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CADERNO CIVIL

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DIREITO CIVIL I
Porfessor: Daniel Querubim
Tel: (22)99808-1544
BIBLIOGRAFIA:
Curso de Direito Civil Vol. 1 (Pablo Stolze Gagliano / Calos Roberto Gonçalves)
AULA 1
RELAÇÃO JURÍDICA
ESTADO
 AUTOR (suj. Ativo) (OBJETO) RÉU (Suj. Passivo
CAPACIDADE 
É a medida da personalidade, isto é, a medida do quanto você pode adquirir direitos e contrair obrigações.
Divide-se em CAPACIDADE DE DIREITO e CAPACIDADE DE FATO ou EXERCÍCIO.
DE DIREITO – Começa ao nascer com vida.
Art. 1º - Toda a pessoa é capaz de direito e deveres na ordem civil.
Art. 2º - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
DE FATO OU EXERCÍCIO – Começa na maioridade (18 anos), salvo em caso de emancipação (16 anos).
Art. 5º - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único – cessará, para os menores, a incapacidade.
I – Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvindo o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II – Pelo casamento;
III – Pelo exercício do emprego público efetivo;
IV – Pela colação de grau em curso superior;
V – Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
NOTA: Conceito: Fundamentalmente, no direito, a capacidade se desdobra em capacidade de direito e capacidade de fato. A capacidade de direito, segundo Orlando Gomes, confunde-se com o próprio conceito de personalidade, ou seja, é a capacidade jurídica genericamente reconhecida a qualquer pessoa. Ao lado dela, temos a capacidade de fato, que é a capacidade de, pessoalmente, exercer os atos da vida civil (é a chamada capacidade de exercício). A soma da capacidade de direito com a capacidade de fato gera a chamada capacidade civil plena (que em geral é adquirida aos 18 anos).
OBS: Não podemos confundir capacidade com legitimidade. A falta de legitimidade significa que, mesmo sendo capaz, a pessoa está impedida por lei de praticar determinado ato (exemplo: os irmãos não podem se casar, mesmo que capazes).
PERSONALIDADE – é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações.
LEGITIMIDADE OU LEGITIMAÇÃO - é uma aptidão ou capacidade para a prática de um determinado ato.
DAS INCAPACIDADES
ABSOLUTA – menor que 16 anos. 
OBS: TUTELA até aos 16 anos e CURATELA dos 16 anos completos até aos 18 anos.
Art. 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
Art. 166 – É nulo o negócio jurídico quando:
I – Celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II – For ilícito, impossível ou indeterminável o seu objetivo;
III – O motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV – Não revestir a forma prescrita em lei;
V – For preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para sua validade;
VI - Tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII – A lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
RELATIVA – Dos 16 anos aos 18 anos (sob curatela)
Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer.
I – Os maiores de dezesseis e os menores de dezoito anos;
II – Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
III – Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV – Os pródigos. 
NOTA: OBS: A prodigalidade é um conceito técnico. Pródiga é a pessoa que desordenadamente dilapida seu patrimônio, podendo reduzir-se à miséria. O sistema jurídico brasileiro permite a interdição do pródigo, de maneira que seu curador irá assisti-lo em atos de natureza / repercussão patrimonial (art. 1782).
Art. 1782. A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração.
Justifica a interdição do pródigo, além do interesse público, a teoria do estatuto jurídico do patrimônio mínimo, desenvolvida pelo professor Luiz Edson Fachin. Para essa doutrina, em uma perspectiva civil-constitucional, e em respeito ao princípio da dignidade humana, as normas em vigor devem resguardar um mínimo de patrimônio para que cada pessoa tenha vida digna.
OBS: O pródigo, para casar, precisa da manifestação do seu curador? O curador do pródigo deve se manifestar quanto ao regime de bens adotado, pois há efeitos patrimoniais. Mas, não deve se manifestar sobre a questão meramente afetiva.
Parágrafo Único – A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
NOTA: O NCC não regula a capacidade do índio. Esta é regulada pela Lei 6.001/73 (Estatuto do Índio).
