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Sensação e Percepção: Compreendendo o Ser Humano

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Neste trabalho será apresentado como são vistas a sensação e a percepção do ponto de vista científico para compreender o ser humano tanto no meio externo como no interno e como as informações respondem a esses meios. A Percepção é a maneira como vemos um ponto de vista com base nos estímulos que recebemos durante a nossa vida, são conjuntos de experiências de sensações passadas e presentes que formam uma opinião individual. Diferente da percepção, a sensação é um processo fisiológico ligando o meio com o nosso organismo, ou seja, detecta a energia física do ambiente e codifica como sinais neurais. 
O trabalho apresentado foi desenvolvido por alunos de Psicologia da Faculdade Estácio Fase, com objetivo de realizar experiências através de elementos que estimulam diversos receptores e que norteiam os sentidos humanos, utilizando objetos para estimular sentidos como: tato, olfato, gustação, visão e audição. Essa experiência foi aplicada e, 10 alunos dá própria faculdade citada, de cursos diversos. 
 O estudo da percepção A percepção é um dos campos mais antigos da pesquisa psicológica e existem muitas teorias quantitativas e qualitativas sobre os processos fisiológicos e cognitivos envolvidos. Os primeiros a estudar com profundidade a percepção foram Hermann Von Helmholtz, Gustav Theodor Fechner e Ernst Heinrich Weber, A Lei de Weber-Fechner é uma das mais antigas relações quantitativas da psicologia experimental e quantifica a relação entre a magnitude do estímulo físico (mensurável por instrumentos) e o seu efeito percebido (relatado). Mais adiante Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia experimental em Leipzig em 1875. 
Na psicologia, o estudo da percepção é de extrema importância porque o comportamento das pessoas é baseado na interpretação que fazem da realidade e não na realidade em si. Por este motivo, a percepção do mundo é diferente para cada um de nós, cada pessoa percebe um objeto ou uma situação de acordo com os aspectos que têm especial importância para si própria. 
Os sentidos são responsáveis pela nossa capacidade de interpretar o ambiente, ou seja, captar diferentes estímulos ao nosso redor. Sem os sentidos não seríamos capazes de perceber as variações do meio e, consequentemente, de produzir uma ação adequada diante de um perigo. Tradicionalmente, aceitamos que os seres humanos  
possuem cinco sentidos principais: visão, olfato, paladar, audição e tato. 
 
→ Receptores sensoriais 
Essa capacidade de perceber o meio é possível graças à presença de receptores sensoriais, que captam os estímulos e transformam-nos em impulsos nervosos. Estes são interpretados em centros específicos do sistema nervoso, que produzirá respostas adequadas àquele estímulo. Esses receptores estão localizados nos chamados órgãos dos sentidos. 
Os receptores sensoriais podem ser classificados a partir do estímulo que são capazes de perceber. Os principais receptores são: 
· Quimiorreceptores - São receptores capazes de perceber estímulos químicos; 
· Fotorreceptores - São receptores capazes de perceber estímulos luminosos; 
· Mecanorreceptores - São receptores capazes de perceber estímulos mecânicos, como pressão e toques; 
· Fonorreceptores - São receptores capazes de perceber estímulos sonoros. Muitos autores consideram esses receptores como mecanorreceptores. 
 
→ Os sentidos  
Visão 
 Sentido relacionado com a captação de luz e a formação de imagens. Os receptores sensoriais dess sentido estão localizados nos olhos, mais precisamente na retina. Os receptores sensoriais da visão, que são fotorreceptores, são chamados de cones e bastonetes. 
 Audição 
 O processo de percepção do som (audição) deve-se a vibração de um objeto material que age com estímulo físico. Em condições normais, a vibração se transmite a partir do objeto, chegando ao ouvido, através de um movimento de ondulação nas partículas de ar (ondas sonoras). A entrada de sons no canal auditivo faz com que a membrana timpânica se mova. A membrana timpânica vibra com o som. As vibrações sonoras se movem através dos ossículos para a cóclea. Vibrações sonoras fazem o líquido na cóclea se mover. O movimento do fluido causa contração das células ciliadas. As células ciliadas criam sinais neurais que são captados pelo nervo auditivo. As células ciliadas de uma extremidade da cóclea enviam informações de som de baixa frequência e, células ciliadas do outro extremo enviam informações de som de alta frequência. O nervo auditivo envia sinais ao cérebro que interpretará como sons.  
