formação de cidadãos conscientes.
Apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Estágio Supervisionado II - em História - junto à Universidade Estácio de Sá, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de licenciatura em História, conforme parecer CNE/ CES492/2001, o presente relatório resultada observação e coleta de dados obtidos na vivência do cotidiano da escola de ensino básico, escola municipal 30 de julho, cinco vezes por semana, no período abrangente entre o vigésimo sétimo dia do mês de setembro do ano de dois mil e dezessete até o trigésimo primeiro dia do mês outubro do mesmo ano, sendo supervisionado por Rubens Galaxi Costa Gomes, professor de História na instituição concedente.
2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA
2.1. Aspecto físico, humano e material.
 A escola Municipal 30 de julho, é uma escola pública da rede municipal de Ensino do município de Manoel Vitorino localizada no estado da Bahia, dirigida pela professora Anailde Rodrigues da Silva, e com a diretora adjunta, Lucília Gomes. A equipe docente é formada por vinte e dois professores, entre e fixos e temporários e quatro professores que atuam como articuladores pedagógicos. A escola conta ainda com uma secretária, nenhum agente administrativo, uma coordenadora pedagógica, um inspetor, dois porteiros, dois auxiliares de biblioteca, , três cozinheiras e seis zeladoras.
 A unidade de ensino funciona em três turnos, com dez turmas no turno da manhã, sendo duas turmas do nono ano, duas turmas do oitava ano, três turmas do sétimo ano e três turmas do sexto ano, todos do ensino fundamental II, com um total de trezentos e dez alunos matriculados neste período. O turno da tarde, tem dez turmas, sendo duas turmas do nono ano, duas turmas do oitava ano, três turmas do sétimo ano e três turmas do sexto ano, todos do ensino fundamental II, com um total de duzentos e noventa e cinco alunos, e no turno da noite, (02) duas turmas que atendem cinquenta alunos do EJA. Levando em consideração todos os turnos são por volta de seiscentos e cinquenta e cinco alunos e vinte e duas turmas, o que dá uma média de trinta alunos na sala de aula . Esse quantitativo é sensivelmente reduzido pela evasão escolar e por transferências para outras escolas, 
A escola tem como recursos físicos disponíveis, 10 salas de aula, nenhuma sala de artes, uma biblioteca, uma cozinha, uma despensa , um refeitório, uma secretaria, uma sala de gabinete da direção, uma sala da coordenação, uma sala dos professores, uma sala para o pessoal de apoio, nenhuma sala de recursos audiovisuais, um pátio, uma quadra de esportes, seis banheiros para os alunos totalizando oitos unidades sanitárias, um banheiro para os professores e para a direção, ( 01) banheiropara os funcionários.
As salas de aula possuem janelas de bom tamanho , algumas com vidros quebrados, todas com paredes precisando de nova pintura , possuem aparelhos como ventiladores de ar , em algumas salas, mobiliário inadequado precisando de manutenção, lâmpadas que queimam invariavelmente demonstrando a necessidade de uma revisão da parte elétrica.
A biblioteca da escola é pouco utilizada e, administrada por duas auxiliares quase sempre se encontra fechada mesmo nos intervalos das aulas. Os livros estão dispostos em estantes, organizados e ordenados de forma temática. A cozinha e o refeitório funcionam como um corpo apenas, muito bem cuidada, com três cozinheiras devidamente uniformizadas, ambiente sempre limpo, os copos são de plásticos , como os pratos e talheres , cardápio condicionado a oferta advinda da agricultura familiar, por determinação do Governo da Bahia.
 A sala do gabinete da direção possui banheiro exclusivo e está equipada com dois computadores, uma impressora, uma mesa do diretor geral e uma mesa para o diretor adjunto.
- a sala da coordenação pedagógica tem tamanho razoável, as paredes estão em boas condições, possui um computador com acesso a internet. a sala dos professores é ampla e em boas condições de conservação , com mesa para reuniões e planejamentos, local para descanso , dois e banheiros. - a escola dispõe de seis banheiros para os alunos, três masculinos e três femininos com seis sanitários em cada unidade, todos com portas, descargas funcionando e lixeiras, lavatórios com três torneiras, algumas precisando de reparos hidráulicos. - a escola oferece como opção de lazer e prática de esportes uma quadra cobertura, quase sempre aberta, precisando de manutenção e um pátio. 