	Art. 8º São nulos os atos praticados entre o índio não integrado e qualquer pessoa estranha à comunidade indígena quando não tenha havido assistência do órgão tutelar competente.
Parágrafo único. Não se aplica a regra deste artigo no caso em que o índio revele consciência e conhecimento do ato praticado, desde que não lhe seja prejudicial, e da extensão dos seus efeitos.
NOTA: O absolutamente incapaz deverá ser interditado (procedimento judicial) e dever-se-á nomear-lhe um curador.
OBS: O ato praticado por uma pessoa portadora de enfermidade ou deficiência mental e desprovida de discernimento ainda não interditada pode ser invalidado? Com base na doutrina italiana, Orlando Gomes afirma que o ato praticado pelo incapaz ainda não interditado pode ser invalidado, desde que oncorram três requisitos:
A incapacidade de discernimento;
O prejuízo ao incapaz;
A má-fé da outra parte (que pode ser presumida das circunstâncias do negócio).
OBS: É bom lembrar que, uma vez declarada a incapacidade por sentença, o interditado não poderá praticar atos jurídicos sem o seu curador, mesmo em momentos de lucidez.
OBS: Onde está o surdo-mudo que não tenha habilidade para manifestar sua vontade? O NCC não trouxe inciso específico para o surdo-mudo incapaz de manifestar vontade, mas ele pode estar subsumido implicitamente na previsão do inciso III do art. 3º.
OBS: A senilidade (idade avançada) não é causa de incapacidade absoluta no direito brasileiro!
OBS: Os absolutamente incapazes são representados, ao passo que os relativamente incapazes são assistidos.
OBS: Lembra-nos Alvino Lima que a teoria da actio libera in causa, adotada em países como a Bélgica, a Alemanha e a Suíça, também pode ser aplicada ao Direito Civil, de maneira que a pessoa que voluntariamente se intoxica não está isenta de responsabilidade civil sob a alegação de incapacidade.
DO REGISTRO
Art. 9º - Serão registrado em registro público:
I – Os nascimentos, casamento e óbitos;
II – A emancipação por outorga dos pais ou sentença do juiz;
III – A interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
IV – A sentença declaratória de ausência de morte presumida.
ABSOLUTAMENTE INCAPAZ (Art. 3º)
Realiza negócio jurídico? NULO (Art. 166, I) – Efeito “EX TUNC” (desde de antes)
Art. 169 – O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
RELATIVAMENTE INCAPAZ (Art. 4º)
Realiza negócio jurídico? ANULÁVEL (Art. 171, I) – Efeito “EX NUNC” (desde agora)
Art. 171 – Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I – Por incapacidade relativa do agente;
II – Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Ato anulável há prazo para pleitear a anulação.
Art. 179 – Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. 
Art. 176 – Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro,será validado se este a der posteriormente.
Art. 177 – A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.
Ato nulo não há prazo. (Art. 166).
NULIDADE RELATIVA = ATOS ANULÁVEIS
NULIDADE ABSOLUTA = ATOS NULOS
DA EMANCIPAÇÃO (Art. 5º)
Emancipação voluntária, legal ou Judicial
NOTA: É a cessação da incapacidade do menor antes do momento oportuno. Permite a antecipação da capacidade plena. Terá repercussões civis, ou seja, não pode responder penalmente e administrativamente. O emancipado também não pode tirar carteira de habilitação.
Voluntária (art. 5°, I, 1ª parte, CC) – ato concedido pelos pais (ou um deles, na falta do outro), mediante escritura pública. É irrevogável e independe de homologação do juiz. Só é possível se o menor tiver, pelo menos, 16 anos completos. A doutrina brasileira é no sentido de que, em respeito à vítima, a emancipação realizada pelos pais não os isenta de uma futura responsabilidade civil por ato ilícito causado pelo filho emancipado – os pais permanecem responsáveis pelos atos que o menor emancipado praticar até os 18 anos de idade. A responsabilidade é solidária. Caio Mário diz que a vontade não pode sobrepor-se à lei.