Olfato 
 As narinas são os órgãos responsáveis pela captação dos odores. Em humanos, podemos encontrar na região superior das fossas nasais o epitélio olfativo, que é formado por células especializadas (quimioceptores de olfato) dotadas de prolongamentos muito sensíveis (cílios olfatórios). Esses cílios são encontrados mergulhados na camada de muco que reveste as fossas nasais. Ao respirarmos, milhares de moléculas são levadas até nossas fossas nasais. Lá elas se difundem no muco, atingindo os prolongamentos sensoriais. Ao atingirem esses prolongamentos, impulsos nervosos são gerados e transmitidos até o corpo celular da célula olfativa, onde serão transmitidos a seus axônios que se comunicam com o bulbo olfativo, fazendo com que o nosso cérebro interprete-os e nos dê a sensação de cheiro. Especialistas acreditam que em nossas fossas nasais existam milhares de receptores olfativos diferentes, cada um codificado por um gene é capaz de diferenciar odores diferentes. As conchas nasais, também conhecidas como cornetos, se encontram em nossas narinas. Nas conchas nasais encontramos glândulas responsáveis pela produção de muco. Nelas ocorre também a umidificação e a filtragem do ar que respiramos e que chega aos nossos pulmões. Caso ocorra qualquer tipo de alteração em nossas narinas, como sinusites, resfriados, rinites, etc., essas estruturas incham, dificultando a passagem do ar. Esse inchaço é uma forma de o organismo se defender de agentes externos. Outro tipo de defesa do nosso organismo, quando há algum microorganismo estranho, é através de espirros, coriza e secreções. O sabor dos alimentos não é dado somente pelo nosso paladar, mas também pelo nosso olfato, que responde às substâncias presentes no vapor dos alimentos. Embora os receptores do paladar e do olfato sejam totalmente diferentes e seus estímulos sejam interpretados em regiões diferentes do nosso cérebro, os dois sentidos agem em conjunto para produzir a sensação de gosto. Quando ingerimos algum alimento, ele libera moléculas de odor que são captadas pelas células olfativas. Dessa forma, conseguimos perceber a combinação de sabores e aromas. Isso explica por que não sentimos muito bem o gosto dos alimentos quando estamos resfriados.  
Paladar 
 É por meio do paladar que o homem, assim como os demais animais, percebe o sabor, o gosto dos alimentos. O órgão responsável pelo paladar é a língua. Na parte de cima da língua, existem pequenas elevações, que podem ser vistas ao espelho, chamadas de papilas linguais. Cada papila lingual é formada por um conjunto de microscópicas células sensoriais. As papilas linguais estão ligadas a terminações nervosas que captam os estímulos de sabor e enviam impulsos nervosos ao cérebro, que os transforma em sensações gustatórias. Outras regiões como o palato, a epiglote e a faringe apresentam alguma sensibilidade aos sabores, nada comparado à capacidade da língua. As dezenas de papilas linguais presentes na superfície da língua captam os quatro sabores primários, ou as quatro sensações gustativas: doce, salgado, azedo ou ácido e amargo. Das combinações das quatro sensações gustativas, surgem centenas de outros sabores. As papilas linguais só captam o sabor de alimentos em estado líquido. Por esse motivo, a saliva tem um papel importante em relação aos alimentos sólidos, pois a ela cabe dissolver os alimentos de modo que as papilas linguais captem os sabores. Por muito tempo acreditou-se que existiam papilas linguais diferentes para cada sabor primário,porém, estudos recentes descobriram que cada papila lingual é capaz de perceber os quatro sabores primários, embora em cada parte da língua, as papilas linguais sejam mais sensíveis a um tipo de sabor. No fundo da língua, as papilas são mais sensíveis a estímulos amargos, nas laterais do meio da língua, a sensibilidade maior é para os sabores azedos. Um pouco mais a frente são sentidos, com maior intensidade, os sabores salgados, enquanto na ponta da língua é maior a sensibilidade aos doces. Substâncias que não provocam reação alguma nas papilas linguais são chamadas de insípidas. É o caso da água, por exemplo. Além disso, muitas vezes confundimos gostos e cheiros, isso porque as sensações olfativas e gustativas trabalham em parceria. Quando sentimos o cheiro de algum alimento que apreciamos, por exemplo, liberamos saliva como se estivéssemos degustando tal alimento. Outro exemplo clássico da correlação entre o olfato e o paladar é o que ocorre ao nos alimentarmos quando estamos resfriados e a comida parece não ter gosto. Na verdade, o que não sentimos são os odores que os alimentos liberam assim que os colocamos na boca.  