 
 Projeto Político-Pedagógico
 Introdução
É a escola cidadã, que forma cidadãos e por inteiro, que na busca da sua felicidade pessoal sejam também integrados á comunidade em que vivem capazes de pensar, associar ideias, inventar e interferir, sobre as mais diversas maneiras, na sociedade, a fim de melhorara-las. 
 Vera Vaz
 Desde 1996, com o advento da lei das diretrizes e bases da educação, lei 9394/96, o projeto politico pedagógico vem sendo construído com propostas de novos caminhos, para uma escola diferente.
 Todas as questões que envolvem o fazer pedagógico e as suas relações com o currículo, conhecimento e função social da escola obrigam a um pensar e uma reflexão continua de todos que estão envolvidos neste processo. Que escola queremos construir? Que conhecimentos nossos alunos precisam precisarão ter para de fato, exercer a sua cidadania nessa sociedade tão cheia de conflitos? 
 Conflitos esses que estão que estão presentes no espaço escolar, nas suas relações pessoais, no confronto das ideias, e também no surgimento de novas concepções das duvidas e da necessidade do dialogo na comunidade escolar. 
 A busca de coerência entre o que se pretende ensinar aos alunos e o que se oferece a eles é fundamental. Uma formação rodeada de descobertas, de desejos com certeza irá fazer da sala de aula um local onde circula aprendizagem, onde o conteúdo não é procurado só em livros empiorados, cheirando a mofo, e nem em cadernos amarelados. Mais onde, vida e sabores pulsam na sala de aula e se misturam, fazendo com que os alunos aprendam e se comprometam com este aprender e que os professores sejam apenas os facilitadores desse processo.
 Conscientes que somos de nosso papel da sociedade e tendo claro que os nossos desejos de alcançarmos uma sociedade mais justa, incluem primeiramente, a educação das novas gerações, trabalharemos pela garantia de um ensino qualidade que assegure o pleno desenvolvimento do potencial do aluno
 Enfim, a busca do conhecimento transforma-se não só em um meio de alcançar um fim, mas um fim em si mesmo, no sentido de acompanhar as rápidas mudanças da sociedade. 
 A elaboração de projeto politico pedagógico da escola municipal 30 de julho esta inicialmente ligado ao desejo do corpo técnico-administrativo e docente, em busca a melhoria dos resultados dos nossos educandos, a superação das dificuldades verificadas no seu desempenho escolar, assegurando-lhes uma formação num ambiente harmônico, onde possam encontrar oportunidades de desenvolverem em totalidade, como seres ativos e autônomos, capazes de refletir criticamente acerca do seu papel enquanto sujeito construtor do seu conhecimento, está, condição é fundamental para o exercício da cidadania.
Assim, o projeto politico pedagógico enquanto instrumento indentidário orientador da escola vem exprimir os conjuntos de princípios norteadores do planejamento pedagógico, dando a estrutura de ações de todos aqueles que trabalham nesta instituição. 
Histórico da instituição
 
 A escola municipal 30 de julho, foi construída para atender a demanda do curso ginasial no município de Manoel Vitorino, uma reivindicação de toda a sociedade desta cidade, pois as pessoas que tinham interesse em concluir seus estudos precisavam ir para as cidades vizinhas, pois o município não ofereciam as series do ensino fundamental.
 Com a mobilização de toda a comunidade, câmera de veadores e do então prefeito, o Sr, Gabriel Dantas de Novaes, por intermédio do deputado federal, o Sr, Vasco Neto, assim foi firmado com o governo federal que liberou os recursos necessários para a construção da escola. A construção do prédio teve inicio de 1997 e sua conclusão aconteceu somente 1982, recebendo o nome de escola municipal 30 de julho, em homenagem a data da emancipação do município, ocorrido em 1962.