Judicial (art. 5°, I, 2ª parte, CC) –É a concedida por sentença em procedimento de jurisdição voluntária, ouvindo-se o tutor, desde que o menor tenha 16 anos completos. O juiz ouve a opinião do tutor e concede a emancipação – em geral, é concedida a órfãos ou cujos pais estejam destituídos do poder familiar. E os pais ausentes? Tem que ter pelo menos 16 anos completos. O juiz analisa o caso concreto para saber se tem condições de ser emancipado.
Legal (art. 5°, II a V, CC) – Hipóteses mais cobradas em prova! Não é necessário sentença, a emancipação decorre da lei. Por questão de segurança jurídica pode entrar com ação declaratória, inclusive pedindo tutela antecipada. Hipóteses:
Casamento – pode aos 16 anos de idade. Veja que a lei não diz “união estável”. O menor adquire capacidade plena. A separação e o divórcio, por terem efeitos para o futuro, não prejudicam a emancipação decorrente do casamento. OBS: o art. 1520 admite o casamento abaixo dos 16 anos.
Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (Art. 1.517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.
	Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
OBS: Invalidado o casamento, a emancipação é mantida? É forte a doutrina no Brasil (a exemplo de Pontes de Miranda) no sentido de que a sentença que invalidada o casamento tem eficácia retroativa, com o condão de cancelar o registro matrimonial. Assim, é lógico concluir que a emancipação perderá a eficácia, ressalvada a hipótese do casamento putativo.
Exercício de emprego público efetivo (emprego público ou cargo público) – Não tem idade mínima para o CC, entretanto o estatuto do servidor diz que a idade é de 18 anos. Não vale cargo em comissão. A hipótese de emancipação legal, por exercício de emprego ou cargo público efetivo é de difícil ocorrência, podendo se apontar como exemplo a assunção de função pública em carreira militar – há carreiras militares que começam aos 17 anos de idade, incidindo nessa hipótese.
Colação de grau em curso de ensino superior – Cuidado! Aprovação no vestibular não emancipa. Não importa a idade.
Estabelecimento civil (realiza uma atividade técnica, artística, intelectual. Ex. dar aulas de violão, artesão, prestar serviço) ou estabelecimento comercial (empresarial. Ex.: compra e revenda de gado, quitanda) ou existência de relação de emprego (Novidade. É provado com base na CTPS) DESQUE QUE, em função deles, o menor tenha economia própria – desde que ele tiver 16 anos completos e economia própria (conceito aberto/indeterminado que será analisado pelo juiz – ver Box abaixo – princípio da operabilidade). Preenchido no caso concreto – não há conceito estabelecido. Ex: Se o menor de 17 anos, “pobre”, que trabalha numa loja no shopping, está emancipado por força de lei. Agora, se o mesmo caso, o menor for de uma família “rica”, não poderá se sustentar com o salário que ganha então não será emancipado. Vale acrescentar que, à luz do princípio da segurança jurídica, caso um menor emancipado seja demitido, ele não deve retornar à situação de incapacidade.
 FONTE: (http://www.ebah.com.br/content/ABAAABAO0AL/pablo-stolze-apostila-dir)
Relações Jurídicas Simples = 1 autor / 1 réu
Litisconcorcial / complexas = + 1 autor → ativo / + 1 réu → passivo
Públicas (Art. 41) (Direito Administrativo) Ativo / Passivo = + 1 autor e + 1 réu
Privadas
Principal OBS: O acessório segue o principal, pois só existe pois quando há o principal. 
Acessória
Absolutas – “ERGA OMINIS” – quando a pessoa tem a posse da coisa, mesmo não sendo o proprietário, mas poderá se opor por ter a posse.
Relativas – são restritivas; somente as partes podem se manifestar.
MORTE
Morte Real 
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos que a lei autoriza abertura de sucessão definitiva.
Morte Presumida (morte sem corpo)
	Sem decretação de ausência
Art. 7º Pode ser declarada morte presumida, sem decretação de ausência:
I – se for exatamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Paragrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
	Com decretação de ausência (Art. 22 ao 29)
Morte Civil (Art. 1816) para casos de herança / sucessão. Quando atentar contra a vida de quem o precede / antecede)
	Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.
	Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.
OBS: A morte civil trata apenas do herdeiro afastado da herança, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão, mas somente para afastá-lo da herança, pois conserva a personalidade para os demais efeitos.
OBS: FATO JURÍCO – tudo aquilo de criar, modificar e extinguir direitos.
REGRA DE NÚMEROS CLAUSUS – regra taxativa (fechada). Ex.: Art. 4º.
DA COMORIÊNCIA (Art. 8º CC) – só é aplicável se houver casos de sucessão entre os falecidos.
Art. 8º. Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
NOTA: 
Comoriência
substantivo feminino (JUR)
Simultaneidade, de fato ou presumida, da morte de duas ou mais pessoas.
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE (Art. 11 a 21 CC)
Os direitos da personalidade se dividem em duas categorias: os inatos, como o direito à vida e à integridade física e moral, e os adquiridos, que decorrem do status individual e existem na extensão da disciplina que lhes foi conferida pelo direito positivo.
Características (Art. 11):
	Intransmissível 
	Irrenunciável
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Efeito Jurídico (Art. 12 CC)
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimaçãopara requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Situações (Art. 13 a 21 CC)
DA PESSOA JURÍDICA
A pessoa jurídica consiste num conjunto de pessoas ou de bens, dotado de personalidade jurídica própria e constituído na forma da lei, para a consecução de fins comuns. Pode-se afirmar, pois, que pessoas jurídicas são entidades a que a lei confere personalidade, capacitando-as a serem sujeitos de direitos e obrigações. A sua principal característica é a de que atuam na vida jurídica com personalidade diversa da dos indivíduos que as compõem (art. 50, a contrário sensu, e art. 1024).
A formação da pessoa jurídica exige uma pluralidade de pessoas ou de bens e uma finalidade específica (elementos de ordem material), bom como um ato constitutivo e respectivo registro no órgão competente (elemento formal). Pode-se dizer que são quatro os requisitos para a constituição da pessoa jurídica: a) vontade humana criadora (intenção de criar uma entidade distinta da de seus membros; b)elaboração do ato constitutivo (estatuto ou contrato social); c) registro do ato constitutivo no órgão competente; d) liceidade de seu objetivo.
A vontade humana materializa-se no ato de constituição, que deve ser escrito. São necessárias duas ou mais pessoas com vontades convergentes, ligadas por uma intenção comum (affectio sociais).
O ato constitutivo é requisito formal exigido pela lei e se denomina estatuto, em se tratando de associações, que não têm fins lucrativos; contrato social, no caso de sociedades, simples ou empresárias, antigamente denominadas civis e comerciais; e escritura pública ou testamento, em se tratando de fundações (Art. 62 CC).
O ato constitutivo deve se lavrado a registro para que comece, então, a existência legal da pessoa jurídica de direito privado (art. 45 CC). Antes do registro, não passará de mera “sociedade de fato” ou “ sociedade não personificada”, equiparada por alguns ao nascituro, que já foi concebido mas que só adquirirá personalidade se nascer com vida. No caso da pessoa jurídica, se o seu ato constitutivo for registrado.
A liceidade de seu objetivo é indispensável para a formação da pessoa jurídica. Deve ele ser, também, determinado e possível. Nas sociedades em geral, civis ou comerciais, o objetivo é o lucro pelo exercício da atividade. Nas fundações os fins só podem ser religiosos, morais, culturais ou de assistência (art. 62 CC, § único). E nas associações, de fins não econômicos (art. 53 CC), os objetivos colimados são de natureza cultural, educacional, esportiva, religiosa, filantrópica, recreativa, moral, etc. Objetivos ilícitos ou nocivos constituem causa de extinção da pessoa jurídica (art. 69 CC).