Tato 
 Ao contrário dos outros sentidos, o sentido do tato não se encontra em uma região específica do nosso corpo. Em toda a pele há mecanoceptores especializados em receber os estímulos de mudança de pressão e de temperatura, toque e dor. Em regiões do corpo onde não há pelos, como as pontas dos dedos, palma das mãos, lábios e mamilos, podemos encontrar corpúsculos de Meissner e discos de Merkel. Os corpúsculos de Meissner identificam movimentos de objetos leves e vibrações de alta frequência, e os discos de Merkel identificam toques contínuos de objetos sob a pele. Os corpúsculos de Paccini são encontrados nas regiões mais profundas da pele e são responsáveis por detectar vibrações, pressões fortes ou movimentos rápidos do tecido. Outra estrutura mecanoceptora responsável pelo tato são os corpúsculos de Ruffini. Essas estruturas são estimuladas quando a pele é distendida. Nós possuímos, em todas as partes de nosso corpo, terminações livres na pele e na base de nossos pelos. É por meio dessas terminações que temos a sensação de quente ou frio e também a sensação de dor. Em nossa pele há também termoceptores. Quando o ambiente está frio, os receptores para o frio emitem impulsos para o cérebro, fazendo-nos sentir frio, enquanto que, quando o ambiente está quente, os receptores para o calor também emitem impulsos para o cérebro, e nosso corpo tem a sensação de calor. Estímulos mecânicos, térmicos ou químicos são sentidos em razão dos receptores da dor, que são terminações nervosas livres que se encontram na epiderme. 
Cinestésico e vestibular  
O sentido cinestésico possibilita a percepção do movimento ou repouso do corpo. Ele fornece informações sobre as posições relativas dos membros e outras partes do corpo durante os movimentos e sobre as tensões musculares. Por exemplo, se você fechar os olhos e encolher os dedos, o sentido cinestésico é o que te possibilitará tomar consciência desse movimento. Esse sentido capacita-nos não só a monitorar continuamente o que as partes do corpo estão fazendo, mas também a equilibrar a tensão muscular pelo corpo inteiro para que possamos nos movimentar com eficiência. É por isso que o sentido cinestésico está associado à vontade, ou seja, ele é um sentido de ordem volitiva, pois frequentemente nos movemos porque queremos fazê-lo. O sentido vestibular é às vezes chamado de sentido de orientação ou equilíbrio. Ele fornece informações sobre o movimento e a orientação da cabeça e do corpo em relação à Terra conforme as pessoas movimentam-se sozinhas ou em veículos como carros, aviões, barcos e outros. Essas informações, que não adentram a consciência, ajudam as pessoas a manterem uma postura ereta e a ajustá-la durante os movimentos. O sistema vestibular ajuda também na visão. A cabeça move-se continuamente conforme inspecionamos o meio ambiente, os olhos movem-se automaticamente para compensar os movimentos da cabeça, um reflexo iniciado pelo sentido vestibular. A capacidade de guiar-se, localizar-se, posicionar-se e coordenar movimentos está intimamente associada a esses sentidos. Tanto é que o sistema vestibular desenvolve-se apenas algumas semanas após a concepção e desempenha papel fundamental no desenvolvimento inicial da criança. Estudos na área mostraram que até metade das crianças com distúrbios de aprendizagem mostram sinais de disfunção vestibular. Similarmente, as habilidades relativas ao sistema cinestésico são aspectos essenciais na análise sobre o quanto o desenvolvimento psicomotor de uma criança está sendo apropriado. Apesar dos sentidos cinestésico e vestibular estarem associados ao controle do movimento e à consciência corporal, no âmbito da fisiologia de cada um deles há diferenças consideráveis. Assim como o Tato, o sentido cinestésico depende de vários tipos de receptores que se espalham por todo o corpo. Diferentemente do tato, porém, cujos receptores encontram-se na pele, no sentido cinestésico eles encontram-se nas articulações, nos músculos e nos tendões. Uma vez que o estímulo é captado por esses receptores, as mensagens eletroquímicas trafegam até o córtex somatossensorial, localizado nos lobos parietais do cérebro. Já o sentido vestibular depende dos órgãos vestibulares, localizados nas partes ósseas do crânio em ambos os ouvidos internos. As mensagens dos órgãos vestibulares trafegam por várias partes do cérebro. O cérebro, então, combina essas informações com aquelas fornecidas pelos sentidos visuais e cinestésico para orientar o corpo no espaço. Quando as informações fornecidas por esses três sistemas sensoriais entram em conflito ocorrem problemas relativos à percepção do corpo no espaço.

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