 A implantação do curso ginasial ( da quinta série a oitava série do ensino fundamental) possibilitou aos moradores a continuação de seus estudos aqui mesmo no município, uma vez que nem todos tinham condições tinham condições para está estudando em outro município. A primeira diretora da escola foi a professora Evenice Ferreira e como secretaria a professora Lineuza Lopes autora da parodia do hino da escola 30 de julho.
 Para se obtiver a matricula na escola eram realizadas avaliações como pré-requisito ao acesso a escola, outra peculiaridade desta época era a diretriz escolar que definia a perda da vaga escolar para os alunos que por ventura não obtivessem a aprovação no final do curso perdia a vaga na escola. 
 Muitos diretores na trajetória histórica da escola municipal 30 de julho colaboraram efetivamente para o comprimento da sua missão enquanto instituição educativa como: Evanice Ferreira, Edilson, Bilvy Oliveira , e Neuza Vaz. 
 Em 1971 foi tomado um grupo de dança folclórica e nas aulas da disciplina de educação artística eram ministradas aulas de conto e boas maneiras, nas aulas de educação física eram praticados e se tornaram times de basquete, voleibol, futebol de campo e tênis de mesa. 
Perfil docente
 A partir de toda reflexão em torno do perfil docente dos profissionais que atuam de forma efetiva na Escola municipal 30 de julho, percebe-se que a maioria dos profissionais desta instituição demostra disponibilidade em participar de cursos de formação continuada promovidos pela Secretaria de Educação. Além disso, são profissionais conscientes de que a excelência do ensino passa necessariamente por uma busca constante pelo conhecimento, o que pressupõe uma maior qualificação e ressignificação de sua prática pedagógica. 
 No que tange à atuação docente no âmbito escolar, é possível verificar quehá uma maior carência de profissionais formados nas áreas de Ciências Naturais e Exatas, já que a maioria tem formação nas áreas de Humanas e Linguajem Consequentemente, alguns professores estão fora de sua área de formação em função justamente da falta de profissionais formados em determinadas licenciaturas. Embora o Projeto Político Pedagógico da escola ressalta a participação de toda comunidade escolar na sua elaboração, a equipe docente desconhece seu conteúdo e afirma sua existência na obrigatoriedade da lei.
 
 A Gestão da escola e o PPP.
 “É um documento que, além de facilitar a realização das atividades escolares, deve ser revisto sempre que houver necessidade de melhorar o que está planejado ou de inserir novas ações na escola. Essas ações compreendem tanto o que se refere às atividades pedagógicas com o às f unções administrativas, tornando o Projeto Político Pedagógico um a ferramenta de planejamento e gestão escolar.” ( BETINI, 2005). 
Portanto, à gestão escolar não cabe apenas funções administrativas, sendo responsável, também, por estabelecer metas e intencionalidade nas atividades pedagógicas, expressando assim todas as ações que considera importantes para que o planejamento alcance os objetivos propostos pelo projeto, cumprindo assim seu papel de ser uma direção para a instituição escolar.
Gestão democrática
 Todas as pessoas que compõem a comunidade escolar devem estar envolvidas tanto na elaboração do projeto, quanto devem ao menos conhecer seu conteúdo, assim, ajudarão a mudar a realidade, a rever questões que não estão dando certo, como também podem contribuir para melhorar a inda mais as ações bem sucedidas no trabalho pedagógico. Essas pessoas precisam ter ciência que são importantes na elaboração, na construção e na reelaboração desta proposta pedagógica da escola. Essa ação participativa, ou não, está diretamente ligada à forma como a direção da escola compreende sua gestão.
 Uma abordagem socioeconômica e cultural do alunado
 Os alunos que frequentam a escola são de varias regiões do município, da Zona Rural, além das crianças, adolescentes e adultos da zona Urbana. Os alunos da Zona Rural têm suas famílias incluídas em sistemas de produção agrícola e também pecuária, com nível econômico financeiro baixo, essa grande maioria recebe incentivo financeiro através de benefícios federais.
 Os alunos da Zona urbana são compostos por alunos com níveis econômicos diversos, alguns têm uma renda financeira razoável, boas condições, sendo os pais empregados, com certa estabilidade econômica o que causa a obrigação apenas com os estudos, outros são com os alunos da Zona Rural, com a vida financeira difícil.
