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A interpretação e a norma penal
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Considerações preliminares
O Estado Democrático de Direito deve preservar o princípio da reserva legal, devendo o aplicador do direito buscar o melhor sentido da lei.
É inadmissível a definição de novos crime ou agravamento de sanções, senão através de lei.
Trata-se de política-criminal baseada em princípios jurídicos constitucionais.
A interpretação e a aplicação do direito formam um processo único.
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INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
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Quanto ao sujeito
Interpretação autêntica
	É a única obrigatória, de vez que é dada pela lei. É feita pelo próprio órgão encarregado da elaboração do texto. Ex.art.150,§4º e 5º,CP- art.327,CP.
	O Código Penal diz o que se deve entender ou não entender pela palavra “casa”, “funcionário público. 
Interpretação Doutrinária
 É dada pelos estudiosos, doutrinadores através da publicação de artigos, conferências, teses e livros.
Interpretação Jurisprudencial.
	É dada pelos tribunais, através da reiteração de seus julgamentos, é a declaração do direito em caráter individual no caso em concreto.
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Quanto ao Modo
Gramatical – fundada no sentido literal das palavras e nas regras gramaticais,
Teleológica – visa descobrir a finalidade com que foi editada a lei.
Lógica – que procura reconstruir o pensamento do legislador.
Histórica – avalia a conjuntura em que a lei foi editada e as circunstâncias que provocaram a sua criação.
Sistemática – harmonização da norma com o sistema jurídico como um todo.
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Quanto ao Modo
Progressiva- compreende a norma considerando as transformações no direito, na sociedade e na ciência.
Direito comparado – sentido da lei visto através da comparação com a legislação estrangeira.
Sociológica – adaptação da lei as realidades e necessidades sociais. Art.5º da LICC “Na aplicação da lei o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”
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Quanto ao resultado
Declarativa – há perfeita correspondência entre a palavra da lei e o pensamento do legislador. Expressa o sentido linguístico do texto interpretado.
Extensiva- quando se conclui que a lei diz menos do que queria dizer o legislador, o sentido da norma fica aquém da expressão literal. É a busca da ampliação da norma.
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As leis penais devem ser interpretadas de forma declarativa estrita e até restrita.
Não devem ser interpretadas de forma ampliativa ou extensiva para não ferir o princípio da legalidade.
A interpretação extensiva só é permitida 
	a- intra-legem – pelo próprio texto legal, ex. art. 28,II CP
 (alcool ou substâncias análogas) art. 171CP (artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento)
 b- in bonam partem – favor do réu
In dubio pro reo – uso na solução casos de dúvida.
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Diferença entre analogia e interpretação analógica
Analogia – é o intuito de abranger fatos semelhantes, não previstos na lei, o que é vedado em Direito Penal. A sua função é de integração da norma.
Interpretação analógica – decorre da própria vontade e indicação da lei penal. A lei ordena a interpretação extensiva. Ex. art.71 CP ( outras semelhantes..) Assua afirma:…é o descobrimento da vontade da lei em seus próprios textos.
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