Livro de Direito Civil (pag. 20 e 221)
Carlos Roberto Gonçalves
 Vontade Materializada
 Elementos Licitude dos Objetivos
 Regramento Legal (Art. 45 CC)
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de efeito privado, por defeito do ato respectivo, contando o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
NOTA:
ABROGAR
1-Anular; cassar; revogar (lei ou privilégio).
2-Suprimir, por fora de uso.
DERROGAR
Abolir ou alterar (lei, regulamento ou sentença) apenas numa de suas partes ou em certas disposições, conter disposições contrárias (a alguma lei ou costume). 
OBS: ESTUDAR P/ PROVA REVOGAÇÃO DE LEI. 
(Continuação Pessoa Jurídica / descrição da aula)
Vontade Humana Materializada	
- Associações sem fins lucrativos - Estatuto (regramento / normas da associação) – registro em cartório do tabelionato.
	- Associações com fins lucrativos – Contrato Social (regramento) – Junta Comercial (JUCERJA /RJ)
Licitude de seus objetivos
Observância das condições legais (Art. 45 CC)
UNIVERSITAS PERSONARUM (coletivo)
UNIVERSITA BONORUM (universidade de bens)
OBS: Pessoa Jurídica de Fato → diferente ←Pessoa Jurídica de Direito (formal)
PESSOA JURÍDICA DESPERSONALIZADA – possui os direito das pessoas jurídicas de direito.
- Massa Falida (conj. débitos / crédito / bens de empresas falidas)
- Herança Jacente ( quando não há sucessores – vai para União)
- Espólio (conj. débitos / créditos / bens de uma pessoa falecida)
- Condomínio (2 ou mais pessoas compram um bem em conjunto)
QUANTO A ÓRBITA DE ATUAÇÃO
Pessoa Jurídica de Direito Público Interno (Art. 41 CC)
Pessoa Jurídica de Direito Público Externo (Art. 42 CC)
Pessoa Jurídica de Direito Privado (Art. 44 CC)
Art. 41. As pessoas jurídicas são de direito público, interno:
	I – a União;
	II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
	III – os Municípios;
	IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;
	V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.
	Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
	I – as associações;
	II – as sociedades;
	III – as fundações;
	IV – as organizações religiosas;
	V – os partidos políticos;
	VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada.
	§1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registros dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
	§2º As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objetos do Livro II da Parte especial deste Código.
§3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.
DA RESPONSABILIDADE CIVIL (quem paga / por que paga / quanto paga)
CONTRATUAL – somente aqueles requisitos que estão no contrato. Quando há uma quebra do contrato surge a responsabilidade de ressarcimento.
 
EXTRACONTRATUAL (AQUILIANA) 
Responsabilidade Civil Extracontratual Objetiva – quando estiver presente: FATO, DANO e NEXO CAUSAL (Art. 43 CC / Art. 927 § único CC / Art. 932 CC)
(TEORIA DO RISCO)
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos de seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
	Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos específicos em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
	I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
	II – o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
	III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
	IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
	V – os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrentequantia.
 Responsabilidade Civil Extracontratual Subjetiva – quando estiver presente: FATO, DANO, NEXO CAUSAL e CULPA (Art. 927, Caput. + Art. 186 CC)
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
NULIDADE DO ESTATUTO (Art. 54 CC) (REGRAS DE NÚMEROS CLAUSUS)
Obs: Se não houver o regramento contido no art. 54, o estatuto será nulo desde o momento em que foi votado o estatuto, ou seja, será como não existisse. Efeito “Ex Tunc” (desde antes) = efeito nulo
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I – a denominação, os fins e a sede da associação;
II – os requisitos para admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV – as fontes de recursos para a sua manutenção;
V – o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI – as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução;
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
 DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA (Art. 50)
DISREGARD DOCTRINE
	Toda pessoa jurídica (empresas) possui seus bens/patrimônio que não se confundem com os bens/patrimônio da pessoa física (seus sócios / proprietários), ou seja, princípio da incomunicabilidade, mas que em caso de abuso da personalidade jurídica (empresas), como confusão patrimonial ou desvio de finalidade, pode o juiz desconsiderar através da teoria da penetração maior, os bens da empresa e alcançar os bens particulares dos proprietários e/ou administradores (gerentes), sendo feito a pedido da parte e provando que houve o abuso.