 No âmbito dos conhecimentos cognitivos, observa-se claramente que muitas têm baixo nível de aprendizagem, principalmente no que se refere aos conhecimentos prévios, dentro de cada faixa etária, interferindo na escolaridade, na questão da regularidade aluno/série.
 São alunos que apresentam, na sua maioria, grande resistência a leitura, o que implica no surgimento de maiores problemas, já que se sabe que a leitura é a responsável por bom desempenho. 
 
2.3. A escola como um grupo social
A escola Municipal 30 de julho, atende jovens do seu município. Com a grande maioria de sua clientela advinda da classe menos favorecida economicamente, muitos alunos deixam a escola para entrar no mercado de trabalho, a fim de auxiliar na renda familiar. As meninas tendem a engravidar muito cedo, aumentando os índices de evasão escolar. Alguns acabam tendo problemas com vícios e violências. Os relacionamentos interpessoais entre os discentes são amistosos, principalmente no reconhecimento dos limites do convívio social e no uso de cordialidade e respeito no trato com o outro. Os alunos reproduzem no cotidiano escolar as mesmas relações encontradas nos grupos sociais dispostos na sociedade, definidos por preferências pessoais e afinidades. São reconhecidos, não pela sua individualidade, mas como pertencentes a um determinado grupo. Importante ressaltar que se não há muitas afinidades entre esses grupos existentes na escola, essa diversidade se manifesta de forma pacífica, não havendo sinais de atritos que possam ser entendidos como fora de uma normalidade. É importante motivar esses alunos para tirar seu máximo em relação ao ensino, Motivar, segundo MEGGINSON (1986), é: "Induzir uma pessoa ou grupo de pessoas, cada qual com suas próprias necessidades e personalidades distintas, a trabalhar para atingir os objetivos da organização, ao mesmo tempo em que trabalha para alcançar os seus próprios objetivos" 1986.
Organização do tempo e do espaço escolar.
 A Escola organiza seu tempo escolar em conformidade com os calendários estabelecidos previamente pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia, tanto para o ensino regular, quanto para a Educação de Jovens e a adultos (EJA). O ano letivo é composto por quatro bimestres, dois com cinquenta e um (51) dias letivos e dois com cinquenta e dois (52) dias letivos, totalizando duzentos e seis (206) dias letivos no ano.
Como a Escola avalia
“““ Segundo o professor X,” do ponto de vista quantitativo, existe uma determinação para que os alunos façam três avaliações formais” . Alguns professores utilizam também de avaliações através de trabalhos individuais ou em grupo. Na prática, a avaliação segue o modelo que classifica o desempenho do aluno através das notas obtidas nas provas , no entanto, a existência da possibilidade de classificação por meio da observância de um conselho formado pelos docentes, pode ser um sinal de uma avaliação mais qualitativa.
 Quem avalia a Escola.
A Escola é avaliada em vários níveis de supervisão do ensino. Á nível regional está subordinada administrativa e pedagogicamente a COORDENADORIA do Municipio. A avaliação da escola tem como objetivo elaborar medidas para melhorar o processo de ensino na rede Municipal. “ Assim, tanto o município quanto professores e alunos podem saber de maneira mais precisa onde estão as maiores dúvidas e utilizar os resultados como ferra menta pedagógica.”
2.4. Atividades docentes e discentes
O estágio se deu acompanhando e observando a professor de História Rubens Galaxi Costa Gomes a em suas aulas nas turmas de nono ano do Ensino Fundamental, oitavo , sétimo e ao sexto ano do ensino fundamental ambos pelo período diurno. As turmas atendidas pela professora têm entre 30 e 34 alunos e apresentam as seguintes características: Turmas – Alunos na faixa etária entre 11 e 15 anos, com algumas dificuldades de interpretação da leitura, agitados, dispersos, barulhentos, porém controláveis. Demonstram pouco interesse em realizar as atividades de aula, são competitivos, não muito caprichosos e dizem estudar para as avaliações. As turmas pela manhã se destaca como a mais tranquila e participativa, no entanto, incorre no mesmo problema das demais na realização das tarefas.
