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AULA DE CARDIO II

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
DISCIPLINA FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR 
 
Professor Nildo Campos Rangel Neto 
UNIDADE II - MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
 
2.1 Verificação da pressão arterial sistêmica 
2.2 Exame de imagem cardiovascular 
2.3 Noções de eletrocardiograma e do Holter 
 
 
 
FATORES DETERMINANTES DA PA 
: 
PA = DC x RVP 
 
Débito cardíaco (DC)= VS x FC. Relaciona-se com a capacidade 
contrátil do miocárdio e com o retorno venoso (no homem em 
repouso ± 5 a 6 litros / min). 
Resistência Vascular Periférica (RVP) – gerado pela 
vasocontratilidade (fator mais importante). 
Elasticidade da parede dos grandes vasos – representa a 
capacidade da artéria em se distender e voltar ao seu ponto 
morfológico. 
Volemia – representa o volume de sangue existente no sistema 
arterial. 
Viscosidade sanguínea – baixa viscosidade reduz pressão 
(anemia) enquanto alta viscosidade aumenta pressão (policitemia). 
 
PRESSÃO ARTERIAL 
PA sistólica – pressão que o sangue faz na 
parede vascular durante a sístole 
ventricular. 
 
PA diastólica – pressão que o sangue faz 
na parede vascular durante a diástole 
ventricular. 
A MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL 
 
1. Não utilizar cafeína - durante a hora precedente; 
2. Não fumar durante os 15 minutos precedentes; 
3. Não estar utilizando gotas oculares ou 
descongestionantes adrenérgicos. 
4. Ambiente tranqüilo em condições ideais para a medida 
da PA. 
5. Comparar com outras medidas obtidas em residência 
ou por “MAPA” · 
Paciente sentado (tórax apoiado e o braço nivelado com o 
coração), deitado e em pé (intervalo > que 2 min entre as 
medidas) 
 
SEMIOTÉCNICA 
 1. O antebraço deve ser colocado sempre ao nível do coração. 
2. Colocar o esfignomanômetro há ± 3cm acima da prega do 
cotovelo. 
3. Palpar o pulso radial para determinação da PA sistólica. 
4. Inflar a pêra até que não seja mais sentido o pulso radial = PA 
sistólica. 
5. Inflar o manguito 10 a 15 mmHg acima da PA sistólica. 
6. Colocar o estetoscópio há 1cm acima da articulação do cotovelo, 
medialmente em relação ao tendão biciptal. 
7. Esvaziar gradualmente até que o primeiro som seja ouvido = 
confirmação da pressão sistólica. 
8. Continuar desinsuflando e observando os sons de Korotkoff. 
9. O desaparecimento dos sons = PA diastólica. 
OS SONS DE KOROTKOFF 
FASE I - PA mais elevada onde se ouve o 
primeiro som = PA sistólica 
 
FASE II - Os sons podem ser substituídos 
por um sopro (HIATO AUSCULTATÓRIO) 
(O hiato auscultatório é o intervalo 
silencioso representado pela ausência 
da FASE II de Korotkoff. Pode ocorrer 
em pacientes hipertensos). 
 
FASE III - Retorno de um som alto e forte. 
 
FASE IV - Abafamento dos sons (avalia 
melhor a pressão diastólica em crianças) 
 
FASE V - Desaparecimento dos ruídos 
(mais utilizada em adultos) = PA diastólica 
 
PRESSÃO ARTERIAL 
Pressão Arterial: 
Ideal: < 120 de sistólica e < que 80 diastólica; 
Normal: < 130 de sistólica e < 85 de diastólica; 
Normal elevada: 130 – 139 de sistólica e 85 a 90 de 
diastólica. 
 
NÍVEIS PRESSÓRICOS NORMAIS: 
• Recém nascidos = PA sistólica em torno de 40 mmHg. 
• Até 5 anos = até 100 x 30- 40 mmHg. 
• De 6 a 10 anos = até 120 x 80 mmHg. 
• De 11 a 18 anos = até 150 x 90 mmHg. 
• Acima de 18 anos = até 130 x 85 mmHg. 
 