OBS:	Não é possível a desconsideração por má gestão.
	Teoria da penetração maior só é aplica dentro do direito civil.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Teoria da penetração menor é aplicada no direito trabalhista, no qual o legislador exige menores requisitos para poder desconsiderar a personalidade jurídica, pois só se precisa provar o não pagamento dos salários, por exemplo.
Teoria da penetração inversa é o contrário, no qual se é tirado os bens dos particulares e colocados na empresa (usado exemplo do casamento, no qual o marido na intenção de divórcio, transfere seus bens particulares para sua empresa, diminuindo os seus bens que serão divididos na separação).
DOMICÍLIO (Art. 70 a 78 CC)
É a cidade onde se comprova residência da pessoa natural.
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
DOMICÍLIO APARENTE (Art. 73CC) - onde for encontrado, será seu domicílio.
Ex.: circense, ciganos e nômades.
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
DOMICÍLIO NECESSÁRIO (Art. 76 CC)
	Art. 76. Tem domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
	Parágrafo único. O domicílio do incapaz é do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
DOS BENS (Arts. 79 a 103 CC)
Bem, em sentido filosófico, é tudo o que satisfaz uma necessidade humana. Juridicamente falando, o conceito de coisas corresponde ao de bens, mas nem sempre há perfeita sincronização entre as duas expressões. Às vezes, as coisas são o gênero e bens, a espécie; outras vezes, estes são o gênero e aquelas, a espécie; outras, finalmente, são os dois termos usados como sinônimos, havendo então entre eles coincidência de significação.
Coisa é o gênero do qual bem é espécie. É tudo que existe objetivamente, com exclusão do homem, bens são coisas que, por serem úteis e raras, são suscetíveis de apropriação e contêm valor econômico. Somente interessam ao direito coisas suscetíveis de apropriação exclusiva pelo homem. As que existem em abundância no universo, como ar atmosférico e a água dos oceanos, por exemplo, deixam de ser bens em sentido jurídico.
Segundo Clóvis Beviláqua, “bens são valores materiais ou imateriais que servem de objeto a uma relação jurídica”. Há, com efeito, bens imateriais que também são suscetíveis de apropriação e de utilização econômica, como os direitos autorais, de invenção etc.
Obs: coisa = bem (no termo jurídico).
Livro de Direito Civil (pag. 276)
Carlos Roberto Gonçalves
BENS – São todos os objetos materiais e imateriais existentes na natureza, que proporcionam uma utilidade às pessoas. São considerados objetos de direitos na relações jurídicas, cujos titulares são as pessoas (sujeitos de direitos).
	Filosoficamente, bem é tudo quanto pode proporcionar ao homem qualquer satisfação.
BENS CONSIDERADOS EM SI MESMO – o bem em relação a ele mesmo. Apenas a análise daquele bem.
IMÓVEIS (Art. 79 ao 81 CC) – são aqueles que não podem ser transportados, sem destruição, de um lugar para o outro. A remoção causaria alteração de sua substância ou de sua forma. Este conceito compreende o solo e tudo quanto lhe for incorporado de maneira natural ou artificial.
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que as asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
Art. 1225. São direitos reais:
	I – a propriedade;
II – a superfície;
III – as servidões;
IV – o usufruto;
V – o uso;
VI – a habitação;
VII – o direito do promitente comprador de imóvel;
VIII – o penhor; (garantia real de bem móveis)
IX – a hipoteca;
X – anticrese;
XI – a concessão de uso especial para fins de moradia
XII – a concessão de direito real de uso. 
PENHOR – é o ato do Estado, feito pelo oficial de justiça para bloquear e retirar através de força de ação judicial.
MÓVEIS (Art. 82 ao 84 CC) 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
	I – as energias que tenham valor econômico;
	II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
	III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
Os bens móveis que usam força alheia, como os carros (usam a força de um motor) e podem ser semoventes, isto é, aqueles que possuem movimentos próprios (animais). 