Durante o meu estágio a professor Rubens galaxi trabalhava os seguintes conteúdos: Primeira Guerra Mundial: Antes da guerra: Osinteresses imperialistas – As questões nacionais – A política das alianças – A paz armada. O início da guerra. A expansão da guerra. A engenharia das trincheiras – A entrada dos Estados Unidos na guerra – O Brasil na Primeira Guerra Mundial – A propaganda a favor da guerra – Tecnologia para a destruição – Mulheres em tempo de guerra.
Hebreus, Fenícios e Persas: os Povos Hebreus, exilio, Rio Nilo, Modo de vida, libertação dos povos. Características dos fenícios, Comércio fenício, Religião dos fenícios, Decadência dos fenícios. Civilização Persa, A formação do império persa, A organização do império.
O berço da civilização: os primeiros povos da humanidade
Povos nômades e seminômades. 
Reforma Protestante: Igreja católica em busca de soluções, catequização de índios...
A chegada de Portugal no Brasil.
Brasil imperial.
Democracia Brasileira.
Os assuntos foram explorados de forma superficial, com pequenas sínteses sobre cada assunto, fornecidas pelo livro didático de apoio, com a intenção de preparar os alunos para as avaliações. Ainda visando as avaliações, a professor resolveu trabalhar também: A Revolta da Vacina. A Revolta da Chibata. A Guerra de Canudos. O Cangaço. A Guerra do Contestado A professora demonstrou bom conhecimento sobre os temas trabalhados conseguindo prender a atenção dos alunos e provocar alguns tímidos questionamentos, no entanto, na maior parte do tempo os alunos apenas ouvem as explicações sem interagir.
Planejamento
Tendo como método de pesquisa a entrevista, coletei as respostas de alguns professores que gentilmente se dispuseram comentar sobre alguns assuntos dispostos em um questionário, entre as abordagens estava o planejamento . Visando preservar a identidade dos mesmos, nas suas respostas irei citá-los como professores A, B, C e D. As perguntas sobre o tema foram: 
De que forma você planeja as atividades de ensino? Há planejamento conjunto com outros professores? 
 (A)-“Por experiência, raramente faço plano de aula. O planejamento é feito por área, especialmente no início do ano letivo. Em regra, segue o currículo estipulado”
 (B)-“Planejamento bimestral/flexível de acordo com a realidade de cada turma. Não planejo com outros professores”. 
 (C)-“Normalmente as atividades (infelizmente) são desenvolvidas de forma individual, porém nas reuniões de planejamento já conseguimos elaborar/produzir alguns projetos em conjunto” 
 (D)-“Planejo no início do ano letivo e revejo o planejamento ao longo do ano. O planejamento conjunto se dá através de encontros p/ realização de projetos” 
 As respostas apontam para ações esporádicas no planejamento conjunto, deixando clara a ausência de uma coordenação pedagógica efetiva na articulação da equipe docente para a elaboração, implementação e avaliação de um planejamento interdisciplinar. Os professores tem reservado um terço de seu horário de trabalho para planejamento, que poderia ser realizado agrupando -se por áreas, séries ou mesmo individualmente, de acordo com as possibilidades de organização dos horários da escola e da disponibilidade de tempo do professor, com o acompanhamento e auxílio da Coordenadora Pedagógica. Nestes horários os professores elaborariam seus planos de aula, selecionando conteúdos e materiais, organizando culminâncias e atividades, adequando -os ao Projeto Político Pedagógico, procurando trabalhar de forma interdisciplinar.
3.DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS.