PRESSÃO DIFERENCIAL 
 
É a diferença entre a pressão sistólica e diastólica. 
Geralmente, encontram-se valores entre 30 e 60 
mmHg. 
 
Mediante o decréscimo da PRESSÃO DIFERENCIAL dá-
se o nome de pressão convergente. Ocorre em alguns 
estados mórbidos como na hipotensão arterial aguda. 
 
Mediante o acréscimo da PRESSÃO DIFERENCIAL dá-se 
o nome de pressão divergente. Ocorre nas síndromes 
hipercinéticas como no hipertiroidismo. 
PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA (PAM) 
 
Aferição invasiva por meio de cateteres; 
 
Não possui valores clínicos significativos; 
 
É mais utilizada durante cirurgias para se controlar a 
perfusão tecidual. 
 
PAM = PAD + (PAS-PAD) / 3 
 
FATORES DE VARIAÇÃO DA PA: 
 
 Idade, raça, sexo (mais baixa nas mulheres); 
 Cafeína, álcool; 
 Estresse, emoções, sono; 
 Exercícios físicos, ritmo circadiano... 
 Síndrome do jaleco branco - considerar o 
estresse da própria medida (repetir a medida 
da PA no meio e final da consulta); 
 Fatores ambientais 
 
EXAME DE IMAGEM CARDIOVASCULAR 
A radiografia de tórax é um método imagiológico 
muito utilizado na prática clínica e geralmente o 
primeiro e único a ser realizado. Permite, de uma forma 
rápida, avaliar o sistema cardiovascular, o sistema 
respiratório e o sistema digestivo. 
RADIOGRAFIA DE TÓRAX 
 Tamanho e forma do coração 
 Análise das artérias aorta e pulmonar principal 
 Status circulatório pulmonar (e, conseqüentemente, da circulação sistêmica) 
EXAME DE IMAGEM CARDIOVASCULAR 
Avaliação das condições técnicas da Radiografia 
 
- Grau de inspiração: é suficiente se forem visíveis pelo menos 10 arcos 
costais posteriores. Se o ápex do coração ocupar uma posição inferior à 
cúpula diafragmática a inspiração não foi suficiente (ex.: em doentes com 
ascite). 
 
-Posição do doente: é correta se as extremidades internas das clavículas 
estiverem à mesma distância da apófise espinhosa das vértebras superiores. 
 
-Penetração dos raios: é correta se as vértebras torácicas inferiores são 
apenas identificáveis; se forem bem visíveis atrás da sombra cardíaca a 
penetração dos raios é excessiva. 
 
→Uma radiografia com grau de inspiração insuficiente e mau alinhamento 
torna inviável a sua interpretação. 
EXAME DE IMAGEM CARDIOVASCULAR 
EXAME DE IMAGEM CARDIOVASCULAR 
1. Traquéia 
2. Clavicula 
3. 4° arco costal posterior à direita 
4. brônquio direito 
5. sombra das mamas 
6. Bolha de ar gástrico 
7. hemidiafragma esquerdo 
8. ventrículo esquerdo 
9. Aorta descendente 
10. artéria pulmonar esquerda 
11. Lobo superior esquerdo 
12. átrio esquerdo 
13. Ventrículo direito 
14. artéria pulmonar direita e veias 
pulmonares. 
15. Corpo vertebral (coluna torácica). 
16. ângulo costofrênico posterior. 
EXAME DE IMAGEM CARDIOVASCULAR 
8. Ventrículo esquerdo 
9. Aorta descendente 
10. Artéria pulmonar esquerda 
11. Lobo superior esquerdo 
12. Átrio esquerdo 
13. Ventrículo direito 
14. Artéria pulmonar direita e veias 
pulmonares. 
15. Corpo vertebral (coluna torácica). 
16. Ângulo costofrênico posterior. 
EXAME DE IMAGEM CARDIOVASCULAR 
RADIOGRAFIAS NORMAIS 
EXAME DE IMAGEM CARDIOVASCULAR 
CARDIOMEGALIA 
EXAME DE IMAGEM CARDIOVASCULAR 
SINAIS DE AUMENTO DE VENTRÍCULO ESQUERDO – PA DE TÓRAX 
 
