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Caso Concreto 12
Luiz foi secretário de assistência social do Estado “X” durante cinco anos e acaba de ser cientificado de que o Ministério Público Estadual ajuizou, contra ele, uma ação de improbidade administrativa por ter celebrado contrato, indevidamente rotulado de convênio, sem a observância do devido procedimento licitatório. Luiz argumenta que não houve, de sua parte, má-fé ou intenção de fraudar o procedimento licitatório. Além disso, comprova que adotou todas as medidas de cautela que poderiam ser razoavelmente exigidas de um administrador público antes de celebrar o ajuste. Por fim, informa que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) competente teria aprovado as contas que prestou na qualidade de ordenador de despesas, não identificando qualquer dano ao erário. Considerando a hipótese apresentada, responda, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, aos itens a seguir. 
O argumento de Luiz, ao pretender afastar a improbidade administrativa sob o fundamento de que não teria agido com a intenção de fraudar o procedimento licitatório, deve prevalecer ? 
É preciso que se diga que a declaração que enaltece a boa-fé do agente não rechaça, por si só, a imputação de improbidade em face do mesmo; contudo, a partir do que se defende no Informativo 549 do STJ, a repercussão do art. 10 da Lei 8.429/92 faz-se imprescindível a efetividade da lesão gerada pela irregularidade do agente. Do contrário, será afastada a improbidade.
O argumento de Luiz, ao pretender descaracterizar o ato de improbidade administrativa invocando a aprovação de suas contas pelo TCE, deve prevalecer.
Com base no que a trata a LIA em seu art. 21, caput, II (Lei 8.429/92), a existência de aprovação das contas vinculadas a irregularidades suscitadas não afasta a possibilidade de se suscitar a improbidade administrativa nos mesmos termos referendados acima (MP deve demonstrar a efetiva lesão ao erário público).

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