Na manhã do dia 27/09/2017, iniciei meu primeiro dia do estágio II na unida de escolar, Escola municipal 30 de julho, sendo muito bem recebido por todos, começando imediatamente após me reportar à minha supervisora, a por em prática os objetivos traçados pela minha orientadora para o meu desenvolvimento no estágio. Nos primeiros dias me ocupei revisitando o ambiente escolar do estágio II, Enquanto observava os aspectos físicos da Escola , estabeleci também uma interação com a comunidade escolar. Com alguns alunos , curiosos com a minha presença, tornou -se mais fácil uma aproximação para conversar sobre suas expectativas futuras , e como entendiam o papel da escola dentro do processo para sua formação. Sentindo que havia despertado o interesse de outros alunos, elaborei um questionário direcionado ao cotidiano deles na unida de escolar, na comunidade em que vivem e em família. O método da entrevista foi muito útil para compreender como aquela diversidade se relaciona no ambiente escolar, trazendo suas vivências e mostra também como aspecto positivo, como se interessam e estão dispostos para algo novo. Como aspecto negativo, me chamou a atenção o fato de não terem consciência da importância da escola como formadora de sujeitos ativos, críticos, entendendo - a como um sistema de etapas do qual sairão preparados, apenas, para o mercado de trabalho. Algo negativo que não posso esquecer-me de mencionar nesse relatório, foi um ato que presenciei um aluno com preconceito racial, logo o repreendi, com uma conversa, explicando para ele, o peso do preconceito para a sociedade Mundial. 
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio II foi uma experiência extremamente valiosa para minha formação como docente . No convívio com professores e alunos pude compreender o tamanho da dificuldade de ser um educador , principalmente numa escola da rede pública, pois os problemas são muitos, sendo necessário ter flexibilidade e muito jogo de cintura. O professor precisa estar sempre se atualizando, buscando novos conhecimentos, novas técnicas e usando a criatividade para explorar o cotidiano e superar os obstáculos a fim de despertar nos alunos a vontade da busca do conhecimento , e de exigirem seu papel de sujeito na sociedade. Não cabem mais na escola os “secundarismos” e as modelagens de uma escola tecnicista, apenas para a tender a demanda do mercado de trabalho. É importante a inserção? Sim. Mas, isso só não basta para realmente concluir o processo de ensino- aprendizagem e formar cidadãos críticos e conscientes. É imprescindível o planejamento conjunto, uma ação integrada como sugere o projeto pedagógico, e a busca incessante por alternativas para a melhoria da qualidade do ensino.
A escola que foi meu campo de estágio recente , primordialmente, de um Projeto Político Pedagógico construído, de fato, pela comunidade escolar, que contemple as necessidades específicas da comunidade local. De maior envolvimento da equipe docente com o planejamento coletivo, o que envolve diretamente a articulação da coordenação pedagógica , e a implementação de um currículo mais flexível, que seja ampliado para além do mínimo. Carece também de melhorias nas estruturas físicas e materiais, a fim de proporcionar maior conforto a alunos e professores, criando assim melhores condições de trabalho . Destaco positivamente a contribuição do professor Rubens Costa neste processo de inserção e adaptação, sempre abrindo espaços para a minha participação no conteúdo das aulas, contribuindo para que eu pudesse estreitar relações com os discentes e sentir-me integrado ao ambiente da sala de aula , facilitando bastante a minha comunicação no momento que precisei atuar na minha aula prática.
5. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, José Ricardo Pires de. História da Instrução pública no Brasil (1500-1889) Trad. AntonioChizzotti. São Paulo:EDUC/ Brasília:INEP/MEC, 1989.365 p.(379.81-A447)
ALVES, Isaías. Vocação pedagógica de Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 1959. 244 p.
ARAÚJO, Bohumila. A atualidade do pensamento pedagógico de Johannes Amos Comenius. Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia, 1996. 181 p.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiân ia: Alternativa, 2004.
ALVES, Nilda. Decifrando o pergaminho – o cotidiano das escolas nas lógicas das redes cotidianas. In : OLIVEIRA, Inês Barbosade, ALVES, Nilda (orgs). Pesquisa no/do cotidiano das escolas; sobre redes de saberes. Rio de Janeiro: DP&A (2001)
 ALVES, Neila Guimarães; AZEVEDO, Joanir Gomes de. (Orgs.) Formação de professores: possibilidades do imprevisível. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. 
RIBEIRO, A. Gestão democrática do Projeto Político Pedagógico na escola pública de educação básica. Dissertação de Mestrado em Educação. Curitiba: PUCPR, 2007
]
fotos

Continue navegando