1. Arredondamento do bordo cardíaco esquerdo. 
2. Aumento do diâmetro cardíaco transverso. 
3. Deslocamento para fora e para baixo (caudal) da ponta (ictus). 
SINAIS DE AUMENTO DE VENTRÍCULO ESQUERDO – PERFIL DE TÓRAX 
 
1. Redução da transparência do espaço retro cardíaco. 
2. Índice da cava aumentado. (distância da cava à parede posterior do VE). 
3. NÃO desloca o esôfago. 
EXAME DE IMAGEM CARDIOVASCULAR 
SINAIS DE AUMENTO DE VENTRÍCULO DIREITO – PA DE TÓRAX 
 
1. Protrusão do tronco da artéria pulmonar. 
2. Elevação e arredondamento da ponta do coração. 
3. Aumento do diâmetro transverso. 
 
 
 
SINAIS DE AUMENTO DE VENTRÍCULO DIREITO – PERFIL DE TÓRAX 
 
1. Aumento da superfície de contato com o esterno (mais que um terço do esterno). 
2. Aumento da convexidade do contorno anterior do coração. 
EXAME DE IMAGEM CARDIOVASCULARCARDIOMEGALIA 
COMO IDENTIFICAR? 
Avaliação pela medida do índice cardio-torácico (ICT). 
 
 
 
 
 
 
 
Normal ICT < 0,60 no recém nascido 
 < 0,55 no lactente 
 < 0,50 maior de 6 anos 
 
ALTERAÇÃO NA CIRCULAÇÃO PULMONAR 
Edema pulmonar agudo com resoluçao em 24 hs. 
EDEMA AGUDO DE PULMÃO 
ALTERAÇÃO NA CIRCULAÇÃO PULMONAR 
LINFONODOS HILARES 
CALCIFICADOS 
ALTERAÇÃO NA CIRCULAÇÃO PULMONAR 
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR 
 A radiografia do tórax é 
frequentemente considerada normal. No 
entanto, a oclusão de ramos segmentares 
ou lobares da artéria pulmonar pode 
causar relativa hipertransparência da 
região irrigada por estes vasos (sinal de 
Westermark). 
CUIDADO!!! NÃO CONFUNDIR COM PNEUMONIA 
ALTERAÇÕES DO ARCO AÓRTICO 
ANEURISMA DA AORTA 
HOLTER 
Constitui um dispositivo portátil que monitora continuamente a 
atividade elétrica cardíaca de pacientes por 24 horas ou 
mais. 
 
 
Auxilia na observação de arritmias cardíacas ocasionais que 
seriam difíceis de identificação em um período de tempo 
menor, como em um exame de eletrocardiografia (ECG). 
CAPTA A ATIVIDADE ELÉTRICA DE FORMA DINÂMICA ATRAVÉS DE ELETRODOS LOCALIZADOS NO 
TÓRAX (3 A 8) 
Foi inventado por Norman J. Holter 
HOLTER 
HOLTER 
Após 24 horas ou mais os dados são enviados para um computador que os 
analisa automaticamente, contando os completos de ECG, calculando 
estatísticas como frequências cardíacas média, mínima e máxima 
procurando áreas candidatas interessantes ao estudo posterior realizado 
por um técnico. 
COMO FUNCIONA 
É necessário a colaboração do paciente na elaboração de um diário de 
eventos, registrando o horário de determinadas atividades como corridas, 
sono, sintomas e horários em que os sintomas ocorrem. 
 
Isto agiliza a interpretação porque permite a associação do evento com o 
traçado do momento. 
REGISTRO DO HOLTER

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