Os bens móveis na sucessão aberta ganham características de bens imóveis, pois só poderão ser vendidos através de instrumentos públicos, que são seção de direitos hereditários, que ocorre a venda quando todos os herdeiros concordam, ou por alvará judicial, quando há discordância entre os herdeiros sobre a venda do bem. 
BENS FUNGÍVEIS (Art. 85 CC) – todo bem móvel que pode ser substituído por outro de mesma espécie (gênero), qualidade e quantidade.
Ex.: dinheiro, milho, água, etc.
Art. 85. São bens fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
BENS INFUNGÍVEIS– aqueles bens que não podem ser substituídos por razão de determinadas qualidades individuais e específicas. Também é característica própria dos bens imóveis, mas se encontram presentes em alguns bens móveis, por exemplo, nos veículos automotores (individualizados por seu chassi, placa, etc.)
Ex.: obras de artes.
BENS CONSUMÍVEIS (Art. 86 CC) – são aqueles destinados á satisfação de necessidades e interesse das pessoas.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinos à alienação.
Consumíveis de Fato – aqueles bens cujo uso importa na destruição imediata da própria substância.
Ex.: alimentos, combustíveis, etc.
Consumíveis de Direito – aqueles destinados à alienação.
Ex.: livros e automóveis à venda em uma loja.
BENS INCONSUMÍVEIS – aqueles que podem ser usados de forma contínua e se caracterizam pela possibilidade de retirada de suas utilidades, sem que seja atingida sua integridade.
Ex.: empréstimo de uma garrafa de vinho para exposição.
BENS DIVISÍVEIS (Art. 87 CC) – aqueles que podem ser fracionados sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo. 
Art. 87. Bens divisíveis são os que podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
BENS INDIVISÍVEIS – são aqueles que não podem ser divididos sob pena de perderem sua utilidade, valor ou qualidades essenciais.
A indivisibilidade de um bem pode ser de três espécies:
Por sua natureza: aqueles que não podem ser divididos sob pena de alterarem sua substância, perderem sua utilidade ou reduzirem consideravelmente o seu valor
Ex.: touro reprodutor, automóvel, obra de arte, etc.
Por determinação legal: aqueles bens considerados indivisíveis por força de dispositivo legal expresso.
Ex.: direito á sucessão aberta / herança, que é considerado indivisível até o momento da partilha, etc.
BENS SINGULARES (Arts. 89 e 90 CC)
	Estão divididos em:
Singulares Simples – aqueles bens cuja as partes foram um todo homogêneo e estão agrupados em razão da sua própria natureza.
Ex.: árvores (materiais) e créditos (imateriais).
Singulares compostos - aqueles bens que, reunidos, formam um só todo, mas sem desaparecer a condição jurídica de cada parte.
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independente dos demais.
BENS COLETIVOS (Art. 90 CC) – aqueles formados por vários bens singulares que, reunidos, passam a formar uma coisa só, mas sem que desapareça a condição jurídica de cada parte.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
	Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
 DOS BENS RECÍPROCAMENTE CONSIDERADOS (Arts. 92 ao 103 CC)
	BEM PRINCIPAL e BEM ACESSÓRIO (ArtS. 92 e 96 CC) 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supões a do principal.
DOS BENS PÚBLICOS (Art. 98 vide Art. 41 e Art. 99 CC)
	Art. 98. São públicos os bens de domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
	
Art. 99. São bens públicos:
	I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
	II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
	III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
FRUTOS – toda utilidade que um bem produz de forma periódica e cuja percepção mantém intacta a substância do bem que a produziu.
Pendentes – aquilo que está vinculado aso principal.
Ex.: cocos no pé.
Percipientes – aquilo que está ultrapassando o momento de ser retirado.
Ex.: cocos maduros que ainda não foram colhidos.
Percebidos – aqueles que já foram retirados.
Ex.: os cocos colhidos.
OBS: Os percebidos pertencem ao devedor; os pendentes pertencem ao comprador.

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